Senador foi um dos rivais do governo que surfou na onda das notícias falsas
Fernando Haddad (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasi)
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enviou um recado ao senador Flávio Bolsonaro após a Receita Federal anunciar a revogação de uma nova norma que ampliava a fiscalização sobre a plataforma Pix de pagamentos.
A declaração foi proferida nesta quarta-feira (15) a jornalistas após a anulação da medida pela Receita, em meio a um desgaste público do governo federal e divulgação de notícias falsas sobre a legislação.
Flávio foi um dos rivais do governo que surfou na onda das notícias falsas. Haddad citou o caso das rachadinhas no gabinete parlamentar do filho de Jair Bolsonaro para contestá-lo.
“As rachadinhas do senador Flávio foram combatidas porque a autoridade identificou uma movimentação absurda nas contas do Flávio Bolsonaro. Agora o Flávio Bolsonaro está reclamando da Receita? Ele não pode reclamar da Receita, ele foi pego pela Receita”, disse Haddad.
Entraram em vigor, em 1º de janeiro de 2025, normas, posteriormente anuladas, da Receita Federal que ampliavam a fiscalização sobre o uso da plataforma Pix de pagamentos.
De acordo com as regras, publicadas pelo governo federal em setembro de 2024, bancos e outras instituições financeiras passariam a informar ao Fisco dados básicos referentes a algumas movimentações financeiras, definidas em níveis mais elevados de renda para pessoas físicas e jurídicas. O Ministério da Fazenda previu uma queda no volume de informações enviadas à Receita Federal devido ao alívio concedido aos clientes de menor renda dos bancos tradicionais.
No entanto, o governo federal foi acusado de supostamente aumentar os impostos sobre a classe média, em meio à disseminação de notícias falsas pela extrema-direita sobre uma suposta tributação do Pix.
A Receita Federal negou as acusações e reiterou a importância da regularização fiscal para o combate à lavagem de dinheiro.
O deputado federal bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) está sendo detonado nas redes sociais após fake news sobre transferências via Pix. O parlamentar gravou um vídeo dizendo que a “vaquinha para o churrasco” poderia ser taxada e atacando o governo Lula.
O conteúdo do bolsonarista já alcançou mais de 150 milhões de visualizações nas redes e tem pautado os ataques e a narrativa da oposição nas redes. “O pix não será taxado, mas é sempre é bom lembrar… A comprinha da China não seria taxada, mas foi”, diz Nikolas no vídeo.
O nome do deputado é o termo mais comentado no X (ex-Twitter), com cerca de 670 mil menções, e internautas ironizam a repentina “preocupação com pobre” do deputado após votos contrários a pautas que beneficiam trabalhadores no Congresso Nacional.
O bolsonarista votou, por exemplo, contra a Reforma Tributária, que elimina todos os impostos sobre 40 alimentos essenciais da cesta básica, e o projeto que prevê o fim da escala 6×1 (seis dias de trabalho e um de descanso).
A medida criticada por Nikolas, na verdade, aumentava a fiscalização sobre transferências via Pix acima de R$ 5 mil para pessoas físicas e de R$ 15 mil a empresas. O governo anunciou que a norma será revogada após a onda de fake news.
Além de zombarem da suposta preocupação com o trabalhador de Nikolas, internautas ainda lembram que Paulo Guedes, ministro da Economia do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi quem sugeriu taxar as transações em 2020.
No AV Club, Manuel Betancourt destacou o equilíbrio emocional do longa. “Comovente, mas nunca sentimental, ‘Ainda estou aqui’ é um drama humanista que ilumina a injustiça insidiosa e aquece seu público em igual medida”, escreveu.
Apesar da aclamação geral, o filme também gerou críticas. No site The Playlist, Marshall Shaffer considerou que o roteiro banalizou a extraordinária vida de Eunice, enquanto Savina Petkova, do Film Stage, afirmou que o filme parece “descalibrado” em sua estrutura narrativa.
Antes de sua estreia nos EUA, “Ainda estou aqui” chegou aos cinemas franceses na última quarta-feira (15), recebendo críticas positivas. No entanto, o jornal Le Monde apontou uma suposta falta de emoção na interpretação de Fernanda Torres, gerando reações indignadas nas redes sociais por parte do público brasileiro.
Uma famosa “vidente”, conhecida como a “sensitiva das estrelas”, previu que Suzane Von Richthofen pode cometer um novo crime.
