quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Sobrinho de Dilma aciona MPF para investigar bolsonaristas na posse de Trump

 

O vereador Pedro Rousseff (PT) de roupa branca, falando em microfone e apontando pra frente
O vereador Pedro Rousseff (PT) – Reprodução

O vereador Pedro Rousseff (PT), de Belo Horizonte (MG), protocolou nesta terça-feira (21) uma representação no Ministério Público Federal (MPF) contra 22 deputados federais. A ação aponta “possível uso irregular do erário público federal e da violação à moralidade administrativa” durante a viagem desses parlamentares para participar da posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizada na última segunda-feira (20).

O documento foi direcionado ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, e questiona o possível uso irregular de verbas públicas e a violação à moralidade administrativa. Segundo a representação, há indícios de que os parlamentares utilizaram recursos da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap) ou diárias destinadas a missões oficiais para cobrir custos como passagens, hospedagem e outras despesas relacionadas à viagem.

“A ida dos parlamentares à posse gerou grave preocupação no que se refere à possível utilização indevida de recursos públicos, seja por meio da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap) ou por diárias destinadas a missões oficiais, para financiar os custos da viagem, incluindo passagens, hospedagens e outros gastos relacionados a essas atividades”, diz o texto obtido pelo Broadcast Político.

Deputados negam uso de verbas públicas

Segundo o Estadão, dos 22 deputados mencionados, Carla Zambelli (PL-SP) e Joaquim Passarinho (PL-PA) afirmaram que custearam a viagem com recursos próprios. Outros parlamentares citados na representação não se manifestaram até o momento.

A peça também destaca uma possível violação do princípio da moralidade administrativa: “Na hipótese do emprego desses recursos para financiar deslocamentos que tiveram como objetivo único ou principal a participação em eventos políticos de caráter privado, em território estrangeiro, representou uma afronta ao princípio constitucional da moralidade administrativa, configurando possível desvio de finalidade no uso do erário público”.


Lista de parlamentares citados

Entre os parlamentares mencionados na denúncia estão 19 deputados do Partido Liberal (PL):

  • Carla Zambelli (SP)
  • Joaquim Passarinho (PA)
  • Adilson Barroso (SP)
  • Bia Kicis (DF)
  • Cabo Gilberto Silva (PB)
  • Capitão Alden (BA)
  • Coronel Chrisóstomo (RO)
  • Coronel Fernanda (MT)
  • Eduardo Bolsonaro (SP)
  • Giovani Cherini (RS)
  • Gustavo Gayer (GO)
  • Luiz Philippe de Orleans Bragança (SP)
  • Marcos Pollon (MS)
  • Mario Frias (SP)
  • Maurício Souza (MG)
  • Nikolas Ferreira (MG)
  • Sargento Gonçalves (RN)
  • Sílvia Waiãpi (AP)
  • Sóstenes Cavalcante (RJ)

Além deles, são citados Marcel Van Hattem (Novo-RS), Maurício Marcon (Podemos-RS) e Messias Donato (Republicanos-ES).

Contexto Político

A comitiva brasileira contou ainda com a presença de Michelle Bolsonaro (PL), ex-primeira-dama. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por sua vez, não compareceu à posse de Trump devido à retenção de seu passaporte. O pedido de devolução do documento foi negado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em razão de ele estar indiciado por tentativa de golpe de Estado em 2022.

Fonte: DCM

Trump inicia mandato com aprovação inferior ao de Biden em janeiro de 2021, diz pesquisa

 

Joe Biden e Donald Trump durante encontro para passagem da presidência. Foto: Getty Images


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, começou seu segundo mandato com uma aprovação inferior à de Joe Biden, seu antecessor no posto. Segundo pesquisa da Reuters/Ipsos, o republicano é avaliado positivamente por 47% dos americanos, enquanto o democrata tinha 55% em janeiro de 2021, quando assumiu a Casa Branca.

A popularidade de Trump está acima da registrada durante a maior parte do seu primeiro governo, entre 2017 e 2021, mas o número é considerado baixo por especialistas. Jacob Rubashkin, analista político da Inside Elections, afirmou à CNN que presidentes dos Estados Unidos costumam começar seus mandatos com índices de aprovação acima de 50%.

