domingo, 19 de janeiro de 2025

CNB lança pré-candidatura de Enio Verri ao governo do Paraná em 2026

Enio Verri, que atualmente ocupa o cargo de diretor-geral da Itaipu Binacional, é visto como um nome de consenso dentro da corrente majoritária do PT

Enio Verri (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

A corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), maior força do Partido dos Trabalhadores (PT), deu um importante passo rumo às eleições de 2026 ao lançar, no último sábado (18), a pré-candidatura de Enio Verri ao governo do Paraná. O evento, realizado em Paranaguá, no litoral do estado, contou com a presença de diversas lideranças petistas e foi marcado pela demonstração de apoio ao nome de Verri, que atualmente ocupa o cargo de diretor-geral da Itaipu Binacional.

Segundo o blog do jornalista Esmael Morais, Verri surge como uma escolha estratégica da CNB, sendo considerado uma figura de consenso dentro do grupo, que é comandado por nomes de peso como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann. Sua candidatura representa uma tentativa do PT de fortalecer sua presença no Paraná, estado que historicamente tem sido desafiador para o partido.

A Federação Brasil da Esperança, formada por PT, PCdoB e PV, também se posicionou favoravelmente à pré-candidatura de Verri. Elton Barz, presidente do PCdoB e da federação, afirmou que o nome do petista é o mais capacitado para representar a federação no estado, destacando a ausência de outra alternativa viável no campo progressista paranaense.

O PT-PR também já está se preparando para o Processo de Eleição Direta (PED), que acontecerá em julho e renovará as direções partidárias. O deputado Zeca Dirceu, filho do ex-ministro José Dirceu, anunciou sua candidatura à presidência estadual do PT, enquanto o atual presidente, Arilson Chiorato, defende sua gestão como sendo a linha de frente na oposição ao governo de Ratinho Junior (PSD).

A escolha de Verri acontece em um momento de fragmentação do grupo político do atual governador, Ratinho Junior (PSD). Quatro nomes disputam internamente a indicação para sucedê-lo: o deputado Alexandre Curi, o ex-prefeito de Curitiba Rafael Greca, o vice-governador Darci Piana e o secretário de Planejamento Guto Silva. Essa divisão no campo adversário pode ser favorável para o PT, oferecendo uma janela para fortalecer sua candidatura.

Do lado da extrema-direita, o senador e ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) também se coloca como postulante ao governo paranaense. Moro articula apoio com a jornalista Cristina Graeml, ex-candidata à Prefeitura de Curitiba pelo PMB, fortalecendo a polarização no estado.

O evento de lançamento da pré-candidatura de Verri em Paranaguá também teve um forte componente cultural, com apresentações de fandango, samba e pratos típicos como barreado e caranguejada. Essas atividades foram coordenadas pelo vereador Angelo Vanhoni e pela Associação de Cultura Popular Mandicuera, reforçando o diálogo com a comunidade local.

À frente da Itaipu Binacional, Enio Verri consolidou sua imagem como um gestor eficiente, liderando projetos com impacto social e focados no desenvolvimento regional. Sua gestão no programa “AMP & Itaipu 4.0” é vista como um trunfo para atrair eleitores, além de fortalecer a bancada estadual e federal do PT nas eleições de 2026.

Fonte: Brasil 247 com ifnormações do jornalista Esmael Morais

Soraya diz ser pressionada a cancelar oitiva de Gusttavo Lima na CPI das Bets

O cantor é um dos nomes investigados na comissão, que analisa a relação entre as plataformas de apostas online e organizações criminosas

Soraya Thronicke (Foto: Vinicius Loures / Câmara dos Deputados)

A senadora Soraya Thronicke (União-MS), relatora da CPI das Bets, afirmou à CNN estar enfrentando pressão de outros parlamentares para retirar o cantor Gusttavo Lima da lista de depoentes da comissão. Segundo Soraya, quatro colegas já solicitaram que ela desistisse da convocação.

