Presidente da Câmara critica "interferência judicial" e cobra eficiência na gestão pública e controle de gastos do Estado
Durante evento promovido pela Esfera Brasil em São Paulo, nesta segunda-feira (28), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), manifestou preocupação com a atuação do Judiciário em temas do Legislativo. Segundo ele, essa interferência compromete a segurança jurídica e dificulta o ambiente de negócios no país. As declarações foram registradas pelo UOL.
"Do ponto de vista da segurança jurídica, a interferência, muitas vezes de forma reiterada, do Judiciário atrapalha. O Judiciário está se metendo em praticamente tudo, e isso não é bom para o país. Acaba que não tem uma regra, e você não sabe como vai estabelecer o seu investimento", afirmou Motta.
A crítica ocorreu após o Supremo Tribunal Federal (STF) informar à Câmara que o processo contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), acusado de envolvimento em tentativa de golpe de Estado, não poderia ser suspenso pelo Legislativo.
Além das críticas ao Judiciário, Motta defendeu a necessidade de reformas para aumentar a eficiência do Estado. Ele destacou a importância de controlar os gastos públicos e de modernizar a máquina administrativa. "Nosso cenário de crescimento está pautado no consumo, mas tem crescimento. Geração de emprego acima da renda. Ao lado disso, devia haver medidas para restringir a despesa e enxugar a máquina pública", disse.
Motta também mencionou casos de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) como exemplo de ineficiência na gestão pública. Ele defendeu a implementação de uma reforma administrativa que priorize a produtividade e a avaliação de desempenho dos servidores. "Não dá para ter uma máquina pública hoje do tamanho que era 30 ou 40 anos atrás", afirmou. "Precisamos medir a qualidade do funcionário, porque com isso você passa a ter condições de um Estado mais producente", concluiu.
Fonte: Brasil 247 com informações do UOL
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