Nadine Heredia chegou ao Brasil na quarta-feira (16), em um avião da Força Aérea Brasileira, acompanhada do filho menor de idade
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, rejeitou comparações e afirmou, em entrevista ao UOL, que a concessão do asilo diplomático à ex-primeira-dama do Peru Nadine Heredia não serve de precedente para uma eventual tentativa do ex-mandatário Jair Bolsonaro de se abrigar em uma embaixada estrangeira para fugir da Justiça.
Nadine chegou ao Brasil na quarta-feira (16), em um avião da Força Aérea Brasileira, acompanhada do filho menor de idade. O asilo diplomático, por sua vez, foi concedido na terça-feira (15), pouco depois da condenação do ex-presidente Ollanta Humala e da ex-primeira-dama a 15 anos de prisão por um caso decorrente da Lava Jato.
Segundo o ministro, a concessão do asilo foi amparada pela Convenção de Caracas, de 1954. “[A medida estabelece que] uma pessoa solicita (o asilo) e o governo solicitado - que no caso foi o governo brasileiro - pede o salvo-conduto para a saída do território do país onde a pessoa está. Foi o que aconteceu”, informou Vieira.
“Nosso encaminhamento foi dado, primeiro, pela grande tradição brasileira de acolhimento a estrangeiros, à concessão de asilos diplomáticos. Neste caso específico, existem ainda bases humanitárias. Ela foi operada recentemente, com um grave problema de saúde na coluna. E também estava acompanhada de um filho menor, que não teria quem se ocupasse dele”, afirmou.
Vieira também descartou que o episódio possa servir de precedente para Bolsonaro.
“Cada um toma suas próprias decisões. Há pessoas que não pedem asilo e enfrentam a Justiça. Outros que pedem. Não tem nada a ver. Não há nenhuma conexão entre um e outro”, destacou. “Eu também não posso julgar se isso vai enfraquecer ou fortalecer a posição de outras pessoas. Acho que não tem relação um caso com o outro”.
Fonte: Brasil 247 com informações do UOL
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