Os argumentos para evitar a oitiva do sertanejo incluem a alegação de que ele não é mais dono da empresa investigada. Outros mencionaram a grande popularidade do artista e que Lima é uma “pessoa simples, do bem e incrível”, segundo relata a senadora.

Thronicke, no entanto, disse que nenhum dos argumentos fez com que ela abandonasse a convocação. A senadora afirmou que o depoimento do cantor é uma oportunidade para que Lima esclareça os fatos.

“Não vou abrir mão de ouvir absolutamente ninguém, e com ele [Gusttavo Lima] não seria diferente. Se ele vendeu a empresa, deve responder até esse momento. E, também, quem não deve, não teme. Seria uma excelente oportunidade para ele mostrar a idoneidade que diz ter. Ele será muito bem tratado e todas as prerrogativas serão respeitadas independente de habeas corpus”, reforçou Soraya.

Gusttavo Lima é um dos nomes investigados na CPI, que analisa a relação entre as plataformas de apostas online e organizações criminosas, além do impacto das bets no orçamento das famílias brasileiras.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Vídeos mostram momento de libertação de reféns e sua recepção por integrante da Cruz Vermelha e do Exército de Israel (assista)

Cenas foram exibidas em telas gigantes em praça de Tel Aviv, gerando alívio e lágrimas entre centenas de pessoas


Vídeos que mostram o momento em que três reféns israelenses são libertadas pelo Hamas comoveram centenas de pessoas em Tel Aviv neste domingo (19). As cenas, transmitidas em telas gigantes na cidade, registraram o momento em que Romi Gonen (24), Doron Steinbrecher (31) e Emily Damari (28) foram colocadas em um veículo pelo Hamas e transferidas para a Cruz Vermelha Internacional na Faixa de Gaza. Em outro vídeos, elas são recepcionadas por integrantes do Exército israelense.

Reencontro com as mães, perto da fronteira

A multidão que assistiu aos vídeos reagiu com aplausos, lágrimas e abraços, em um misto de alívio e emoção ao ver as reféns, que estavam em cativeiro desde 7 de outubro de 2023, finalmente livres. Após serem transferidas para território israelense, as mulheres se reencontraram com suas mães em um centro de recepção próximo à fronteira, na região de Re’im.

A trégua, que entrou em vigor na manhã de domingo, permitiu também a chegada de caminhões de ajuda humanitária à Faixa de Gaza e a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos. Segundo o Hamas, o acordo prevê a libertação de 69 mulheres e 21 adolescentes palestinos detidos em Israel

Fonte: Agenda do Poder

Reféns liberadas pelo Hamas estão em boas condições de saúde, diz Cruz Vermelha

As vítimas são Romi Gonen, 24 anos, Doron Steinbrecher, 31 anos, e Emily Damari, 28 anos

Pessoas caminham em direção a helicópteros militares israelenses enquanto Romi Gonen, Doron Steinbrecher e Emily Damari, três reféns que foram mantidas em Gaza desde o ataque mortal de 7 de outubro de 2023, retornam a Israel como parte de um acordo de cessar-fogo em Gaza entre o Hamas e Israel, na fronteira de Israel com Gaza, no sul de Israel, em 19 de janeiro de 2025. (Foto: REUTERS/Amir Cohen)

A Cruz Vermelha Internacional atualizou o governo de Israel sobre as três reféns liberadas pelo Hamas neste domingo (19), afirmando que elas estão em boas condições de saúde, segundo a CNN. As vítimas são Romi Gonen, 24 anos, Doron Steinbrecher, 31 anos, e Emily Damari, 28 anos.

“A condição das três reféns é boa, após um exame médico inicial”, disse uma autoridade israelense à CNN.

Gonen foi sequestrada em 7 de outubro de 2023, durante um ataque ao festival de música Nova, quando tinha 23 anos. Durante a ofensiva, ela teria levado um tiro na mão. Steinbrecher, enfermeira veterinária, foi sequestrada em seu apartamento no kibutz Kfar Aza, próximo à fronteira de Gaza, quando tinha 30 anos.

Já Damari foi sequestrada de sua casa em Kfar Aza aos 27 anos. Conforme relatado pela mãe da refém, a vítima teria sido “baleada na mão e ferida por estilhaços na perna” no ataque.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN 

Morre Rodolfo Favero, a ‘voz bruta’ do sertanejo, aos 32 anos

 

Rodolfo Favero. Foto: Divulgação
Rodolfo Favero, conhecido como a “voz bruta” do sertanejo, morreu neste sábado (18), aos 54 anos, em Ribeirão Preto, São Paulo. O cantor, natural de Guariba, estava internado em um hospital da cidade, mas a causa de sua morte ainda não foi oficialmente divulgada.

Nos perfis dedicados ao artista, fãs especulam que ele tenha falecido devido a problemas cardíacos, com alguns mencionando a possibilidade de um infarto. A notícia da morte de Rodolfo Favero pegou muitos fãs de surpresa, especialmente aqueles que acompanhavam sua carreira nas apresentações em bares e boates da região de Guariba.

O último show de Rodolfo Favero ocorreu no dia 12 de janeiro, conforme divulgou sua agenda no Instagram. O cantor, que conquistou o carinho do público sertanejo, será lembrado por sua voz marcante e pelas suas performances apaixonadas no palco.

Fonte: DCM

VÍDEO: Paciente surta em hospital de Goiás, rende enfermeira e é morto por policiais

 

Paciente em surto rende enfermeira em Goiás e é morto pela PM. Imagem: reprodução.

Na noite do último sábado (18), um paciente do Hospital Municipal de Morrinhos, em Goiás, foi morto por agentes da Polícia Militar (PM) durante negociações para que ele libertasse uma técnica de enfermagem mantida refém. O homem teria tido um surto psicótico antes de render a profissional de saúde.

Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram o momento em que o paciente segura um objeto pontiagudo contra o pescoço da técnica de enfermagem, na UTI do hospital.



A Polícia Militar divulgou comunicado oficial explicando as medidas adotadas durante o gerenciamento da crise:
“Após a chegada dos policiais, foram iniciados protocolos de gerenciamento de crises para liberar a vítima. Apesar das tentativas de verbalização para que o autor liberasse a vítima, ele permaneceu em atitude agressiva e reiterou as ameaças.”

Diante do risco à vida da técnica de enfermagem, os agentes efetuaram um disparo:
“Mesmo alvejado, o autor continuou resistindo, sendo necessária a sua contenção pelos demais policiais militares. A equipe médica prestou socorro imediato, mas infelizmente ele não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.”

A corporação informou que um procedimento administrativo será instaurado para apurar os fatos e as circunstâncias do incidente.

Fonte: DCM

O silêncio dos filhos de Bolsonaro sobre o vídeo de Nikolas Ferreira


Jair Bolsonaro ao lado dos filhos Flávio (à esquerda), Eduardo (à direita) e Carlos – Foto: Reprodução

Apesar de ter alcançado proporção nacional, o vídeo de Nikolas Ferreira (PL-MG) sobre mudanças no monitoramento do Pix não foi compartilhado pelos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro. O conteúdo alcançou 150 milhões de visualizações nas redes sociais; no entanto, nem Eduardo, Flávio ou Carlos se manifestaram publicamente sobre a publicação.

No material, Nikolas sugere que as mudanças promovidas pela Receita Federal poderiam levar a abusos no monitoramento financeiro, insinuando possíveis consequências negativas para os brasileiros. A gravação faz insinuações que geraram confusão e preocupações entre os usuários.

Além do vídeo de Nikolas, o anúncio das novas medidas vinha sendo alvo de fake news por outros bolsonaristas. Esse cenário levou o governo a revogar a instrução normativa.

Nikolas, entretanto, não deve escapar ileso. Parlamentares pedem investigação sobre as declarações do deputado, alegando que ele disseminou informações falsas para causar insegurança entre a população.


