O deputado citou duas iniciativas das pessoas que participaram do plano ilegal e detalhou as acusações contra bolsonaristas na investigação
Rogério Correia (Foto: Kayo Magalhaes / Câmara)
O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) publicou nesta terça-feira (22) uma mensagem crítica na rede social X, ao fazer referência às articulações feitas entre os núcleos 1 e 2 da trama golpista, que, segundo a Procuradoria-Geral da República, tinha como objetivo impedir a posse do atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com o parlamentar, “não tem salvação: contra provas, não há argumentos”.
“O núcleo 2 foi responsável por gerenciar ações pensadas pelo núcleo 1, que vão desde impedir eleitores de votar até monitorar autoridades com intenção de assassiná-las”, afirmou Correia em postagem na rede social X. O petista é presidente da Comissão de Finanças e Tributação (CFT).
O STF tornou réus seis acusados de envolvimento na trama golpista, por meio do núcleo 2. A Corte já havia tornado rés oito pessoas acusadas de participação no plano, por meio do núcleo 1. Ao todo, 14 viraram réus e estão respondendo a uma ação penal.
O parlamentar do PT continuou o seu comentário. “Segundo a denúncia, esses oito acusados integram o Núcleo 1, ou ‘Núcleo Crucial’, de uma organização criminosa que buscava impedir o regular funcionamento dos Poderes da República e depor o governo legitimamente eleito.
“Por unanimidade, a 1ª turma acatou as denúncias e agora os réus são oficialmente acusados de cinco crimes: - organização criminosa armada (pena de 3 a 8 anos); - tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito (4 a 8 anos); - golpe de Estado (4 a 12 anos); - dano qualificado pela violência e grave ameaça (6 meses a 3 anos); e - deterioração de patrimônio tombado (1 a 3 anos). Somando tudo, a pena pode chegar a 36 anos de cadeia. Ainda serão julgados os núcleos de Seguimos acompanhando”, complementou Correia.
No inquérito da trama golpista, os membros do núcleo 2 foram acusados de uso da máquina pública, como a Polícia Rodoviária Federal (PRF), para dificultar o acesso de eleitores aos locais de votação no segundo turno das Eleições 2022 principalmente na Região Nordeste, reduto eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), então concorrente de Jair Bolsonaro na disputa presidencial.
Um dos réus após a decisão do STF nesta terça (22) é o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques. No dia da votação do segundo turno da eleição presidencial de 2022, a PRF fez blitz em pelo menos 610 ônibus. Das primeiras 549 operações no Brasil, 272 (49%) aconteceram na Região Nordeste. Naquele ano, o então candidato Lula (PT) venceu entre os eleitores nordestinos por 69,34% a 30,66% de Bolsonaro. No Brasil, o petista ganhou por 50,9% (60 milhões) a 49,1% (58 milhões) no segundo turno.
Veja a lista dos oito primeiros réus do processo da trama golpista após acusações de envolvimento direto no núcleo 1: