sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

Imigrantes deixam lojas, plantações e prédios abandonados nos EUA e relatam perseguições: "desespero com deportação"

A tensão aumentou após o presidente autorizar operações policiais em igrejas, escolas e outros locais antes considerados seguros para imigrantes

Donald Trump (Foto: Reuters/Carlos Barria)

Na última segunda-feira (20), Donald Trump tomou posse como o 47º presidente dos Estados Unidos, iniciando seu mandato com ordens executivas que impactam diretamente a população imigrante. Entre as medidas, destacam-se o encerramento do aplicativo CBP One, voltado para imigrantes, e a deportação imediata de pessoas em situação de ilegalidade. A mudança tem gerado incerteza e medo entre a comunidade latina no país. A reportagem é do jornal O Globo.

A tensão aumentou após o presidente autorizar operações policiais em igrejas, escolas e outros locais antes considerados seguros para imigrantes indocumentados. Segundo reportagens de veículos americanos, cidades santuário também estão se mobilizando para lidar com essas ações repressivas.

● Impactos econômicos e sociais

A nova política já começa a afetar o cotidiano de diversas cidades. Vídeos publicados no TikTok, rede social que vive um renascimento nos Estados Unidos, mostram locais como restaurantes e canteiros de obras vazios. Muitos trabalhadores, temendo a deportação, optaram por não sair de casa.

Um criador de conteúdo identificado como "@migrantesmillonarios" compartilhou a realidade de um restaurante onde o único funcionário presente era o proprietário. “Quero que você veja isso. O restaurante está vazio, não há garçons, não vieram trabalhar. É a primeira vez que se veem estas coisas nos Estados Unidos e é porque as pessoas têm medo”, comentou em uma publicação.

O mesmo cenário se repete em canteiros de obras, que estão abandonados pela falta de mão de obra. “É muito triste quando a construção é interrompida, e isso se deve à falta de pessoal. Nós, migrantes, vamos fazer falta, acredite, eles vão sentir”, disse o criador de conteúdo em outro vídeo.

● "México abraça você"

Do lado mexicano, o governo se prepara para receber milhares de deportados. A iniciativa “México abraça você” busca tranquilizar os migrantes que deverão retornar ao país. Centros de acolhimento estão sendo organizados em cidades fronteiriças como Ciudad Juárez e Matamoros, com a promessa de oferecer suporte básico.

No entanto, o clima é de incerteza. Para muitos, deixar os Estados Unidos significa abandonar anos de trabalho duro e recomeçar do zero. Além disso, há preocupações de que as regras sejam endurecidas até mesmo para migrantes com green cards, ampliando o impacto das novas políticas.

● O dilema dos imigrantes indocumentados

A retórica de Trump contra os imigrantes indocumentados tem dividido opiniões no país. Muitos americanos apoiam as deportações, mas também reconhecem a importância da força de trabalho latina em setores fundamentais da economia, como construção civil e serviços.

Enquanto isso, trabalhadores como "@migrantesmillonarios" questionam o futuro. “Hoje ninguém veio trabalhar, está tudo sozinho. O que vai acontecer quando isso chegar a um mês? E não há ninguém para operar essas máquinas”, alertou.

O novo cenário reflete um início de mandato que promete ser marcado por tensões sociais e econômicas, com impactos diretos não apenas na comunidade latina, mas também na economia americana.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Haddad descarta redução de tributos para baratear alimentos e critica ‘boataria’ sobre subsídios

O Ministro da Fazenda reiterou que o governo está focado em medidas estruturais para estabilizar a economia e combater a inflação

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad 20/12/2024 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou qualquer plano do governo para reduzir tributos com o objetivo de baratear alimentos. Segundo o ministro, a discussão sobre subsídios à cadeia alimentícia não está na pauta e não passa de “boataria” espalhada por especulações, aponta reportagem do jornal Valor Econômico.

Haddad reiterou que o governo está focado em medidas estruturais para estabilizar a economia e combater a inflação.

“Não há, em nenhum momento, uma discussão séria dentro do governo sobre reduzir tributos ou subsidiar alimentos. Essa ideia não existe, é fruto de especulações infundadas”, afirmou Haddad durante entrevista coletiva em Brasília. O ministro enfatizou que o governo está comprometido com soluções de longo prazo para os desafios econômicos, em vez de adotar medidas que poderiam ter impacto fiscal negativo sem resolver os problemas estruturais.

Haddad destacou que a prioridade do governo é a manutenção do compromisso com o ajuste fiscal e a responsabilidade nas contas públicas, sobretudo após a aprovação do novo arcabouço fiscal. Ele afirmou que iniciativas para conter a inflação, especialmente nos alimentos, estão centradas em políticas macroeconômicas e no incentivo à produção, e não em subsídios pontuais.

“Nós entendemos que a inflação de alimentos afeta diretamente a população mais vulnerável, mas as soluções precisam ser sustentáveis. Não vamos comprometer o ajuste fiscal com medidas que apenas mascaram o problema”, explicou o ministro.

Entre as medidas em estudo pelo governo, estão incentivos para a agricultura familiar, melhoria na logística de transporte e revisão de políticas de estocagem, que visam estabilizar os preços no longo prazo. O foco, segundo Haddad, é aumentar a eficiência da cadeia de produção e distribuição, reduzindo custos para os consumidores de forma estrutural.

O ministro também criticou o que chamou de tentativa de politização do debate sobre tributação e preços de alimentos. “Transformar essa questão em um discurso fácil pode gerar mais danos do que soluções. É preciso seriedade na formulação de políticas públicas”, declarou.