O republicano começou seu segundo mandato com uma medida impopular, segundo a pesquisa. O republicano concedeu perdão a 1500 golpistas que invadiram o Capitólio em 6 de janeiro de 2021 e 58% dos americanos reprovam a decisão, segundo pesquisa Reuter/Ipsos divulgada nesta terça (21).

Donald Trump assina decretos na Casa Branca. Foto: Jim Watson/AFP

Trump já assinou um total de 78 de ordens executivas ou revogações nesta segunda (20), data da posse, e os entrevistados foram questionados sobre as medidas. 46% aprovam suas medidas em relação à imigração.

A sondagem ainda aponta que 29% aprovam a forma como Trump lida com a politização do sistema judicial, 58% concordam que os Estados Unidos devem reduzir as autorizações de asilo a imigrantes, 29% defendem que o mandatário retome o controle do canal do Panamá e 21 dizem que o país deve ter direito de expandir seu território.

A pesquisa foi feita entre os dias 20 e 21 de janeiro com 1.077 cidadãos americanos adultos. A margem de erro é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos.

Fonte: DCM

Mais vergonha: deputados bolsonaristas celebram posse de Trump com música de Gusttavo Lima

 

Montagem de duas fotos de Carla Zambelli e outros bolsonaristas cantando e dançando
Carla Zambelli e outros bolsonaristas cantando e dançando – Reprodução/X
Deputados bolsonaristas em Washington celebraram a posse de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, com uma dança ao som de Balada, do cantor sertanejo Gusttavo Lima. O momento foi registrado em vídeo na última segunda-feira (20), após a cerimônia oficial no Capitólio, durante um baile promovido por apoiadores do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL) residentes nos EUA.

Entre os parlamentares que aparecem no vídeo estão Carla Zambelli (PL-SP), Coronel Chrisóstomo (PL-RO) e Marcel Van Hattem (Novo-RS). Segundo os organizadores da festa, outros parlamentares estiveram presentes, incluindo Capitão Alden (PL-BA), Maurício do Vôlei (PL-MG), Messias Donato (Republicanos-ES) e Sargento Gonçalves (PL-RN), mas não aparecem na gravação.

O evento ocorreu em parceria com integrantes do movimento Yes Brazil USA, formado por brasileiros que vivem nos Estados Unidos e apoiam os ideais de Bolsonaro.

Fonte: DCM

Paulo Teixeira: alimento caro é ‘calcanhar de Aquiles’ do governo

Inflação dos alimentos desafia governo, que busca alternativas para conter alta e preservar popularidade

Paulo Teixeira (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, declarou que a inflação dos alimentos é o “calcanhar de Aquiles” do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em entrevista à Revista Fórum, Teixeira destacou a preocupação com o impacto da alta nos preços na popularidade presidencial e apontou que derrotas eleitorais da esquerda na Europa e nos Estados Unidos foram influenciadas por essa questão. As declarações ocorreram após Lula pressionar Teixeira e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, a apresentar um plano urgente para reduzir o custo dos alimentos no país.

A inflação dos alimentos, que em 2024 representou 33,7% da alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), é uma prioridade para o governo. Segundo dados do IBGE, o grupo alimentação e bebidas teve alta de 7,69% no ano, com destaque para as carnes, que subiram expressivos 20,84%, contribuindo com 0,52 ponto percentual da taxa total de 4,83%. O aumento no preço das carnes foi o mais intenso desde 2019, refletindo os impactos do ciclo pecuário, do dólar e de eventos climáticos.

Preocupação e medidas anunciadas

O presidente Lula enfatizou a urgência de medidas: “A população não pode esperar”, teria dito em reuniões internas. Paulo Teixeira, por sua vez, afirmou que o governo já implementa o maior Plano Safra da história, com crédito subsidiado para a produção de alimentos, e que irá buscar mais recursos para assistência técnica e extensão rural. “A agricultura, em função das mudanças climáticas e tecnológicas, requer mais assistência. Muitos agricultores demandam e não têm”, explicou o ministro.

Edegar Pretto, presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), anunciou que a estatal está desenvolvendo um programa para mapear regiões onde a população paga mais caro pelos alimentos. A ideia é intervir e garantir preços mais justos, especialmente nas periferias das grandes cidades. “Queremos levar comida boa, de verdade, a preços mais justos para a população mais carente”, afirmou Pretto, ressaltando que a proposta faz parte do Plano Nacional de Abastecimento Alimentar, lançado em outubro de 2024.