Durante entrevista ao podcast 3 Irmãos, em 18 de setembro de 2023, a médium Chaline Grazik afirmou que Suzane “tem um tom de psicopatia e ele se renova a cada ciclo”. “Uma coisa bem estranha”, disse a vidente.
A previsão foi feita após o entrevistador Borracha retirar uma carta a pedido da médium. Cumprindo pena em liberdade desde janeiro de 2023, Suzane foi condenada inicialmente a 39 anos e seis meses de prisão. A criminosa, no entanto, conseguiu diminuir seu tempo na cadeia para 34 anos e 4 meses.
Após intensa repercussão negativa gerada por fake news, o governo federal anunciou, nesta quarta-feira (15), a revogação da norma da Receita Federal que previa o monitoramento de movimentações financeiras, incluindo transações via Pix, acima de R$ 5 mil por mês. A decisão foi confirmada pelo secretário da Receita Federal, Robison Barreirinhas, durante coletiva no Palácio do Planalto, ao lado dos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União).
“Quando você lida com mentiroso, você não sabe onde é que vai parar a imaginação dele. O que que ele vai dizer agora? Diziam que era quebra de sigilo. A mídia disse que não é. Dizia que era para uma eventual cobrança. A medida provisória está dizendo que não é. Aliás, o ministro que me antecedeu deu entrevista a favor desse tipo de imposto. Não é o caso desse governo. Eu nunca falei disso e jamais falarei porque eu não acredito nessa proposta. Não acredito que isso é uma boa ideia”, desabafou Haddad.
De acordo com o ministro, a revogação tem como objetivo evitar a propagação de informações falsas que distorcem a medida inicial, além de proteger o Pix de interpretações equivocadas.
Para reforçar a gratuidade e o sigilo do sistema de pagamentos, o governo editará uma medida provisória (MP). “A MP equipara o pagamento via Pix ao pagamento em dinheiro e proíbe a cobrança de tarifas diferenciadas entre eles”, afirmou.
Os boatos sobre uma suposta taxação do Pix ganharam força nas redes sociais, alimentados por declarações de políticos da oposição. Segundo Haddad, as fake news prejudicaram o debate público. “O estrago está feito por esses inescrupulosos, inclusive senadores e deputados federais agindo contra o Estado brasileiro. Mas vamos responsabilizá-los judicialmente”, declarou o ministro.
Além das fake news, golpistas se aproveitaram da situação para aplicar golpes contra usuários do Pix. Jorge Messias anunciou que a Advocacia-Geral da União (AGU) já notificou a Polícia Federal para investigar os crimes. “É um crime contra a economia popular, e os autores serão responsabilizados”, destacou.
Apesar da revogação, o governo reforçou a importância de continuar monitorando movimentações financeiras para combater crimes como lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. Segundo Haddad, o monitoramento de transações financeiras é prática comum desde 2001 e segue padrões internacionais.
“Se queremos combater o crime organizado, precisamos de inteligência e informações. As fintechs pediram para estar sob o guarda-chuva institucional da Receita e continuarão fornecendo os dados”, explicou o ministro.
Com a edição da MP, o governo espera garantir que o debate no Congresso Nacional ocorra de forma clara e sem interferências de desinformação. “Queremos um regramento que atenda ao país, não a interesses isolados. Isso precisa ser um projeto de Estado, não de governo”, concluiu Haddad.
O ex-presidente Jair Bolsonaro e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Foto: Antonio Augusto/Secom
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu para o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), vetar a viagem do ex-presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos para a posse de Donald Trump, presidente eleito do país. O órgão enviou uma manifestação ao magistrado nesta quarta (15).
Bolsonaro está com o passaporte retido desde fevereiro de 2024, quando foi alvo da Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, por envolvimento na trama golpista. Ele pediu a liberação do documento após receber um suposto convite para a posse de Trump, que ocorre na próxima segunda (20).
Paulo Gonet, procurador-geral da República, alega que o passaporte foi retido por “motivos de ordem pública” e que a viagem de Bolsonaro aos Estados Unidos não atende ao interesse público. Ele ainda diz que o ex-presidente quer participar da cerimônia para “satisfazer interesse privado”.
“O acolhimento do pedido, portanto, esbarra na falta de demonstração pelo requerente de que o interesse público que determinou a proibição da sua saída do país deva ceder, no caso, ao interesse privado do requerente de assistir, presencialmente, à posse do Presidente da República do país norte-americano”, escreveu Gonet.
O procurador ainda alega que não existe “necessidade básica, urgente e indeclinável” que justifique a liberação do documento e o fim da determinação para que o ex-presidente permaneça no Brasil.
Paulo Gonet e Alexandre de Moraes. Foto: Antonio Augusto/Secom
Ao pedir a devolução do passaporte, a defesa de Bolsonaro alegou que ele foi “honrado” com o convite para a posse de Trump e disse que o evento tem “magnitude histórica”. Moraes pediu a comprovação de que o ex-presidente foi chamado para o evento por meio de um documento “oficial”.
Ao pedir mais informações para a defesa do ex-presidente, Moraes solicitou o parecer da PGR. Agora caberá ao ministro decidir se libera ou não o passaporte de Bolsonaro.
A medida judicial foi necessária após o campo ser gradeado por um trator no último dia 23 de dezembro a mando de um suposto proprietário do terreno causando revolta de moradores.
A Prefeitura de Apucarana reconquistou nesta terça-feira (15/01) domínio sobre a área do campo de futebol do Distrito de Vila Reis. A reintegração de posse foi concedida em decisão do juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública de Apucarana, Rogério Tragibo de Campos, após ação impetrada pela Procuradoria-Geral do Município.
A medida judicial foi necessária após o campo ser gradeado por um trator no último dia 23 de dezembro a mando de um suposto proprietário do terreno, o que causou revolta por parte dos moradores. “Diante das provas apresentadas em juízo, o magistrado reconheceu que a municipalidade detém posse da área há mais de 40 anos, promovendo periodicamente manutenção do campo, que é de uso comunitário, por isso deferiu a tutela de urgência para determinar a imediata reintegração de posse em favor do Município”, esclareceu Dr. Rubens Henrique de França, procurador-geral da Prefeitura de Apucarana.
O vice-prefeito e secretário de Governo, Antônio Marques da Silva (Marcos da Vila Reis), que é morador da localidade, comentou a decisão da Justiça. Ele lembra que desde a década de 80, ainda criança, ajudou a plantar a grama no local que, ao longo das décadas, recebeu investimentos públicos e se tornou um espaço que recebe campeonatos e também é utilizado por alunos do distrito. “Não estamos comemorando nada, é uma reconquista para o distrito da Vila Reis. É um direito que a população da Vila Reis tem adquirido e que foi concedido pelo doutor Rogério Tragibo”, salientou o vice-prefeito.
A partir da reintegração, ele afirma que a administração municipal vai recuperar o local para que possa voltar a ser utilizado pela comunidade. “Agora vamos reconstruir tudo, honrando um compromisso do prefeito Rodolfo Mota, devolvendo esta histórica praça esportiva para a população de Vila Reis”, frisou, ressaltando que na ação o Município anexou entre as provas de posse, decretos constando doação da família à prefeitura.
José Rocha ainda alega que o presidente da Casa teria o ameaçado por telefone
Arthur Lira (Foto: Carlos Moura/SCO/STF)
O presidente da Comissão de Integração Nacional, José Rocha (União-BA), acusou ter sido impedido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), de cumprir uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a transparência nas emendas de comissão. A informação é da coluna de Natália Portinari, do Uol.
Em 3 de dezembro, o ministro Flávio Dino, da Corte, determinou a liberação das emendas com a condição de que houvesse transparência acerca do parlamentar responsável pelas indicações. Pouco tempo depois, no dia 12 do mesmo mês, Lira teria impedido as reuniões das comissões.
"Eu reuni a comissão para lavrar em ata (as indicações) e seguir a determinação do Flávio Dino. Quando eu fiz isso, o presidente da Casa suspendeu a reunião. Eu estava reunido, ele foi lá e baixou o ato suspendendo. Eu ia analisar e mandar ao ministério o que tinha esses requisitos exigidos pelo Dino, de transparência e rastreabilidade."
O desentendimento entre Rocha e Lira teria começado ainda em 2024, quando o presidente da Câmara supostamente exigiu que o parlamentar seguisse uma lista pré-definida por sua assessoria para as indicações que lhe cabiam. Segundo a Folha de S. Paulo, a assessora Mariângela Fialek, ligada à liderança do PP, enviou ao colegiado uma relação pronta indicando as prefeituras que seriam beneficiadas com obras e equipamentos por meio das emendas.