Em resposta, Haddad reforçou que o governo continuará avaliando formas de aliviar a pressão sobre os preços dos alimentos, mas sem comprometer a saúde financeira do país. “Nossa meta é atender às necessidades da população de forma justa e equilibrada, sempre com responsabilidade fiscal”, concluiu o ministro.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal Valor Econômico

Favorito para a presidência da Câmara, Hugo Motta seguiu o PT em 91% das votações desde o início do governo

Índice de apoio do deputado do Republicanos à pauta governista é superior ao de parlamentares historicamente aliados ao presidente e seu partido

Lula e Hugo Motta (Foto: Reprodução/X/@guimaraes13PT)

O deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) é o principal nome para suceder Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara dos Deputados. Segundo levantamento divulgado pela Folha de S. Paulo, Motta alinhou-se ao PT, do presidente Lula, em 91% das votações realizadas desde o início do governo atual. O índice de concordância supera até mesmo o do Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ), adversário de Motta na disputa, que votou com o PT em 77% das vezes.

Apesar de ser do Psol, tradicional aliado do PT, Henrique Vieira apresenta um índice de alinhamento menor que o de Hugo Motta. Vieira concordou com o PT em 77% das votações, um percentual superior à média de sua bancada, que é de 72%, mas inferior ao de Motta. Sua posição em temas estratégicos, como a reforma tributária e o novo arcabouço fiscal, foi em geral convergente com o governo, mas ele divergiu em questões pontuais, como a criação do Comitê de Modernização Fiscal.

Em algumas votações-chave, Vieira e o PT se alinharam contra Hugo Motta, como na rejeição da ampliação das reduções de alíquotas de impostos para operações imobiliárias e no apoio a medidas que retiravam despesas com ciência e tecnologia do teto de gastos.

A análise considerou votações de projetos de lei, resoluções, decretos, medidas provisórias e emendas à Constituição, entre outras. O resultado coloca Motta à frente de Erika Kokay (PT-DF), com 86% de concordância com seu próprio partido, e de outros aliados do governo, como Tabata Amaral (PSB-SP), que obteve 82%. Entre os 44 deputados do Republicanos, Motta é o quinto mais alinhado ao PT, com desempenho acima da média da legenda, que registra 83%.

Embora o Republicanos tenha apoiado Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais de 2022 e mantenha figuras de oposição como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, a bancada tem demonstrado proximidade estratégica com o governo federal. A candidatura de Hugo Motta ganhou força após a desistência de Marcos Pereira, presidente do partido, em setembro de 2024, em uma articulação que envolveu membros do governo, incluindo o próprio presidente Lula.

A votação para a presidência da Câmara, marcada para 1º de fevereiro, já conta com o apoio de Antonio Brito (PSD-BA) e Elmar Nascimento (União Brasil-BA), que retiraram suas candidaturas em favor de Motta. Sua capacidade de articulação e o histórico de alinhamento ao governo podem ser decisivos para consolidar seu favoritismo.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

"Simples" e "sujinha": a estética que Sidônio propõe para a comunicação presidencial

Ministro da Secom defende abordagem menos padronizada e engajamento direto da militância nas redes sociais

Lula (à esq.) e Sidônio Palmeira (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

Em plenária virtual que reuniu cerca de 3,2 mil pessoas, incluindo deputados e militantes do Partido dos Trabalhadores (PT), o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, anunciou, nesta quinta-feira (23), mudanças importantes na comunicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas redes sociais. O evento, reportado pelo Globo, contou com a presença da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, do secretário Nacional de Comunicação, Jilmar Tatto, e do líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias.

Durante a plenária, Sidônio enfatizou que o objetivo é adotar uma estética mais “simples”, “sujinha” e “soltinha”, em contraste com os conteúdos digitais atuais, muitas vezes descritos como “pasteurizados” e excessivamente padronizados. Segundo ele, a comunicação deve refletir a espontaneidade e a diversidade da militância e do povo brasileiro.

— Vamos mudar o formato de como o presidente se comunica nas redes. Ele tem um estilo próprio, fala com facilidade e está muito disposto a fazer diferente. Quer explicar, mostrar o que faz e divulgar as ações do governo. Para isso, é importante que vocês engajem, curtam e compartilhem tudo que for mensagem do governo — afirmou o ministro.

● Crítica à padronização e foco na emoção

Sidônio destacou que a beleza está na diversidade e no engajamento autêntico, apontando que a militância precisa se comunicar de forma natural e personalizada, sem se prender a um modelo rígido.

— A rede social gosta das coisas sujinhas, no bom sentido: aquele negócio mais soltinho, mais simples. É isso que precisamos buscar. A beleza está na diferença, na espontaneidade do povo. Comunicação não é só palavra; são gestos, olhares, entonação. Quem sabe fazer isso melhor que ninguém é o povo — ressaltou.

O ministro também analisou o desempenho da direita nas redes sociais, atribuindo parte de seu sucesso a uma estratégia coordenada e repetitiva. Ele defendeu que a esquerda pode adotar táticas semelhantes, mas com a verdade como alicerce.

— O que a direita faz que a gente não pode fazer, tirando a mentira e o ódio? Eles têm uma coisa: falam sempre do mesmo assunto, todos postam juntos, e isso gera crescimento. Podemos fazer isso de forma interessante, com a verdade.

● Convocação para a militância digital

Além de propor mudanças no estilo de comunicação, Sidônio convocou os militantes a serem ativos na defesa do governo nas redes e nos grupos sociais. Ele sugeriu que o foco seja em pautas diárias bem definidas e que as boas notícias sejam amplamente compartilhadas e discutidas.

— Se tem algo do governo, uma boa notícia, tem que curtir, comentar, compartilhar nos stories, passar no zap para os amigos, para as listas de transmissão, discutir na sua cidade. O que não faz sentido é comentar ou espalhar fake news.

A fala do ministro reflete o esforço do governo em fortalecer sua presença digital e ampliar o alcance das mensagens presidenciais, especialmente em um cenário político marcado por disputas intensas nas redes sociais.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Reunião ministerial desta sexta tem como foco medidas para baratear os alimentos

Presidente Lula cobra ações para enfrentar alta de preços e garantir comida acessível à população trabalhadora

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto, em Brasília 25/10/2024 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

A alta no preço dos alimentos, que se tornou uma das principais preocupações do governo desde o início de 2024, volta ao centro das atenções em uma reunião ministerial marcada para esta sexta-feira. Segundo informações da BBC Brasil, o impacto direto no custo de vida das famílias brasileiras tem prejudicado a avaliação do governo, motivando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a intensificar esforços para reduzir os preços e assegurar comida acessível à população.

“Todo ministro sabe que o alimento está caro. É nossa tarefa garantir que o alimento chegue na mesa do povo brasileiro em condições compatíveis com o salário que ele ganha”, destacou Lula durante uma reunião ministerial anterior, em janeiro deste ano, realizada na Granja do Torto. O presidente enfatizou que, após um ano dedicado à reconstrução do país, a prioridade agora é trabalhar para diminuir o custo dos alimentos.

Devem participar do encontro desta sexta-feira os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar). Entre as pautas discutidas, estão medidas emergenciais para enfrentar a inflação de 2024, que acumulou alta de 4,83%, ultrapassando o teto da meta de 4,5%. O aumento nos preços de alimentos e bebidas, com alta acumulada de 7,69% no período, foi o maior responsável pelo índice.

● Fatores econômicos e climáticos agravam o problema

De acordo com análises apresentadas pelo Ministério da Fazenda, fatores como eventos climáticos extremos e a valorização da moeda norte-americana contribuíram para a elevação dos preços dos alimentos. Esses fatores impactaram diretamente itens voltados para exportação e produtos que dependem de insumos importados, como combustíveis, eletrônicos e alimentos.

O ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Sidônio Palmeira, que assumiu o cargo recentemente, também destacou a necessidade de dialogar com a população sobre os esforços do governo para enfrentar o problema. “Alguns preços de alimentos estão mais altos, e isso se deve a vários fatores. O Ministério da Fazenda e outros setores do governo estão trabalhando intensamente nessa questão”, afirmou Palmeira.

● Plano Safra e novas estratégias para 2025

O governo aposta no Plano Safra como uma das principais ferramentas para ampliar a oferta de alimentos e reduzir os preços. Reuniões com empresários dos setores de fruticultura, proteína animal e indústria alimentícia também foram realizadas ao longo do ano passado para buscar soluções conjuntas.

Durante a campanha de 2022, Lula prometeu devolver itens como "picanha" e "cervejinha" à mesa das famílias brasileiras, simbolizando a esperança de uma vida mais digna e acessível. Agora, o governo enfrenta o desafio de transformar essa promessa em realidade, num cenário que exige criatividade, diálogo com os diversos setores da economia e ações integradas.

Fonte: Brasil 247

Câmbio foi um dos fatores cruciais para alta dos alimentos, avalia governo Lula

Integrantes do governo se reúnem nesta sexta para discutir medidas para baratear os preços

(Foto: Agência Brasil )

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um diagnóstico geral da alta dos preços dos alimentos e apontou o câmbio como um dos fatores primordiais do problema, informa a CNN Brasil. Nesta sexta-feira (24), Lula se reúne com ministros para discutir medidas para baixar os preços.

Segundo o diagnóstico feito pelo governo, a inflação dos alimentos está concentrada em alguns grupos específicos, como café, soja, carne e suco de laranja, que são exportáveis. Com a alta do dólar, que bateu a casa dos R$6, exportadores passaram a considerar mais atrativa a venda para o mercado externo, reduzindo a oferta local dos produtos.

No encontro desta sexta, serão analisadas propostas específicas para conter a alta dos preços. Integrantes do governo demonstram preocupação com a popularidade de Lula por conta dos impactos da inflação, e fazem um paralelo do cenário brasileiro com os Estados Unidos. Lá, a inflação foi considerada um dos principais fatores que contribuíram para a derrota do partido Democrata nas eleições de 2024.

A equipe econômica já avalia propostas apresentadas pelo setor varejista. Uma delas pedia uma mudança no modelo de validade dos alimentos, mas foi descartada pelo Planalto por conta da repercussão negativa.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Só Lula pode derrotar o obscurantismo em 2026, diz o coordenador do Prerrogativas, Marco Aurélio

Para ele, progressistas devem fazer apelo para que o presidente se candidate. “É a única liderança política capaz de de reconciliar o País”, afirma

Marco Aurélio de Carvalho e Lula (Foto: Divulgação)

Por Joaquim de Carvalho, 247 - Coordenador do grupo Prerrogativas, o jurista Marco Aurélio de Carvalho se preocupou com uma declaração de Lula de que talvez não se candidate à reeleição em 2026. “O presidente Lula é a única liderança política capaz de reconstruir e de reconciliar o país. Nós precisamos fazer apelo para que ele se candidate em 2026”, afirmou, em entrevista exclusiva ao 247.

Marco Aurélio é uma das pessoas mais próximas de Lula, posição que ele conquistou sobretudo ao enfrentar os abusos da Lava Jato e lutar pela liberdade do presidente, alvo, em 2018, de uma prisão política.

Filiou-se ao PT com 16 anos, quando Lula disputava sua segunda eleição para presidente, em 1994. Dois anos depois, Marco Aurélio entrou na Faculdade de Direito da PUC de São Paulo, e presidiu o Centro Acadêmico 22 de Agosto.

Não ocupa cargo no governo, mas acompanha de perto o que acontece em Brasília, sobretudo no que diz respeito às relações do governo com o Judiciário.

"Pressão sobre Lula por diversidade no STJ é inoportuna", afirma. "Lula é o recordista absoluto em nomeação de mulheres e de mulheres pretas para posições de destaque no nosso sistema de justiça", acrescenta.

Nesta entrevista, Marco Aurélio faz um balanço dos dois anos de governo.

Aponta os acertos e não deixa de responder a perguntas sobre eventuais erros.

“Acho que houve problema sério de comunicação que a gente deve corrigir, a percepção da população em relação ao governo é absolutamente desproporcional ao número enorme de realizações”, observou.

A seguir, os principais trechos da entrevista:

247 - Como o senhor avalia a atuação do presidente Lula na relação com o Poder Judiciário e, sobretudo, nas indicações para os tribunais superiores?

Marco Aurélio de Carvalho - Indiscutível o compromisso que o presidente Lula tem com a construção de um sistema de justiça mais diverso, mais inclusivo, verdadeiramente antirracista e mais representativo da sociedade, onde todos nós hoje vivemos, que é composta por uma maioria de mulheres e de mulheres pretas.

Este compromisso foi materializado nas indicações que o presidente fez para postos estratégicos do nosso sistema de justiça. Recentemente, alçou mulheres magníficas para cargos extremamente importantes. Hoje, o Tribunal Superior Eleitoral é composto por duas mulheres negras nomeadas pelo presidente Lula. Atualmente, são quatro as ministras que compõem o Superior Tribunal de Justiça, o STJ, e o presidente nomeou três, nomeou a ministra Regina Helena, aliás foi a presidente Dilma, perdão – mas os nossos governos nomearam –, nomeou a ministra Maria Tereza, ele próprio, nomeou a ministra Daniela Teixeira, que, em pouco tempo, já se transformou inclusive na ministra da cidadania.

Nomeou também diversas mulheres para cargos importantes em tribunais regionais federais, da terceira região, da primeira região, da segunda região, de outras regiões e eu cito, em especial, a Claudia Franco, uma mulher magnífica, Gabriela Araújo, outra mulher incrível, diversas mulheres, enfim, que compõem também, por exemplo, o Tribunal Regional Federal da Primeira Região, que representa Brasília e outros oito estados, nomeou a Ana Carolina Roman, enfim, são muitos os nomes, diversas desembargadoras para os tribunais regionais eleitorais, posso citar, entre tantas outras, a Manuela Dourado para o Rio de Janeiro, a Daniela Galvão em São Paulo, enfim, são muitas nomeações. O Conselho de Ética da Presidência também é composto por mulheres, pela Carol Proner, pela Marcelise de Miranda Azevedo, até pouco tempo atrás pela Kenarik Boujikian , mulheres que ele também nomeou. E ele tem tido uma relação absolutamente republicana e muito respeitosa com o Poder Judiciário e com os demais poderes. Merece, portanto, o nosso reconhecimento e o nosso aplauso.

247 - Lula nomeou Cristiano Zanin para a vaga de Ricardo Lewandowski no STF. Na época, houve pressão, inclusive de uma alta funcionária do governo dos EUA, para que nomeasse uma mulher negra para essa vaga. Como o senhor vê cobranças desse tipo?

Marco Aurélio - Natural que haja pressão, e o presidente sabe conviver muito bem com as pressões que recebe. Mas eu acredito que essas cobranças são absolutamente inoportunas. Lula é o recordista absoluto em nomeação de mulheres e de mulheres pretas para posições de destaque no nosso sistema de justiça. É claro que a gente precisa corrigir as distorções de representatividade, em especial em alguns tribunais, no Supremo, no STJ, mas o que a gente tem defendido é que o recorte de gênero, que é importante, pode ser até dos mais importantes, não pode ser o único recorte para essas indicações. Então a pressão, sobretudo de autoridades enfim norteamericanas, me parece absolutamente inoportuna.

247 - O PT aprendeu a fazer nomeações, tendo em vista que o partido já foi “acusado” de excesso de republicanismo?

Marco Aurélio - O presidente Lula tem demonstrado uma maturidade muito grande para fazer essas indicações, algo que, parece, o PT aprendeu. As indicações são políticas, nós não podemos ser hipócritas e fechar os olhos para isso. Elas têm uma dimensão fortemente política. A relação de confiança é fundamental. É claro que nós temos requisitos constitucionais: reputação ilibada, notável saber jurídico, mas é fundamental que a gente indique pessoas que têm um compromisso com a construção de uma sociedade mais justa, mais fraterna, mais solidária. Pessoas que, de alguma forma, dividam conosco princípios e propósitos. O presidente construiu, na verdade, um processo para essas indicações. Ele ouve quatro ministérios. Ouve a Advocacia-Geral da União, que tem dado uma colaboração preciosa para esse processo. O Ministério da Justiça. Ouve a Casa Civil e a Secretaria de Relações Institucionais. Só após a oitiva desses ministros, que, por sua vez, também fazem as suas consultas, ele passa, portanto, a ouvir outros atores da Sociedade Civil, partidos políticos da base aliada, colegas advogados, para aí se formar a convicção. Mas uma coisa importante a gente deixar claro, que nós vamos apoiar toda e qualquer escolha que o presidente fizer, porque a ele cabe, somente a ele, o direito e o dever de fazer essas escolhas, já que ele recebeu 60 milhões de votos para fazer, entre outras, essas escolhas. A responsabilidade, o direito e o dever, indiscutivelmente, são dele.

247 - O Prerrogativas, grupo do qual o senhor é um dos coordenadores, surgiu para a defesa da Constituição. O senhor pode dizer como surgiu a entidade. Sabemos que existem livros e até um documentário produzidos com apoio dos senhores. Pode fazer um balanço do trabalho dos senhores?

Marco Aurélio - O Prerrogativas surgiu em 2014 como uma espécie de observatório da democracia. Quando o então candidato derrotado pras eleições presidenciais Aécio Neves ocupou a tribuna para questionar o processo eleitoral que sagrou como vencedora a nossa querida ex-presidenta Dilma, nós ali percebemos que talvez pudesse estar nascendo o tal ovo da serpente, nós percebemos que, com postura extremamente inconveniente, agressiva, o sistema eleitoral de modo geral poderia estar sendo pressionado, então nós criamos Prerrogativas como uma espécie de observatório da democracia, logo depois passamos acompanhar o processo de impedimento absolutamente criminoso, fraudulento, artificial, nos reunimos em grupo do WhatsApp para acompanhar o trabalho da Câmara e do Senado na tentativa de depor a presidenta Dilma e, logo na sequência, como você bem sabe, a Lava Jato passou a ter, digamos, talvez dias “gloriosos”, o seu auge, o que fez com que nós também nos mobilzássemos contra uma operação que tinha objetivos políticos muito claros.

