
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (25) após a condenação da cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, envolvida nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
Em publicação na rede social X (antigo Twitter), Nikolas declarou que “a solução é esperar um presidente dissolver essa corte política”, em referência direta ao STF. A fala ocorreu após a Primeira Turma do STF formar maioria para condenar Débora a 14 anos de prisão pelos crimes cometidos durante a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes.
A bolsonarista ganhou notoriedade por usar batom para pichar a frase “perdeu, mané” na estátua “A Justiça”, localizada em frente ao Supremo. O gesto se tornou simbólico dos ataques daquele dia.
Na mesma publicação, Nikolas Ferreira afirmou que “o Brasil é dominado por canalhas” e criticou o funcionamento das instituições nacionais. “As instituições no Brasil estão corrompidas. Não tem como esperar de nenhuma delas a solução. Isso inclui o Congresso – onde trabalho”, escreveu o parlamentar. Ele finalizou a mensagem com a frase: “Enquanto isso, é não desistir. ‘Quem durar mais, vence’”.
A condenação de Débora Rodrigues inclui os seguintes crimes:
- Abolição violenta do Estado Democrático de Direito: 4 anos e 6 meses
- Tentativa de golpe de Estado: 5 anos
- Associação criminosa armada: 1 ano e 6 meses
- Dano qualificado: 1 ano e 6 meses
- Deterioração de patrimônio tombado: 1 ano e 6 meses
Dos 14 anos de pena, 12 anos e 6 meses devem ser cumpridos em regime fechado, enquanto o restante será em regime aberto.
A maioria da Primeira Turma do STF foi formada com os votos dos ministros Alexandre de Moraes (relator), Cármen Lúcia e Flávio Dino. Os ministros Luiz Fux e Cristiano Zanin também votaram pela condenação, mas propuseram penas menores – Fux sugeriu 1 ano e 6 meses, e Zanin, 11 anos.
Atualmente, Débora cumpre prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica e restrições como proibição de usar redes sociais, conceder entrevistas ou se comunicar com outros envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
Fonte: DCM
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