quarta-feira, 16 de abril de 2025

Após visita ao general, Sóstenes diz que foi o pai de Cid quem ligou para Braga Netto

 

O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), falando em microfone, sériio, sem olhar para a câmera
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ) – Reprodução

O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara dos Deputados, visitou nesta terça-feira (15) o general Walter Braga Netto, que está preso preventivamente. Segundo o parlamentar, o militar afirmou que o contato com o tenente-coronel Mauro Cid ocorreu por iniciativa do pai do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), e não dele próprio.

A Polícia Federal apontou que a tentativa de acessar informações sigilosas da delação premiada de Mauro Cid motivou a prisão de Braga Netto. No entanto, o general sustenta que a ligação partiu do pai do tenente-coronel. “Na verdade, o pai do Mauro Cid que ligou para ele. Por isso, ele acha que a prisão não se sustenta”, disse Sóstenes Cavalcante em entrevista à Coluna do Estadão.

A visita ao general foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e durou cerca de 40 minutos.

A prisão de Braga Netto foi decretada pelo magistrado em dezembro, após a PF identificar ligações telefônicas e trocas de mensagens entre o ex-ministro da Defesa e o pai de Mauro Cid, que indicariam uma tentativa de interferência nas investigações sobre um suposto golpe de Estado.

general Walter Braga Netto sério, de terno e gravata, com bandeira do Brasil ao fundo, sem olhar para a câmera
O general Walter Braga Netto – Reprodução/Agência Brasil
Durante a conversa com o deputado, o general também negou qualquer envolvimento em planos golpistas. “Ele também disse que nunca ouviu a palavra golpe nas reuniões das quais participou e que estava assombrado com a história dos kids pretos”, afirmou Sóstenes.

A expressão foi usada pela PF ao se referir a um suposto plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o próprio ministro Moraes.

De acordo com Sóstenes, o ex-ministro também demonstrou apoio à movimentação na Câmara para pautar a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Além disso, Braga Netto declarou estar orando pela saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro, internado em um hospital em Brasília. Durante a visita, os dois rezaram juntos um Pai Nosso.

Braga Netto ainda fez questão de ressaltar que não recebe nenhum tipo de regalia enquanto está detido no quartel.

Fonte: DCM

Nenhum comentário:

Postar um comentário