A cantora sertaneja Maraisa, que faz dupla com Maiara, enfrentou críticas nas redes sociais
A cantora sertaneja Maraisa, que faz dupla com Maiara, enfrentou críticas nas redes sociais após divulgar um trecho da música "Borderline", que associa o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) a comportamentos abusivos. Segundo informações da Marie Claire, o vídeo em que ela aparecia cantando a canção foi publicado no sábado (26) e apagado no dia seguinte, após a repercussão negativa entre fãs.
A faixa tinha como objetivo, segundo a artista, alertar uma mulher para sair de um relacionamento tóxico. Entretanto, o trecho da letra que afirma "Nem preciso de CRM pra diagnosticar essa loucura que cê tá vivendo / Fiquei sabendo que ele namorou outras pessoas / Pra cada uma ele foi um personagem / E esse perfil se encaixa numa personalidade borderline" foi duramente criticado por usuários do X (antigo Twitter), que consideraram a abordagem estigmatizante e desrespeitosa.
Especialistas em saúde mental e pessoas diagnosticadas com TPB ressaltaram que o transtorno não deve ser associado automaticamente a comportamentos abusivos. O TPB é caracterizado por instabilidade emocional, impulsividade, crises de identidade, pensamento extremista e hipersensibilidade à rejeição, mas pode ser tratado com acompanhamento terapêutico e medicamentoso.
Entre os comentários mais compartilhados, um fã-clube da dupla se manifestou: "A música ficou massa. Só precisa tirar essa palavra [Borderline], porque está generalizando os Borderlines e chamando eles de malucos. Lembrando que relação tóxica e com malucos não é porque a pessoa é Borderline, qualquer ser humano pode ser tóxico e mau caráter na relação. Bora rever isso!".
Outra fã escreveu: "Preferia não ter descoberto a música 'Borderline' da Maiara e Maraisa… Tô sentindo um ódio indescritível", refletindo o sentimento de parte da base de fãs. Um terceiro comentário destacou a preocupação com a disseminação de preconceitos: "Sou fã da Maraisa, mas ela lançou uma música falando negativamente de Borderline, sem respeito e empatia com quem possui esse diagnóstico. Com mais de 2 milhões de diagnósticos no Brasil com essa música ela espalha desinformação e preconceito".
Procurada pela Marie Claire, Maraisa afirmou, por meio de sua assessoria, que não irá se pronunciar sobre o caso.
O episódio reacendeu debates sobre a responsabilidade de figuras públicas ao tratar de temas relacionados à saúde mental em suas obras. Especialistas alertam que a representação equivocada de transtornos como o TPB pode dificultar ainda mais o diagnóstico precoce, o tratamento adequado e aumentar o estigma social em torno da condição.
Fonte: Brasil 247 com informações da revista Marie Claire
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