sábado, 11 de janeiro de 2025

Lula manda PF acompanhar investigações sobre assassinatos em assentamento do MST

Grupo de aproximadamente dez homens fortemente armados invadiu assentamento de Tremembé, interior de SP, em carros e motos, disparando contra os moradores

Lula (Foto: Reprodução)

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou que a Polícia Federal acompanhe as investigações sobre o ataque a tiros que resultou na morte de três agricultores no assentamento Olga Benário, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Tremembé, interior de São Paulo. A decisão foi comunicada pelo ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, que afirmou estar se dirigindo ao local a pedido do presidente para acompanhar de perto as investigações.

“Indo a Tremembé, a pedido do presidente Lula, para acompanhar as investigações do atentado que levou a óbito três agricultores do assentamento Olga Benário. No total foram oito atingidos. O presidente Lula determinou que a Polícia Federal também acompanhe as investigações”, publicou Teixeira nas redes sociais.

O ataque ocorreu na noite de sexta-feira (10), quando um grupo de aproximadamente dez homens fortemente armados invadiu o assentamento em carros e motos, disparando contra os moradores. As vítimas fatais foram identificadas como Valdir do Nascimento, conhecido como “Valdirzão”, de 52 anos; Gleison Barbosa de Carvalho, de 28 anos, neto de Carlão, também integrante do MST; e Denis Carvalho, de 29 anos, que havia sido levado para o hospital com um tiro na cabeça, colocado em coma induzido, e não resistiu, segundo o Brasil de Fato. Outros cinco agricultores ficaram feridos, alguns em estado grave, e seguem hospitalizados.

O assentamento Olga Benário abriga cerca de dez famílias, incluindo crianças e idosos. A violência do ataque gerou forte comoção entre os integrantes do MST e de entidades de direitos humanos, que denunciam a falta de segurança nos territórios de reforma agrária.

Em nota divulgada nas redes sociais, o MST repudiou o atentado e cobrou providências das autoridades. “Neste momento de profunda dor, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra se indigna perante a violência e a falta de políticas públicas de segurança nos territórios, que põem a vida de tantos em constante risco. Aos nossos mortos, nenhum minuto de silêncio, mas uma vida inteira de luta!”, declarou o movimento.

O ministro Paulo Teixeira informou que o crime já foi comunicado ao secretário de Segurança Pública de São Paulo e que medidas estão sendo tomadas para identificar e prender os responsáveis pelo ataque.

O Ministério dos Direitos Humanos, por meio do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas (PPDDH), disse em comunicado que oferecerá assistência para as lideranças do assentamento e sua coletividade. O Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou que a PF instaure um inquérito para investigar o ataque, segundo comunicado.

Ministério da Justiça determina que PF investigue assassinatos em assentamento do MST em Tremembé

Uma equipe da PF, composta por agentes, perito e papiloscopista, foi enviada ao local para iniciar as apurações

Ministro Ricardo Lewandowski (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) determinou, neste sábado (11), que a Polícia Federal (PF) instaure um inquérito para investigar o ataque ocorrido no assentamento Olga Benário, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), localizado em Tremembé, no interior de São Paulo. O atentado resultou na morte de três agricultores e deixou outros cinco feridos, alguns em estado grave.

O ministro em exercício da Justiça, Manoel Carlos de Almeida Neto, encaminhou um ofício à PF destacando a gravidade do caso e a violação de direitos humanos. Uma equipe da PF, composta por agentes, perito e papiloscopista, foi enviada ao local para iniciar as investigações. O objetivo é coletar provas, identificar os autores do crime e esclarecer as circunstâncias do ataque.


O atentado aconteceu na noite de sexta-feira (10), quando um grupo de aproximadamente dez homens fortemente armados invadiu o assentamento em carros e motos, disparando contra os presentes. As vítimas fatais foram identificadas como Valdir do Nascimento, de 52 anos; Gleison Barbosa de Carvalho, de 28 anos; e Denis Carvalho, de 29 anos. O assentamento abrigava dez famílias, incluindo crianças e idosos.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) lamentou as mortes e cobrou providências das autoridades. Em nota, o movimento denunciou a falta de políticas de segurança para proteger comunidades rurais e exigiu a prisão dos responsáveis pelo crime.

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, também acompanha de perto as investigações e afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou o envolvimento da PF no caso.

Fonte: Brasil 247

PT repudia chacina contra o MST em São Paulo e responsabiliza criminosos a serviço de especuladores imobiliários

PT nacional e bancada na Câmara divulgaram notas neste sábado

MST (Foto: ABr)

O Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou uma nota repudiando o ataque armado a um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no interior de São Paulo. O documento é assinado pela presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, e pela secretária agrária nacional da sigla, Rose Rodrigues.