247 - Lembro que o Prerrogativas teve uma atuação muito forte para que se restabelecesse o princípio constitucional da presunção de inocência, que acabou resultando na liberdade de Lula. O senhor pode dizer como foi essa atuação e como o senhor vê o Judiciário hoje, na defesa da democracia?

Marco Aurélio - Uma das grandes pautas do grupo Prerrogativas foi a defesa dos princípios fundantes do estado de direito, quais sejam o princípio da presunção da inocência, do devido processo legal e do sagrado direito de defesa. Nós desde sempre nos colocamos, enfim, na defesa intransigente desses princípios e desses valores que são, na verdade, pedras de toque do nosso Estado de Direito, são princípios fundantes da própria democracia brasileira. Acho que o Judiciário tem tido papel muito importante na contenção dos arroubos à autoridade e das tentativas frustradas de restabelecer no país o regime ditatorial, mas nós precisamos tomar cuidado, nós empoderamos o Judiciário para conter os avanços do fascismo, do autoritarismo e agora nós precisamos encontrar meios de devolver os poderes para suas caixinhas. O próprio Judiciário evidentemente precisa, digamos assim, estabelecer certo grau de liturgia e relacionamento com os demais poderes, e com a sociedade de modo geral. Esse é o grande desafio, mas nós temos que reconhecer, aplaudir e reverenciar os esforços, em especial, dos ministros do Supremo, na defesa intransigente da democracia.

247 - E sobre o papel do Prerrogativas no fim da prisão política de Lula?

Marco Aurélio - Foi de fato o julgamento das ADCs (Ações Declaratórias de Constitucionalidade) 43, 44 e 54 que deu para o presidente Lula a esperada liberdade. Ele, enfim, saiu da prisão política para a qual foi enviado por um juiz escandalosamente parcial, que atuou de forma criminosa em conluio com o Ministério Público. Após o julgamento dessas ações, teve fim o cárcere político e, portanto, injusto, ações que foram ou tiveram apoio do Prerrogativas. Só depois o HC dele (Lula), em que se discutia a parcialidade desse juiz criminoso, foi julgado, com o provimento dado à sua defesa, mas até então, na verdade, permanecia na prisão por conta da compreensão equivocada que o Supremo tinha em relação à aplicação do princípio da presunção de inocência. Então, de fato, o presidente Lula saiu da prisão por conta dessa nossa luta, à qual se somaram inúmeras entidades, diversos atores, advogados, não necessariamente integrantes do Prerrogativas, mas foi realmente motivo de muita alegria para todos nós, algo que beneficiou não apenas o presidente Lula, mas também toda a sociedade brasileira, já que a presunção da inocência é pilar do Estado de Direito e da democracia, então a gente não pode deixar de ter essa dimensão.

Brasil 247 - Como o senhor avalia o governo Lula dois anos depois da posse? Especificamente sobre a institucionalidade, que inclui indicações para o Judiciário, como o senhor avalia o governo Lula? Em que acertou? Em que errou? Em que pode melhorar?

Marco Aurélio - Acho que o presidente Lula conseguiu devolver para o Brasil o protagonismo que ele já teve nos próprios governos do PT no cenário geopolítico mundial. Esse é um dos grandes feitos do presidente Lula. O Brasil voltou, como diz o jargão, e voltou pra valer, Realizamos talvez o melhor encontro da história do G20, vamos sediar agora a COP 30, temos tido relações diplomáticas com diversos países, abrindo mercados extremamente significativos. Voltamos, enfim, a combater com eficiência a fome e a miséria e estamos próximos novamente de erradicá-las, para nossa alegria. Passamos a ser o segundo destino de recursos de investimentos, o que mostra de fato que o governo brasileiro tem credibilidade diante do mundo. Hoje figuramos entre as sete maiores economias do mundo, chegamos a cair para décima segunda, décima terceira posição, números absolutamente preocupantes, estamos crescendo acima das projeções de todos os institutos especializados no tema, estamos próximos da meta em relação à inflação, vivendo uma situação de pleno emprego, com 6 pontos percentuais de desemprego, que é o menor índice da série histórica.

247 - Como o senhor vê as críticas da chamada Faria Lima?

Marco Aurélio - Nós estamos vivendo momento extremamente positivo, em que pese os ataques oportunistas de parte da Faria Lima, os ataques que são meramente especulativos e que são, na verdade, provocados por interesses não declarados de rentistas, que vivem evidentemente de taxas de juros exorbitantes e de situações que fragilizam a nossa moeda. Comportamentos absolutamente antinacionais e questionáveis sob todas e quaisquer perspectivas. O balanço é muito positivo. Talvez a nossa maior falha, e eu acho que nós vamos conseguir corrigir isso em breve, talvez tenha sido o fato da gente não conseguir se comunicar com a população de modo a mostrar tudo o que foi feito, e poder de alguma forma colher o resultado dessas ações, que são indiscutivelmente exitosas. Acho que houve problema sério de comunicação que a gente deve corrigir, a percepção da população em relação ao governo é absolutamente desproporcional com número enorme de realizações. Outra falha que eu espero que seja corrigida em breve foi a de não pautar com centralidade o tema da segurança pública de modo a a dar todo o apoio, incondicional, à proposta do ministro Lewandowski em relação à necessidade de se discutir, de se votar uma PEC da segurança pública, talvez tenha sido também algum outro equívoco.