"Não me prestei a esse papel de ser carimbador. Tenho tudo isso documentado. Inclusive numa mensagem minha pra Tuca (Fialek), quando eu recebi as indicações, disse a ela para identificar quem são os autores das emendas. Aí eles não deram resposta. Como não deram resposta, eu deixei de mandar as listas pro ministério."
Rocha ainda acusa Lira de tê-lo ameaçado por telefone.
"Foi quando ele me ligou me ameaçando. Ele chegou para mim e disse que eu estava criando problema. Eu disse a ele que eu era presidente da comissão e que os deputados da comissão estavam querendo também fazer indicações das emendas que, oficialmente, pertenciam à comissão. Aí ele me disse que eu podia ser destituído da presidência da comissão por uma moção de desconfiança da minha bancada, do meu partido."
O conceito arquitetônico é um dos passos dentro dos estudos e anteprojeto de construção do terminal, realizados pela empresa Architectus S/S, contratada pela Amep após licitação realizada em julho de 2024. Agora, os trabalhos serão concentrados nos projetos estruturais, hidráulicos e elétricos, com conclusão prevista para maio.
Estado divulga conceito arquitetônico do Terminal Metropolitano de Londrina
Foto: AMEP
O Governo do Estado, por meio da Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep), concluiu nesta semana o conceito arquitetônico do Terminal Metropolitano de Londrina, no Norte do Estado. A estrutura, que terá 15 plataformas para ônibus e outras cinco áreas de espera, contará com espaços administrativos e de lazer, em um terreno de 12 mil metros quadrados em frente ao Terminal Urbano Central.
O conceito arquitetônico é um dos passos dentro dos estudos e anteprojeto de construção do terminal, realizados pela empresa Architectus S/S, contratada pela Amep após licitação realizada em julho de 2024. Agora, os trabalhos serão concentrados nos projetos estruturais, hidráulicos e elétricos, com conclusão prevista para maio.
“Nós estamos dentro do prazo e com a expectativa de que até o final do primeiro semestre a gente consiga realizar a licitação da obra, para na sequência darmos início aos trabalhos”, afirmou o diretor-presidente da Amep, Gilson Santos. “A expectativa é muito positiva para que a gente inicie essa obra tão esperada por Londrina e toda a região metropolitana”. A previsão é que o terminal seja entregue para a população em 2026.
Com estrutura prática e moderna, o espaço contará ainda com área administrativa, banheiros, lanchonetes (que devem atender o público interno e externo ao terminal), sala para motoristas, restaurante, quadra poliesportiva, playground, bicicletário, estacionamento, espaços arborizados e academia ao ar livre. Ao todo, serão cinco mil metros quadrados de área construída. O objetivo é que os espaços possam ser utilizados não só pelos passageiros, mas pela comunidade em geral.
“O Governo do Estado teve toda uma preocupação quando adquiriu o terreno para fazer o melhor uso possível dessa área. É um espaço importante, promovendo uma grande integração do transporte coletivo urbano e metropolitano, com serviços que poderão ser oferecidos para a comunidade, sejam da prefeitura ou do Estado, espaços de lazer, entre outros”, disse o diretor-presidente.
Santos também ressalta outro ganho com a construção do Terminal Metropolitano de Londrina. “Teremos um restaurante, tendo em vista que estamos falando de uma população que vem de outras cidades para Londrina e eventualmente precisa se alimentar, ou seja, é um ganho para toda a sociedade”, destacou. “Quanto mais ágil for esse deslocamento e esse tempo da pessoa no espaço, melhor é para o seu dia a dia, para a sua qualidade de vida”.
Além do conceito arquitetônico, a empresa responsável pelo anteprojeto também realiza estudos sobre a atualização das linhas a serem atendidas, horários e quantidade de passageiros, demanda de serviços, lojas e comércios que podem ser atendidos pelo terminal, prognóstico de demolição, terraplanagem, fundação, drenagem, estrutura, pavimentação, paisagismo e sinalização.
A escolha do terreno foi estratégica: em frente ao terminal urbano de Londrina. O objetivo é facilitar o dia a dia da população que utiliza o transporte coletivo, garantindo mais velocidade para aqueles que utilizam os dois sistemas (urbano e metropolitano) e também valorizando a região onde será instalado, na zona central da cidade.