Mais cedo neste sábado (11), ativistas de direitos humanos denunciaram um ataque a tiros contra o assentamento do MST, que resultou na morte de dois integrantes do movimento e deixou outros seis feridos, alguns em estado grave.

Na nota, o PT manifesta solidariedade às vítimas da Chacina de Tremembé" (SP). Também culpa "uma facção criminosa, a serviço de especuladores do ramo imobiliário local, que tem interesse em se apropriar das terras do assentamento, legalizadas pela reforma agrária".

Além disso, o PT cobra uma reação robusta das autoridades estaduais e federais: "Ameaças e ataques semelhantes têm ocorrido em outros assentamentos localizados nas proximidades de áreas urbanas ao redor do país. A brutalidade da Chacina de Tremembé exige reação forte e imediata das autoridades de segurança do estado de São Paulo e também da Polícia Federal".

Neste sábado, a bancada do PT na Câmara dos Deputados também divulgou uma nota de repúdio ao atentado, classificando o evento como "deplorável e inaceitável". Culpou aqueles "que são contra a reforma agrária e ao direito sagrado e constitucional ao uso da terra".

"Na Câmara Federal, nossa Bancada vai acionar a Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial, a fim de envidar todos os esforços para auxiliar na solução desse bárbaro crime", diz o documento, assinado pelo líder da bancada do PT na Câmara, Odair Cunha.

As vítimas fatais do ataque ao assentamento Olga Benário, na cidade do interior paulista, são Valdir do Nascimento, conhecido como “Valdirzão”, de 52 anos, e Gleison Barbosa de Carvalho, de 28. No assentamento, estavam abrigadas 10 famílias, entre crianças e idosos.

Os ativistas de direitos humanos, citando militantes do MST, disseram que o grupo criminoso, composto por cerca de 10 homens, invadiu o local fortemente armado em carros e motos.

Segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, o crime já foi comunicado ao secretário de Segurança Pública de São Paulo. Ele disse ainda que pediu as providências para a investigação dos autores do ataque e a prisão deles.

O Ministério dos Direitos Humanos, por meio do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas (PPDDH), disse em comunicado que oferecerá assistência para as lideranças do assentamento e sua coletividade. O Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou que a Polícia Federal instaure um inquérito para investigar o ataque, segundo comunicado.

Leia abaixo a íntegra das notas do PT:

Nota do Partido dos Trabalhadores

O Assentamento Olga Benário do MST em Tremembé, interior de São Paulo, foi alvo de uma chacina na noite de sexta-feira, 10 de janeiro. Um bando fortemente armado atirou contra famílias que estavam em reunião, deixando pelo menos duas pessoas mortas e 10 feridas.

O ataque covarde e brutal deixou fortes indícios de ter sido planejado e executado por bandidos de uma facção criminosa, a serviço de especuladores do ramo imobiliário local, que tem interesse em se apropriar das terras do assentamento, legalizadas pela reforma agrária.

Ameaças e ataques semelhantes têm ocorrido em outros assentamentos localizados nas proximidades de áreas urbanas ao redor do país. A brutalidade da Chacina de Tremembé exige reação forte e imediata das autoridades de segurança do estado de São Paulo e também da Polícia Federal.

Trata-se de um crime contra o país, contra a paz, a segurança e os direitos da população. Esta violência não pode ficar impune, sob pena de que ataques dessa espécie se alastrem pelo país.

Toda solidariedade às vítimas da Chacina de Tremembé, suas famílias e companheiros do MST.

Basta de violência!

Brasília, 11 de janeiro de 2024

GLEISI HOFFMANN

Presidenta Nacional do PT

ROSE RODRIGUES

Secretária Agrária Nacional do Partido dos Trabalhadores


Nota da Bancada do PT

A Bancada do PT na Câmara expressa seu repúdio ao inaceitável e deplorável ataque contra os companheiros e companheiras do Assentamento Olga Benário, em Tremembé (SP), na noite do dia 10/1.

Duas pessoas foram convardemente assassinadas e outras seis foram feridas durante a violência praticada contra os assentados do MST.

É inaceitável esse ataque armado, mais uma vez com vítimas fatais, desencadeado pelos que são contra a reforma agrária e ao direito sagrado e constitucional ao uso da terra.

A Bancada de deputados e deputadas do PT cobra ações urgentes das autoridades de São Paulo, com a ajuda da Polícia Federal, para identificar e prender os autores do crime, bem como os mandantes.

Na Câmara Federal, nossa Bancada vai acionar a Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial, a fim de envidar todos os esforços para auxiliar na solução desse bárbaro crime.

Portanto, reiteramos nosso apoio as 45 famílias que moram no local e que correram risco de vida. Essa barbaridade não pode ficar impune. Toda nossa solidariedade aos familiares e amigos das vítimas.

