O Hospital Rios D’Or (RJ) informou nesta sexta-feira (17) que o apresentador Léo Batista foi diagnosticado com um tumor no pâncreas. O jornalista esportivo da Globo está internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
"O paciente João Batista Belinaso (Léo Batista) deu entrada no Hospital Rios D’Or no dia 6 de janeiro, em decorrência de um quadro de desidratação e dor abdominal", afirmou a unidade hospitalar em nota enviada àcoluna F5. "Ele está internado na Unidade de Terapia Intensiva, com o devido acompanhamento clínico para o atual estado de saúde."
O apresentador, conhecido por sua "voz marcante", está na Globo há mais de 50 anos. Como jornalista, cobriu 13 Copas do Mundo e outras 13 Olimpíadas. Também apresentou o Jornal Nacional durante os anos 1970 e 1990. Além disso, comandou o Globo Esporte, o Esporte Espetacular e os Gols do programa Fantástico.
Grande desafio do governo Lula é recuperar credibilidade, segundo o cientista político Felipe Nunes
Pix (Foto: Divulgação/BC)
A crise do Pix, causada pelo anúncio e posterior revogação de uma medida de fiscalização, abalou a credibilidade do governo Lula e fortaleceu a influência da extrema-direita.
É o que indica levantamento Quaest, divulgado pelo cientista político Felipe Nunes nesta sexta-feira (17), nas redes sociais.
Segundo ele, as notícias falsas em torno do debate sobre a medida reforçaram percepções negativas sobre o governo. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) se aproveitou disso e gravou um vídeo que viralizou sobre o caso.
"O nosso monitoramento de redes mostra que mais de 22 milhões de perfis comentaram sobre o assunto em suas redes no dia 15/01. No total, mais de 5.5 milhões de perfis únicos comentaram sobre o assunto, fazendo com que o impacto chegasse próximo de 152 milhões de perfis", disse Nunes.
Além disso, a revogação da medida ampliou as reações negativas nas redes, de acordo com a pesquisa. "O que gerou mais reação negativa no debate digital? Até o dia 15/01 a derrota do governo nas redes era de 54 x 46. Depois do vídeo do Nikolas e da revogação da medida, virou um 86 x 14. Ou seja, a revogação.
Embora 68% tenham ficado sabendo que o governo desmentiu que haveria taxação, ainda assim 67% acreditam que o governo vai cobrar imposto sobre o Pix, segundo a pesquisa.
Entraram em vigor, em 1º de janeiro de 2025, normas, posteriormente anuladas, da Receita Federal que ampliavam a fiscalização sobre o uso da plataforma Pix de pagamentos.
De acordo com as regras, publicadas pelo governo federal em setembro de 2024, bancos e outras instituições financeiras passariam a informar ao Fisco dados básicos referentes a algumas movimentações financeiras, definidas em níveis mais elevados de renda para pessoas físicas e jurídicas. O Ministério da Fazenda previu uma queda no volume de informações enviadas à Receita Federal devido ao alívio concedido aos clientes de menor renda dos bancos tradicionais.
No entanto, o governo federal foi acusado de supostamente aumentar os impostos sobre a classe média, em meio à disseminação de notícias falsas pela extrema-direita sobre uma suposta tributação do Pix.
A Receita Federal negou as acusações e reiterou a importância da regularização fiscal para o combate à lavagem de dinheiro.
Boris Casoy, jornalista que defendeu a ida de Bolsonaro aos EUA. Foto: reprodução
Quanto mais a gente reza, mais assombração aparece.
Fazia tempo que um ‘ditado popular’ não se encaixava tão bem quanto nessa aparição relâmpago do jornalista Boris Casoy, ex-apresentador do Jornal da Band e colunista de notas curtas de direita da Folha no tenebroso período da repressão militar.
O veterano ficou revoltado com o veto de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), à devolução do passaporte para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A decisão impede o inelegível de viajar aos Estados Unidos onde acompanharia a posse do presidente eleito Donald Trump após receber um suposto convite.