A ausência de manifestações por parte dos filhos de Bolsonaro contrasta com a postura habitual deles, que frequentemente compartilham conteúdos alinhados à base bolsonarista. Analistas sugerem que a cautela pode ser um reflexo das críticas e possíveis implicações legais que o vídeo de Nikolas enfrenta. Há quem veja também ciúmes, quando especula-se o lançamento do mineiro como presidenciável da extrema-direita até para 2026, apesar da idade abaixo do permitido para exercer o cargo.

Fonte: DCM

José Genoíno recebe alta da UTI, mas fica em observação após cirurgia, diz boletim

 

José Genoino. Foto: Reprodução/YouTube/Fundação Perseu Abramo

O ex-deputado federal e ex-presidente nacional do PT, José Genoino, recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neste domingo (19) depois de se submeter a uma cirurgia para a retirada de um tumor no retroperitônio na sexta-feira (17). Segundo informações divulgadas pela equipe médica responsável, o quadro do político é considerado satisfatório até o momento.

Genoino deu entrada no Hospital A.C.Camargo na quinta (16) e passou por um procedimento cirúrgico que se estendeu por quatro horas. De acordo com o boletim médico, “tudo correu dentro do esperado, sem complicações ou intercorrências”, o que possibilitou sua rápida evolução.

Boletim médico. Foto: Reprodução


Após a cirurgia, o ex-deputado permaneceu em observação intensiva para garantir a estabilidade de seus sinais vitais e verificar a resposta do organismo à intervenção. No sábado (18), os profissionais de saúde avaliaram que o paciente tinha condições de deixar a UTI.

No domingo (19), a instituição hospitalar divulgou um novo boletim confirmando a continuidade da boa resposta clínica de Genoino. Apesar da alta da UTI, o político segue em um quarto, onde permanece sob acompanhamento constante para garantir uma recuperação segura. Não há previsão de alta definitiva.

Fonte: DCM

Gleisi detona Estadão por dizer que, na política, espalhar mentira não é crime

A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann. Imagem: reprodução.

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, usou as redes sociais neste domingo (19) para rebater o editorial do jornal O Estado de S. Paulo, que criticou a decisão da Advocacia-Geral da União (AGU) de acionar a Polícia Federal em busca de esclarecimentos sobre as chamadas “fake news” envolvendo a suposta taxação do Pix. “Não é ‘caça às bruxas’, como pretende o jornal em sua eterna caçada a Lula”, afirmou Gleisi.

No texto, o Estadão acusa o presidente Lula de “mandar criminalizar o discurso da oposição” em reação ao vídeo dissimulado do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).

Gleisi considera correta a ação do governo para proteger a economia popular de relatos falsos.

“Defender a verdade e o cumprimento da lei é dever da autoridade séria”, escreveu a presidente do PT. Para ela, o posicionamento do jornal ao sugerir que se trata de “caça às bruxas” mostra uma falta de compromisso com a democracia. “Isso sim é falta de compromisso com a democracia, mentira que o jornal assaca contra o presidente Lula”, pontuou.

Para o Estadão, “espalhar mentiras ou, vá lá, ‘desinformação’ não é crime, salvo em raras exceções tipificadas no Código Penal”. Na visão da equipe editorial, a queda nas transações indica apenas “a inépcia de um governo em descrédito”.

Gleisi reforça que cabe às autoridades públicas agir para impedir a divulgação de notícias falsas que possam causar danos à coletividade.

Ela também ressalta que a ação da AGU não visa cercear a liberdade de expressão, mas, sim, garantir a veracidade das informações que circulam e afetam o interesse público.

Fonte: DCM

"Sem mudar o Congresso, teremos 20 anos de tragédia acumulada", afirma Tarso Genro

Ex-governador Tarso Genro defende formação de uma frente ampla contra o fascismo e oligarquias regionais com foco nas eleições de 2026

(Foto: Marcos Oliveira/Agencia Senado)

Durante entrevista ao programa Boa Noite 247, o ex-governador e ex-ministro Tarso Genro defendeu a formação de uma frente ampla e articulada para enfrentar o avanço da extrema-direita e das oligarquias regionais no Brasil. A estratégia proposta por Genro inclui mobilização de lideranças, movimentos sociais e partidos democráticos com foco nas eleições de 2026.

“Se nós não mudarmos a composição do Congresso Nacional, vamos ter 20 anos de tragédia acumulada aqui no país”, afirmou. Para Genro, a atual configuração parlamentar é marcada pela "extorsão permanente do orçamento público" e pela influência de interesses conservadores e fisiológicos, o que compromete o avanço democrático no Brasil.

O ex-ministro detalhou o projeto “Cartas”, uma iniciativa liderada por um think tank no Rio Grande do Sul, que busca consolidar alianças entre diferentes forças democráticas. Segundo ele, o objetivo é criar uma frente antifascista que respeite as especificidades regionais, mas que tenha como meta estratégica “neutralizar a força da extrema-direita, do fascismo e das oligarquias regionais”.

Genro destacou que a frente não deve se restringir a alianças eleitorais, mas deve funcionar como um espaço de articulação permanente. “Este campo faria uma unidade para a deslegitimação do fascismo e da extrema-direita, costurando alianças de acordo com as relações regionais e nacionais”, explicou.

Ao comentar sobre a influência de figuras como Donald Trump e Elon Musk, Genro afirmou que existe uma articulação global de forças protofascistas que ameaçam a democracia. “Trump, Musk e Zuckerberg estão montando uma internacional protofascista da humanidade”, disse. Ele criticou a falta de regulamentação das redes sociais e destacou que o modelo atual favorece a disseminação de mentiras e manipulações.

Genro também mencionou a necessidade de enfrentar a lógica neoliberal e construir um projeto democrático que seja economicamente viável e politicamente sedutor. Ele apontou que partidos progressistas precisam recuperar a conexão com a classe trabalhadora. “Não é crível que grande parte da classe trabalhadora assalariada com carteira assinada não esteja mais vinculada aos partidos de esquerda. Tem algo novo acontecendo aí.”

Para 2026, o ex-governador enfatizou que a prioridade deve ser a eleição de um Congresso alinhado com valores democráticos. “Chegar ao processo eleitoral sem mudar essa composição parlamentar significa reproduzir as políticas aceitáveis pelo bolsonarismo. Isso não é uma fatalidade, mas depende da maturidade e vontade política das lideranças”, concluiu. 
Assista:

Fonte: Brasil 247

Trabalhadores rurais imigrantes dos EUA se preparam para o plano de deportação em massa de Trump

Estimativa é de que cerca de 50% dos trabalhadores rurais são ilegais. Grupos comerciais alertam sobre risco de interrupção na produção de alimentos

Donald Trump (Foto: REUTERS/Kevin Lamarque)

Reuters - Trabalhadores rurais imigrantes estão se preparando para a promessa do novo presidente dos EUA, Donald Trump, de deportações em massa, inclusive designando tutores para seus filhos caso sejam detidos, de acordo com grupos que lhes fornecem apoio jurídico.

A crescente demanda por tais serviços jurídicos reflete a ansiedade de que Trump cumpra sua promessa de campanha de deportar milhões de imigrantes ilegais quando tomar posse em 20 de janeiro, algo que pode ter um impacto descomunal no setor agrícola do país, que depende muito da mão de obra deles.

Cerca de metade dos trabalhadores rurais contratados em todo o país não têm status legal de imigração, de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA, e grupos comerciais agrícolas alertaram que deportá-los poderia interromper a produção de alimentos do país.

“A administração ainda não tomou posse, mas as pessoas já estão com medo”, disse Sarait Martinez, diretora executiva do Centro Binacional para el Desarrollo Indígena Oaxaqueño (CBDIO), uma organização que apoia trabalhadores rurais indígenas mexicanos no Vale Central da Califórnia.

Representantes de quatro organizações de defesa rural e jurídica dos EUA, incluindo a CBDIO, disseram à Reuters que observaram um aumento de até dez vezes no interesse de trabalhadores rurais imigrantes em workshops e recursos que eles fornecem sobre o que fazer se forem confrontados por autoridades de imigração e como garantir a segurança de suas famílias caso sejam detidos.

As oficinas podem incluir confrontos de dramatização com autoridades de imigração e instruções sobre como se preparar para uma possível execução: como preencher formulários designando tutores temporários para seus filhos, designando um substituto para receber o pagamento ou dando permissão para seus filhos viajarem internacionalmente no caso de serem deportados.

Alfredo, um trabalhador rural no estado de Washington que pediu para ser identificado apenas pelo primeiro nome devido a preocupações de que poderia ser alvo, disse que está participando de alguns treinamentos para poder repassar o que aprendeu aos colegas de trabalho.

“Estamos definitivamente muito preocupados”, ele disse à Reuters. “Nós realmente temos orgulho de fazer trabalho agrícola, mas está ficando muito difícil ansiar por sair para trabalhar.”

Contra o relógio - Em seu primeiro governo, de 2017 a 2021, o governo Trump realizou batidas em locais de trabalho em fábricas de processamento de aves e instalações de processamento de produtos agrícolas em Nebraska.

O novo governo Trump disse que priorizará a deportação de pessoas que estão ilegalmente no país e que representam uma ameaça à segurança pública ou nacional, mas não descartou estender as deportações de forma mais ampla aos trabalhadores rurais sem documentos.

“O presidente Trump vai convocar todos os poderes federais e coordenar com as autoridades estaduais para instituir a maior operação de deportação de criminosos ilegais, traficantes de drogas e traficantes de pessoas na história americana, ao mesmo tempo em que reduz os custos para as famílias e fortalece nossa força de trabalho”, disse Karoline Leavitt, porta-voz da equipe de transição do governo Trump.

Grupos comerciais da indústria agrícola estão preocupados com o potencial impacto na produção de alimentos, especialmente na Califórnia.

Um terço dos vegetais dos EUA e três quartos das frutas e nozes são produzidos no estado, junto com enormes quantidades de laticínios e gado, de acordo com o Departamento de Alimentos e Agricultura da Califórnia.

Toda essa comida é colhida e processada por cerca de 400.000 trabalhadores rurais, de acordo com dados de emprego do estado. E cerca de 75% deles são trabalhadores sem documentos, de acordo com o University of California-Merced Community and Labor Center.

Apesar da alta proporção de imigrantes sem documentos, há pouco acesso a serviços jurídicos adequados para trabalhadores rurais em alguns dos maiores condados agrícolas do estado, disse Ivette Chaidez Villarreal, diretora do programa de engajamento cívico da Valley Voices, um grupo de direitos dos trabalhadores e educação eleitoral no Vale Central.

Desde a eleição de novembro, a organização aumentou seu trabalho em serviços de imigração devido a um alto volume de perguntas e solicitações legais de trabalhadores rurais. Ela também está trabalhando com outros grupos da Califórnia para criar uma rede de resposta rápida para dar suporte a trabalhadores que podem estar sujeitos a batidas, disse Villarreal.

Trabalhadores rurais muitas vezes têm dificuldade de acessar serviços jurídicos devido à sua localização rural, disse Patricia Ortiz, diretora jurídica de imigração da California Rural Legal Assistance, que está desenvolvendo recursos para trabalhadores rurais.

“Isso os coloca em uma situação mais precária do que outros trabalhadores”, disse ela.

Trabalhadores indocumentados que têm filhos nascidos nos EUA estão particularmente preocupados em serem separados de suas famílias, disse Martinez, da CBDIO. Cerca de 4,4 milhões de crianças nascidas nos EUA vivem em uma casa com pelo menos um dos pais imigrantes não autorizados, de acordo com o Pew Research Center.

Martinez disse que muitos dos trabalhadores que seu grupo está ajudando falam línguas como mixteco e zapoteco, e não espanhol ou inglês, e estão buscando ajuda com a papelada de imigração e obtenção de passaportes para seus filhos nascidos nos EUA.

Em todo o país, no norte do estado de Nova York, o Programa de Trabalhadores Rurais de Cornell aumentou seus workshops sobre imigração em dez vezes desde antes da eleição e espera em breve realizar um por dia, disse a diretora Mary Jo Dudley.

Usando dramatizações, os instrutores mostram aos trabalhadores maneiras de responder aos agentes de imigração caso sejam parados na rua ou abordados em suas casas, disse Dudley.

“Estamos trabalhando contra o relógio”, ela disse.

Fonte: Brasil 247 com informações da Reuters

'Voz marcante' do jornalismo brasileiro, Léo Batista morre aos 92 anos

O jornalista estava internado em um hospital do Rio de Janeiro

Narrador esportivo Léo batista (Foto: Reprodução/YouTube/ge )

O jornalista Léo Batista morreu neste domingo (19), aos 92 anos, no Hospital Rios D'Or, na Freguesia, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ele estava internado desde o dia 6 de janeiro devido a um quadro de desidratação e dor abdominal. Foi diagnosticado com câncer no pâncreas, que o levou à morte.

Com mais de 70 anos de carreira, o jornalista cobriu 13 Copas do Mundo e 13 Olimpíadas. Também apresentou o Jornal Nacional durante as décadas de 1970 e 1990.

Ao longo de sua trajetória, Léo Batista também comandou o Globo Esporte, o Esporte Espetacular e o quadro Gols do Fantástico.

Fonte: Brasil 247

Deputada Erika Hilton aciona PF para apurar ameaças de morte recebidas após defender fiscalização do Pix

Ameaças postadas mencionam até a contratação de “pistoleiros” para “ficar na cola” da parlamentar do Psol

Erika Hilton (Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados)

A deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) protocolou, neste domingo (19), um pedido de abertura de inquérito na Polícia Federal para apurar e identificar os responsáveis pelas ameaças de morte que recebeu em suas redes sociais, destaca a CNN Brasil. As ameaças começaram após a publicação de um vídeo da parlamentar defendendo a fiscalização do Pix, uma medida que foi posteriormente revogada pelo governo.

Segundo a assessoria de Hilton, as ameaças e incitações ao crime de homicídio ocorreram no X (antigo Twitter) e aumentaram de intensidade ao longo da madrugada de domingo. Um dos internautas chegou a mencionar a contratação de “pistoleiros” para “ficar na cola” da parlamentar.

A publicação de Erika Hilton segue a mesma linha do vídeo postado pelo deputado federal bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG), que, ao criticar a decisão do governo, afirmou que a medida afetaria especialmente as camadas mais carentes da população. O vídeo de Nikolas, que foi publicado horas antes da revogação da medida pelo Planalto, alcançou números recordes de visualização, com mais de 300 milhões de acessos. A postagem de Erika Hilton também viralizou e ultrapassou 80 milhões de visualizações em menos de 12 horas de veiculação.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Cessar-fogo em Gaza: os principais pontos do acordo e o que muda no conflito

Entenda as etapas, a troca de reféns e prisioneiros, além do papel dos mediadores internacionais no processo

Israelenses cobravam a libertação dos reféns (Foto: Reuters)

Reuters – Uma trégua de seis semanas entrou em vigor em Gaza, após 15 meses de um conflito que deixou dezenas de milhares de palestinos mortos e acirrou ainda mais as tensões no Oriente Médio. O acordo prevê, entre outros pontos, a liberação de reféns e o retorno de pessoas deslocadas, bem como a retirada gradual das tropas israelenses de áreas-chave do território palestino.

O início do cessar-fogo enfrentou um atraso de quase três horas devido ao pedido do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para que o Hamas apresentasse uma lista dos reféns a serem soltos no dia. Segundo uma autoridade israelense, posteriormente a lista foi entregue.

Pontos principais do acordo de cessar-fogo

  • Fase inicial de seis semanas
    O acordo prevê uma trégua de seis semanas, período em que as tropas israelenses farão uma retirada progressiva das áreas centrais de Gaza. Paralelamente, palestinos que haviam deixado suas casas poderão retornar ao norte da Faixa.
  • Entrada de ajuda humanitária
    Durante o cessar-fogo, 600 caminhões de ajuda humanitária deverão entrar diariamente em Gaza, sendo 50 especificamente destinados a transportar combustível. Desses, 300 caminhões devem se dirigir ao norte do território, onde a situação civil é mais crítica.
  • Liberação de reféns e prisioneiros
    O Hamas se comprometeu a libertar 33 reféns israelenses, incluindo todas as mulheres (tanto militares quanto civis), crianças e homens acima de 50 anos. A liberação acontecerá gradualmente, começando com as mulheres e menores de 19 anos, seguidos pelos homens mais velhos. Em contrapartida, Israel deverá soltar 30 prisioneiros palestinos para cada refém civil israelense e 50 para cada refém mulher militar israelense.
  • Papel do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV)
    O Hamas informará ao CICV o ponto de encontro dentro de Gaza, onde os reféns serão entregues. Caberá à organização conduzir a operação de coleta e transporte das pessoas libertadas.
  • Liberação de mulheres e crianças palestinas
    Pelo acordo, Israel se compromete a soltar todas as mulheres palestinas e menores de 19 anos que tenham sido detidos desde 7 de outubro de 2023 ao final da primeira fase. Dependendo do número de reféns israelenses soltos, o total de prisioneiros palestinos liberados pode variar entre 990 e 1.650 pessoas, incluindo homens, mulheres e crianças.
  • Calendário de libertações
    As libertações de reféns por parte do Hamas ocorrerão ao longo de seis semanas, com pelo menos três indivíduos soltos a cada semana. Todos os reféns vivos devem ser liberados inicialmente, seguidos pelos corpos de eventuais mortos.
  • Garantia internacional
    Catar, Egito e Estados Unidos atuam como garantidores do processo de implementação do acordo, acompanhando e mediando eventuais disputas ou descumprimentos.
  • Próximas fases
    Uma segunda etapa das negociações deve começar a partir do 16º dia da primeira fase, com o objetivo de libertar todos os demais reféns, incluindo os soldados israelenses do gênero masculino, além de buscar um cessar-fogo permanente e a retirada completa de tropas de Israel. Já a terceira fase do entendimento prevê a devolução de corpos restantes e o início da reconstrução de Gaza, supervisionada por Egito, Catar e Organização das Nações Unidas (ONU).
Enquanto o processo avança, a atenção internacional permanece voltada para a efetiva aplicação dos termos do acordo e para o alívio das condições humanitárias na região. Especialistas também acompanham o desenrolar político das negociações e a possibilidade de um desfecho que leve a soluções de paz mais duradouras no Oriente Médio.

Fonte: Brasil 247

Gleisi aponta erros da Folha em mais um editorial contra Lula

A parlamentar afirmou que a PEC da Transição foi uma resposta para o que classificou como um 'desastre fiscal' causado por Bolsonaro

Gleisi Hoffmann (Foto: Divulgação/pt.org.br)

A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, deputada federal Gleisi Hoffmann, comentou sobre o cenário econômico do Brasil sob a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A declaração foi feita em resposta a um editorial da Folha de S. Paulo.

Em publicação na rede social X, Gleisi destacou a importância da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, apontando que a medida foi uma solução ao que classificou como um "desastre fiscal" causado pelo ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL).

“A PEC da Transição foi a resposta necessária ao desastre fiscal de Bolsonaro e Guedes, que torraram mais de R$ 300 bilhões no ano da eleição e deram calote de R$ 82 bilhões nos precatórios para o governo seguinte pagar. Sem a PEC, nenhum governo funcionaria”, disse.

Na mesma publicação, a deputada criticou a Folha de S. Paulo e outros veículos de comunicação, dizendo que eles se beneficiaram de uma desoneração tributária que custou R$ 18 bilhões em 2024. “São os privilegiados que se abraçam à injustiça tributária”, acusou a parlamentar.

Gleisi ainda ressaltou que o governo Lula nunca relaxou as metas fiscais e comentou sobre a alta taxa de juros no Brasil.

“Não foi Lula que impôs ao país a segunda maior taxa de juros do planeta, mas o BC indicado pelo Bolsonaro”, disse. “São esses juros que aumentam nossa dívida”.

Fonte: Brasil 247