terça-feira, 29 de abril de 2025

Governo central tem superávit primário de R$1,1 bi em março, melhor resultado para o mês em 4 anos

O desempenho do mês foi decorrente de um aumento real de 0,8% na receita líquida e uma queda real de 0,5% nas despesas totais

       Moedas de real (Foto: REUTERS/Bruno Domingos)

BRASÍLIA (Reuters) - O governo central registrou superávit primário de R$1,096 bilhão em março, ante um saldo negativo de R$1,024 bilhão no mesmo mês de 2024, informou o Tesouro Nacional nesta terça-feira, apontando uma alta real na arrecadação e um recuo nas despesas.

O resultado, que compreende as contas de Tesouro, Banco Central e Previdência Social, foi ligeiramente pior do que o esperado pelo mercado, conforme pesquisa da Reuters, que apontava para um superávit de R$1,323 bilhão no mês.

O desempenho do mês foi decorrente de um aumento real de 0,8% na receita líquida -- que exclui transferências para governos regionais -- e uma queda real de 0,5% nas despesas totais em comparação com março de 2024.

A elevação nas receitas é resultado, principalmente, de um aumento real de 5,6% nas receitas administradas pela Receita Federal, que englobam a coleta de impostos de competência da União. Entre os principais ganhos estão uma alta de 26,8% na coleta de Imposto de Importação e de 5,0% do Imposto de Renda.

Já as receitas não administradas pela Receita caíram 12,5%, puxadas com quedas em dividendos e participações (-25,2%) e concessões (-21,3%), entre outros.

Do lado das despesas, a queda foi impulsionada, principalmente, por menores desembolsos com gastos discricionários de ministérios, que incluem custos administrativos e de investimentos.

O resultado do mês foi o melhor para março desde 2021, quando houve superávit de R$2,603 bilhões segundo dados corrigidos pela inflação.

No acumulado do primeiro trimestre deste ano, o governo central registrou um superávit primário de R$54,532 bilhões. No mesmo período em 2024, foi registrado um saldo positivo de R$20,171 bilhões.

A meta de resultado primário para 2025 é de déficit zero, com tolerância de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto, o que corresponde a cerca de R$29 bilhões.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

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