Ex-aliada incondicional da Lava Jato, operação que destroçou a economia nacional, jornalista defende a prisão de Collor e critica o que foi feito com Lula
A jornalista Miriam Leitão defendeu neste domingo (27) a prisão do ex-presidente e ex-senador Fernando Collor de Mello e criticou os abusos cometidos contra o presidente Lula no âmbito da Lava Jato. A análise foi publicada em sua coluna no jornal O Globo.
Miriam reconheceu que a operação Lava Jato, da qual foi inicialmente uma das mais entusiásticas defensoras, desviou-se de seus propósitos originais e acabou servindo a interesses políticos. Ela afirmou que o então juiz Sergio Moro foi parcial no julgamento de Lula e, ao aderir ao governo de extrema direita de Jair Bolsonaro, revelou a motivação política por trás de suas decisões. "Ficou claro que, desde o começo, eles tinham uma agenda política e seu maior alvo era o presidente Lula", escreveu.
A jornalista destacou que, enquanto a condenação de Lula foi marcada por um processo viciado, a prisão de Collor se deu de maneira distinta. Collor foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, acusado de receber R$ 20 milhões em troca de influência na BR Distribuidora. Miriam lembrou que o processo de Collor permaneceu no Supremo Tribunal Federal (STF), fora da esfera de Curitiba, e baseado em provas materiais, não apenas em delações premiadas.
Ao final da coluna, a jornalista alertou para o risco de que a extrema direita manipule o combate à corrupção para propagar falsas narrativas contra o STF e as instituições democráticas. "É essencial para a democracia mostrar que é capaz de corrigir seus próprios erros", concluiu Miriam Leitão.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário