sábado, 25 de janeiro de 2025

Gleisi elogia Lula por determinar retirada de algemas de brasileiros deportados pelos EUA: ‘Trump quer humilhar nosso povo”

Lula disse que “no Brasil, brasileiro nenhum seria acorrentado”

Gleisi Hoffmann (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, defendeu a decisão do presidente Lula (PT) de tirar as algemas e correntes dos brasileiros deportados pelo governo de Donald Trump, nos Estados Unidos. Lula disse que a soltura dos brasileiros é uma “questão de soberania” e disse que “no brasil, brasleiro nenhum seria acorrentado”.

Segundo a deputada, os brasileiros deportados não são criminosos e, por isso, não poderiam estar algemados. “Fez muito bem o presidente Lula em determinar a retirada das algemas e correntes dos pés dos brasileiros deportados dos EUA que chegaram hj em Manaus. Não eram criminosos, pq as correntes? O voo tinha destino para MG, mas por problemas operacionais parou em Manaus. O presidente Lula também determinou a FAB para fazer o resgate, recusando outro avião americano”, escreveu em suas redes sociais.

Gleisi também criticou os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que enaltecem Trump, enquanto o presidente americano “humilha” os brasileiros. “Essa é uma situação que vai se intensificar com Trump, que prometeu deportação em massa. E pensar que esses bolsonaristas festejam Trump, que quer humilhar nosso povo”, disse.

 

Fonte: Brasil 247

Governo Lula vê “flagrante desrespeito” a direitos de brasileiros algemados pelos EUA

A Polícia Federal informou que os brasileiros chegaram ao Brasil algemados e acorrentados, e foram imediatamente soltos pelos agentes

Ricardo Lewandowski (à esq.) e Lula (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia que houve um “flagrante desrespeito” aos direitos dos brasileiros deportados pelo governo dos Estados Unidos, informou comunicado do Ministério da Justiça. A Polícia Federal informou que os brasileiros chegaram ao Brasil algemados e acorrentados, e foram imediatamente soltos pelos agentes. O voo teria como destino Confins, em Minas Gerais, mas precisou parar em Manaus por problemas técnicos.

"O ministro Ricardo Lewandowski destacou ao presidente Lula o flagrante desrespeito aos direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros. O Ministério da Justiça e Segurança Pública enfatiza que a dignidade da pessoa humana é um princípio basilar da Constituição Federal e um dos pilares do Estado Democrático de Direito, configurando valores inegociáveis", diz a nota divulgada pelo Ministério da Justiça.

O repatriamento de imigrantes ilegais, conforme explicou o Itamaraty, ocorre com base em um acordo bilateral firmado em 2017, durante o governo de Michel Temer. O acordo permite o retorno de pessoas que, após processo judicial nos Estados Unidos, não têm mais direito a recursos e se encontram em situação irregular no país. No entanto, o Ministério esclareceu que este voo específico não está relacionado às novas medidas migratórias adotadas pela administração de Donald Trump.

O governo brasileiro tem reforçado que, no âmbito desse acordo, o repatriamento não inclui pessoas que ainda possuam possibilidade de revisar sua sentença. Desde o início do novo mandato de Trump, as autoridades dos EUA informaram ter deportado centenas de imigrantes ilegais, incluindo 538 prisões de imigrantes ilegais de diversas nacionalidades, como mencionado pela Casa Branca. No entanto, o jornal Washington Post destaca que esses números são modestos em comparação com as metas do governo Trump para o controle da imigração, e Tom Homan, czar da fronteira de Trump, afirmou que mais de 3 mil pessoas com antecedentes criminais foram presas nos primeiros dias da administração.

Fonte: Brasil 247

Flávio Dino libera repasses de emendas para ONGs que cumprem critérios de transparência

Decisão beneficia três organizações; outras dez seguem com repasses suspensos

      Flávio Dino (Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF)


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, autorizou, neste sábado (25), o repasse de emendas parlamentares para três organizações não governamentais (ONGs) que atenderam às exigências de transparência definidas pela Controladoria-Geral da União (CGU). A decisão vem após a verificação de que as entidades em questão cumpriram as condições estabelecidas para garantir a correta aplicação dos recursos públicos. As informações são do g1.

As ONGs beneficiadas pela medida são: a Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Sorocaba, a Fundação Euclides da Cunha de Apoio Institucional à Universidade Federal Fluminense (FEC) e o Instituto Besouro de Fomento Social e Pesquisa. O ministro Flávio Dino explicou que a CGU concluiu que as entidades adotaram as práticas de transparência exigidas, como a criação de páginas dedicadas à divulgação de informações sobre os repasses recebidos e o cumprimento das normativas exigidas pelo órgão.

Apesar da liberação para essas três entidades, outras dez ONGs continuam com os repasses suspensos. O motivo é a não conformidade com os requisitos de transparência, conforme apontado no relatório da CGU. A fiscalização revelou que metade das 26 organizações fiscalizadas não possuía mecanismos adequados para acompanhar a aplicação dos recursos.

Diante disso, o ministro determinou a realização de auditoria pela CGU nas 13 ONGs que não cumpriram os critérios, estabelecendo um prazo de 60 dias para a apresentação de um relatório. Além disso, as outras nove entidades que não atenderam totalmente às exigências terão um prazo de 10 dias para corrigir as pendências. As ONGs que não se adequarem às normas também serão cadastradas nos sistemas de Cadastro de Empresas Inidôneas e Suspensas (Ceis) e na lista de Entidades Privadas sem Fins Lucrativos Impedidas (CEPIM).

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Bolsonaro volta a atacar STF e diz que sua prisão será "abuso de autoridade"

Inelegível até 2030 e prestes a ser denunciado por tentativa de golpe de estado, Jair Bolsonaro acusa TSE de “negar a democracia”

Jair Bolsonaro e presídio da Papuda (Foto: Reuters | Reprodução)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) classificou sua inelegibilidade como uma tentativa de “negar a democracia”. As declarações foram feitas nesta sexta-feira durante entrevista ao canal da Revista Oeste no YouTube. Bolsonaro também se comparou a opositores políticos de regimes autoritários, como os de Nicolás Maduro, na Venezuela, e Daniel Ortega, na Nicarágua, além de criticar o que chamou de “ativismo judicial”.

“Se eu não disputar as eleições por causa dessas acusações, é uma negação da democracia. É o que o Maduro fez na Venezuela, tornando inelegíveis por 15 anos as duas maiores oposições a ele. O Daniel Ortega está sendo mais corajoso. Lá não tem inelegibilidade, sete [pessoas] na cadeia. Aqui é a mesma coisa. Se me botar na cadeia, é abuso de autoridade”, afirmou o ex-presidente.

Bolsonaro também negou ter praticado abuso de poder político durante a polêmica reunião com embaixadores em julho de 2022 e a utilização da estrutura pública no desfile de 7 de setembro daquele ano para fins políticos. Ambos os episódios embasaram a condenação que o tornou inelegível. Durante a entrevista, o ex-presidente reiterou que é vítima de “lawfare” – termo usado para descrever o uso de instrumentos legais com fins políticos –, e criticou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a retenção de seu passaporte, impedindo-o de participar da posse de Donald Trump nos Estados Unidos.

“Eu não disputar a eleição por estar inelegível é negar a democracia. É aquele nome em inglês, ‘lawfare’, que é o ativismo judicial. Nas eleições, quem tem que escolher é o povo, e não um juiz do Supremo Tribunal Federal”, disse Bolsonaro.

Previsão de penas severas para indiciados

Paralelamente às declarações de Bolsonaro, advogados de defesa envolvidos na investigação da tentativa de golpe de Estado em 2023 projetam penas severas para os principais indiciados. Segundo apuração da jornalista Malu Gaspar, de O Globo, a expectativa é que o STF aplique penas médias de 20 anos de prisão, baseando-se em julgamentos anteriores.

“Com base nos crimes imputados e nos julgamentos anteriores do STF, a pena média deverá ser de 20 anos”, afirmou um dos advogados consultados. Essa previsão utiliza como referência a condenação de Aécio Lúcio Costa Pereira, que recebeu 17 anos de prisão por crimes como deterioração de patrimônio público e tentativa de golpe de Estado.

Entre os indiciados com maior protagonismo na trama golpista estão o ex-presidente Jair Bolsonaro e o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa, acusado de liderar uma organização voltada a ataques virtuais e outras ações para manter Bolsonaro no poder. As acusações contra Bolsonaro incluem tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa, com pena total que pode chegar a 28 anos.

A Primeira Turma do STF, composta por Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Flávio Dino e Cristiano Zanin, tem mantido decisões unânimes no julgamento de casos envolvendo atos golpistas e figuras ligadas ao bolsonarismo.

Fonte: Brasil 247

Gleisi desmente bancada ruralista após críticas sobre redução dos preços dos alimentos: “já estão em campanha para 2026”

"Alguém pode ser contra uma orientação voltada para o bem da população?", questionou a deputada

Gleisi Hoffmann (Foto: Lula Marques/ABr)

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, criticou neste sábado (25) os ataques feitos pela bancada agropecuarista às medidas que serão adotadas pelo governo Lula (PT) para baratear o preço dos alimentos no país. O presidente da bancada, Pedro Lupion (PP-PR), chamou as medidas do governo de demagógicas e disse que o Executivo precisa reduzir os gastos para diminuir a inflação.

“A bancada agropecuarista já começou a espalhar mentiras sobre a decisão do presidente Lula de trabalhar para reduzir o preço dos alimentos. Ao contrário do que dizem seus representantes, Lula não está culpando nem agindo contra o agronegócio na questão do custo dos alimentos”, disse Gleisi.

Segundo a deputada, a bancada ruralista está sendo contra medidas que farão bem para a população. “O presidente mandou avaliar medidas, que nem foram anunciadas ainda, para garantir comida na mesa do povo. Alguém pode ser contra uma orientação voltada para o bem da população? Só mesmo a motivação política e eleitoreira pode explicar a gritaria contra um governo que financiou o setor com o maior Plano Safra da história do país. De fato, a oposição já está em campanha para 2026”, criticou.

 

Fonte: Brasil 247

Com novo formato, vídeos de Lula dobram visualizações

Novos conteúdos apostam em linguagem descontraída e dinâmica para ampliar engajamento nas redes sociais

      (Foto: Reprodução)

Os vídeos publicados nas redes sociais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta semana alcançaram o dobro de visualizações em comparação ao mesmo número de conteúdos anteriores. A mudança, que resultou em mais de 8 milhões de views, ocorreu após Sidônio Palmeira, marqueteiro com vasta experiência no PT, assumir o comando da Secretaria de Comunicação (Secom). As informações foram divulgadas pelo jornal O Globo.

Com uma proposta de comunicação mais próxima do público jovem, os novos conteúdos exploram formatos curtos e dinâmicos, incluindo efeitos sonoros e visuais, além de uma linguagem mais espontânea. O modelo foi inspirado na estratégia adotada pelo prefeito do Recife, João Campos (PSB), cuja equipe cedeu membros para a reformulação da comunicação governamental. Sidônio Palmeira defendeu essa nova estética ao afirmar, durante um evento nesta quinta-feira, que pretende adotar uma abordagem mais “simples”, “sujinha” e “soltinha”.

O primeiro vídeo do novo formato, que já soma 2,7 milhões de visualizações, destaca jovens e pais agradecendo por programas como Bolsa Família, Prouni e Fies. Com edição ágil e emojis que simulam interações típicas de plataformas como Instagram e TikTok, o conteúdo demonstra o potencial desse novo estilo de engajamento. Em outro vídeo, que já ultrapassa 2,6 milhões de views, Lula aparece ao lado do ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciando a concessão da BR-381, conhecida como "rodovia da morte", em Minas Gerais. A gravação utiliza efeitos sonoros de videogame e adesivos visuais que remetem ao tema da infraestrutura.

Para especialistas, a mudança reflete uma estratégia alinhada às tendências digitais. Letícia Capone, pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Comunicação, Internet e Política da PUC-Rio, destaca que o uso de vídeos curtos e linguagem mais simples potencializa o alcance e o compartilhamento. No entanto, ela ressalva: “É preciso esperar mais um pouco para verificar se essa é uma nova tendência para ele.” Manoel Fernandes, diretor da empresa de consultoria Bites, também elogia a transformação: “As pessoas querem ficar mais próximas de quem seguem nas redes. Esse pode ser o caminho que a equipe do presidente Lula queira seguir agora.”

A inspiração para a estratégia vem do sucesso de João Campos, prefeito do Recife, que utiliza linguagem popular e criativa em suas redes sociais, onde alcançou milhões de seguidores e conquistou ampla popularidade entre os jovens. Essa dinâmica foi apontada como um dos fatores decisivos para sua vitória com 78% dos votos na eleição municipal de 2024.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Brasileiros deportados pelos EUA chegaram algemados ao Brasil, informa a PF

Segundo a PF, os brasileiros foram imediatamente liberados das algemas

      (Foto: Reprodução)

A Polícia Federal informou que os brasileiros deportados pelo governo de Donald Trump, dos Estados Unidos, chegaram algemados ao Brasil. A corporação recebeu a aeronave em Manaus após apresentar problemas técnicos. O pouso estava previsto para acontecer em Confins, Minas Gerais.

Segundo a PF, os brasileiros foram imediatamente liberados das algemas “na garantia da soberania brasileira em território nacional e dos protocolos de segurança”. Após determinação do presidente Lula (PT) e do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, os agentes proibiram que os deportados fossem detidos pelos americanos novamente.

Os passageiros foram acolhidos e acomodados na área restrita do aeroporto. No local, receberam bebida, comida, colchões e foram disponibilizados banheiros com chuveiros. Por determinação de Lula, uma aeronave da Força Aérea Brasileira transportará os brasileiros para o Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, na tarde deste sábado. Eles serão acompanhados e protegidos pelos militares da FAB e policiais federais brasileiros. De acordo com relatos, os passageiros “choraram de emoção” ao saberem que seriam transportados pelo governo brasileiro.

Fonte: Brasil 247

São Paulo vence Corinthians de virada e conquista a Copinha

Tricolor vence rival 3 a 2 e conquista seu quinto título da competição

      (Foto: divulgação)

O São Paulo é o grande campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior (Copinha) de 2025. Em uma partida emocionante e marcada por uma virada histórica, o time tricolor venceu o Corinthians por 3 a 2, neste sábado (25), na Mercado Livre Arena Pacaembu, e conquistou a principal competição sub-20 do Brasil. O clássico Majestoso não só consagrou o São Paulo como campeão, mas também celebrou a reinauguração oficial do estádio, após uma reforma de mais de R$800 milhões realizada pelo setor privado, marcada por polêmicas e atrasos. As informações s]ao do Estado de S. Paulo.

Este é o quinto título da Copinha para o São Paulo, o primeiro desde 2019, e com isso, o clube se iguala a Fluminense e Internacional como o segundo maior vencedor da competição, ficando atrás apenas do Corinthians, que segue sendo o maior campeão, com 11 taças. A vitória, que veio de uma virada emocionante, mostrou a força do time sub-20 tricolor, mesmo diante de adversidades durante a partida.

