Na terça-feira (15), a Casa Branca publicou um documento oficial informando que a China enfrenta agora tarifas de até 245% sobre seus produtos.
A medida foi classificada como resultado de “ações retaliatórias” e não teve aviso prévio. O governo dos Estados Unidos não detalhou como chegou a esse percentual, que passa a vigorar como parte das políticas comerciais da gestão de Donald Trump.
A decisão é mais um capítulo da disputa entre as duas maiores economias do mundo. A tabela tarifária anunciada por Trump no início de abril estabelece taxas de 10% a 50% para mais de 180 países, com exceções e aumentos específicos para parceiros com maior déficit comercial, como a China. O país asiático já enfrentava 20% de tarifas e passou a ter um acréscimo de 125%, totalizando 145%.
A China reagiu às novas medidas com aumento equivalente nas tarifas aplicadas aos produtos americanos. Segundo o Global Times, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, disse que “podem perguntar ao lado americano o valor específico das tarifas”. Ele também afirmou que o país manterá sua posição diante da escalada de sanções.
Trump havia anunciado uma “pausa” nas tarifas para a maioria dos países, reduzindo as alíquotas a 10% por 90 dias, exceto para a China. A justificativa dada pela Casa Branca foi a ausência de propostas de negociação por parte do governo chinês.
“O presidente deixou bem claro que está disposto a fazer um acordo com a China, mas a China também precisa querer fazer um acordo com os EUA”, afirmou Katherine Leavitt, secretária de imprensa da Casa Branca.
Além das tarifas sobre bens de consumo, seguem em vigor medidas anteriores, como a taxa de 25% sobre aço e alumínio. A administração Trump defende que as políticas tarifárias são necessárias para equilibrar o comércio internacional e proteger os interesses estratégicos e econômicos dos EUA.
Fonte: DCM
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