Brasil 247 - O comércio também se recuperou…

Marco Aurélio - Sim! Ainda no balanço positivo, eu acho importante dizer que o varejo nacional cresceu muito acima do esperado, teve crescimento de quase 13 por cento. A indústria nacional também cresceu muito acima do esperado, tivemos surpresas positivas em especial no segmento automobilístico, o Brasil continua investindo investindo pesado na matriz energética limpa, da qual se orgulha, continua se orgulhando e vai continuar, não há a menor dúvida, e isso vai ficar claro na COP 30. Nós demos um salto muito significativo. Outra coisa que eu não falei, que também é balanço positivo, Joaquim, foi que o Brasil conseguiu, de alguma forma, se reinstitucionalizar.

247 - O presidente Lula disse, na reunião ministerial, que talvez não seja candidato à reeleição em 2026. Nesse caso, quem poderia ser o candidato do campo democrático?

Marco Aurélio - O presidente Lula é a única liderança política capaz de reconstruir e de reconciliar o país. Nós precisamos fazer apelo para que ele se candidate em 2026. Saúde para isso ele tem de sobra, é indiscutível, tem mostrado vitalidade, lucidez. Está liderando o País de uma forma absolutamente inquestionável, com muita habilidade e vai ter que assumir essa tarefa. Nós vamos ter que fazer apelo, nós não temos no campo progressista nenhuma outra liderança capaz de derrotar o bolsonarismo e o fascismo no país. Não temos. Nós precisamos novamente do presidente Lula. E nós vamos ter que fazer apelo para que ele realmente saia candidato. Eu não vejo outra candidatura no horizonte de 2026 que possa expressar, enfim, esse sentimento e reunir as forças necessárias para combater o obscurantismo no país.

247 - E o Fernando Haddad?

Marco Aurélio - De fato, depois do Lula, o Haddad é talvez a liderança política mais preparada o PT, para os desafios que o país tem. Ele é um dos maiores quadros políticos do PT, ele, Zé Dirceu, o Zé Dirceu evidentemente, por diversos motivos, deve disputar a eleição para deputado federal, e é bom que o faça, vai ter todo o nosso apoio pra isso. Mas ele é um dos maiores quadros do País, ele, Haddad, quadros do PT, do País, e evidentemente a gente não pode perder essa dimensão.

247 - E o Camilo Santana (ministro da Educação)?

Marco Aurélio - Camilo é um grande quadro político, tem feito um grande trabalho, foi um grande governador, mas, na verdade, ainda não tem a dimensão nacional que precisaria ter para fazer esse enfrentamento. O Haddad passou por uma eleição dificílima, que foi a eleição de 2018. Nós perdemos, mas não perdemos feio, não. Nós tivemos 47 milhões de votos, 45% dos votos. É uma liderança extremamente comprometida com o nosso projeto, foi extremamente leal ao presidente Lula, foi um belo prefeito, injusto ainda nas avaliações, que foram feitas, ainda acho que haverá uma revisão, uma releitura da gestão dele. Foi o melhor ministro da educação na história do país, tem feito um trabalho incrível, seguramente será considerado em breve o melhor ministro da fazenda, da história do país. Então ele tem todas as condições para eventualmente fazer uma disputa no futuro.

247 - A partir de 2030?

Marco Aurélio - Não vejo outra alternativa que não seja Lula se candidatar em 2026, e, pelo amor e compromisso que ele tem pelo País, creio se candidatará, exatamente por ele ser a única liderança política capaz de unificar o nosso campo e de continuar o processo de reconstrução, de reconciliação e de refundação do país. Enfim, mas, para além de 2030, evidente aí o debate está aberto e eu acho que uma das lideranças mais preparadas para assumir a responsabilidade de continuar esses processos de transformação pelos quais o país vem passando, nos governos do PT em especial, a liderança mais preparada para isso é o Fernando Haddad, não tenha a menor dúvida. É uma das únicas lideranças nacionais.

Fonte: Brasil 247

Governo federal combate fake news sobre benefícios sociais

Ministério desmente boatos que afetam programas como o Bolsa Família e o BPC, reforçando o impacto positivo das políticas públicas na vida das famílias

Programas sociais (Foto: Divulgação)

Em meio a um cenário de desinformação crescente, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) tem intensificado os esforços para combater as fake news que prejudicam programas sociais como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A iniciativa foi destacada pela Agência Gov, por meio do portal oficial do MDS, em matéria publicada no dia 23 de janeiro de 2025.

Essas mentiras, muitas vezes disseminadas em redes sociais, confundem a população e dificultam o acesso das famílias às políticas públicas, prejudicando especialmente os mais vulneráveis. Entre os boatos desmentidos, estão alegações de que o Bolsa Família incentiva o desemprego, paga 13º salário ou envia mensagens com links suspeitos aos beneficiários.

"É fundamental combatermos a desinformação, porque ela não só prejudica a execução das políticas públicas como também gera impactos econômicos e sociais negativos", destacou o MDS em comunicado oficial.

● Esclarecimentos sobre o Bolsa Família

Um dos principais mitos desmentidos é a ideia de que o Bolsa Família estimula as pessoas a não trabalharem. Segundo o ministério, isso não condiz com a realidade. O programa conta com a Regra de Proteção, que permite aos beneficiários assinarem a carteira de trabalho ou empreenderem sem perder o benefício imediatamente. Essa regra oferece suporte às famílias para que possam se estabilizar no mercado de trabalho, recebendo até 50% do valor do benefício por dois anos, mesmo com aumento na renda.

Dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) revelam que, de janeiro de 2023 a setembro de 2024, mais de 3,4 milhões de pessoas inscritas no Cadastro Único foram contratadas, sendo que 71,11% eram beneficiárias do Bolsa Família.

Além disso, o público atendido pelo programa inclui majoritariamente crianças, adolescentes e idosos, que representam uma parcela significativa dos 53,8 milhões de beneficiários. Entre eles, estão 16,45 milhões de crianças de até 11 anos e 7,63 milhões de adolescentes entre 12 e 17 anos.

● Cadastro Único modernizado

Outro ponto destacado pelo MDS é a modernização do Cadastro Único, prevista para março de 2025. A nova plataforma será integrada a diferentes bases de dados do governo federal, automatizando processos e garantindo maior precisão na seleção e no atendimento das famílias. Essa medida beneficiará diretamente mais de 40 programas sociais federais, como o Bolsa Família e o BPC.

● Mudanças no BPC

Quanto ao BPC, o ministério desmentiu boatos de que apenas pessoas com deficiência grave ou moderada podem acessar o benefício. A Lei nº 15.077, sancionada em dezembro de 2024, manteve o critério de abrangência para pessoas com deficiência leve, desde que cumpram os demais requisitos.

O MDS também esclareceu que o Bolsa Família não paga 13º salário, embora alguns estados e municípios possam adotar essa prática localmente. O benefício segue um calendário oficial e só é antecipado em casos de emergência, como calamidades públicas.

Além disso, o ministério reforçou que mensagens enviadas pelo programa aparecem apenas nos extratos bancários ou no aplicativo oficial. "O Bolsa Família não envia SMS com links ou realiza ligações telefônicas", destacou o órgão, orientando os beneficiários a consultarem os canais oficiais em caso de dúvidas.

● Combate às fake news

O MDS reforçou que compartilhar fake news pode resultar em punições legais e ações civis, como o pagamento de indenizações por danos morais. Para evitar desinformação, a população é incentivada a verificar a veracidade das informações nos canais oficiais ou entrar em contato pelo Disque Social 121.

Ao esclarecer ponto a ponto as mentiras disseminadas, o ministério reafirma seu compromisso com a transparência e com a melhoria contínua das políticas públicas que impactam milhões de brasileiros.

Fonte: Brasil 247

Conta de Bolsonaro no X foi invadida, diz filho

Após a invasão, a conta do ex-presidente anunciou a criação de uma suposta criptomoeda

Jair Bolsonaro durante participação em evento em Goiânia, 04/04/2024 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O perfil de Jair Bolsonaro (PL) na rede social X (antigo Twitter) foi invadido na noite de quinta-feira (23), informou o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), um dos filhos do ex-presidente. Em uma publicação feita após a invasão, Bolsonaro aparece ao lado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para anunciar a suposta criação de uma criptomoeda. O post foi excluído minutos depois. As informações são da CNN Brasil.

“A conta do Twitter de @jairbolsonaro foi invadida e roubada. Iniciado processo de tentativa de recuperação da mesma”, escreveu Carlos em seu perfil na plataforma.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Bolsonaro diz que pode apoiar Michelle desde que seja ministro da Casa Civil

Ex-presidente avalia cenário para 2026 e defende anistia a extremistas

Michelle Bolsonaro (Foto: Reprodução)

Em entrevista à CNN Brasil nesta quinta-feira (23), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) abordou a possibilidade de sua esposa, Michelle Bolsonaro, ser candidata à Presidência da República em 2026. Ele admitiu que poderia apoiá-la, desde que fosse nomeado ministro da Casa Civil em caso de vitória. “Vi na pesquisa do Paraná Pesquisas que ela está na margem de erro do Lula. Esse evento lá fora vai dar uma popularidade enorme para ela. Não tenho problemas, seria também um bom nome com chances de chegar. Obviamente, ela me colocando como ministro da Casa Civil, pode ser”, declarou.

Bolsonaro também mencionou outros potenciais nomes para o pleito, como o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), seu filho, que classificou como um “excelente articulador político”. O ex-presidente ainda sugeriu que o cantor Gusttavo Lima, que demonstrou interesse na política, poderia ser candidato ao Senado antes de tentar a Presidência. “Ele tem idade e popularidade, mas, o resto, a gente não conhece. É um excelente nome para o Senado, mas, para a Presidência, não sei se está maduro ainda”, avaliou.

Críticas ao cenário político e comparações com a Venezuela

Inelegível até 2030, Bolsonaro afirmou que pretende retornar à Presidência por sua “paixão pelo Brasil”. Ele alertou que, sem sua presença no pleito, o Brasil poderia enfrentar uma situação “parecida com a da Venezuela”. “María Corina [Machado] e [Henrique] Capriles foram tornados inelegíveis por 15 anos. Qual é a acusação? Atos antidemocráticos. Quais foram os atos antidemocráticos? Ocupar um carro de som e criticar o Maduro”, disse.

Bolsonaro também comentou sobre outros possíveis candidatos, como Tarcísio de Freitas, Ronaldo Caiado, Romeu Zema e Ratinho Junior, avaliando positivamente suas gestões, mas destacando a necessidade de maior preparo e alinhamento com o eleitorado de direita.

Fonte: Brasil 247 com entrevista concedida à CNN Brasil

Carne podre que ficou submersa em enchente no RS era reembalada e vendida como "nobre do Uruguai"

A empresa Tem Di Tudo Salvados, localizada em Três Rios, no Rio de Janeiro, é acusada de lavar, maquiar e revender carnes em estado de decomposição

Pedaços de carne em açougue no Rio de Janeiro (Foto: Ricardo Moraes / Reuters)

Um esquema criminoso envolvendo o reaproveitamento de toneladas de carne estragada foi desmantelado pela Polícia Civil, com base em denúncia feita por um produtor gaúcho. A empresa Tem Di Tudo Salvados, localizada em Três Rios, no Rio de Janeiro, é acusada de lavar, maquiar e revender carnes em estado de decomposição como se fossem cortes nobres provenientes do Uruguai. As informações foram divulgadas pelo g1.

As investigações apontam que a carne, que deveria ter sido transformada em ração animal, foi comprada pela Tem Di Tudo a um frigorífico gaúcho após uma enchente histórica no Rio Grande do Sul, onde o produto ficou submerso por meses. Segundo o delegado Wellington Vieira, “Temos informações de que a carne foi maquiada para esconder a deterioração provocada pela lama e pela água que ficaram acumuladas lá no frigorífico da capital gaúcha”.

A investigação revelou que parte desse material foi vendida para um frigorífico em Nova Iguaçu, que, por sua vez, repassou os produtos a empresas em Minas Gerais. Em uma reviravolta inusitada, as carnes acabaram sendo oferecidas novamente ao produtor gaúcho, que reconheceu os lotes e acionou as autoridades.

◎ Denúncia e prisões

A descoberta do esquema começou com a denúncia de uma empresa que havia adquirido os produtos da Tem Di Tudo e percebeu que estava recebendo de volta carnes estragadas disfarçadas como próprias para consumo.

Quatro pessoas foram presas até o momento, e a polícia segue rastreando as mercadorias através de notas fiscais apreendidas. O objetivo é identificar todas as empresas que compraram os produtos impróprios sem saber de sua verdadeira origem. “Todas as pessoas que consumiram essa carne correram risco de vida. Quando uma mercadoria fica debaixo d’água, adquire circunstâncias e condições que trazem risco iminente à saúde”, alertou o delegado Vieira.

◎ Outras irregularidades

Durante a operação, a polícia também encontrou centenas de caixas de medicamentos e testes de Covid-19 vencidos, além de cigarros e produtos de beleza fora da validade no estabelecimento investigado. Todo o material foi inutilizado com cloro e descartado pela companhia de limpeza urbana.

◎ Lucro milionário

A dimensão do lucro ilícito impressiona. Segundo o delegado Wellington Vieira, “A carne boa estava avaliada em torno de R$ 5 milhões, mas a empresa comprou as 800 toneladas estragadas por R$ 80 mil”. Os produtos eram maquiados e revendidos a valores que garantiam um lucro de até 1.000%.

As investigações indicam que 32 carretas com carnes deterioradas saíram do Rio Grande do Sul para diversos destinos no Brasil. Os envolvidos podem responder pelos crimes de associação criminosa, receptação, adulteração e corrupção de alimentos.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

“Eu vou para a cadeia, não vou fugir do Brasil”, diz Jair Bolsonaro

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante entrevista à CNN Brasil. Reprodução
Rebatendo a hipótese sugerida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (23) que não pretende fugir do Brasil. Bolsonaro é investigado em três casos: tentativa de golpe de Estado, falsificação de cartões de vacina e apropriação indevida de joias recebidas da Arábia Saudita.

“Eu vou para a cadeia, eu não vou fugir do Brasil. Eu podia ter ficado lá quando eu fui para os Estados Unidos. Quando eu fui para a posse do Milei, eu poderia ter ficado, mas vim para cá, sabendo de todos os riscos que estou correndo”, declarou o ex-presidente em entrevista à “CNN Brasil”.

Essa é a segunda vez nesta semana que Bolsonaro aborda o tema da fuga. Na última segunda-feira (20), ele afirmou que a apreensão de seu passaporte não o impediria de sair do Brasil. O documento foi recolhido em fevereiro de 2024 como parte das investigações sobre possíveis tentativas de golpe de Estado

Na mesma entrevista, o inelegível revelou que poderia apoiar o nome de Michelle Bolsonaro em 2026: “Não tenho problemas, seria um bom nome com chances de chegar”, declarou. Ele ainda mencionou que poderia ocupar o cargo de ministro da Casa Civil em um eventual governo de Michelle.

O ex-presidente também abordou outros nomes para a corrida presidencial, como Eduardo Bolsonaro (PL-SP), seu filho, a quem descreveu como “excelente articulador político”, e o cantor sertanejo Gusttavo Lima, sugerindo que este comece sua trajetória política concorrendo ao Senado.

Fonte: DCM

APUCARANA: Prefeito garante manutenção das aulas nas escolas Durval Pinto e Gabriel de Lara



Em entrevista coletiva concedida à imprensa, na manhã desta quinta-feira (23/01), o prefeito Rodolfo Mota e a secretária municipal de Educação, Ana Paula do Carmo Donato, anunciaram que as escolas municipais Professor Durval Pinto e Gabriel de Lara permanecerão abertas neste ano letivo. A medida reverte decisão administrativa tomada pela gestão anterior, que planejou o remanejamento dos alunos para outras unidades de ensino, sem no entanto fazer a comunicação aos pais.

O prefeito afirma que a gestão anterior planejou a mudança e, para isto, investiu cerca de R$ 5 milhões na ampliação de nove salas na Escola Professora Maria Madalena Côco (R$4.197.594,23) e oito salas na Dinarte Pereira (R$795.343,68). “É fato que isso foi licitado, contratado e a obra foi executada para receber os alunos da Durval e da Gabriel de Lama. Mas, infelizmente, não fizeram esse comunicado à população, aos pais e aos servidores. Deixaram o período de matrículas acontecer e não contaram que esse era o plano”, reforça Rodolfo Mota.

O prefeito afirma que, com 23 dias de gestão, esse é mais um dos desafios que a atual gestão está enfrentando. “Faltam apenas 10 dias para o início das aulas. Conversando com a secretária Ana Paula e com a nossa equipe da educação entendemos por bem, justamente por conta de que os pais e alunos já se organizaram, manter a escola de Durval Pinto e a Gabriel de Lara nesse ano até que a gente possa fazer o remanejamento com a tranqüilidade e o tempo necessários”, frisa Rodolfo Mota.

Rodolfo Mota lembra que, no caso da Durval Pinto que fica ao lado do Complexo do Lagoão, muitos dos alunos são oriundos do Jardim Interlagos e precisam de transporte para chegarem até a escola. “E esse será mais um desafio – concluir a obra da escola do Interlagos que está há oito anos parada – para que esses alunos possam estudar no próprio bairro”, completa o prefeito de Apucarana.

A secretária Ana Paula tranquiliza os pais dos cerca de 13 mil estudantes da rede municipal, afirmando que as aulas iniciarão na data programada. “Estamos preparados para iniciar as aulas no dia 5 de fevereiro com segurança e com tudo organizado”, ressalta a secretária, acrescentando que – seguindo o cronograma estabelecido – no dia 3 fevereiro haverá o encontro de formação continuada dos servidores da rede municipal de ensino.

Fonte: Prefeitura de Apucarana