A partida começou com um grande susto para o São Paulo. Aos 33 minutos do primeiro tempo, o lateral-esquerdo Denner, de 16 anos, abriu o placar para o Corinthians com um golaço. O jovem jogador surpreendeu a defesa do São Paulo ao se lançar ao ataque, aparecer dentro da área e dar um corte espetacular em Lucas Loss, antes de empurrar a bola para o fundo das redes.

Dez minutos depois, o Corinthians ampliou a vantagem com um gol de Gui Negão, que aproveitou um erro da defesa são-paulina e, cara a cara com o goleiro, tocou por cobertura para fazer 2 a 0. Mas a reação do São Paulo veio nos acréscimos da primeira etapa. Paulinho, substituto de Ryan Francisco (que estava suspenso e era o artilheiro da competição), fez uma cobrança de escanteio perfeita para Andrade, que subiu sozinho e cabeceou para diminuir a diferença no placar.

No segundo tempo, o São Paulo continuou pressionando e chegou ao empate aos 16 minutos, novamente com um gol de cabeça. Em outro escanteio cobrado por Paulinho, Andrade subiu mais alto que a defesa corintiana e fez o segundo gol tricolor. A virada aconteceu apenas quatro minutos depois, quando Maik fez um cruzamento milimétrico para Paulinho, que, de cabeça, completou para o fundo das redes, virando o jogo para o São Paulo.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Argentina derrota Brasil por 6 a 0 na estreia do Sul-Americano sub-20


Jogadores da Argentina comemoram gol na estreia pelo Sul-Americano sub-20. Foto: Juan Barreto/AFP

A Argentina derrotou o Brasil por 6 a 0 na estreia do Sul-Americano sub-20, nesta sexta-feira (24). Os gols foram marcados por Ian Subiabre, Echeverri (duas vezes), Igor Serrote (contra), Agustín Ruberto e Santiago Hidalgo.

Com a derrota, o Brasil ficou em último lugar no grupo B, sem pontos e -6 no saldo de gols. A Argentina está em primeiro lugar, com três pontos.

O time argentino marcou três gols já nos primeiros 11 minutos. O terceiro gol foi um gol contra de Igor Serrote.

O próximo jogo do Brasil será contra a Bolívia, no domingo (26), às 18h (horário de Brasília).

Fonte: DCM

Bancada ruralista resiste à isenção de tarifas para a importação de alimentos

 

Plenário da Câmara dos Deputados durante sessão conjunta do Congresso Nacional: a proposta analisada pelo governo enfrenta resistência de integrantes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Foto: Reprodução


A proposta do governo de reduzir a tarifa de importação de alimentos para zero enfrenta forte resistência da bancada ruralista no Congresso Nacional. Após o anúncio do Ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), de que a medida está em estudo, integrantes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) iniciaram discussões sobre o tema em grupos de WhatsApp, conforme informações da CNN Brasil.

A bancada argumenta que a isenção da tarifa pode prejudicar pequenos produtores brasileiros, aumentando a concorrência com o mercado externo, sem garantir um impacto significativo na redução de preços nos supermercados.

Um exemplo destacado é o setor cafeeiro, no qual o Brasil possui 330 mil produtores, sendo 280 mil pequenos cafeicultores, dos quais 78% têm propriedades com menos de 20 hectares.
Prato do Futuro: café torrado no Sítio Berelu, em Cerqueira César (SP) — Foto: Stephanie Rodrigues/g1
Café torrado no Sítio Berelu, em Cerqueira César (SP): o Brasil conta com 330 mil cafeicultores. Foto: Stephanie Rodrigues


Os representantes do agronegócio também criticam a concorrência de países que subsidiam suas produções, como ocorre em algumas nações europeias. Para os parlamentares, a prática representa uma “concorrência desleal.”


“Se as condições e custos de produção são semelhantes mundo afora, como pode um produto importado ser mais barato do que o nosso? É sinal que pagamos muitos impostos para produzir ou que os de fora têm subsídios”, declarou o deputado Zé Vitor (PL-MG).

Além disso, os parlamentares afirmam que não foram consultados pelo governo para debater a proposta, mesmo com a bancada disponível para colaborar. Eles também refutam o argumento de que o Brasil não tem oferta suficiente de alimentos.

“O descontrole na inflação é que prejudica as famílias, não o produtor rural, não o produtor de alimentos. Medidas sem debate e planejamento dificilmente alcançam os resultados esperados”, ressaltou o deputado.

Fonte: DCM com informações da CNN Brasil

México recusa voo dos EUA com migrantes deportados

 

Mexicanos sendo deportados dos EUA. Foto: reprodução
O governo do México negou um pedido dos Estados Unidos para que uma aeronave militar com migrantes deportados pudesse pousar no território mexicano. A informação, divulgada pela agência de notícias Reuters, expõe um momento de tensão diplomática, mesmo em meio a declarações de cooperação entre os dois países sobre questões migratórias.

Embora o motivo da recusa não tenha sido esclarecido oficialmente, o Ministério das Relações Exteriores do México reafirmou, em nota, que mantém “relações muito boas” com os Estados Unidos e continua colaborando em temas de imigração. No entanto, não comentou diretamente sobre o incidente.

O episódio ocorre no contexto de uma operação de deportação em massa conduzida pelo governo de Donald Trump, que inclui o uso de aeronaves militares para repatriar migrantes. Ontem, dois voos com cerca de 80 pessoas cada partiram para a Guatemala. O plano inicial previa também o envio de uma aeronave C-17 ao México, mas a negativa do país vizinho frustrou a ação.

Desde que assumiu seu segundo mandato, Donald Trump intensificou sua postura contra a imigração. Na última quinta-feira (23), o presidente assinou um decreto que suspende a entrada de migrantes pela fronteira sul dos Estados Unidos, uma medida que afeta diretamente estados que fazem divisa com o México.

Imigrantes em prisão improvisada nos EUA. Foto: reprodução

Além disso, o governo anunciou o envio de 1.500 soldados da ativa das Forças Armadas para reforçar o controle na região. Trump também determinou que agências federais adotem medidas imediatas para repelir, repatriar e remover migrantes em situação irregular.

Paralelamente, foi suspensa a admissão de refugiados, mesmo aqueles que já haviam sido aprovados, deixando cerca de 50 mil pessoas em situação de incerteza.

O presidente estadunidense ainda ordenou que o Departamento de Justiça inicie investigações contra autoridades estaduais e municipais que resistam ou dificultem ações federais de deportação.

A decisão visa enfrentar políticas de “cidades-santuário”, como Nova York e Los Angeles, que oferecem proteção a migrantes sem documentos.

Do outro lado da fronteira, o governo mexicano também tem se mobilizado. Militares estão construindo nove abrigos em pontos estratégicos para receber migrantes deportados pelos Estados Unidos. No entanto, a recusa em permitir o pouso da aeronave militar sugere uma linha de negociação mais cautelosa em relação às demandas estadunidenses.

Fonte: DCM com informações da Reuters

Lula publica carta de apoio a Rio-Niterói nos Jogos Panamericanos 2031

Presidente recebeu prefeitos das cidades que postulam candidatura

(Foto: Ricardo Stuckert/PR )

Pedro Rafael Vilela, da Agência Brasil - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou o apoio do governo federal à candidatura conjunta das cidades do Rio de Janeiro e de Niterói para sede dos Jogos Panamericanos de 2031. Em carta entregue aos prefeitos das duas cidades, nesta sexta-feira (24), em reunião no Palácio do Planalto, Lula destaca a experiência da capital carioca na organização de grandes eventos esportivos e o fato de grande parte da infraestrutura já estar concluída.

"Com muita alegria e orgulho, represento 212,6 milhões de brasileiros, e, neste momento, juntamente com o governo do estado do Rio de Janeiro, a prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, a prefeitura da cidade de Niterói e o Comitê Olímpico do Brasil, dirijo-me ao senhor com grande entusiasmo para ratificar a candidatura conjunta das cidades de Rio de Janeiro e Niterói em suas pretensões de ser a sede dos XXI Jogos Pan-Americanos, em 2031", diz a carta, endereçada a Neven Iván Ilic Álvarez, presidente da Panam Sports, entidade que organiza o maior evento multi-esportivo das Américas.

No documento, o presidente ainda se compromete, em nome do governo federal, a garantir financeiramente e assegurar as estruturas para organizar, promover e realizar os jogos. O Rio de Janeiro já foi sede do Pan em 2007. E, em 2016, sediou os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, sendo a primeira cidade sul-americana a realizar este evento.

"Já tem quase 80% da infraestrutura pronta para realizar os Jogos Pan-Americanos no Rio e Niterói, e também a importância de fazer esse evento conjuntamente porque isso reflete uma tendência dos eventos esportivos internacionais, torna os eventos mais sustentáveis, na medida que tem duas cidades dividindo os custos da realização dos eventos", afirmou o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, em entrevista à imprensa após a reunião.

Nas redes sociais, Lula deixa claro que as cidades ainda não foram escolhidas. "Calma, ainda é uma candidatura que será analisada e escolhida apenas em agosto".

A candidatura Rio-Niterói é a única representante brasileira na disputa pela sede dos Jogos Pan-Americanos 2031. Há cerca de 10 dias, a cidade de São Paulo, que também postulava uma candidatura, decidiu deixar a disputa em favor de Rio-Niterói.

O passo seguinte das cidades vizinhas será no próximo dia 29 de janeiro, perante o colégio eleitoral do Comitê Olímpico do Brasil (COB). Em uma apresentação de até 30 minutos, os organizadores da candidatura conjunta devem explicar sua proposta para realizar o evento com excelência. E, caso o colégio eleitoral do COB ratifique as pretensões das cidades, caberá à entidade máxima do desporto olímpico nacional oficializar a candidatura brasileira à Panam Sports, responsável pelos Jogos Pan-Americanos. A Panam Sports, por sua vez, só decidirá a sede dos Jogos em agosto. Assunção, capital do Paraguai, atualmente, é a única cidade que já oficializou sua candidatura para ser a sede dos Jogos 2031.

Na avaliação do prefeito da capital carioca, Eduardo Paes, a candidatura conjunta desponta como favorita. "O que tiver que fazer agora [em instalações] é temporário, [como] montar na praia de Caraí [em Niterói] o futevôlei. Eu tenho certeza que a gente sai muito como favorito", afirmou Paes. "O presidente Lula, mais uma vez, manifesta seu apoio e compreensão desse papel que o Rio tem a cumprir. Ele tem essa percepção do Rio como a capital internacional do país e, com certeza, será o nosso maior cabo eleitoral", observou o prefeito carioca.

Outro ponto destacado pelos dois prefeitos é a possibilidade de legado amplo de infraestrutura além do esporte, que os jogos podem trazer, especialmente em relação ao projeto da Linha 3 do metrô do Rio de Janeiro, ligando o centro da capital às cidades vizinhas de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, incluindo a construção de um túnel de 5 quilômetros de extensão sob a Baía de Guanabara. "É uma mudança muito importante da mobilidade urbana da região metropolitana. O projeto da Linha 3 do metrô a gente colocou como o principal legado", enfatizou Rodrigo Neves. O Pan tem 36 modalidades esportivas. A distribuição dos locais de competição entre as duas cidades ainda será definida pelos organizadores, se a candidatura for adiante.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Rogério Correia afirma que Hugo Motta garantiu não pautar anistia aos condenados pelo 8 de janeiro

Deputado revela compromisso assumido pelo favorito à presidência da Câmara, enquanto a bancada bolsonarista pressiona por prioridades contrárias

Rogério Correia (Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados)

O vice-líder do PT na Câmara, deputado Rogério Correia (MG), declarou nesta sexta-feira (24) que Hugo Motta (Republicanos-PB), favorito na disputa pela presidência da Casa, teria se comprometido com os governistas a não pautar o projeto de lei que prevê anistia aos condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Segundo Correia, o compromisso foi assumido por Motta em reuniões com a bancada petista. As informações foram divulgadas em entrevista ao Globo.

“Foi em reunião com a coordenação da bancada do PT e, posteriormente, com toda a bancada, que Hugo garantiu que não pautaria o projeto de anistia. A primeira hipótese era que Arthur Lira resolvesse a questão, mas, caso isso não ocorresse, Hugo assumiria esse compromisso como presidente”, afirmou Correia. Ele destacou que o recente indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pela Polícia Federal facilita o cumprimento do compromisso por parte de Motta.

Apesar da sinalização de Motta aos governistas, o tema continua sendo prioridade para a bancada bolsonarista, que também apoia sua candidatura. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, reafirmou que a anistia aos condenados é mais urgente do que projetos que garantam a elegibilidade de Jair Bolsonaro. “Esse assunto [a elegibilidade de Bolsonaro] é tratado internamente. Trabalhamos principalmente pela anistia aos condenados pelo 8 de janeiro, mas não convém publicizar. Tudo está sujeito a interferências judiciais atualmente”, afirmou Eduardo ao GLOBO.

● O equilíbrio delicado de Hugo Motta

Hugo Motta tenta equilibrar os interesses divergentes das bancadas que apoiam sua candidatura. Por um lado, ele busca o apoio do PT e, por outro, enfrenta a pressão de aliados bolsonaristas, que veem a anistia como uma prioridade. Em outubro, o atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), criou uma comissão especial para analisar o projeto de anistia e atrasou sua tramitação. A estratégia visava evitar que o tema contaminasse o processo de sucessão na Casa.

Lira, em declaração na época, destacou que o tema precisa ser debatido, mas sem comprometer a eleição da Mesa Diretora. “Determinei a comissão especial para analisar o PL 2858-22. É necessário buscar a convergência do texto”, disse.

● Contexto e implicações

O projeto de anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro é visto como um dos maiores testes para o próximo presidente da Câmara. Enquanto o governo Lula tenta consolidar uma base sólida no Congresso, a oposição bolsonarista articula para fortalecer seu discurso político e preservar sua influência.

A postura de Hugo Motta será decisiva para determinar o rumo desse debate, que tem o potencial de acirrar ainda mais os ânimos no Legislativo. Governistas esperam que o compromisso assumido se traduza em ações concretas, enquanto a oposição continua a pressionar para que suas prioridades sejam pautadas.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Avião com 88 brasileiros deportados pelo governo Trump pousa em Manaus

EUA vão enviar uma nova aeronave para garantir o transporte dos passageiros até a capital mineira

       (Foto: Reprodução)

O primeiro avião com deportados dos Estados Unidos no novo mandato do presidente Donald Trump pousou em Manaus (AM) na noite desta sexta-feira (24/1). A aeronave, que seguia para o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins (MG), não conseguiu concluir o trajeto devido a problemas técnicos, conforme informações divulgadas pela concessionária BH Airport, responsável pelo terminal mineiro, reportado pelo Metrópoles. O voo foi cancelado após a necessidade de manutenção em Manaus, e não há previsão para nova decolagem.

Entre os 158 passageiros, estavam 88 brasileiros deportados, detidos nos Estados Unidos por estarem em situação imigratória irregular. Os voos de deportação, que começaram em 2017 durante o governo Temer, se tornaram frequentes, chegando ao Brasil uma ou duas vezes por mês. A aeronave pertence ao Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) dos EUA, responsável por conduzir as operações de remoção de imigrantes ilegais.

Na madrugada deste sábado (25), a superintendência da Polícia Federal de Manaus confirmou que os EUA vão enviar uma nova aeronave para garantir o transporte dos passageiros até a capital mineira, onde serão recebidos pelas autoridades aduaneiras. A expectativa é de que o avião chegue à capital manauara no início da tarde. Até lá, o grupo ficará numa sala no aeroporto internacional Eduardo Gomes.

A política de imigração endurecida de Donald Trump impacta diretamente brasileiros vivendo nos Estados Unidos. Em seu novo mandato, o presidente republicano reforçou as medidas restritivas, como a declaração de emergência na fronteira sul, autorizações para prisões em escolas e hospitais, além de restringir o direito à cidadania para filhos de imigrantes indocumentados. Essas ações visam intensificar o controle sobre a imigração, tema central em suas campanhas e políticas.

Com o incidente técnico em Manaus, os deportados ainda aguardam a resolução do problema para seguir ao destino final. A situação reflete não apenas o rigor das políticas migratórias dos EUA, mas também os desafios enfrentados por brasileiros em busca de melhores condições de vida no exterior, frequentemente confrontados por medidas que limitam suas oportunidades e direitos.

Fonte: Brasil 247

Hamas liberta quatro reféns israelenses em segunda troca

Eles estão sendo libertados em troca de 200 prisioneiros palestinos sob um acordo de cessar-fogo que visa acabar com a guerra de 15 meses em Gaza

Quatro mulheres soldados israelenses, que estavam detidas em Gaza desde o ataque mortal de 7 de outubro de 2023, são libertadas por militantes do Hamas como parte de um cessar-fogo e um acordo de troca de reféns e prisioneiros entre o Hamas e Israel, na Cidade de Gaza, em 25 de janeiro de 2025. (Foto: REUTERS/Dawoud Abu Alkas)

(Reuters) - O movimento militante palestino Hamas entregou quatro mulheres soldados israelenses reféns ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha em Gaza no sábado, libertando-as em troca de cerca de 200 prisioneiros palestinos.

Os quatro reféns foram levados a um pódio na Cidade de Gaza em meio a uma grande multidão de palestinos e cercados por dezenas de homens armados do Hamas. Eles acenaram e sorriram antes de serem levados para fora, entrando em veículos do CICV e sendo transportados para as forças israelenses.

O exército israelense disse que recebeu os quatro em Gaza. Eles estão sendo libertados em troca de 200 prisioneiros palestinos sob um acordo de cessar-fogo que visa acabar com a guerra de 15 meses em Gaza.

Os quatro soldados — Karina Ariev, Daniela Gilboa, Naama Levy e Liri Albag — estavam todos posicionados em um posto de observação nos limites de Gaza e foram sequestrados por combatentes do Hamas que invadiram sua base durante o ataque a Israel em 7 de outubro de 2023.

Depois de se reunirem com suas famílias em uma base militar israelense perto da fronteira com Gaza, os reféns libertados serão levados para um hospital no centro de Israel, disse o Ministério da Saúde de Israel.

O Hamas disse que 200 prisioneiros serão libertados no sábado como parte da troca. Eles incluem militantes condenados cumprindo penas perpétuas por envolvimento em ataques que mataram dezenas de pessoas. Cerca de 70 devem ser deportados, disse o Hamas.

A troca planejada para sábado será a segunda desde que o cessar-fogo começou no domingo e o Hamas entregou três civis israelenses em troca de 90 prisioneiros palestinos.

O acordo de cessar-fogo, elaborado após meses de negociações intermitentes mediadas pelo Catar e Egito e apoiadas pelos Estados Unidos, interrompeu os combates pela primeira vez desde uma trégua que durou apenas uma semana em novembro de 2023.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Robert Kennedy Jr. agradece Trump por liberar documentos secretos sobre assassinatos históricos

Em declaração sobre liberação de registros, Kennedy Jr. aponta falta de transparência e acusa a CIA de ocultar informações cruciais

Robert F. Kennedy Jr. (Foto: Brian Snyder/Reuters)

Robert F. Kennedy Jr., sobrinho do ex-presidente estadunidense John F. Kennedy, expressou seu agradecimento ao presidente Donald Trump pela recente ordem executiva que promete liberar ao público todos os registros relacionados aos assassinatos de seu tio, de seu pai, o senador Robert F. Kennedy, e do líder dos direitos civis Martin Luther King Jr. A medida, assinada por Trump no Salão Oval da Casa Branca, visa finalmente garantir a transparência sobre esses eventos históricos, após mais de 50 anos de sigilo e desinformação sobre os casos.

Em sua declaração, Kennedy Jr. ressaltou a importância da ação de Trump, agradecendo ao presidente por confiar na população americana. “Obrigado, Presidente Trump, por confiar nos cidadãos americanos e por dar o primeiro passo para reverter essa trajetória desastrosa”, afirmou. Para Kennedy Jr., a liberação dos documentos secretos é uma vitória para a democracia, pois finalmente permitirá que o povo tenha acesso às informações que, por décadas, foram ocultadas pelas agências de inteligência dos Estados Unidos.