Odair Cunha

Líder da Bancada do PT na Câmara

Fonte: Brasil 247

Bolsonaro vai assistir à posse de Trump pela TV, diz Lindbergh após Moraes cobrar convite oficial

Ministro do STF também determinou que Bolsonaro forneça explicações detalhadas sobre seu plano de ir à posse do aliado de extrema-direita nos EUA

Lindbergh Farias e Jair Bolsonaro (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados | REUTERS/Bernadett Szabo)

O deputado federal Lindbergh Farias foi às redes sociais ironizar o pedido de Jair Bolsonaro, ao Supremo Tribunal Federal (STF), para comparecer à posse do presidente eleito dos Estados Unidos e aliado de extrema-direita, Donald Trump.

Mais cedo neste sábado (11), o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou que Bolsonaro apresente o convite oficial para a cerimônia de posse, marcada para o próximo dia 20. Na sexta-feira (10), os advogados de Bolsonaro protocolaram um pedido de liberação de seu passaporte, retido pela Justiça, para que ele possa viajar aos EUA na próxima semana e comparecer ao evento. No entanto, Moraes destacou que a defesa apresentou apenas uma mensagem de e-mail enviada a Eduardo Bolsonaro, sem identificação clara do remetente. O magistrado também solicitou informações detalhadas sobre o horário e a programação do evento.

Após a decisão de Moraes, o parlamentar do PT do Rio de Janeiro previu que Bolsonaro assistirá ao evento pela televisão, destacando a falta de um convite oficial até o momento. "Bolsonaro disse que foi convidado para posse de Trump e pediu o passaporte. Quase 40 deputados iam acompanhar o inelegível nos EUA. Aí Xandão exigiu o convite oficial da posse. Mas eles só tem um e-mail de um desconhecido para Eduardo Bolsonaro. Acho que eles vão assistir pela TV", escreveu Lindbergh Farias na plataforma X.

A Polícia Federal apreendeu o passaporte de Bolsonaro por ordem de Moraes em 8 de fevereiro do ano passado, durante a Operação Tempus Veritatis, deflagrada para investigar a trama golpista que tentou impedir a posse do presidente Lula.

Fonte: Brasil 247

Após recuperar direitos políticos, José Dirceu avalia candidatura a deputado federal em 2026

"Eu mereço ser candidato", afirmou Dirceu. Anúncio ocorre poucas semanas após o STJ encerrar processos da Operação Lava Jato contra o ex-ministro

José Dirceu (Foto: Marcelo Camargo/Agencia Brasil)

O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, afirmou que considera ser candidato a deputado federal nas eleições de 2026. A declaração foi feita em entrevista à TV Otimista, do Ceará, nesta semana, conforme relatado pela revista Veja neste sábado (11). "Eu mereço ser candidato", disse Dirceu. Segundo ele, a decisão final será tomada no fim deste ano, em diálogo com a direção do PT e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O anúncio ocorre poucas semanas após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) encerrar processos da Operação Lava Jato contra o ex-ministro. A decisão foi baseada na prescrição dos casos e em determinações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que anulou atos do ex-juiz Sergio Moro, declarado suspeito pelo STF. Com isso, Dirceu recuperou seus direitos políticos, tornando-se elegível.

Durante a entrevista, Dirceu também analisou o cenário político para 2026, destacando que o desempenho do governo Lula em 2025 será determinante para a reeleição do presidente. Ele ressaltou a importância de manter o crescimento econômico e de avançar em áreas desafiadoras para o PT, como a segurança pública.

Dirceu ainda comentou sobre a dificuldade da direita em definir um candidato competitivo: "a direita tem um problema: quem será o candidato dela? Jair Bolsonaro não será. Nós não temos esse problema. O candidato é o Lula."

Fonte: Brasil 247

Ataque a assentamento do MST em Tremembé (SP) deixa 2 mortos

Segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, o crime já foi comunicado ao secretário de Segurança Pública estadual

Encerramento de encontro da coordenação nacional do MST (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)

Um ataque a tiros contra um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Tremembé, no interior de São Paulo, resultou na morte de dois integrantes do movimento e deixou outros seis feridos, alguns em estado grave, denunciaram ativistas de direitos humanos neste sábado (11).

As vítimas fatais são Valdir do Nascimento, conhecido como “Valdirzão”, de 52 anos, e Gleison Barbosa de Carvalho, de 28. No assentamento, estavam abrigadas 10 famílias, entre crianças e idosos.

Os ativistas de direitos humanos, citando militantes do MST, disseram que o grupo criminoso, composto por cerca de 10 homens, invadiu o local altamente armado em carros e motos.

Segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, o crime já foi comunicado ao secretário de Segurança Pública de São Paulo. Ele disse ainda que pediu as providências para a investigação dos autores do crime e a prisão deles.