Apesar das iniciativas, não há planos para tabelamento de preços ou controle de exportações. Segundo Pretto, a estratégia é criar incentivos para que pequenos varejistas ofereçam alimentos a preços populares. A medida deve demandar R$ 1,2 bilhão, já parcialmente previsto no orçamento de 2025.

A complexidade do problema se agrava devido à dependência de fatores externos, como a oscilação do dólar e os preços das commodities agrícolas no mercado internacional. Carlos Fávaro, ministro da Agricultura, reforçou que a inflação alimentar também é afetada por questões sazonais e destacou que a colheita de grãos, que começa neste mês, pode aliviar os preços de alguns produtos. No entanto, ele alertou sobre a especulação financeira, citando o impacto do dólar a R$ 6 nos custos de alimentos.

Fonte: Brasil 247 com Revista Fórum

Estados liderados por democratas e ativistas contestam decreto de Trump sobre cidadania

Trump ordenou que as agências se recusem a reconhecer a cidadania de crianças nascidas no território nacional se os pais não forem cidadãos dos EUA

Donald Trump (Foto: Reuters/Carlos Barria)

Reuters - Estados liderados por democratas e grupos de direitos civis entraram com uma série de ações judiciais contestando a proposta do presidente dos EUA, Donald Trump, de reverter a cidadania por direito de nascença nos EUA na terça-feira, em uma tentativa inicial de seus oponentes de bloquear sua agenda na Justiça.

Após sua posse na segunda-feira, Trump, um republicano, ordenou que as agências dos EUA se recusassem a reconhecer a cidadania de crianças nascidas nos EUA se nem a mãe nem o pai forem cidadãos dos EUA ou residentes permanentes legais.

Vinte e dois Estados liderados pelos democratas, juntamente com o Distrito de Colúmbia e a cidade de São Francisco, entraram com duas ações judiciais em tribunais federais em Boston e Seattle, afirmando que Trump havia violado a Constituição dos EUA.

Duas ações semelhantes foram movidas pela União Americana das Liberdades Civis, organizações de imigrantes e uma gestante nas horas seguintes à assinatura do decreto de Trump, dando início à primeira grande batalha judicial de seu governo.

As ações judiciais têm como alvo uma peça central da ampla repressão à imigração de Trump. Se for mantido, o decreto de Trump negaria, pela primeira vez, o direito à cidadania a mais de 150.000 crianças nascidas anualmente nos Estados Unidos, disse o escritório da procuradora-geral de Massachusetts, Andrea Joy Campbell.

"O presidente Trump não tem autoridade para retirar direitos constitucionais", disse ela em um comunicado.

Perder a cidadania impediria que esses indivíduos tivessem acesso a programas federais como o seguro de saúde Medicaid e, quando ficassem mais velhos, de trabalhar legalmente ou votar, afirmam os Estados.

"A ação judicial imediata de hoje envia uma mensagem clara ao governo Trump de que defenderemos nossos residentes e seus direitos constitucionais básicos", disse o procurador-geral de Nova Jersey, Matthew Platkin, em um comunicado.

A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

São esperadas mais ações judiciais por parte de Estados liderados pelos democratas e grupos de defesa que contestem outros aspectos da agenda de Trump, com casos já iniciados que visam o Departamento de Eficiência Governamental liderado por Elon Musk e um decreto assinado pelo republicano que enfraquece as proteções trabalhistas para funcionários públicos.

Precedente da Suprema Corte - Três das quatro ações judiciais foram ajuizadas em Massachusetts e New Hampshire. Quaisquer decisões de juízes nesses Estados da Nova Inglaterra seriam revisadas pelo Tribunal de Apelações do 1º Circuito, com sede em Boston, cujos cinco juízes federais ativos são todos nomeados por presidentes democratas, uma raridade no país.

Quatro Estados entraram com um processo separado no Estado de Washington, sobre o qual o Tribunal de Apelações do 9º Circuito, com sede em São Francisco, tem jurisdição. Esse tribunal muitas vezes impediu a agenda do primeiro mandato de Trump, embora sua composição ideológica tenha se deslocado para a direita graças às nomeações judiciais que ele fez.

As ações judiciais argumentam que o decreto de Trump violou o direito consagrado na Cláusula de Cidadania da 14ª Emenda da Constituição dos EUA, que estabelece que qualquer pessoa nascida nos Estados Unidos é considerada cidadã.

