Banco reportou nesta quinta-feira queda de 1,6% no lucro líquido recorrente do primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior
Reuters - O Bradesco
reportou nesta quinta-feira queda de 1,6% no lucro líquido recorrente do
primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, mas o resultado
ainda assim superou as previsões de analistas.
O banco registrou lucro líquido recorrente de 4,21 bilhões
de reais no período de janeiro a março, enquanto projeções de analistas
compiladas pelo LSEG apontavam 3,92 bilhões.
A margem financeira recuou 9%, a 15,15 bilhões de reais,
pressionada por recuo na margem com clientes, enquanto a margem com mercado se
recuperou de resultado negativo de 312 milhões de reais no primeiro trimestre
de 2023 para 630 milhões no início deste ano.
"O desempenho da margem financeira com clientes entre
os períodos está impactado pelo menor volume médio de operações, principalmente
em micro e pequenas empresas, alteração do mix de produtos de pessoas
físicas", afirmou o Bradesco no balanço.
O Bradesco, que vem passando por uma reestruturação em suas
operações em meio à fraqueza nos resultados em parte por conta de elevação em
índices de inadimplência, afirmou que elevou participação de crédito
consignado, imobiliário e rural dentro de seu portfólio de crédito, focando em
rentabilidade.
O banco reduziu a provisão para perdas com calotes em
quase 18% no período, para 7,8 bilhões de reais.
Enquanto isso, o índice de inadimplência de operações de crédito
vencidas há mais de 90 dias terminou março em 4,8%, abaixo dos 5,1% de um ano
antes e mantendo tendência de redução iniciada no terceiro trimestre do ano
passado.
O indicador de inadimplência futura, de operações vencidas
de 15 a 90 dias, também mostrou queda, saindo de 4,6% no primeiro trimestre do
ano passado para 4,1% no final de março.
A carteira de crédito expandida cresceu 1,2%, a 889,9 bilhões de
reais.
O Bradesco teve retorno anualizado sobre patrimônio
líquido médio de 10,2% ante 10,6% um ano antes. O índice de eficiência
operacional, porém, mostrou piora de 45,9% para 49,7%, neste caso, quando menor
o mostrador, mais eficiente é um banco.
O resultado foi divulgado dois dias
depois que o rival Santander Brasil, que também tem promovido esforços de
readequação de suas carteiras e de melhoria da rentabilidade, publicou
crescimento de 41% no lucro líquido recorrente do primeiro trimestre, com
carteira de crédito avançando 8,1% e inadimplência 90 dias se mantendo estável
sobre um ano antes, a 3,2%.
Fonte: Brasil 247
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