“O termo que eu gostaria de usar é ‘sacanagem’, mas eu não vou usar”, iniciou o ex-âncora. “É uma crueldade com Bolsonaro, um desrespeito à história brasileira o que estão fazendo com ele”, disse o jornalista sobre impedir que um investigado, e indiciado, pela Justiça saia do país.
“O senhor Gonet recomendou negar a Bolsonaro a viagem aos Estados Unidos para atender a um pedido do presidente eleito Donald Trump”, alegou. Vale lembrar que, antes da recusa judicial, Moraes pediu que o ex-presidente comprovasse a existência do convite estadunidense, o que não aconteceu. Bolsonaro tinha em mãos, somente, um formulário em que demonstrou a intenção de ir ao evento.
Na sequência, Boris ainda questionou os argumentos de Moraes, alegando que ele fez um “falso embasamento jurídico” para perseguir o líder da extrema-direita. “Papel aceita tudo. ‘não pode, porque o artigo tal… não vejo necessidade porque ele não representa o Brasil…'”.
“O cara quer fazer essa viagem, não está condenado, ‘ah, está indiciado’, não está preso, não ameaça fugir, segura o passaporte do Bolsonaro. Eu acho péssimo”, determinou.
Boris, no fim, fez uma comparação desmedida com o que aconteceu com Lula em 2019, quando seu irmão, Genival Inácio da Silva, o Vavá, faleceu. Na ocasião, o Supremo negou a saída de Lula da sede da Polícia Federal em Curitiba, onde estava preso, para ir ao velório do parente, sem a necessidade de sair do Brasil e, consequentemente, do alcance das forças de segurança
Na decisão, Moraes citou a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na intermediação do convite e apontou o envolvimento do parlamentar em ações que teriam facilitado a fuga de investigados pelos atos de 8 de janeiro.
O ministro também afirmou que Eduardo colaborou com a organização do evento nos Estados Unidos e também destacou seu papel em apoiar a evasão de condenados para a Argentina, em casos conexos à investigação sobre os ataques às sedes dos Três Poderes.
“O apoio à ilícita evasão do território nacional de réus condenados definitivamente […] está constantemente sendo corroborado pelo deputado Eduardo Bolsonaro”, escreveu o ministro.
Entre os argumentos apresentados para negar o pedido, Moraes apontou o risco de fuga de Jair Bolsonaro, dado o contexto das investigações em andamento. O ex-presidente é indiciado pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento em tentativas de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Moraes também destacou que a viagem tinha caráter estritamente pessoal e não atendia a qualquer interesse público relevante.
Os argumentos de Moraes para negar a devolução do passaporte são:
“Não cumprimento de decisão anterior: Segundo o despacho de Moraes, a defesa de Jair Bolsonaro não apresentou documento oficial comprovando o convite para a posse do presidente dos Estados Unidos, conforme solicitado em decisão anterior. A equipe jurídica apenas reiterou a veracidade de um e-mail não oficial”.
“Ausência de interesse público relevante: A viagem tinha fins estritamente particulares e não apresentava interesse público que justificasse a revogação das medidas cautelares”.
“Risco de fuga: A decisão destacou que o cenário que levou à imposição das medidas cautelares, como a proibição de se ausentar do país, ainda se mantém, pois as investigações contra o ex-presidente continuam em andamento e há risco de que ele tente fugir do Brasil”.
“Indiciamento e declarações de intenção de fuga: Após o indiciamento pela Polícia Federal (PF), Bolsonaro cogitou a possibilidade de buscar refúgio em uma embaixada. Além disso, ele manifestou apoio à fuga de outros condenados”.
“Manutenção da necessidade e adequação das medidas cautelares: As circunstâncias do caso, incluindo a gravidade dos crimes imputados e a necessidade de garantir a aplicação da lei penal e a efetividade da investigação, justificam a manutenção das restrições”.
O deputado federal bolsonarista Nikolas Ferreira. Foto: reprodução
Desde a última semana, o termo “fake news” aparece entre os assuntos mais comentados no X, antigo Twitter. O assunto está pautado nas redes sociais pela onda de mentiras contadas por bolsonaristas sobre as mudanças nas regras de monitoramento de transações da Receita Federal que, na boca da extrema-direita, virou uma suposta taxação das transferências feitas por Pix.
O burburinho foi potencializado pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que será processado pelas mentiras contadas, mas que conseguiu forçar a revogação das mudanças. Com o assunto em pauta, os seguidores da extrema-direita usaram as redes sociais para reforçar as fake news, enquanto outros tantos usuários tentaram alertar os demais que eles estavam acreditando tudo isso.
Em meio ao caos, o brasileiro, como sempre, optou pelo lado da galhofa e criou um acervo de memes e “críticas bem-humoradas”.
Adesão oficial ao agrupamento como parceiros ocorreu no dia 1º de janeiro
Cúpula do Brics em Kazan, Rússia (Foto: Sputnik)
O Palácio do Planalto confirmou nesta sexta-feira (17) que oito nações se uniram como ‘países parceiros’ do Brics: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Tailândia, Uganda e Uzbequistão.
O comunicado detalha que a adesão oficial ao agrupamento como parceiros ocorreu no dia 1º de janeiro. A adesão inaugurou a modalidade criada durante a Cúpula de Kazan, na Rússia, em outubro de 2024.
Mais de 30 nações já externaram interesse em participar do Brics tanto na qualidade de membros como de parceiros, segundo o comunicado.
O Brics é uma associação interestatal criada em 2006 por Brasil, Rússia, Índia e China. A África do Sul juntou-se em 2011. Desde o início de 2024, vários outros países passaram a integrar o Brics.
No dia 1º de janeiro, o Brasil assumiu a presidência rotativa do grupo.
A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, criticou nesta sexta-feira (17) um editorial do jornal Estado de S. Paulo, que chamou de “lambança” a decisão do governo federal de revogar a medida que ampliava as normas de fiscalização sobre o Pix. Em publicação nas redes sociais, Gleisi justificou que a revogação, determinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), teve como objetivo “evitar danos à economia popular”.
A deputada federal destacou que a disseminação de informações falsas sobre a medida havia gerado uma rejeição ao Pix, além de estimular golpes.
“Ao contrário do que diz o editorial do Estadão, o presidente Lula revogou a Instrução da Receita sobre o Pix exatamente porque governa o país, com muita responsabilidade, e seguirá governando. Revogou para evitar os danos à economia popular que a exploração política, a balbúrdia bolsonarista, da medida estava provocando - rejeição do pix, cobrança de taxas, golpes”, escreveu. “Diferentemente dos editoriais do Estadão, Lula sabe a diferença entre governar e ser arrogante”.
“Pomerode se destaca pela cor da pele das pessoas”, disse o governador bolsonarista
(Foto: Agência Senado)
O presidente do PT em Santa Catarina, Décio Lima, entrou com um pedido para que o Ministério Público investigue uma fala em que o governador do estado, Jorginho Mello (PL), elogia a “cor da pele” dos moradores de Pomerode, no Vale do Itajaí. A cidade tem cerca de 80,3% de sua população composta por pessoas brancas, com pretos e pardos representando menos de 20%. As informações são daFolha de S. Paulo
Na representação, Décio Lima afirma que a fala do governador bolsonarista foi "desastrosa, criminosa, racista e supremacista". A declaração de Mello ocorreu durante a abertura da 40ª edição da Festa Pomerana, evento que celebra as tradições germânicas.“Pomerode se destaca pela beleza turística que tem, pelas casas enxaimel, pela cor da pele das pessoas, pela mistura, pelo que representa para todos nós”, disse em áudio encaminhado para a imprensa.
"O noticiado [Jorginho] tratar tal fato (cor branca da pele da população de Pomerode), como algo de destaque, algo que torne a cidade atrativa, claramente denota uma fala, postura, conduta supremacista do governador do estado, ao tratar as pessoas de cor de pele branca, como melhores, mais atrativas, como sendo de destaque, em detrimento das demais cores de pele (negros, pardos)", diz a representação enviada por Décio Lima ao MP.
Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo
Cerca de 264 pessoas ficaram feridas nos ataques israelenses
Casas e edifícios destruídos em ataques israelenses, em Jabalia, no norte da Faixa de Gaza (Foto: Reuters/Anas al-Shareef)
Mais de 100 pessoas foram mortas na Faixa de Gaza devido a bombardeios israelenses desde o anúncio do acordo de cessar-fogo, informou a Defesa Civil de Gaza nesta sexta-feira (17).
"Oitenta e duas pessoas foram mortas na Cidade de Gaza, 14 em Khan Yunis, duas em Rafah e cinco na província central", declarou a Defesa Civil, segundo a agência de notícias palestina Safa.
Cerca de 264 pessoas ficaram feridas nos ataques israelenses, acrescentou o comunicado.
Israel e o movimento militante palestino Hamas, com a mediação do Catar, Egito e Estados Unidos, chegaram a um acordo em 15 de janeiro para um cessar-fogo de 42 dias e declararam a intenção de encerrar definitivamente as hostilidades que, ao longo de 15 meses, causaram a morte de 46.000 palestinos e cerca de 1.500 israelenses, estendendo-se para o Líbano e o Iêmen e provocando uma troca de ataques com mísseis entre Israel e Irã.
O ministro enfatizou a “bronca” do ex-mandatário com a Receita Federal, após investigações do órgão envolvendo a família Bolsonaro
Jair Bolsonaro em São Paulo - 25/03/2024 (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, levantou suspeitas sobre o envolvimento de Jair Bolsonaro (PL) no vídeo divulgado pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) no mesmo dia em que o governo federal revogou a medida que ampliava as normas de fiscalização sobre o Pix.
Em entrevista aoCNN360° nesta sexta-feira (17), Haddad enfatizou a “bronca” do ex-mandatário com a Receita Federal, após investigações do órgão envolvendo a família Bolsonaro.
“Eu tenho para mim que o Bolsonaro está um pouco por trás disso, porque o PL financiou o vídeo do Nikolas. […] O Bolsonaro tem uma bronca na Receita Federal pelas questões já conhecidas… a Receita Federal descobriu o roubo das joias, abriu a investigação das rachadinhas, abriu a investigação sobre os mais de 100 imóveis comprados pela família Bolsonaro”, disse o ministro.
O senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) possivelmente é um dos alvos das investigações da Polícia Federal no caso Overclean. A corporação apura a existência de uma suposta organização criminosa acusada de desviar recursos públicos. A informação é do jornalista Joaquim de Carvalho, do Brasil 247 e da TV 247.
A cúpula do União Brasil é investigada no caso, bem como o empresário Marcos Moura, conhecido como "rei do lixo". A chefe de gabinete de Alcolumbre (União-AP) aparece nas investigações.
Segundo Carvalho, o fato de que a investigação foi enviada ao STF significa que políticos com foro privilegiado estão envolvidos nas supostas irregularidades. Ele afirmou que um deles pode ser Alcolumbre.
"A operação Overclean, a que tem o rei do lixo como alvo central, foi remetida para o STF. Significa que tem político com foro privilegiado metido nesse entulho. Um deles seria o senador Davi Alcolumbre, o Rei das Emendas. Por isso, a Overclean já está sendo chamada de a nova Lava Jato, a Lava Jato progressista", escreveu Carvalho na plataforma X.
Atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Alcolumbre é apoiado pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente da Casa, a sucedê-lo
A PF apontou em dezembro de 2024 que uma organização criminosa desviou recursos públicos de emendas parlamentares e convênios por meio de obras superfaturadas, beneficiando empresas e pessoas ligadas a administrações municipais.
Os alvos da operação são investigados por supostos crimes como fraudes em licitação, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça.
Mais de 160 milhões de reais teriam sido utilizados na compra de aeronaves, imóveis de alto padrão, barcos e veículos de luxo.
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, irmã da ex-vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018, protocolou um ofício no Conselho de Ética do PT contra Washington Quaquá, vice-presidente da sigla e prefeito de Maricá (RJ). Segundo o jornalO Estado de S. Paulo, a denúncia, registrada na quarta-feira (15) de janeiro, acusa Quaquá de adotar uma postura "antiética" e "não condizente com os princípios do partido". O motivo da ação é a publicação, no dia 9 de janeiro, de uma foto do dirigente ao lado da família Brazão, réus no Supremo Tribunal Federal (STF) por supostamente serem os mandantes do assassinato de Marielle e seu motorista, Anderson Gomes.
O ofício descreve a postura de Quaquá como uma tentativa de "descredibilizar de forma irresponsável e leviana" a luta por justiça das famílias das vítimas e, por conseguinte, o próprio governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em janeiro de 2023, ao assumir o Ministério da Justiça, Flávio Dino destacou a resolução do caso como uma "questão de honra", o que levou à federalização da investigação. A conclusão do inquérito, em março de 2024, foi contestada por Quaquá, que segue defendendo a inocência dos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão.
Na imagem divulgada por Quaquá, ele aparece acompanhado de membros da família Brazão, com quem manifestou apoio à inocência dos réus. Após a publicação, Anielle Franco reagiu, chamando a atitude do prefeito de "repugnante", embora não tenha mencionado o nome de Quaquá diretamente. O prefeito, por sua vez, em entrevista ao Estadão em 11 de janeiro, insistiu em questionar o processo judicial, sugerindo que "juristas sérios" revisassem o caso. Sem apresentar provas, o dirigente associou o caso a uma possível ligação com a família Bolsonaro.
A investigação da Polícia Federal, por sua vez, descartou qualquer envolvimento da família Bolsonaro no assassinato. O inquérito indicou que o crime estava relacionado a disputas por terras de interesse de milicianos com conexões com os Brazão.
A situação gerou divisões internas no PT. Enquanto alguns membros defendem a expulsão de Quaquá do partido, outros consideram que um afastamento de sua vice-presidência seria uma medida suficiente. O Conselho de Ética do PT, no entanto, costuma enfrentar um trâmite demorado e a decisão final dependerá do aval da executiva nacional, que passará por renovação em julho deste ano.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo
Bolsonaro permaneceu dois dias na Embaixada da Hungria em fevereiro do ano passado, após a apreensão de seu passaporte
Jair Bolsonaro em São Paulo - 25/03/2024 (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)
Jair Bolsonaro continua sem fornecer detalhes sobre seu período de refúgio na embaixada da Hungria, em fevereiro do ano passado, após a apreensão de seu passaporte.
Bolsonaro disse que o motivo de sua visita à embaixada é "segredo", em entrevista ao jornal The New York Times.
Bolsonaro permaneceu dois dias na Embaixada da Hungria, em Brasília, entre os dias 12 e 14 de fevereiro deste ano, após ter tido seu passaporte apreendido pela Polícia Federal.
A PF apreendeu o passaporte de Bolsonaro por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, em 8 de fevereiro do ano passado, durante a Operação Tempus Veritatis, deflagrada para investigar a trama golpista que tentou impedir a posse do presidente Lula.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal The New York Times
Nesta semana, o presidente Lula sancionou o texto do programa, mas vetou trechos que poderiam afetar o resultado primário da União
Geraldo Alckmin (Foto: Júlio César Silva/ MDIC)
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, classificou o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag) como o fato mais “generoso” que já presenciou na vida. A declaração foi feita nesta sexta-feira (17) durante um evento do setor petroquímico em Triunfo (RS).
“Eu nunca vi uma coisa tão generosa na vida”, disse Alckmin. “Alguns falam que [o impacto do programa para o governo federal] é R$ 20 bilhões por ano, mas os estudos da GV (Fundação Getulio Vargas) dizem que pode ser R$ 50 bilhões”.
O programa, apresentado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e aprovado pelo Congresso Nacional no fim do ano passado, permite que os Estados renegociem suas dívidas com a União. De acordo com o texto, os entes têm até 30 anos para pagamento dos débitos, com juros reais de zero a 2% ao ano.
Nesta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou o texto, mas vetou trechos que poderiam afetar o resultado primário da União. A decisão gerou críticas por parte de governadores, incluindo o gaúcho Eduardo Leite (PSDB).
Instrução normativa publicada no Diário Oficial da União estabelece novas regras para o recebimento de benefícios por famílias durante os mandatos
Bolsa Família (Foto: Divulgação)
A partir deste mês, familiares de candidatos eleitos nas eleições de 2024 não poderão mais receber os benefícios do Bolsa Família e do Auxílio-Gás, conforme determina uma Instrução Normativa publicada no Diário Oficial da União (DOU) na sexta-feira (17). A medida, segundo aFolha de S. Paulo, afeta tanto famílias beneficiárias quanto aquelas cadastradas no CadÚnico, mas sem o recebimento dos benefícios, que não poderão ser contempladas pelos mesmos durante os quatro anos de mandato do candidato eleito.
O pagamento do Bolsa Família de 2025 começará em 20 de janeiro para beneficiários com NIS final 1. O Auxílio-Gás, que é pago a cada dois meses, será transferido em fevereiro. Para que uma família tenha direito a esses benefícios, ela precisa se enquadrar em critérios como uma renda familiar per capita igual ou inferior a R$ 218.
O cálculo dos benefícios não inclui indenizações de danos materiais ou morais, benefícios temporários pagos pelo poder público, nem valores de programas de transferência de renda. As famílias inscritas no CadÚnico precisam atualizar seus dados a cada 24 meses ou antes, caso haja mudanças na composição familiar, endereço ou renda.
Para continuar recebendo o Bolsa Família, além de cumprir o requisito de renda, as famílias também precisam atender a condições nas áreas de saúde e educação, como o acompanhamento de gestantes, a vacinação de crianças e a frequência escolar dos filhos. O benefício paga um valor mínimo de R$ 600 por mês, podendo aumentar conforme a composição familiar, com valores adicionais para gestantes, lactantes, crianças e adolescentes na escola.
Além disso, o governo oferece outros benefícios, como o Benefício de Renda de Cidadania, que paga R$ 142 por integrante da família, o Benefício Complementar, que garante o valor mínimo de R$ 600 para as famílias que não atingem esse valor, e o Benefício Extraordinário de Transição, para aqueles que recebiam um valor superior às novas regras em maio de 2023.
Outros adicionais incluem o Benefício da Primeira Infância, que paga R$ 150 para cada criança de até seis anos, e o Benefício Variável Familiar, com R$ 50 para cada criança ou adolescente entre 7 e 18 anos, ou para gestantes. Também há o Benefício Variável Familiar Nutriz, no valor de R$ 50, destinado a famílias com bebês de até seis meses.
Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo
"É este o sentido de seu apelo a Trump, Musk e Zuckerberg para que o livrem da cadeia, usando poderes externos para mudar o curso da Justiça", afirma
(Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)
A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), acusou Jair Bolsonaro (PL) de continuar articulando ameaças contra a democracia brasileira. Em uma postagem nas redes sociais, Gleisi reagiu à entrevista concedida pelo ex-presidente ao jornal norte-americanoThe New York Times, classificando as declarações de Bolsonaro como evidência de suas intenções golpistas.
“A inacreditável entrevista de Jair Bolsonaro ao New York Times mostra que o inelegível é capaz de espalhar mentiras em qualquer idioma, mas também comprova que ele continua tramando um golpe contra a democracia no Brasil. É este o sentido de seu apelo a Trump, Musk e Zuckerberg para que o livrem da cadeia, usando poderes externos para mudar o curso da Justiça e da política em nosso país”, afirmou Gleisi.
A declaração da parlamentar se refere às falas de Bolsonaro durante a entrevista em que expressou esperança de que figuras como o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e os bilionários Elon Musk e Mark Zuckerberg possam influenciar o cenário político brasileiro. Para Gleisi, esse apelo evidencia uma tentativa de interferência externa nas instituições democráticas do Brasil.
Durante a entrevista, Bolsonaro negou ter planejado um golpe após as eleições de 2022, mas admitiu ter discutido a edição de um decreto golpista: “não vou negar para você, mas na segunda conversa foi descartado”. Ele também minimizou investigações sobre planos de assassinato contra autoridades como o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes.
Gleisi Hoffmann destacou ainda a exposição de ministros do STF indicados por Bolsonaro, como André Mendonça e Nunes Marques, sugerindo que o ex-presidente confia que esses magistrados possam favorecer seu retorno à política. "Felizmente não é para o New York Times que Bolsonaro precisa se explicar, mas para a Justiça brasileira, que é soberana e não se guia pelos algoritmos, mas pela Constituição e o Código Penal", reforçou a presidente do PT.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal norte-americano The New York Times
Defesa de Bolsonaro diz que viagem é pontual e critica decisão do ministro do STF
Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes (Foto: Reprodução | ABR)
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou o recurso da defesa de Jair Bolsonaro (PL) e manteve a decisão que impede o ex-mandatário de viajar para os Estados Unidos. Segundo aCNN Brasil, a defesa pedia que, caso o ministro não reconsiderasse a ordem, o caso fosse levado ao colegiado do STF, devido à urgência do pedido, uma vez que a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, está marcada para a segunda-feira (20).
No pedido, os advogados de Bolsonaro afirmaram que a decisão de Moraes deve ser revista, alegando que alguns pressupostos apresentados pelo ministro não condizem com a realidade ou não são suficientes para justificar a proibição da viagem. Entre os pontos contestados pela defesa estão a ausência de convite oficial para a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, a possibilidade de fuga e pedido de asilo político, a defesa da fuga de envolvidos nos atos de 8 de janeiro e a alegação de que a viagem teria fins pessoais.
Em sua contestação, a defesa de Bolsonaro rebateu o argumento de Moraes de que não havia evidências de convite oficial para o evento. Os advogados destacaram que o ex-mandatário foi convidado pelo comitê organizador da posse e apresentou um e-mail do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como prova. No entanto, o ministro Moraes havia escrito que não havia documentos que comprovassem o convite por parte do presidente eleito dos EUA.
A defesa também questionou a decisão de Moraes de impor medidas cautelares ao ex-mandatário desde janeiro de 2023, alegando que o tempo de restrição é excessivo, especialmente considerando que ainda não há uma acusação formal contra Bolsonaro. Além disso, os advogados refutaram a referência a uma entrevista de Bolsonaro, na qual ele teria sugerido a possibilidade de se refugiar nos EUA para evitar a responsabilidade penal no Brasil. Eles argumentaram que, ao contrário do que foi sugerido, Bolsonaro voltou ao Brasil porque acredita na legalidade e imparcialidade do processo judicial.
A defesa ainda ressaltou que Bolsonaro tem cumprido todas as medidas cautelares impostas pelo STF, como demonstrado em sua ida à posse de Javier Milei na Argentina em dezembro de 2023, e que a devolução pontual de seu passaporte para a viagem não representaria risco à sua permanência no país. A defesa também lembrou que o STF já autorizou viagens de investigados com passaportes apreendidos em outros casos.
Por fim, os advogados de Bolsonaro destacaram que o pedido de viagem era específico e temporário, sem intenção de questionar as medidas cautelares em vigor. Eles reforçaram que cumprirão todas as condições adicionais que o ministro entender pertinentes para a liberação da viagem.
O passaporte de Jair Bolsonaro foi apreendido em fevereiro de 2024 durante uma operação da Polícia Federal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado para mantê-lo no poder. O inquérito envolve o ex-presidente, aliados e membros das Forças Armadas. Em novembro, Bolsonaro e outras 39 pessoas foram indiciadas pela PF por tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A Procuradoria-Geral da República (PGR) analisa se apresentará denúncia formal ao Supremo até fevereiro deste ano. Esta foi a quarta vez que o STF rejeitou o pedido de restituição do documento.