Os queixosos citam a decisão da Suprema Corte dos EUA de 1898 no caso Estados Unidos v. Wong Kim Ark, uma decisão que determina que as crianças nascidas nos Estados Unidos de pais não cidadãos têm direito à cidadania norte-americana.

Entre os autores das ações está uma mulher identificada apenas como "O. Doe", residente em Massachusetts, que está no país com status de proteção temporária e deve dar à luz em março.

O status de proteção temporária está disponível para pessoas cujos países de origem sofreram desastres naturais, conflitos armados ou outros eventos extraordinários e atualmente abrange mais de 1 milhão de pessoas de 17 nações.

Várias outras ações judiciais que contestam aspectos de outros decretos iniciais de Trump também estão pendentes.

O Sindicato Nacional dos Funcionários do Tesouro, que representa os funcionários do governo federal em 37 agências e departamentos, entrou na segunda-feira com uma ação judicial contestando um decreto assinado por Trump que facilita a demissão de milhares de funcionários de agências federais e sua substituição por políticos leais.

Várias outras ações movidas por sindicatos de funcionários públicos e grupos de interesse público argumentaram que o grupo consultivo liderado por Elon Musk, chamado Departamento de Eficiência Governamental, viola uma lei federal de transparência.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Mulher insulta trabalhadores latinos nos EUA em vídeo que gera revolta nas redes: "Trump vai deportar vocês" (vídeo)

Segundo relatos publicados nas redes sociais, a situação começou quando Wendy ouviu os homens conversando em espanhol durante o trabalho

Mulher insulta latinos por não falarem inglês nos EUA (Foto: Reprodução)

Um vídeo que viralizou nas redes sociais mostra uma mulher americana, identificada apenas como Wendy, insultando trabalhadores latinos nos Estados Unidos por não falarem inglês. As imagens, que geraram indignação generalizada, foram divulgadas por veículos como O Globo. No registro, Wendy faz declarações ofensivas enquanto aborda um grupo de homens que seguravam pás e materiais de construção do lado de fora de um estabelecimento.

A mulher, vestindo um avental sobre uma blusa amarela e calça preta, disparou frases como: “O que há de errado com eles? Eles vêm aqui e não sabem nada (...). Idiotas filhos da p*** (...), não venham para a América se não souberem a língua.” Apesar das ofensas, os trabalhadores permaneceram em silêncio.

Segundo relatos publicados nas redes sociais, a situação começou quando Wendy ouviu os homens conversando em espanhol durante o trabalho. O episódio ficou ainda mais tenso quando ela mencionou o ex-presidente Donald Trump e suas políticas de imigração. “Donald Trump vai deportar [vocês], por isso vão voltar, quando Trump assinar no dia 20 (…) vão mandar para o inferno”, gritou, em referência ao dia em que Trump assumiria o cargo.

◎ Repercussão e críticas de ativistas

O influencer e ativista Carlos Eduardo Espina, conhecido por defender os direitos dos imigrantes, compartilhou o vídeo em suas redes sociais, gerando uma onda de solidariedade à comunidade latina. Espina condenou veementemente a atitude de Wendy, relacionando-a ao discurso de ódio que, segundo ele, foi amplificado durante o governo Trump.

“A pior coisa em quatro anos com Donald Trump não será o que ele fará no poder, mas sim que a sua retórica anti-imigrante cheia de ódio contra as pessoas da nossa comunidade irá capacitar muitas pessoas assim”, escreveu. Ele completou: “Senhora, esta discriminação, esta xenofobia, este ódio, irá afetar diariamente muito mais pessoas do que as rusgas de imigração e as deportações.”

◎ Debate sobre xenofobia nos Estados Unidos

O episódio reacendeu o debate sobre o impacto das políticas de imigração e discursos xenofóbicos na vida de milhões de imigrantes nos Estados Unidos. Para especialistas, casos como este mostram que, além das ações governamentais, a retórica política pode legitimar comportamentos discriminatórios, ampliando o sofrimento de comunidades vulneráveis.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Fazenda e BC avançam em sistema que amplia garantias para crédito no Brasil

Medida visa facilitar acesso a empréstimos por meio de investimentos como garantia e modernizar regulação econômica

Gabriel Galípolo (à esq.) e Fernando Haddad (Foto: ABR)

O Ministério da Fazenda e o Banco Central (BC) estão desenvolvendo uma iniciativa que promete transformar o acesso a crédito no Brasil. A proposta prevê a criação de um sistema integrado para ampliar o uso de ativos financeiros como garantia em empréstimos concedidos a pessoas físicas e empresas, informa a Folha de S. Paulo. Essa iniciativa é parte da agenda econômica para o biênio 2025-2026, apresentada pelo ministro Fernando Haddad (PT) durante reunião ministerial liderada pelo presidente Lula (PT) nesta semana.

