Ministro criticou possíveis retaliações comerciais dos EUA e defendeu o diálogo: “sempre haverá o cidadão para dar a última palavra”
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante reunião no Palácio do Planalto, em Brasília 17/09/2024 REUTERS/Ueslei Marcelino (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)
Horas antes de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar a imposição de novas tarifas sobre produtos importados, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou esta quarta-feira (2) como um “dia particular” para o cenário internacional.
“Não é fácil o momento que estamos vivendo, é um desafio global muito interessante, todo o mundo está muito apreensivo, o dia de hoje é muito particular o que o mundo está vivendo. Outros virão com essa mesma intensidade, mas quanto mais nós tivermos clareza de que sim, podemos divergir, colocar as nossas opiniões a serviço do país, de que sempre haverá o cidadão para dar a última palavra”, disse o ministro durante a cerimônia em comemoração aos 60 anos do Banco Central, de acordo com o jornal O Globo.
O comentário antecedeu o aguardado pronunciamento de Trump, que prometeu anunciar ainda hoje a adoção do que chamou de “tarifas recíprocas”, parte de uma estratégia comercial apelidada de “Dia da Libertação”. A nova rodada de impostos de importação pretende atingir diversos produtos estrangeiros, podendo incluir bens brasileiros.