Fonte: Brasil 247

Biden diz que decisão da Meta de eliminar checagem de fatos é "vergonhosa"

Empresa de mídia social eliminou seu programa de verificação de fatos nos EUA e tem se aproximado de Donald Trump

Joe Biden discursa na Assembleia Geral da ONU (Foto: Reuters/Caitlin Ochs)

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, descreveu nesta sexta-feira (10) como "vergonhosa" a decisão da empresa de mídia social Meta de descartar seu programa de checagem de fatos dos EUA no Facebook, Instagram e Threads.

"Acho que é realmente vergonhoso", disse Biden.

Em menos de duas semanas, a Meta eliminou seu programa de verificação de fatos nos EUA, nomeou o proeminente republicano Joel Kaplan para ser seu diretor de assuntos globais e elegeu Dana White, presidente-executivo do Ultimate Fighting Championship (UFC) e amigo íntimo do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, para seu conselho.

A gigante da mídia social, liderada por Mark Zuckerberg, tem tentado melhorar suas relações com Trump, que toma posse no próximo dia 20. O republicano de extrema-direita criticou anteriormente as políticas de conteúdo da empresa e chegou a ameaçar prender Zuckerberg.

Zuckerberg, por sua vez, tem intensificado suas críticas à administração Biden. Em participação no podcast de Joe Rogan, divulgado na sexta, o CEO disse que o atual governo dos EUA obrigou a Meta a censurar qualquer crítica às vacinas anti-Covid durante a pandemia. 

Fonte: Brasil 247 com informações da Reuters

Itamaraty critica "perseguição" a opositores venezuelanos e pede "diálogo" após posse de Maduro

Oficialmente, o governo do presidente Lula ainda não reconheceu Maduro como vencedor das eleições de julho passado

Presidentes Lula e Maduro durante encontro da Unasul em Brasília - 29/05/2023 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O Ministério das Relações Exteriores divulgou neste sábado (11) nota em que critica as "prisões", "ameaças" e a "perseguição" a opositores políticos venezuelanos, um dia após o presidente do país, Nicolas Maduro, tomar posse para um novo mandato.

A nota foi divulgada em meio a relatos de que a líder oposicionista Maria Corina Machado teria sido presa, embora o governo venezuelano negue.

"O governo brasileiro acompanha com grande preocupação as denúncias de violações de direitos humanos a opositores do governo na Venezuela, em especial após o processo eleitoral realizado em julho passado", diz o documento, acrescentando que reconhece os "gestos de distensão pelo governo Maduro", ao citar a libertação de mais de 1 mil detidos e a reabertura do Escritório do Alto Comissário de Direitos Humanos das Nações Unidas em Caracas.

Além disso, o documento afirma: "O Brasil registra que, para a plena vigência de um regime democrático, é fundamental que se garantam a líderes da oposição os direitos elementares de ir e vir e de manifestar-se pacificamente com liberdade e com garantias à sua integridade física".

O governo brasileiro pediu ainda diálogo entre as forças políticas venezuelanas "com vistas a dirimir as controvérsias internas".

Em um processo eleitoral que foi contestado pelo Brasil, os venezuelanos votaram para presidente em 28 de julho do ano passado. Maduro foi declarado vencedor com mais de 51% dos votos pelas autoridades judiciárias do país.

A oposição, no entanto, alegou uma vitória esmagadora, citando as atas eleitorais que receberam de seções de votação em todo o país. Isso levou a grandes protestos de grupos oposicionistas. Desde então, várias milhares de pessoas foram presas sob acusações de danos à infraestrutura estatal, incitação ao ódio e terrorismo. Oficialmente, o governo do presidente Lula ainda não reconheceu Maduro como vencedor.

Leia abaixo a nota na íntegra:

O governo brasileiro acompanha com grande preocupação as denúncias de violações de direitos humanos a opositores do governo na Venezuela, em especial após o processo eleitoral realizado em julho passado.

Embora reconheçamos os gestos de distensão pelo governo Maduro – como a liberação de 1.500 detidos nos últimos meses e a reabertura do Escritório do Alto Comissário de Direitos Humanos das Nações Unidas em Caracas, o governo brasileiro deplora os recentes episódios de prisões, de ameaças e de perseguição a opositores políticos.

O Brasil registra que, para a plena vigência de um regime democrático, é fundamental que se garantam a líderes da oposição os direitos elementares de ir e vir e de manifestar-se pacificamente com liberdade e com garantias à sua integridade física.

O Brasil exorta, ainda, as forças políticas venezuelanas ao diálogo e à busca de entendimento mútuo, com base no respeito pleno aos direitos humanos com vistas a dirimir as controvérsias internas.