A ideia é permitir que investimentos como cotas de fundos, CDBs (Certificados de Depósitos Bancários), LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) e LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) sejam utilizados de forma mais ampla e ágil como garantia em operações de crédito. Além de facilitar o processo, o sistema único deverá reduzir os custos para os tomadores de empréstimos, incentivando a concorrência entre bancos.

Um passo para modernização do crédito - Essa mudança será integrada ao ecossistema do open finance, permitindo que os clientes compartilhem, com consentimento, informações sobre seus ativos financeiros. Atualmente, a aceitação de garantias enfrenta obstáculos, como a falta de interoperabilidade entre bancos. Cada instituição possui regras próprias para ativos, dificultando a concessão de crédito usando, por exemplo, cotas de fundos de outras instituições financeiras.

De acordo com fontes envolvidas no projeto, a medida não requer aprovação legislativa. A implementação será realizada por meio de aprovação no Conselho Monetário Nacional (CMN) e edição de resoluções pelo Banco Central. Esse modelo segue precedente estabelecido em 2023, quando o CMN regulamentou o uso de recursos da previdência privada como garantia de empréstimos.

Regulação econômica em foco - Além das mudanças no crédito, a agenda econômica de Haddad inclui iniciativas para modernizar a regulação, especialmente no mercado digital. Entre as propostas está o fortalecimento do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), com a criação de uma unidade especializada em mercados digitais. O objetivo é enfrentar práticas anticompetitivas de grandes empresas de tecnologia, conhecidas como big techs, impondo obrigações específicas para garantir a concorrência.

Outro destaque é o projeto de lei que visa fortalecer a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A proposta inclui mecanismos que permitem aos investidores acionarem controladores e administradores em casos de fraude, como o escândalo contábil envolvendo a Americanas.

Educação e transformação ecológica - A agenda também abrange medidas sociais e ambientais. Um exemplo é a regulamentação do programa Pé-de-Meia, voltado à evasão escolar no ensino médio. Recursos pagos aos estudantes poderão ser aplicados no Tesouro Direto, incentivando a educação financeira. No campo ambiental, as propostas se alinham ao Plano de Transformação Ecológica do governo, com o objetivo de atrair investimentos sustentáveis.

Desafios e tramitação - Alguns projetos da lista já enfrentam resistências no Congresso, como a alteração da Lei de Falências e a proposta de intervenção em instituições financeiras. Apesar disso, o governo aposta no diálogo com parlamentares e no impacto positivo das medidas para superar barreiras políticas.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Veja momento em que funcionária de lotérica furta bilhete premiado da Mega-Sena (vídeo)

Durante as investigações, a funcionária confessou o crime

Mega-Sena (Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil)

Câmeras de segurança registraram o momento em que uma funcionária de uma lotérica furtou um bilhete premiado de uma cliente em Taguatinga, no Distrito Federal. O caso, que ocorreu no dia 13 de janeiro, foi revelado em matéria publicada pelo G1. O bilhete era referente a um prêmio de R$ 34 mil da quina da Mega-Sena.

De acordo com a Polícia Civil, a atendente informou à cliente que o bilhete não estava premiado. No entanto, imagens das câmeras de segurança mostram outra realidade: o vídeo registra a funcionária conferindo o bilhete no sistema, fingindo descartá-lo e, em seguida, escondendo o papel sob a mesa.

Assim que a cliente deixou o local, a funcionária voltou a manipular o bilhete, conferindo número por número e circulando as dezenas sorteadas. Ao constatar o prêmio, ela grampeou o bilhete ao resultado impresso e guardou-o no bolso traseiro da calça.

Investigação levou à confissão

A cliente só percebeu o furto após chegar em casa e conferir os números sorteados pela internet. Diante da situação, ela procurou a 17ª Delegacia de Polícia, em Taguatinga, para registrar um boletim de ocorrência.

