
Na última sexta-feira (11), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou mal e foi levado às pressas ao Hospital Rio Grande, onde ficou internado até o sábado (12), quando foi transferido para Brasília. Após a passagem do líder da extrema-direita, viralizou um vídeo publicado no Instagram do hospital com ele e sua equipe, além de funcionários do local, realizando uma oração ao som de uma música gospel.
O episódio turbinou as demais publicações evangélicas da instituição. Dirigido por Luiz Roberto Leite Fonseca, ex-secretário de Saúde de Natal e recém-contratado como coordenador geral do SAMU da capital, o Hospital Rio Grande se caracteriza pelas publicações religiosas nas redes sociais.
“Médico, diretor do Hospital Rio Grande, coordenador do SAMU Natal e servo do Senhor Jesus”, como se apresenta nas redes sociais, Luiz Roberto está sempre à frente dos “cultos” nos corredores.
Com guitarra em mãos, acompanhado de outros músicos, ele também costuma publicar vídeos de “devacionais” feitos para, segundo ele, levar bem-estar aos pacientes, mesmo os que não seguem sua doutrina religiosa.
No X, antigo Twitter, as cenas repercutiram com críticas ao gesto. Em um perfil anônimo, um enfermeiro comentou que “corredor de hospital não é lugar de gritaria e aglomeração”.
“Imagina se acontece alguma emergência e você tem que se deslocar até o quarto com sua equipe e essa gente toda atravancando o caminho?”, questionou o usuário, que também pediu respeito aos doentes.
Bolsonarismo e a “fé” pela cura
Além de Natal, o Hospital DF Star em Brasília, onde Bolsonaro segue internado, também passou a ser frequentado por evangélicos, especialmente após o último fim de semana.
Uma roda de oração concentrada em frente ao local precisou ser repreendida por uma mulher que pediu aos fieis que “não usem o nome de Jesus em vão”.
Na ocasião, seus apoiadores pediam uma recuperação rápida e diziam que “o Senhor” ajudaria a avançar o projeto de lei que anistia golpistas.
“Todos os patriotas brasileiros que amam essa nação ficaram apreensivos. Nosso presidente continua firme e forte e nós sabemos que o Senhor vai recuperar o Bolsonaro”, dizia o homem que conduzia a oração.
A mulher que passava pelo local confrontou os eleitores de Bolsonaro: “Em nome de Jesus está amarrado. Está amarrado esse monstro. Não use o nome de Jesus. Ele persegue Jesus. Vocês não têm autoridade para falar em nome de Jesus, não usem os evangélicos, não usem o nome de Jesus. Ele é apoiado por Israel, um Estado terrorista e assassino”.
Fonte: DCM
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