Fonte: Brasil 247

Venezuela fecha fronteira com Brasil até segunda-feira, diz Itamaraty

Ação ocorre no mesmo dia em que o ditador Nicolás Maduro toma posse para mais um mandato de seis anos a frente do país
O governo do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, fechou a fronteira com o Brasil nesta sexta-feira (10), informou o Ministério das Relações Exteriores. A ação vai durar até a segunda-feira (13), conforme comunicou o Itamaraty. Os fatos ocorrem no mesmo dia em que Maduro tomou posse para mais um mandato de seis anos no comando do país, sob contestação de fraude da oposição.

A diplomacia brasileira foi convidada para a posse e enviou a embaixadora em Caracas, Gilvânia Maria de Oliveira. Aliado histórico de Maduro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva optou por não comparecer ao ato mesmo sem ter sido convidado diretamente. O chavista está no poder desde 2013. O fechamento da fronteira pode comprometer o abastecimento em ambos os lados.

“O governo brasileiro informa que, por decisão das autoridades venezuelanas, a fronteira da Venezuela com o Brasil foi fechada hoje, até dia 13 de janeiro, segunda-feira. A Embaixada do Brasil informa que, em caso de emergência, cidadãos brasileiros poderão acionar os plantões consulares da Embaixada do Brasil em Caracas (+58 414 3723337) e do Vice-Consulado em Santa Elena de Uairén (+58 424 9551570), ambos com Whatsapp”, informou a pasta.

Diferentemente de Maduro, a oposição venezuelana apresentou as atas eleitorais, alegando que Edmundo González ganhou o pleito. O opositor está exilado na Espanha após a Justiça venezuelana pedir sua prisão por “risco de fuga”, após não comparecer a três depoimentos para os quais foi notificado pelo Ministério Público do país.

Dias antes da posse, Maduro ativou um plano militar e acionou as forças de segurança, além de milícias armadas, para se proteger contra ações da oposição. Na quinta-feira (9), a líder opositora María Corina Machado foi detida ao deixar um protesto em Caracas contra a posse do ditador. Ela foi liberada horas depois.

Nas redes sociais, o senador Dr. Hiran (PP-RR) alegou que a ação “prejudica o trânsito de brasileiros, principalmente, os caminhoneiros, que estão voltando para o Brasil e que levam carga, víveres e mercadorias para o povo venezuelano”.

O parlamentar disse estar embarcando de Roraima para Brasília e alegou ter acionado o Itamaraty, cobrando providências a fim de garantir o retorno de caminhoneiros e outros brasileiros que possam estar impedidos de cruzar a fronteira.

“O governo brasileiro deve buscar, de forma diplomática, porém firme, o diálogo com as autoridades venezuelanas, visando à reabertura da fronteira e ao retorno seguro dos caminhoneiros brasileiros ao nosso país”, escreveu Hiran no documento enviado ao ministério.

Fonte: R7

Demanda por vacinas foi 100% atendida em todos os estados, diz Ministério da Saúde

Desde 2023, coberturas vacinais apresentam tendência de crescimento

(Foto: Ag.Brasil)

O Ministério da Saúde enviou 100% da demanda de imunizantes apresentada pelos estados no último mês. Todas as vacinas do calendário básico estão com estoques abastecidos. A informação é da EBC.

A proteção da população é uma das pautas prioritárias do governo federal, que em 2023 lançou o Movimento Nacional pela Vacinação enquanto estratégia de retomada das coberturas vacinais, que apresentavam queda desde 2016. Desde então, a tendência é de crescimento. Em 2024, até novembro, o Brasil registrou aumento na cobertura de 15 das 16 vacinas do calendário infantil . Dessas, 12 ultrapassaram o percentual de 2023.

Segundo o novo painel de distribuição , entre 2023 e 2024, foram enviadas mais de 604 milhões de doses a todos os estados. O painel é interativo e possui dados detalhados sobre o número de doses de todos os tipos de vacinas distribuídas pelo governo federal. Lançada em dezembro de 2024, a plataforma fortalece a gestão tripartite do Sistema Único de Saúde (SUS) e reafirma o compromisso com a transparência.

A nova ferramenta marca mais um passo na consolidação de políticas públicas voltadas para a imunização no Brasil, um dos maiores desafios logísticos do mundo, devido às dimensões continentais do país. Anualmente, são distribuídas cerca de 300 milhões de doses de vacinas para todos os 5.570 municípios brasileiros por meio do PNI . Esse é um processo logístico que exige planejamento detalhado, gestão eficiente e transparente para superar desafios impostos pela extensão territorial e diversidade do Brasil.

“O processo de logística é complexo. Trabalhamos em parceria com os estados, que fazem a distribuição aos municípios. Apesar dos desafios, conseguimos enviar todas as grades de vacinas do calendário básico no mês de dezembro. Temos estoques garantidos, como é o caso das vacinas de meningite e coqueluche, com reservas para atender a demanda dos próximos seis meses”, explica o diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Eder Gatti.