☉ HISTÓRICO – A construção do Terminal Metropolitano de Londrina é uma demanda antiga da população, uma vez que o transporte entre as cidades do entorno é feito apenas por meio de pontos de ônibus, sem um local centralizado e apropriado. Diariamente, circulam em Londrina cerca de 50 mil pessoas residentes nos municípios vizinhos, como Cambé, Ibiporã, Rolândia e Jataizinho, e que se deslocam seja a trabalho, estudo ou lazer.
O terreno onde será edificado o terminal, sem uso há anos, teve seu processo de compra por parte do Governo do Estado finalizado em fevereiro de 2024 por R$ 19 milhões, após a área ser decretada como de utilidade pública. Desde então, a Amep trabalha para tirar a obra do papel, aguardada há anos pela população londrinense e de municípios da região.
☉ QUALIDADE DE VIDA – Facilitar a vida do cidadão com estruturas mais modernas não é o único objetivo do Governo do Estado com a construção dos novos terminais de ônibus. Pelo menos outras duas estruturas construídas pela Amep contam com áreas de lazer, fazendo com que o local integre a cidade não só no sentido do transporte, mas também nas relações entre as pessoas.
É o caso do Terminal de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), inaugurado em agosto de 2023. Quatro vezes maior que a estrutura antiga, o espaço conta com quadra poliesportiva, meia quadra esportiva, playground, bicicletários, academia ao ar livre e paisagismo com plantio de árvores ornamentais.
Também na RMC, o novo Terminal Metropolitano de São José dos Pinhais é outro que une a praticidade do dia a dia com estruturas de lazer para os usuários do sistema e moradores do entorno, podendo ser utilizado especialmente durante os finais de semana. Entre as instalações estão academia ao ar livre, área de recreação, parque infantil, bicicletário e estacionamento. Possui ainda uma Araucária Solar, que com placas fotovoltaicas e tomadas disponíveis a quem transita pela região e precisa carregar o celular ou outros equipamentos eletrônicos.
Além de melhorarem a estrutura dos municípios, os investimentos também ajudam a desenvolver a vocação local que a região tem para o turismo náutico e de natureza, com vários balneários de água doce e belezas naturais às margens dos rios.
Obra do mirante de Porto Camargo, em Icaraíma, recebeu R$ 5,1 milhões em investimentos (Foto: Ricardo Ribeiro/AEN)
Um pacote inédito de cerca de R$ 160 milhões em obras e projetos do Governo do Estado nos municípios às margens do Rio Paraná e Paranapanema, no Noroeste do Estado, está levando desenvolvimento e investimentos privados à região. Entre as mais de 40 obras em execução ou planejadas estão reformas de orlas, pavimentações de vias urbanas e estradas rurais que atendem diretamente às principais necessidades dos moradores da Costa Noroeste.
Além de melhorarem a estrutura dos municípios, os investimentos também ajudam a desenvolver a vocação local que a região tem para o turismo náutico e de natureza, com vários balneários de água doce e belezas naturais às margens dos rios.
Ao todo, são cerca de R$ 100 milhões em obras em execução, contratadas ou planejadas pela Secretaria de Cidades (Secid) para os municípios de Porto Rico, São Pedro do Paraná, Marilena, Querência do Norte, Icaraíma, Altônia, Alto Paraná, São Jorge do Patrocínio e Diamante do Norte, e outros R$ 60 milhões de uma pavimentação em Marilena pela Secretaria de Infraestrutura e Logística (Seil).
O convênio foi assinado no início deste ano, liberando o projeto para ser licitado nos próximos meses. Serão pavimentados 12 quilômetros que ligam a área do centro da cidade à região mais turística do município.
“Muitas pessoas já procuram a nossa região pelo potencial turístico e tenho certeza de que esta obra vai acelerar este movimento. Vai ser um marco para a cidade. A gente acredita em uma Marilena antes deste asfalto e outra muito diferente depois dele”, afirmou o prefeito de Marilena, Celinho da Mata.
A cidade também está com obras em execução de pavimentação de vias urbanas, construção de ciclovia e de um barracão por parte da Secid que totalizam outros R$ 6,1 milhões em investimentos do Estado no município.
Com os aportes, a cidade vive um boom de investimentos privados, especialmente de empreendimentos imobiliários, como condomínios residenciais, e nas áreas de alojamento e alimentação, como restaurantes e resorts. “Os investidores estão procurando a nossa região porque sabem do potencial dela e dos investimentos que estão qualificando a cidade”, disse o prefeito.
O principal deles é a revitalização da orla de acesso aos balneários de água doce, na Avenida Beira-Rio. A obra, que está com 87% de execução, mudou a cara de um dos pontos mais frequentados pelos turistas que visitam a região, privilegiando a circulação de pessoas e as atividades de lazer. O investimento total é de R$ 6,3 milhões.
"Quem vê Porto Rico, não reconhece a cidade que era há dez anos. Muita coisa mudou e segue mudando, com um olhar atento do Governo do Estado para a nossa região”, disse o prefeito de Porto Rico, Valtinho do Beira Rio.
Recentemente, um investimento feito via Secretaria de Cidades pavimentou seis ruas da área urbana da cidade, com aporte de R$ 880 mil. Ainda em execução estão outros investimentos de R$ 4,9 milhões em pavimentações, urbanização e construção de calçamento, em fases de execução que variam de 3% a 57%, dependendo da reforma.
☉ SÃO PEDRO DO PARANÁ – Outra cidade que atrai muitos visitantes e que tem se desenvolvido muito ao longo dos últimos anos é São Pedro do Paraná. Recentemente, já foi entregue a obra da nova rampa náutica na área do Porto São José, com investimento de R$ 2,5 milhões.
O empreendimento atende aos moradores e visitantes que querem visitar as belezas do rio ou curtir as prainhas de água doce em ilhas próximas. “Era uma obra esperada há décadas por todos em São Pedro do Paraná. Ela ampliou o espaço físico para a saída das embarcações, aumentando a nossa capacidade de atender aos turistas”, afirmou o secretário de Esportes e subsecretário de Turismo do município, Jamil Kassam.
Na mesma região da cidade, ainda está sendo executada uma obra de pavimentação de 14 trechos de ruas próximas à orla. O investimento total é de R$ 3,1 milhões, dos quais 28% foram executados até o momento. Na área urbana, uma obra de pavimentação está quase pronta, com 90% do investimento de R$ 246 mil executado. O município ainda está recebendo aportes para a construção de uma escola, no valor de R$ 2,4 milhões, com 74% da obra avançada.
Entre outros projetos contratados, autorizados para licitação ou planejados, estão R$ 7,1 milhões em investimentos em drenagens urbanas, estradas rurais e obras em praças.
☉ ICARAÍMA – Outro ponto de embarque importante da Costa Noroeste é Porto Camargo, no município de Icaraíma. Do local, vários turistas e visitantes partem para conhecer ilhas da região ou praticar esportes aquáticos nas águas do Rio Paraná. O local está sendo reformado, onde está sendo construído um mirante turístico. A obra recebeu R$ 5,1 milhões em aportes da Secid e está 72% concluída.
O investimento engloba também a revitalização da orla, com obras de qualificação de calçamento, estacionamento, paisagismo, construção de mirante em concreto armado, píeres para acesso de embarcações e infraestrutura elétrica e de drenagem.
A parte urbana da cidade ainda está com uma grande obra de pavimentação de vias urbanas, no valor de R$ 7 milhões, além de ter outros dois aportes que, somados, representarão investimentos de R$ 18,9 milhões em asfaltamento urbano.
☉ DESENVOLVIMENTO REGIONAL – A região ainda tem outras 16 obras em execução nos municípios de Diamante do Norte, Querência do Norte, São Jorge do Patrocínio, Altônia e Alto Paraíso, que somam aportes de R$ 25,4 milhões. São obras de pavimentação de ruas, reformas de praças e construções de equipamentos urbanos que visam dar mais estrutura aos municípios.
Todas elas têm como objetivo induzir o desenvolvimento regional nos municípios, como aconteceu com a finalização da pavimentação da estrada que dá acesso ao balneário Vila Yara, em Altônia. Finalizada no final de 2024, a obra melhorou o acesso de 13,6 quilômetros à orla do rio, além de facilitar a ligação ao Parque Nacional de Ilha Grande e à Lagoa Xambrê. Foram investidos R$ 13,7 milhões na obra.
Além disso, outros sete projetos, que totalizam R$ 10,5 milhões em investimentos, estão em fase de contratação, licitação ou em cronograma nas cidades da região.