Durante as investigações, a funcionária confessou o crime. Ela também admitiu ter cometido um ato semelhante com outro bilhete premiado no valor de R$ 400. Apesar disso, afirmou que não chegou a sacar os valores.

O proprietário da lotérica, segundo a Polícia Civil, tem colaborado com o caso. Ele demitiu a atendente e está auxiliando a cliente para que consiga resgatar o prêmio referente ao bilhete recuperado.

A funcionária será indiciada por furto mediante fraude. O caso segue em apuração, e as autoridades destacaram a importância das imagens capturadas pelas câmeras de segurança para a elucidação do crime.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Ministros do STF descartam retaliação de Elon Musk ao Brasil sob governo Trump

Magistrados acreditam que atritos com Alexandre de Moraes ficaram no passado e destacam a solidez das relações institucionais entre Brasil e Estados Unidos

Alexandre de Moraes e Elon Musk (Foto: Reuters)

A posse de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos trouxe o nazista Elon Musk para uma posição estratégica no governo norte-americano, à frente do Departamento de Eficiência Governamental. Apesar dos embates públicos entre Musk e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), os magistrados brasileiros descartam a possibilidade de retaliação por parte do bilionário, informa Paulo Cappelli, do Metrópoles.

Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), chamou Moraes de “tirano” e “ditador” no passado, em meio a decisões judiciais que miraram a plataforma. Contudo, ministros do STF veem os desentendimentos como episódios pontuais e acreditam que a relação diplomática entre Brasil e Estados Unidos se sobreporá às disputas.

O decano do STF, Gilmar Mendes, reforçou a confiança no diálogo institucional. “Não há nenhum temor. Ninguém acredita nisso. As relações institucionais se fazem de maneira normal, tranquila. Estive [recentemente] na embaixada americana. Lá, a embaixadora falava dos 200 anos de relações que o Brasil mantém com os Estados Unidos. Passamos pelos mais diversos governos ao longo desses anos. É uma relação muito marcante”, afirmou Mendes.

As declarações foram feitas após uma reunião em 18 de dezembro, na Embaixada dos Estados Unidos, conduzida por Elizabeth Bagley, então embaixadora indicada por Joe Biden. Bagley deixou o cargo na transição para o governo Trump, mas destacou a importância da cooperação entre os dois países durante o encontro.

O desafio das plataformas digitais - Ao comentar as disputas envolvendo decisões judiciais sobre o X, Gilmar Mendes destacou o caráter transnacional das plataformas digitais. Segundo o ministro, os conflitos relacionados à atuação de empresas como a de Musk não são exclusivos do Brasil, mas refletem um problema global.

“Já houve problemas na Austrália, nos próprios Estados Unidos, na Inglaterra. É uma questão delicada. Elas [as plataformas] são naturalmente transnacionais. Uma ordem foi dada ao Twitter para retirar um conteúdo e ele se recusou. Em seguida, retira os servidores do país e diz: ‘eu não tenho mais sede no Brasil’. Isso desmoraliza tudo aquilo que a gente entende como Estado baseado num território”, explicou Mendes, ressaltando a necessidade de regulamentação internacional.

Para o STF, a liderança de Musk no governo Trump não deve trazer riscos às relações institucionais com o Brasil. Ministros acreditam que a cooperação de longa data entre os países prevalecerá, superando as divergências pessoais.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles  





Turquia: mortos por incêndio em hotel de esqui chegam a 76

O fogo teve início por volta das 3h30 no Grand Kartal, um hotel de 12 andares construído em madeira e localizado na popular estação de esqui de Kartalkaya

Incêndio em hotal na Turquia (Foto: REUTERS/Mert Ozkan)

Uma tragédia marcou a madrugada de terça-feira (21/1) na província de Bolu, no noroeste da Turquia, com um incêndio devastador em um hotel de esqui que vitimou pelo menos 76 pessoas e deixou outras 51 feridas. A informação foi divulgada pelo site Metrópoles, que também destacou o desespero das equipes de resgate diante das condições adversas.

O fogo teve início por volta das 3h30 (horário local), no Grand Kartal, um hotel de 12 andares construído em madeira e localizado na popular estação de esqui de Kartalkaya, a 2.200 metros de altitude. De acordo com o governador da província de Bolu, Abdulaziz Aydin, as operações de resgate mobilizaram 30 caminhões de bombeiros e 28 ambulâncias, mas o acesso limitado ao local dificultou os trabalhos.

Com 161 quartos e quase 90% de ocupação devido às férias escolares de inverno, o hotel abrigava 238 hóspedes no momento do incêndio. “Estamos sofrendo muito. Infelizmente, perdemos 66 vidas no incêndio que ocorreu neste hotel”, afirmou o ministro do Interior da Turquia, Ali Yerlikaya, que esteve no local para acompanhar os esforços de controle das chamas e atendimento às vítimas.

◎ Hóspedes em desespero

Relatos dramáticos vieram à tona à medida que os sobreviventes descreviam as tentativas desesperadas de escapar do edifício em chamas. Segundo a televisão privada NTV, alguns hóspedes improvisaram cordas com lençóis e cobertores para descer pelos andares superiores. Pelo menos duas pessoas perderam a vida ao pular do prédio em pânico, conforme destacou o governador Aydin.

O ministro da Saúde, Kemal Memisoglu, informou que um dos feridos encontra-se em estado grave, enquanto 17 já receberam alta após atendimento médico. “A situação é extremamente delicada, mas estamos fazendo tudo o que é possível para ajudar as famílias afetadas”, declarou.

◎ Desafios no combate ao fogo

A estrutura de madeira do Grand Kartal e sua localização no sopé de uma pista de esqui apresentaram desafios significativos para as equipes de resgate. Apenas a fachada frontal era acessível para os caminhões de bombeiros, o que retardou o combate às chamas.

Segundo fontes locais, o incêndio teria começado no restaurante do hotel, mas a causa exata ainda está sob investigação. O governo turco designou seis promotores para apurar o ocorrido e identificar possíveis responsabilidades.

Essa tragédia ressalta a importância de revisão dos protocolos de segurança em instalações turísticas, especialmente em áreas de difícil acesso. As famílias das vítimas aguardam respostas e esperançam que medidas sejam tomadas para prevenir novos incidentes.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Ministra interina do Itamaraty relativiza falas de Trump e aposta em convergências com os EUA

Compromisso do Brasil é com o diálogo

Maria Laura da Rocha, ministra interina das Relações Exteriores (Foto: Marcelo Camargo/EBC)

A ministra interina do Ministério das Relações Exteriores, Maria Laura da Rocha, afirmou nesta terça-feira (21) que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, "pode falar o que ele quiser", informa reportagem do Metrópoles. A declaração foi dada em resposta a questionamentos sobre as recentes falas do republicano, que assumiu a Casa Branca no dia anterior, destacando a dependência de outros países em relação aos EUA, incluindo o Brasil.

"Ele é presidente eleito nos Estados Unidos, e pode expressar suas opiniões. Nosso trabalho será analisar cada decisão e buscar as melhores estratégias para lidar com isso. Como somos um povo que tem fé na vida, acredito que tudo vai dar certo", disse Maria Laura.

◎ Trump e o Brasil: divergências e convergências

Em seu discurso logo após a posse, Trump afirmou que a relação com o Brasil é "excelente", mas reforçou que "eles precisam mais de nós". A fala do presidente norte-americano gerou reações mistas, mas Maria Laura adotou um tom conciliador ao abordar o tema. "Nosso foco será trabalhar nas convergências, e não nas divergências, porque elas são muitas", declarou.

A postura pragmática reflete o esforço do governo brasileiro em manter boas relações com a nova administração dos Estados Unidos, mesmo diante de potenciais desafios, como a saída formal dos EUA do Acordo de Paris, anunciada por Trump como uma de suas primeiras medidas.

◎ O desafio da diplomacia brasileira

A mudança na liderança norte-americana traz implicações diretas para a política externa de diversos países, incluindo o Brasil. A saída do Acordo de Paris, por exemplo, levanta questões sobre compromissos ambientais globais e como o Brasil, um dos maiores responsáveis pela preservação da Amazônia, posicionará sua agenda ambiental diante de um parceiro tão influente.

Além disso, a declaração de Trump sobre a dependência de outros países em relação aos EUA pode ser interpretada como uma tentativa de reafirmar a supremacia americana, o que exige uma abordagem cuidadosa por parte da diplomacia brasileira.