Em 2023, o Ministério da Saúde retirou o sigilo dos estoques e dos descartes de vacinas e outros insumos. Mais de 12,3 milhões de doses de vacinas que seriam perdidas foram utilizadas e, com isso, foi evitado um desperdício de quase R$ 252 milhões.

Em 2024, a pasta anunciou mais de R$ 7 bilhões dentro do Plano de Vacina para 2025, sem contar eventuais novas incorporações. O orçamento permite a compra de pelo menos 260 milhões de doses, garantindo o abastecimento em todo o território nacional.

Demandas da população estão asseguradas

No caso das vacinas varicela e tetraviral (que também possui o componente varicela), houve escassez de matéria-prima mundialmente. O chefe do DPNI reforça que eventuais problemas pontuais serão resolvidos com os novos fornecedores. “Garantimos abastecimento inclusive da varicela, que enfrentava pendências, superando um problema por conta de fornecedores. Hoje, contamos com três fornecedores para essa vacina, assegurando a normalização ao longo do primeiro semestre de 2025”, detalha Eder Gatti.

Mesmo diante da dificuldade de fornecimento, o Ministério da Saúde garantiu estoque estratégico da vacina varicela para atendimento de situações de bloqueio surto e todos os pedidos foram atendidos pela pasta, totalizando mais de 1,7 milhão de doses em 2024.

O diretor também reitera que o Ministério da Saúde reforçou os estoques de imunizantes Covid-19 para 2025. De outubro a dezembro de 2024, foram distribuídas 3,7 milhões de doses aos estados, das quais há registro de 503 mil efetivamente aplicadas.

O Ministério da Saúde concluiu recentemente um pregão para a aquisição de 69 milhões de doses que poderão ser utilizadas em até dois anos. As doses serão entregues de forma gradual, conforme a necessidade, por meio de uma ata de registro de preços, garantindo maior flexibilidade nas entregas e evitando compras excessivas e desperdício de vacinas.

A pasta tem trabalhado para otimizar o processo de aquisição e distribuição, com ações voltadas para garantir o abastecimento de imunizantes essenciais em todo o território nacional. O Ministério da Saúde reforça seu compromisso em manter o diálogo com os estados e em buscar soluções que minimizem eventuais dificuldades, assegurando o atendimento das demandas da população.

Fonte: Brasil 247

Moraes cobra convite oficial de Bolsonaro para posse de Trump

Ex-mandatário disse que foi convidado e pediu ao STF a liberação de seu passaporte para comparecer ao evento em 20 de janeiro

Alexandre de Moraes - 18/06/2024 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que Jair Bolsonaro apresente o convite oficial para a cerimônia de posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, marcada para o próximo dia 20, informou o portal G1 neste sábado (11).

Na sexta-feira (10), os advogados de Bolsonaro protocolaram um pedido de liberação de seu passaporte, retido pela Justiça, para que ele possa viajar aos EUA na próxima semana e comparecer ao evento do aliado.

No entanto, Moraes destacou que a defesa apresentou apenas uma mensagem de e-mail enviada a Eduardo Bolsonaro, sem identificação clara do remetente. O magistrado também solicitou informações detalhadas sobre o horário e a programação do evento.

A Polícia Federal apreendeu o passaporte de Bolsonaro por ordem de Moraes em 8 de fevereiro do ano passado, durante a Operação Tempus Veritatis, deflagrada para investigar a trama golpista que tentou impedir a posse do presidente Lula.

Fonte: Brasil 247

Em clima festivo, milhares de pessoas marcham em apoio à posse de Maduro

 

Nas ruas de Caracas, o Brasil de Fato ouviu as expectativas para os próximos seis anos de quem foi apoiar o presidente

Marcha em apoio a Nicolas Maduro na Venezuela - Zoe Alexandra


Milhares de venezuelanos saíram às ruas de Caracas na sexta-feira (10) em apoio à posse do presidente Nicolás Maduro. Desde cedo, as praças e avenidas do centro da cidade ficaram cheias de pessoas que chegaram de diferentes partes do país, enquanto bandas ao vivo acompanhavam as ruas no intenso dia caribenho em diferentes partes da capital.

As avenidas do centro de Caracas ficaram tingidas de vermelho, azul e amarelo, com bandeiras venezuelanas em toda parte. A tensão que caracterizou os últimos dias, devido à incerteza sobre as ações da oposição de direita, foram rapidamente dissipadas.
O pequeno número de pessoas que compareceram à manifestação de María Corina Machado não deixou margem para dúvidas. A atmosfera festiva da capital venezuelana contrastou drasticamente com as previsões de violência e caos feitas pelos setores da oposição de direita.

Nas ruas de Caracas, o Brasil de Fato conversou com várias pessoas que foram apoiar a posse de Maduro para conhecer suas expectativas para os próximos seis anos do novo governo.

Lilimar Acevedo, ativista contra a violência de gênero, destaca que o país está lidando com "desafios internos e externos". Aponta as sanções e o bloqueio como o principal desafio que o país ainda enfrenta.

"O bloqueio injustificado e doloroso afetou muito o nosso país. Mas nossa formação como povo, como poder popular, está em busca de uma solução para todos esses problemas. Temos o desafio de continuar a melhorar nossa saúde, educação, cultura e esporte. Todos estes anos de guerra econômica e bloqueio nos afetaram muito. Temos o objetivo de recuperar a qualidade de todos esses serviços para o nosso povo", diz.


Entre as milhares de pessoas que se mobilizaram, mais de 11 mil camponeses e pescadores do interior do país vieram à capital para acompanhar a inauguração. Ediu Gonzalez, líder camponesa do estado de Portuguesa, conta que viajaram com uma delegação de cerca de 200 pessoas.

"Viemos o melhor que pudemos para apoiar nosso governo. Temos companheiros que viajaram por mais de um dia, em ônibus, coletando dinheiro para a gasolina de cada uma das comunidades para poder vir. Sabemos que este é um dia histórico e queríamos estar aqui, comemorando e apoiando nosso projeto", conta.

Garante que foi um triunfo o fato de o povo da Venezuela ter conseguido chegar a essa data em um cenário de paz e estabilidade. "Houve tentativas de semear o caos e a violência novamente. Para manchar a pátria. Não será fácil, mas nunca tivemos tempos fáceis. Sempre houve uma extrema direita violenta aqui que tentou, repetidas vezes, desestabilizar o país. Não conseguiram, nem conseguirão."

Com a economia estabilizada após anos de hiperinflação incapacitante, Gonzalez acredita que os próximos anos devem se concentrar na melhoria da renda da população trabalhadora. Aponta especialmente o fato de que os camponeses e os trabalhadores rurais precisam melhorar suas condições de vida.

Desafios populares

Há meses, o chavismo vem falando sobre a necessidade de promover um processo de reforma constitucional. Durante seu discurso de posse na Assembleia Nacional, Maduro anunciou que assinaria um decreto para criar uma "comissão nacional ampla para elaborar um projeto de reforma constitucional, a fim de avançar em um processo de democratização e definição do perfil da nova sociedade e economia da Venezuela".



O debate sobre a reforma constitucional vem gerando grandes expectativas em vários movimentos sociais. Muitos ativistas populares percebem que o governo recentemente voltou a colocar os movimentos sociais no centro de seu discurso.

"Temos o enorme desafio de incorporar todo o acúmulo histórico dos últimos anos, toda a construção do poder popular e do Estado comunal, em uma nova constituição da República Bolivariana da Venezuela", reflete Carlos Vargas, um dos dirigentes da Unión Comunera.

"O presidente nos convocou e temos o desafio de responder com propostas elaboradas a partir da organização popular. Temos que debater, temos que propor e temos que continuar demonstrando que muitas das soluções que nosso povo precisa são aquelas que construímos todos os dias a partir dos movimentos populares e, especialmente, do movimento comunal", afirma.


Brasil de Fato acompanha o que está acontecendo na Venezuela / Brasil de Fato/Rafael Canoba


Vargas ressalta que as duas consultas populares sobre o orçamento participativo que ocorreram este ano foram um exemplo de como avançar em um sentido de discussão e decisões sobre projetos que podem melhorar a qualidade de vida nas comunidades. No entanto, ele diz que um dos principais desafios é aumentar o nível de participação nas comunidades.

"Cada um desses debates, cada uma dessas consultas, deve servir para fortalecer a cultura política do nosso povo. Isso fortalece os mecanismos de intervenção democrática. É nesse ponto que o movimento popular tem um grande desafio. Este ano, em cada uma das consultas populares, tivemos uma participação de cerca de 25 a 30% da comunidade. Temos que aumentar o nível de participação do nosso povo e criar uma cultura de prestação de contas desses recursos. Para que os recursos alocados para as obras que precisam ser feitas sejam de fato realizados."

A poucos dias da posse de Donald Trump, a ingerência de Washington voltará a ser uma questão fundamental para a Venezuela. Embora todas as administrações do governo dos EUA tenham mantido uma forte oposição ao chavismo, e até mesmo o governo Obama tenha declarado a Venezuela uma "ameaça inusitada para os Estados Unidos", o novo mandato de Trump imporá mais uma vez uma situação difícil para o país caribenho.

"Temos que construir um aparato econômico comunitário que possa enfrentar as batalhas que o imperialismo nos impõe. Temos que ser capazes de enfrentar a chegada de Trump, que certamente imporá novas medidas coercitivas contra a Venezuela. Por isso, é fundamental que durante esses próximos anos possamos avançar no empoderamento popular."

Edição: Nicolau Soares
Fonte: Brasil de Fato

Após ameaçar intervir em posse, extrema direita recua e diz que ex-candidato não voltará à Venezuela

 

María Corina Machado, líder da extrema direita venezuelana, afirmou que Edmundo González deve permanecer no exterior

Líder da extrema direita, Machado gravou um vídeo para dizer que Edmundo González permanece no exterior - HANDOUT/@mariacorinamachado/AFP

A ultraliberal líder da extrema direita venezuelana, María Corina Machado, publicou um vídeo nesta sexta-feira (10) afirmando que o ex-candidato da Plataforma Unitária, Edmundo González Urrutia, não vai voltar à Venezuela. A fala da ex-deputada vem depois de um mês em que os opositores prometaram estar em Caracas em 10 de janeiro para interferir na cerimônia que empossou Nicolás Maduro como presidente.

Segundo Machado, "não há garantias de segurança" para que Edmundo esteja na capital venezuelana. Na publicação, a ex-deputada afirmou que é fundamental "garantir a integridade de Edmundo para a derrota final do regime".


Brasil de Fato acompanha o que está acontecendo na Venezuela / Brasil de Fato/Rafael Canoba



Ainda segundo ela, a decisão foi tomada depois que o governo "aumentou a repressão" nos atos desta quinta-feira (9). "Decidimos que não era conveniente que Edmundo tentasse entrar na Venezuela nesta sexta. Foi um pedido meu. A democracia está muito perto. Venezuelanos, Maduro não poderá governar à força", disse.

A decisão anunciada por Machado é um recuo após uma tentativa de mobilização popular e internacional em torno do nome de González e da ideia de intervir na cerimônia de posse.

O ex-candidato da extrema direita fez nos últimos dias uma turnê por países governados pela direita para pedir apoio em uma tentativa de derrubar o governo de Maduro. Ele se encontrou com os presidentes da Argentina, Javier Milei, do Uruguai, Luis Lacalle Pou, e dos Estados Unidos, Joe Biden, em um esforço de mostrar força política para tentar um golpe.

Em todas as ocasiões, ele reforçou a ideia de estar em Caracas em 10 de janeiro para tentar tomar posse. Edmundo, no entanto, não especificou como pretenderia ir ao país, já que é alvo de um mandado de prisão emitido pelo Ministério Público.


Presa ou não?

No vídeo, María Corina também deu a sua versão sobre o que foi denunciado pela Plataforma Unitária nesta quinta-feira como a "prisão da ex-deputada". Ela participou dos atos opositores nesta quinta e discursou para apoiadores. Depois, deixou a mobilização em uma moto.

A Plataforma Unitária afirmou que Machado foi "libertada" após ser "retida à força" ao final da manifestação. O ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, confrontou essa versão ainda na quinta e disse que a suposta detenção de Machado foi “uma invenção, uma mentira”.

Na publicação desta sexta, María Corina disse ter deixado a marcha de maneira pacífica acompanhada de duas motos. No caminho de volta, ela afirma ter sido interceptada por agentes de segurança e colocada em uma moto com dois policiais que afirmavam levar ela para o bairro da Boleíta, na capital Caracas. Na sequência, eles teriam recebido ordem para libertá-la.

A ultraliberal afirma também que eles gravaram um vídeo com um depoimento dela afirmando que estava bem.

Maduro toma posse e jura com o povo

O presidente Nicolás Maduro foi empossado nesta sexta-feira na Assembleia Nacional para um terceiro mandato que deve durar até 2031. Após a cerimônia oficial, ele participou de um ato em frente ao Palácio Miraflores, sede do Executivo venezuelano, e discursou para uma multidão que o esperava há horas. Entre os apoiadores havia cerca de 2 mil delegados internacionais.

Em seu discurso, o presidente relembrou Hugo Chávez em vários momentos: “Nessa mesma rua, 12 anos atrás, com Chávez já debilitado, jurei lealdade ao comandante e ao povo".

“Hoje superamos o estigma da traição, nós derrotamos a traição. Hoje cumpri como homem do povo e como cidadão a Constituição: às 11h fui juramentado como presidente constitucional da República Bolivariana da Venezuela até 2031", afirmou.

Maduro comentou que 125 delegações de países estrangeiros estão na Venezuela e que houve mobilizações em apoio a sua posse em mais de 300 cidades venezuelanas.

Ele ainda se referiu indiretamente às movimentações da extrema direita que saiu derrtada das eleições de julho do ano passado e, ainda assim, ameaçava intervir na posse do presidente chavista. “Enfrentamos a guerra psicológica incentivada pelos derrotados", disse Maduro.

O presidente ainda fez um juramento simbólico junto com o povo de continuar a construir uma "Venezuela potência" e de construção do socialismo e do poder popular para "combater qualquer conspiração fascista" e defender o direito da Venezuela a paz e ao futuro.

Edição: Lucas Estanislau
Fonte: Brasil de Fato