
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu nesta quarta-feira (24) prisão domiciliar humanitária ao indígena bolsonarista José Acácio Sererê Xavante, conhecido como cacique Sererê. A decisão ocorre quatro meses após sua prisão ao tentar fugir para a Argentina, descumprindo medidas judiciais anteriores.
A defesa do cacique argumentou que ele sofre de diabetes agravada, o que tem afetado seriamente sua visão. Moraes considerou que o diagnóstico médico representa uma “situação excepcional e superveniente”, autorizando a substituição da prisão por regime domiciliar com restrições severas.
“O diagnóstico médico, portanto, configura importante situação superveniente a autorizar a excepcional concessão de prisão domiciliar humanitária”, escreveu o ministro.
Mesmo em liberdade, Sererê Xavante seguirá sob monitoramento rigoroso. Ele deverá usar tornozeleira eletrônica, está proibido de utilizar redes sociais — inclusive por meio de terceiros —, não poderá manter contato com outros investigados nem conceder entrevistas sem autorização do Supremo Tribunal Federal. Além disso, só poderá receber visitas de familiares, advogados ou pessoas previamente autorizadas pela Justiça.
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