Robert F. Kennedy Jr. também criticou o longo período de ocultação das verdades sobre os assassinatos, destacando as consequências de uma cultura de sigilo e desinformação alimentada pelas autoridades. Citando uma famosa declaração de seu tio, John F. Kennedy, ele afirmou: “A própria palavra ‘segredo’ é repugnante em uma sociedade livre e aberta; e nós, como um povo, somos inerentemente e historicamente opostos ao segredo… Decidimos há muito tempo que os perigos da ocultação excessiva e injustificada de fatos pertinentes superavam em muito os perigos que são citados para justificá-la”. Para ele, a ocultação dos fatos não só prejudicou a confiança da população nas instituições, mas também impediu uma verdadeira compreensão dos acontecimentos que marcaram a história americana.

Kennedy Jr. ainda apontou que, ao longo dos anos, o governo federal não apenas omitiu informações essenciais, mas também favoreceu uma narrativa oficial que não corresponderia à realidade. “Uma nação que não confia em seu povo é uma nação que tem medo de seu povo”, disse, enfatizando que a falta de transparência sempre foi uma estratégia para manter o controle sobre a população e evitar a participação ativa dos cidadãos na democracia.

A ordem executiva de Trump visa finalmente abrir os registros secretos que envolvem os assassinatos de John F. Kennedy, Robert F. Kennedy e Martin Luther King Jr., três eventos centrais na história dos Estados Unidos que, até hoje, geram controvérsias. No caso do assassinato de JFK, ocorrido em 1963, a versão oficial da Comissão Warren, que atribuiu a responsabilidade ao atirador Lee Harvey Oswald, nunca foi totalmente aceita, especialmente por membros da família Kennedy e outros críticos, que acusam as agências de inteligência, como a CIA, de estarem envolvidas na ocultação de evidências.

O assassinato de Martin Luther King Jr., em 1968, também continua a gerar discussões, com várias acusações de que o FBI, a CIA e o exército dos EUA participaram de encobrir a verdadeira extensão da conspiração por trás de sua morte. O assassinato de Robert F. Kennedy, também em 1968, ainda permanece envolto em mistério, e a liberação desses registros pode lançar luz sobre os fatos que até hoje não foram plenamente esclarecidos.

A assinatura do decreto de Trump é vista como uma tentativa de reverter o legado de sigilo imposto pelas administrações anteriores e de restaurar a confiança do público nas instituições. No entanto, ainda há muitas dúvidas sobre o conteúdo dos documentos que serão revelados. A medida é, sem dúvida, um passo importante para a transparência e o fim do controle excessivo das informações por parte do governo, mas o impacto real dessa liberação só será conhecido quando os registros forem finalmente divulgados.

Fonte: Brasil 247

Ricardo Cappelli critica Banco Central e chama de "sabotagem" aumentos de juros previstos por Campos Neto

Presidente da ABDI contesta decisão do Copom e pede reversão da política monetária adotada por Roberto Campos Neto

Ricardo Cappelli (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli, Ricardo Cappelli, fez duas críticas à atual política monetária do Banco Central (BC), chamando de "sabotagem" a decisão do comitê de elevar a taxa de juros. Em declaração pelas redes sociais, Cappelli afirmou que, com a queda da inflação e do dólar, é "inaceitável" que o BC mantenha a trajetória de aumentos previstos pelo ex-presidente da instituição, Roberto Campos Neto.

“Com dólar e inflação em queda, é INACEITÁVEL que o Banco Central siga a sabotagem deixada por Roberto Campos de um indicativo de mais dois aumentos de 1% da taxa de juros no início deste ano. O novo presidente do BC precisa reverter essa SABOTAGEM contra o Brasil”, escreveu o ex-secretário em sua rede social.


A crítica de Cappelli se dá em um contexto de recente aumento da taxa básica de juros, a Selic, em 1 ponto percentual, levando-a para 12,25% ao ano. Essa decisão foi tomada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, que apontou a alta da taxa de câmbio e a inflação corrente como fatores determinantes para a medida. O Comitê também indicou que o cenário inflacionário mais adverso, decorrente de reações do mercado financeiro ao pacote fiscal do governo federal, exigiria uma política monetária "ainda mais contracionista".

A ata da reunião do Copom, divulgada recentemente, revelou que o Comitê considerou a elevação das expectativas de inflação e do prêmio de risco, além da alta do dólar, como elementos que justificaram o aumento da taxa de juros. Nesse cenário, a política monetária precisa ser mais rigorosa para conter a inflação, que, segundo as previsões do BC, ainda pode precisar de mais aumentos da Selic nas próximas reuniões, em janeiro e março.

Cappelli, no entanto, vê essas medidas como uma tentativa de manter um ciclo de juros altos que não condiz com a realidade econômica atual. Ele acredita que a política de juros elevados, herdada de Roberto Campos Neto, prejudica o crescimento da economia, além de elevar a carga de endividamento das empresas e das famílias brasileiras. Para ele, a prioridade do Banco Central deve ser estimular a economia, especialmente após os efeitos da pandemia e os desafios fiscais enfrentados pelo país.

Fonte: Brasil 247