segunda-feira, 14 de abril de 2025

Médico de Bolsonaro diz que problema "não está 100% resolvido"

Bolsonaro passou por cirurgia no domingo após novo caso de obstrução intestinal. Segundo o médico, novas aderências "vão se formar"

    Claudio Birolini (Foto: Reprodução/CNN Brasil)

Jair Bolsonaro (PL) passou por uma cirurgia de 12 horas no domingo (13) em Brasília, para tratar de um quadro de aderências intestinais. A operação, realizada pelo médico-chefe da equipe cirúrgica, Claudio Birolini, teve como objetivo liberar as aderências e reconstruir a parede abdominal do ex-presidente, informa o Metrópoles. No entanto, em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (14), Birolini afirmou que o problema de Bolsonaro não está completamente resolvido, destacando que o surgimento de novas aderências intestinais é inevitável.

“As aderências vão se formar, isso aí é inevitável. Um paciente que tem um abdômen hostil, por mais que você solte tudo, essas aderências vão se formar”, explicou Birolini, em entrevista concedida no Hospital DF Star, onde Bolsonaro está internado. Ele também mencionou que a recuperação de Bolsonaro nos próximos dias será mais lenta, uma vez que o pós-operatório imediato é crucial e a formação das aderências pode influenciar no processo. “Nós não temos nenhuma intenção de acelerar esse processo”, ressaltou.

Embora o quadro de Bolsonaro tenha se estabilizado, Birolini afirmou que o ex-presidente poderá enfrentar no futuro a formação de “aderências bridas”, que podem exigir acompanhamento contínuo. “Cada caso será analisado de forma individualizada”, completou o médico, deixando claro que o risco de complicações ainda é presente.

O cardiologista Leandro Echenique, que também acompanhou o caso, classificou a cirurgia como “extremamente complexa”, mas elogiou os resultados. “Tinha muita aderência, mas o resultado foi excelente. Não houve complicação, e todas as medidas preventivas serão tomadas”, afirmou. Ele ainda destacou que Bolsonaro está acordado e consciente.

Bolsonaro, que foi transferido de helicóptero de Natal (RN) para Brasília na noite de sábado (12) após um quadro de subobstrução intestinal, continua internado na capital federal. Ele foi hospitalizado às pressas no Rio Grande do Norte na sexta-feira (11), após queixas de fortes dores abdominais enquanto cumpria sua agenda no estado. Birolini chegou a afirmar que o episódio de sexta-feira foi o mais grave desde o evento de Juiz de Fora (MG) durante a campanha de 2018. Contudo, o estado de saúde de Bolsonaro é considerado estável.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

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