sexta-feira, 25 de abril de 2025

Flávio defende Collor e diz que Moraes vai fazer o mesmo com Bolsonaro

 

O ex-presidente Fernando Collor e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Foto: Reprodução
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) defendeu o ex-presidente Fernando Collor de Mello, preso na madrugada desta sexta-feira (25) por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar atacou o magistrado e comparou o caso ao processo contra seu pai, Jair Bolsonaro, na Corte.

“O ex-presidente Collor foi vítima de mais um ato de ódio de Alexandre de Moraes contra Bolsonaro. Ao negar monocraticamente o segundo embargos da defesa de Collor, alegando sê-lo ‘protelatório’ (o que não é o caso), Alexandre cerceia ilegalmente a defesa”, escreveu Flávio no X.

Collor foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção. Na decisão, Moraes rejeitou um recurso apresentado por sua defesa, alegando que o pedido tem caráter “meramente protelatório”, ou seja: com o objetivo de atrasar sua detenção.

Flávio diz que existe um “jogo de cartas marcadas” e pretende fazer o mesmo com seu pai após a condenação. “Mostra exatamente como pretende fazer quando Bolsonaro for recorrer da decisão que o condenará (jogo de cartas marcadas). Alexandre converte o alto significado do Estado Democrático de Direito em uma promessa frustrada pela prática autoritária de poder”, prosseguiu.

Vale lembrar que Flávio se livrou das denúncias de “rachadinha” da época em que era deputado estadual pelo Rio de Janeiro. O ministro Gilmar Mendes, após quase dois anos de análise do caso, negou dois recursos apresentados pelo Ministério Público que tentavam reabrir o processo.


Collor foi considerado culpado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo recebimento de R$ 20 milhões em propina pela UTC Engenharia em troca de viabilizar, de maneira irregular, quatro contratos com a BR Distribuidora. Os crimes teriam ocorrido entre 2010 e 2014, quando era senador.

O Supremo começou uma sessão no plenário virtual nesta sexta para decidir se confirmam ou revogam a determinação de Moraes. Gilmar suspendeu o julgamento, mas os colegas já haviam votado e o placar está 4 a 0 pela manutenção da ordem de prisão.

Ele foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em agosto de 2015, se tornou réu em 2017 e condenado em 2023. O caso foi julgado no Supremo porque, na época da denúncia, era senador pelo PTB de Alagoas.

Fonte: DCM

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