Presidente decreta luto oficial de sete dias e destaca atuação de Francisco contra desigualdade, preconceito e crise climática
(Foto: Ricardo Stuckert/PR)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou luto oficial de sete dias no Brasil pela morte do papa Francisco, ocorrida neste domingo (20), aos 88 anos. Em mensagem publicada nas redes sociais, Lula prestou uma homenagem comovente ao pontífice argentino, destacando seu papel como defensor da paz, da justiça social, dos pobres e dos mais vulneráveis.
“O Santo Padre se vai, mas suas mensagens seguirão gravadas em nossos corações”, afirmou o presidente. Para Lula, Jorge Mario Bergoglio — o papa Francisco — foi uma referência global de amor, tolerância e solidariedade, valores fundamentais do cristianismo. “A humanidade perde hoje uma voz de respeito e acolhimento ao próximo”, escreveu.
O presidente lembrou ainda os encontros com o papa, acompanhado da primeira-dama Janja, e a afinidade de ideias entre ambos. “Pudemos compartilhar nossos ideais de paz, igualdade e justiça. Ideais de que o mundo sempre precisou. E sempre precisará”, destacou. Lula elogiou o empenho de Francisco em denunciar as injustiças geradas por modelos econômicos excludentes e sua decisão de inserir no centro da agenda do Vaticano o combate às mudanças climáticas.
A mensagem de Lula repercutiu entre ministros e autoridades do governo federal. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, ressaltou a simplicidade e o humanismo como marcas do pontificado de Francisco. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lembrou a atuação do papa durante a pandemia da Covid-19: “Foi um grande defensor do acesso gratuito à saúde, durante toda a pandemia ergueu sua voz em favor da vacina contra o negacionismo, orou pelos doentes, pelos médicos e por todos os profissionais da saúde”.
A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, descreveu Francisco como “uma liderança que tocou o mundo com sua humildade, coragem e compromisso com os grupos que mais precisam, pelo enfrentamento das desigualdades econômicas e todas as formas de preconceito”.
Simone Tebet, ministra do Planejamento, afirmou: “Aquele tempo medido pelo ponteiro dos segundos foi suficiente para inundar minha alma por um profundo sentimento de paz”, referindo-se ao impacto espiritual causado pela notícia da morte do papa.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou Francisco como “valoroso exemplo de vida”. Já a deputada Gleisi Hoffmann (PT) recordou a imagem simbólica do papa em 27 de março de 2020, no auge da pandemia: sozinho, sob uma chuva fina, rezando em silêncio na vazia Praça de São Pedro. “Pela vida e pela esperança da humanidade”, escreveu.
Com seu pontificado marcado pela defesa incondicional dos pobres, pela crítica aos excessos do capitalismo e pelo combate a todas as formas de exclusão, Francisco deixa um legado profundo e transformador. Seu exemplo, segundo Lula, continuará a inspirar os que lutam por um mundo mais justo, fraterno e solidário.
Fonte: Brasil 247
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