◎ Comentários sobre o cenário diplomático

A fala de Maria Laura da Rocha reflete uma postura equilibrada, mas não deixa de indicar um posicionamento firme em relação às declarações de Trump. O pragmatismo do Itamaraty ao enfatizar convergências pode ser uma estratégia eficaz para evitar atritos desnecessários e manter uma relação produtiva com os Estados Unidos.

Por outro lado, a posição de Trump, ao destacar a dependência de outros países, reforça um tom de superioridade que pode dificultar negociações multilaterais. Nesse contexto, o Brasil terá que equilibrar sua autonomia com a necessidade de preservar parcerias estratégicas.

O início do governo Trump sinaliza uma política externa assertiva, com potencial para gerar tensões, mas também oportunidades para países que souberem aproveitar as convergências. A resposta da ministra interina do Itamaraty aponta para um caminho diplomático de diálogo e cooperação, fundamental para lidar com os desafios e manter a relevância do Brasil no cenário global.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Múcio pede esforço do governo para aprovar PEC dos Militares

Ministro vê 2025 como única chance de aprovar limites para candidaturas de militares da ativa antes das eleições de 2026

Almirante Olsen, Lula, José Múcio, General Tomás Paiva e Marcelo Kanitz Damasceno (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Em uma reunião ministerial marcada por cobranças diretas do presidente Lula (PT) a seus subordinados, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, fez um apelo aos colegas para que se mobilizem pela aprovação da PEC dos Militares no Congresso Nacional, informa Malu Gaspar, do jornal O Globo. A proposta, que busca proibir militares da ativa de se candidatarem a cargos políticos, transfere automaticamente para a reserva aqueles que optarem por disputar eleições.

“Precisamos retomar o nosso principal projeto na área de defesa”, afirmou Múcio durante a reunião, reforçando que o texto foi construído com apoio dos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. A PEC, considerada uma das poucas iniciativas com consenso entre o governo e as Forças Armadas, enfrenta um prazo crítico para aprovação: para vigorar já nas eleições de 2026, o texto precisa ser sancionado até setembro de 2025.

◎ Um cenário de oportunidade em 2025 - Múcio destacou que o governo manteve uma relação estável com os militares ao longo de 2024, e enxerga 2025 como uma “janela política” única para avançar a PEC. Segundo ele, 2026 será inviável para debates mais profundos devido ao calendário eleitoral. No entanto, o ministro demonstrou preocupação com o aumento de candidaturas de militares da ativa caso a proposta não avance a tempo.

O presidente Lula sinalizou concordância com as colocações de Múcio, mas o silêncio dos demais ministros revelou a falta de garantias de que o governo atuará em peso para a aprovação da emenda. O texto prevê que os militares transferidos para a reserva só manterão remuneração integral caso acumulem 35 anos de serviço. Caso contrário, serão colocados na reserva não remunerada, um ponto que gera controvérsia e oposição.

◎ Resistência no Senado - A PEC enfrenta resistência significativa no Senado, especialmente de aliados de Jair Bolsonaro (PL).

O texto, que foi aprovado simbolicamente pela Comissão de Constituição e Justiça em 2023, com votos contrários de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Sergio Moro (União Brasil-PR), ainda precisa do apoio de 49 senadores no plenário para ser encaminhado à Câmara dos Deputados. No entanto, a tropa bolsonarista na Câmara promete tornar o ambiente ainda mais hostil em 2025, sinalizando um ano turbulento para o governo.

O senador Jorge Kajuru (PSB-GO), relator da PEC, já defendeu publicamente sua aprovação, inclusive após a prisão do general Walter Braga Netto em dezembro do ano passado. Apesar de sua posição, a dificuldade em conquistar o apoio necessário tanto no Senado quanto na Câmara reforça os desafios do governo para garantir a aprovação.

◎ Implicações políticas e institucionais - A aprovação da PEC dos Militares representa mais do que uma questão eleitoral. Trata-se de uma tentativa do governo de consolidar a separação entre as Forças Armadas e a política partidária, um movimento estratégico após anos em que a presença militar no governo Bolsonaro despertou críticas e tensões.

Apesar da aparente calmaria de 2024, 2025 já se desenha como um ano decisivo para essa proposta e para as relações entre o governo e as Forças Armadas. Caso a PEC não seja aprovada, o risco de um aumento significativo de candidaturas de militares em 2026 poderá reacender debates sobre a politização das instituições militares.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo