domingo, 29 de dezembro de 2024

Dino libera parte de emendas bloqueadas, mas mantém investigação da PF


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino – Foto: Gustavo Moreno

Por Wellton Máximo, em Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino liberou parte dos R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão bloqueados desde a semana passada. Em nova decisão, o ministro liberou o pagamento de recursos empenhados (autorizados) até 23 de dezembro, data em que Dino suspendeu a liberação das emendas de comissão.

No texto, Dino determinou a liberação para não causar mais transtornos a entes públicos, empresas e trabalhadores que esperavam os recursos das emendas autorizadas antes do bloqueio. O ministro também reafirmou a importância da investigação da Polícia Federal em curso para apurar enventuais irregularidades no manejo do dinheiro público. O inquérito da PF foi mantido.

“A fim de evitar insegurança jurídica para terceiros (entes da Federação, empresas, trabalhadores), fica excepcionalmente admitida a continuidade da execução do que já foi empenhado como ‘emenda de comissão’ até o dia 23 de dezembro de 2024, salvo outra ilegalidade identificada em cada caso concreto”, escreveu o ministro.

Apesar da liberação, Dino citou “nulidade insanável” no ofício encaminhado pelo Congresso Nacional ao Palácio do Planalto que indicou as emendas de comissão sem avaliação das comissões temáticas do Parlamento. Isso porque, pelas regras atuais, as emendas de comissão precisam ser aprovadas pelas comissões temáticas correspondentes, com a aprovação registrada em ata.

“Fica evidente a nulidade insanável que marca o ofício [encaminhado pelo Congresso ao Executivo]. Os seus motivos determinantes são falsos, o caráter nacional das indicações das emendas – exigido pela Resolução nº. 001/2006, do Congresso Nacional – não foi aferido pela instância competente (as Comissões) e o procedimento adotado não atende às normas de regência”, destacou o magistrado.

◉ Saúde

Em relação às emendas para a saúde, Dino autorizou, até 10 de janeiro, a movimentação dos recursos de emendas já depositados nos Fundos de Saúde, independentemente das contas específicas. A partir de 11 de janeiro, no entanto, não poderá haver nenhuma movimentação a não ser a partir das contas específicas para cada emenda parlamentar, conforme anteriormente deliberado pelo Supremo.

Dino também autorizou o empenho imediato, até 31 de dezembro, das emendas impositivas – que excluem as emendas de comissão – para a saúde, mesmo que não haja contas específicas. No entanto, o ministro reiterou que as contas específicas serão exigidas para as fases seguintes de execução das emendas impositivas: a liberação, quando o governo verifica se o serviço foi executado, e o pagamento.

Em agosto, Dino determinou, por sugestão do Tribunal de Contas da União (TCU), a abertura de contas específicas para facilitar a rastreabilidade das emendas de saúde. A medida impede que os recursos dessas emendas fiquem misturados com o orçamento de cada município. Na última sexta-feira (27), Dino deu dez dias para a Advocacia-Geral da União (AGU) esclarecer o rito sobre as emendas para a saúde.

◉ Entenda

Em dezembro de 2022, o STF entendeu que as emendas chamadas de RP8 e RP9 eram inconstitucionais. Após a decisão, o Congresso Nacional aprovou uma resolução que mudou as regras de distribuição de recursos por emendas de relator para cumprir a determinação da Corte.

No entanto, o PSOL, partido que entrou com a ação contra as emendas, apontou que a decisão continuava em descumprimento.

Após a aposentadoria da ministra Rosa Weber, relatora original da questão, Flávio Dino assumiu a condução do caso.
A ministra aposentada do STF, Rosa Weber. Foto: Reprodução
Em agosto deste ano, Dino determinou a suspensão das emendas e decidiu que os repasses devem seguir critérios de rastreabilidade. O ministro também determinou que a Controladoria-Geral da União (CGU) auditasse os repasses dos parlamentares por meio das emendas do orçamento secreto.

Fonte: DCM com Agência Brasil

Réveillon de Copacabana terá maior palco da história, com altura equivalente a prédio de 8 andares

Estrutura de 25 metros terá LED e artistas como Caetano, Maria Bethânia, Anitta e Ivete Sangalo


O palco principal do Réveillon de Copacabana deste ano será o maior já construído para o evento, com impressionantes 25 metros de altura, equivalente a um prédio de oito andares, e 1.700 metros quadrados de área. Assinado pelo cenógrafo Abel Gomes, responsável pela abertura das Olimpíadas do Rio, o espaço contará com tecnologia avançada em painéis de LED e mais torres de som para minimizar o delay.

Localizado em frente ao Copacabana Palace, o palco receberá grandes nomes da música brasileira, como Maria Bethânia, Caetano Veloso, Anitta, Ivete Sangalo e Xand Avião. Outras inovações incluem o retorno do terceiro palco, na divisa com o Leme, que abrigará artistas da música gospel pela primeira vez, como Thalles Roberto e Midian Lima.

Na altura da Rua República do Peru, o Palco Samba terá um design inédito com formato de pandeiro, homenageando o ritmo carioca. Estrelas como Pretinho da Serrinha, Dudu Nobre e Marcelo D2 estão confirmadas, além de convidados como Roberta Sá e Leci Brandão.

A festa espera superar o público de 2,8 milhões de pessoas, com um show de 12 minutos de fogos lançados de dez balsas. A Prefeitura prevê uma celebração segura, com 17 pontos de revista e tecnologia de reconhecimento facial controlados pela Polícia Militar.

Fonte: Agenda do Poder com informações do jornal O Globo

Autoridades confirmam 2 sobreviventes após acidente aéreo na Coreia do Sul

 

Boeing 737-800 da Jeju Air após acidente no Aeroporto Internacional de Muan, na Coreia do Sul. Reprodução

Duas pessoas foram resgatadas com vida após um avião sair da pista e explodir na Coreia do Sul. O acidente ocorreu na manhã de domingo (29), pelo horário local, equivalente à noite de sábado (28) no Brasil. Até a última atualização, 177 mortes haviam sido confirmadas.

Os sobreviventes são um homem e uma mulher, ambos tripulantes da aeronave. Segundo autoridades de saúde, ambos estão conscientes e não correm risco de vida.

De acordo com a mídia local, o avião transportava 175 passageiros e seis tripulantes. Entre os passageiros, 172 eram sul-coreanos e dois, tailandeses.

A aeronave envolvida no acidente era um Boeing 737-800 da companhia Jeju Air. O voo partiu de Bangkok, na Tailândia, com destino a Muan, no sul da Coreia do Sul.

Segundo a agência Yonhap, o acidente pode ter sido causado por uma falha no trem de pouso, possivelmente devido a uma colisão com pássaros.

Imagens divulgadas pela emissora MBC mostram o avião enfrentando problemas no trem de pouso ao tentar aterrissar. Em seguida, ele colide com um muro e explode.

A mídia local informou que cerca de 80 bombeiros foram mobilizados para o local. Helicópteros, ambulâncias e veículos de combate a incêndio também foram acionados para a operação.

O gabinete presidencial da Coreia do Sul realizou uma reunião de emergência para tratar do ocorrido. As causas do acidente estão sendo investigadas.

Fonte: DCM

VÍDEO: Influenciador causa confusão após jogar bebida na plateia durante show

Momento em que Boca de 09 arremessa copo de bebida em direção ao público durante festa em Florianópolis, Santa Catarina – Foto: Reprodução
No sábado (28), o influencer Boca de 09 se envolveu em uma briga generalizada durante um evento em Florianópolis enquanto a música “Banho de Chuva” tocava.

Em imagens que circulam nas redes é possível ver o momento em que Boca arremessa copos com bebida em direção ao público na pista. Após o segundo arremesso, dois homens se aproximaram para questioná-lo, iniciando a confusão.

Um acompanhante do jovem interveio para defendê-lo, intensificando a briga. Vídeos do ocorrido circulam nas redes sociais, com internautas criticando a atitude do influenciador. “Influencer em sua maioria querem um motivo para viralizar, não importa se precisar irritar outras pessoas”, escreveu um internauta. Até o momento, Boca de 09 não se pronunciou sobre o episódio.

Fonte: DCM

Justiça dá 48 horas para Nunes explicar aumento de tarifa de ônibus em SP

Passageiros embarcam em ônibus em ponto lotado na Luz, no Centro de São Paulo: Justiça dá 48 horas para Prefeitura de SP explicar aumento de tarifa — Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou que a Prefeitura da capital, sob comando de Ricardo Nunes (MDB) apresente, em até 48 horas, explicações detalhadas sobre a decisão de aumentar a tarifa do transporte coletivo por ônibus para R$ 5, com início previsto para janeiro. A determinação foi divulgada neste sábado (28).

Na última quinta-feira (26), a Prefeitura havia anunciado que a tarifa atual de R$ 4,40 seria reajustada para R$ 5 a partir de 6 de janeiro, representando um aumento de 13,6%. Segundo a gestão municipal, o novo valor ainda estaria abaixo da inflação acumulada de 32% desde a última alteração tarifária, ocorrida em janeiro de 2020.

A decisão do TJ-SP veio após uma ação popular movida por parlamentares do PSOL, incluindo a deputada federal Luciene Cavalcante, o deputado estadual Carlos Giannazi e o vereador Celso Giannazi. Eles alegaram que a reunião do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT), que definiu o aumento, ocorreu “sem convocação prévia” e sem “participação popular”.

Ricardo Nunes é reeleito prefeito de São Paulo
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB): O reajuste de 13,6% foi anunciado na quinta-feira (26). Foto: reprodução
Embora a suspensão do reajuste tenha sido negada, o juiz Bruno Luiz Cassiolato exigiu que a Prefeitura apresente os estudos técnicos que embasaram a decisão. Ele também destacou a importância de transparência no processo e de que a reunião tenha seguido as normas legais para garantir segurança e a participação da população.

“A despeito da realização do estudo técnico, a reunião na qual ele foi elaborado e sustentado deve ser realizada de acordo com as determinações legais que a ela possam conferir transparência, segurança e participação popular”, afirmou o magistrado na decisão.

O novo valor da tarifa foi apresentado pela SPTrans, empresa responsável pelo transporte público municipal, durante a reunião do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT), realizada na última quinta-feira (26).

Na reunião, outros valores também foram cogitados, incluindo um reajuste de 18%, que elevaria a tarifa para R$ 5,20. Segundo a SPTrans, a tarifa de R$ 5,00, definida pela Prefeitura de São Paulo, foi o menor valor entre todas as opções apresentadas ao Conselho.

Fonte: DCM

VÍDEO: Cappelli detona matéria da Folha com fake news sobre estatais sob Lula

O presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, Ricardo Cappelli: ele desmentiu uma matéria da Folha. Foto: reprodução

O presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, Ricardo Cappelli, foi às redes sociais neste sábado (28) para desmentir, em tom de deboche, uma matéria da Folha de S. Paulo e apontar uma contradição do jornal.

Na sexta-feira (27), a Folha publicou uma matéria afirmando que, segundo dados do Banco Central (BC), as estatais federais acumularam um prejuízo de R$ 5,1 bilhões de 2023 até outubro deste ano, durante o governo Lula. No entanto, em editorial deste sábado (28), o mesmo jornal alegou que o fechamento das contas da gestão petista foi possível graças aos lucros das estatais, o que Cappelli chamou de incoerência.

“Ontem a Folha de S. Paulo publicou uma matéria dizendo que as estatais brasileiras […] são na prática um desastre e que elas deram um prejuízo de R$ 5,1 bilhões nos últimos 12 meses e hoje, em editorial, a mesma Folha diz que o governo só está fechando as contas deste ano porque está recebendo lucro das estatais. O governo recebeu R$ 50,5 bilhões de lucro das estatais”, afirmou Cappelli. “É prejuízo ou é lucro? A dona Folha precisa decidir.”
Ele aproveitou para reforçar o cenário econômico do país: “A verdade, pessoal, é que o Brasil está no rumo certo. 6,1% de desemprego, o menor da história. A inflação, que eles diziam que ia explodir, está fechando como a menor dos últimos quatro anos. As vendas do Natal cresceram mais de 12%. Está tudo resolvido? Claro que não. Tem muito trabalho para ser feito, mas o Brasil está no rumo certo.”

“É mentira da Folha a matéria ‘Sob Lula 3, déficit de estatais atinge recorde de 15 anos’”, escreveu Gleisi no X (antigo Twitter). A deputada destacou que as 44 estatais federais registraram um lucro de R$ 197,9 bilhões em 2023, apontando que a análise do jornal excluiu grandes empresas como Petrobras, Eletrobras, Banco do Brasil, Caixa e BNDES. Segundo ela, o déficit mencionado reflete investimentos sociais e econômicos realizados por essas empresas.

Gleisi ainda acusou o jornal de ter intenções privatistas: “A má fé privatista da Folha consegue a proeza de, na mesma edição, publicar editorial destacando a contribuição dos dividendos das estatais para as contas públicas do país, mas não consegue esconder que deseja mesmo é que todas sejam vendidas na bacia das almas, como fizeram com o controle da Eletrobras e boa parte da Petrobras nos governos do golpe e de Bolsonaro.”

Fonte: DCM

Nos EUA, aliado de Bolsonaro diz que ex-presidente será preso e Trump não fará nada: “Não é fim do mundo”


O golpista Paulo Figueiredo, foragido nos EUA: “Bolsonaro será preso”

O economista Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, ex-Jovem Pan, garante que Bolsonaro, seu ídolo Jair Bolsonaro será preso.

Paulo foi indiciado pela Polícia Federal no âmbito do inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado no Brasil após as eleições presidenciais de 2022.

Ele é neto de João Batista Figueiredo, último general da ditadura militar no país. Em seu canal no YouTube, confessa que “Alexandre de Moraes é um adversário formidável” e sabe “cozinhar o caranguejo”.

Foragido nos Estados Unidos, ele admite que “é difícil articular” uma resistência por lá. “O grau de urgência que a gente tem é diferente do grau de urgência que os outros têm”, afirma.

“Tem gente que diz: ‘O Trump se elegeu. Agora tá tudo resolvido’. Não, meu filho. O presidente dos Estados Unidos é o cara mais inacessível do mundo”.

Ele prossegue: “Eu temo que o presidente Bolsonaro seja preso. Tudo indica que esse é o caminho a ser seguido. Se for preso, não é o fim do mundo. O Lula ficou um tempão preso. Arrumou até namorada. Meu bisavô, general Euclydes [Figuereido], foi preso. Grandes homens foram presos: o Lula, o Mandela… Segura firme e vai em frente“.

Segundo Figueiredo, “talvez Bolsonaro seja preso num quartel, numa sede da Polícia Federal. Não tem saída. Claro que o Bolsonaro ser preso, é horrível. Mas, se for, qual a alternativa? Não tem como desistir”.

Veja abaixo, a partir do minuto 39:

Fonte: DCM

Ibaneis vê Bolsonaro enfraquecido e diz que candidato da direita ainda não surgiu

Governador do Distrito Federal avalia que ainda não há um nome viável no campo conservador para 2026

Ibaneis Rocha (Foto: RENATO ALVES, Agência Brasília)

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), concedeu uma entrevista ao GLOBO em que analisou o cenário político brasileiro, a possível sucessão de Jair Bolsonaro no espectro de direita e os reflexos do 8 de Janeiro. Ao avaliar o enfraquecimento de Bolsonaro, Ibaneis reconhece que o ex-presidente ainda exerce influência, mas vê o surgimento de lideranças como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), que cada vez mais se posicionam de forma independente. Mesmo assim, para o chefe do Executivo do DF, “esse nome ainda não surgiu” e será fundamental a união do campo conservador para ter êxito em 2026.

“A turma vai até a beira do abismo, mas ninguém vai pular, né?”
— Ibaneis Rocha, em referência ao risco de crises ao redor de Bolsonaro

◉ “Impeachment de ministro do STF? Não acredito”

Na entrevista, Ibaneis deixou claro que, se eleito ao Senado em 2026, não pretende aderir a pautas radicais do bolsonarismo. Ele discorda, por exemplo, da ideia de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Não acredito em impeachment de membro do Supremo Tribunal Federal. Se for esse o projeto, é meio falido.”
— Ibaneis Rocha

O governador também fez ressalvas em relação à anistia dos presos pelo ataque de 8 de Janeiro, considerando a proposta “inconstitucional”. No máximo, argumenta que o Legislativo poderia estudar alguma forma de redução de penas, embora ele não veja tentativa de “golpe” nos manifestantes que depredaram a Esplanada.

◉ Críticas ao Planalto: “Terceiro mandato preguiçoso”

Ibaneis aponta que Lula, nesta nova passagem pelo Palácio do Planalto, tem se mostrado distante da classe política. Ele afirma ainda que, para preservar sua biografia, Lula deveria repensar a disputa eleitoral em 2026. Ibaneis avalia que o petista “não se relaciona como antigamente” e que o Planalto sofre com a falta de grandes lideranças capazes de articular no Congresso.

Para além de Bolsonaro, Ibaneis acredita que o partido dele, o MDB, pode vir a dialogar com setores alinhados a nomes de centro-direita, a exemplo de Tarcísio de Freitas. No entanto, enfatiza que sua legenda não caminhará com extremistas. Ele ressalta que, em São Paulo, o MDB já mostra proximidade com o governo paulista ao apoiar Ricardo Nunes, prefeito da capital.

◉  O 8 de Janeiro dois anos depois

Passados dois anos dos atos de vandalismo em Brasília, o governador reconhece que houve falhas de segurança, mas divide a responsabilidade com instituições federais, alegando que “Polícia Federal não detectou, Polícia Rodoviária não detectou”. Ele criou uma delegacia de atos extremistas no DF, pois entende ser essencial reforçar a segurança para evitar novos episódios de violência política.

“Os policiais estavam sem vontade de parar aquele pessoal do 8 de Janeiro. Mas se houve erro, foi de todo mundo também e não só daqui.”
— Ibaneis Rocha

◉  Benefícios para ex-governadores

Por fim, Ibaneis defendeu o projeto que concede a ex-governadores o direito de contar com quatro servidores e um carro oficial após o término do mandato. Ele argumenta que a medida não exigirá novos recursos e se justifica pelo risco de segurança enfrentado por ex-gestores, especialmente em Brasília.

“O pessoal da Casa Militar já tem todo o preparo, tem pessoal. O que não dá é você ficar combatendo crime, grilagem, sair do governo e ficar exposto.”
— Ibaneis Rocha

Fonte: Brasil 247

Maduro elogia trabalho das Forças Armadas Bolivarianas na defesa da Venezuela

O chefe de Estado afirmou que as Forças Armadas Nacionais contribuíram para enfrentar e derrubar a conspiração do imperialismo

Maduro elogia papel das Forças Armadas Bolivarianas (Foto: Prensa Latina )

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, destacou neste sábado (28) as ações realizadas pelas Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) na defesa da soberania nacional e da paz no ano que termina. Durante cerimônia militar, o chefe de Estado elogiou a realização de 33 operações estratégicas e mais de uma centena de destacamentos táticos em todo o território nacional, informa a Prensa Latina.

Indicou que durante o período as Unidades de Reacção Rápida foram ampliadas numa fusão popular militar-policial, bem como foram neutralizadas cinco conspirações golpistas que procuravam desestabilizar o país.

Da mesma forma, mais de 380 mil militares e órgãos de segurança foram acionados como parte do Plano República para garantir a tranquilidade dos cidadãos durante as eleições presidenciais de 28 de julho.

Maduro reafirmou que também os mais de 4,5 milhões de membros da Milícia Nacional Bolivariana ratificaram a sua lealdade absoluta à defesa e proteção integral dos espaços territoriais nacionais.

A FANB contribuiu também com as Brigadas Militares Comunitárias de Educação e Saúde para a recuperação integral de escolas e centros de saúde, notou.

O presidente venezuelano sublinhou que as Forças Armadas Nacionais contribuíram mais uma vez para enfrentar e derrubar a perfídia, a conspiração e o imperialismo, que não cessam nos seus esforços para derrotar a Revolução.

Aludiu ao trabalho dos militares no confronto diário entre gangues armadas, o narcotráfico colombiano e grupos criminosos, que, segundo ele, são instrumentos imperiais financiados pelo império e pelos fascistas.

Maduro demonstrou otimismo: “2025 está à frente e o que vem é mais pátria, mais independência e mais Revolução”, reafirmou.

Fonte: Brasil 247

Durante o ano, 20 milhões de brasileiros a mais viajaram pelo país

Governo teve êxito na inclusão de mais brasileiros no transporte aéreo

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião com o Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa, no Palácio do Planalto (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O Brasil fecha o ano de 2024 com um crescimento de 20 milhões no número de bilhetes aéreos emitidos por brasileiros. Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa, em entrevista ao programa A Voz do Brasil, na sexta-feira (27), em dois anos de governo, o número de passagens subiu de 98 milhões para quase 120 milhões de viagens em território nacional. “Isso significa mais desenvolvimento, mais crescimento econômico e, sobretudo, um crescimento forte na indústria do turismo do país”, destacou o ministro.

Desse total, 20 mil passageiros chegaram através do programa Voa Brasil, lançado em julho deste ano. A iniciativa beneficia aposentados do INSS com passagens de até R$ 200 o trecho.

“É a primeira vez que se tem um programa social de inclusão, sobretudo para os idosos no país. Então, hoje a gente está vendo a possibilidade de muitas famílias, muitos avós reencontrarem seus netos, muitos avós aposentados podendo viajar pelo Brasil, muitos casais viajando para o Nordeste, para o Norte, para o Sul. Então hoje é um programa exitoso e mais do que isso, sem nenhum real de recursos públicos”, pontuou Silvio Costa.

Durante a entrevista, o ministro anunciou a ampliação da comunicação do programa para que ele alcance ainda mais aposentados e, para 2025, a expectativa é atender também estudantes de baixa renda, atendidos pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Ele observa que mais de dois terços do público alvo (68% dos aposentados do INSS), não conhecem ainda o programa.

Cada aposentado do INSS pode adquirir até dois trechos por ano no site gov.br/voabrasil.

Mais aeroportos

Em 2024, o governo também focou suas ações na requalificação de aeroportos regionais pelo país. Durante a entrevista, Silvio Costa falou sobre os novos aeroportos inaugurados pelo Brasil, além dos que ainda estão por vir. “O presidente Lula nesses próximos doze meses vai fazer a maior entrega aeroportuária dos últimos dez anos. Nós estamos entregando entre aeroportos novos e requalificados, mais de 30 aeroportos no Brasil. Isso significa investimento de quase R$ 3 bilhões que foram investidos para melhorar a estrutura aeroportuária do Brasil”, declarou.

“Nós inauguramos o aeroporto de Porto Velho, inauguramos o aeroporto de Boa Vista, inauguramos o aeroporto de Goiânia, fomos ao aeroporto de Natal, entre outros aeroportos que a gente tem trabalhado para poder fazer as entregas por todo o país. E, além disso, tivemos a oportunidade de também fazer anúncios de novos investimentos. O governo vai investir nesses próximos três anos, o equivalente a mais de 25 novos aeroportos já com obra em andamento. A exemplo do aeroporto de Congonhas, que serão investimentos na ordem de R$ 2,6 bilhões que vai mudar completamente a realidade do aeroporto de Congonhas, que hoje é o coração do Brasil”, completou o ministro.

Fonte: Brasil 247

Boeing 737-800, que explodiu na Coreia do Sul, representa 15% da frota mundial de aviões comerciais

"O avião em questão é muito seguro e possui um bom histórico de segurança", garante Najmedin Meshkati, professor da Universidade do Sul da Califórnia



 Um trágico acidente envolvendo um Boeing 737-800 da Jeju Air abalou a Coreia do Sul neste domingo (29). A aeronave, que transportava 181 pessoas, explodiu após sair da pista e colidir com um muro no Aeroporto Internacional de Muan, resultando em pelo menos 176 mortes. Segundo o The New York Times, em reportagem repercutida pelo jornal O Globo, este modelo de aeronave representa cerca de 15% da frota global de aviões comerciais, com 4,4 mil unidades em operação mundialmente, com base em levantamento da Cirium, provedora de dados de aviação.

O 737-800 é amplamente utilizado em rotas na Ásia, Europa e América do Norte, sendo operado por quase 200 companhias aéreas, incluindo a Jeju Air, T’way Air, Jin Air, Eastar Jet e Korean Air na Coreia do Sul. Esse modelo faz parte da linha Next-Generation da Boeing, que precede o 737 Max, conhecido por seus acidentes fatais em 2018 e 2019. "O avião em questão é muito seguro e possui um bom histórico de segurança", afirmou Najmedin Meshkati, professor de engenharia da Universidade do Sul da Califórnia, especialista em segurança da linha 737.

◉ Aeronave de 15 anos e histórico de manutenção - De acordo com o site Flightradar24, o Boeing 737-800 envolvido no acidente tinha 15 anos de uso e era originalmente operado pela Ryanair, na Europa, antes de ser arrendado para a Jeju Air em 2017 pela SMBC Aviation Capital. Especialistas ressaltam que aviões bem mantidos podem operar com segurança por até 30 anos. No entanto, Meshkati enfatizou que "a manutenção é realmente uma das causas mais importantes de acidentes na aviação".

A possibilidade de uma falha no trem de pouso foi apontada como uma das causas em análise. Investigadores também consideram a hipótese de colisão com pássaros, um risco conhecido na aviação. O Aeroporto de Muan utiliza métodos como reprodução de sons de socorro e até o abate de pássaros para minimizar esses eventos, conforme informações do Escritório Coreano de Aviação Civil.

◉ Investigação e apoio da Boeing - A Boeing declarou que está colaborando com a Jeju Air e as autoridades locais para entender o que levou ao desastre. Colisões com pássaros, embora comuns, raramente resultam em acidentes fatais, mas podem causar danos significativos, como trincas em para-brisas ou falhas mecânicas críticas.

Especialistas alertam que acidentes dessa magnitude raramente têm uma única causa. Meshkati reiterou que investigações detalhadas podem levar anos para identificar todos os fatores envolvidos, destacando a importância de evitar conclusões precipitadas.

◉ Contexto global do modelo 737-800 - Desde 1998, cerca de 5 mil unidades do Boeing 737-800 foram entregues a operadores globais. Apesar de seu histórico de segurança amplamente positivo, o acidente na Coreia do Sul reacende debates sobre manutenção adequada e os desafios enfrentados por companhias aéreas que utilizam frotas mais antigas.

A tragédia em Muan ressalta a necessidade contínua de monitoramento rigoroso e manutenção preventiva na aviação comercial. A comunidade global aguarda respostas detalhadas que possam evitar novas perdas humanas e garantir a confiança nos céus.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Alcolumbre e Hugo Motta avançam no controle do Senado e da Câmara antes mesmo das eleições

Partidos já negociam cargos nas Mesas Diretoras e em comissões, enquanto disputa pela relatoria do Orçamento de 2025 gera impasse

Hugo Motta (Foto: Mário Agra / Câmara)

Com as eleições para a presidência da Câmara e do Senado se aproximando, os favoritos para assumir o comando das Casas, Davi Alcolumbre (União-AP) e Hugo Motta (Republicanos-PB), avançam em acordos para definição de cargos estratégicos. Segundo o jornal O Globo, as articulações envolvem promessas de posições nas Mesas Diretoras e em comissões.

Na Câmara, Hugo Motta já indicou que o PL, partido de Jair Bolsonaro, deverá ocupar a primeira vice-presidência, com Altineu Côrtes (PL-RJ) como o nome mais cotado. O PT, em contrapartida, ficará com a primeira-secretaria, com a provável indicação de Carlos Veras (PT-PE). O PP e o União Brasil devem ocupar, respectivamente, a segunda-vice e a segunda-secretaria.

Entretanto, o cenário está longe de ser pacífico. A relatoria da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025 tornou-se motivo de disputa entre o União Brasil e o MDB. Apesar de o União Brasil ter vantagem numérica na Câmara, o MDB argumenta que entrou antes que o União Brasil na aliança pela eleição de Motta.

No Senado, Davi Alcolumbre articula apoios com uma configuração que inclui Eduardo Gomes (PL-TO) como primeiro vice-presidente, Humberto Costa (PT-PE) na segunda-vice, e Daniela Ribeiro (PSD-PB) na primeira-secretaria. No entanto, a composição das comissões ainda gera divergências. O PL pressiona pela indicação de Marcos Rogério (RO) para a presidência da Comissão de Infraestrutura, enquanto a Comissão de Relações Exteriores (CRE), outra área de destaque, é reivindicada tanto pelo PT quanto por partidos de oposição.

O papel das comissões e a disputa pela relatoria do Orçamento - As comissões são espaços cruciais para os partidos exercerem influência nas pautas legislativas e no controle de decisões estratégicas. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), por exemplo, ficará sob o comando do senador Otto Alencar (PSD-BA), enquanto a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) deve ser presidida por Renan Calheiros (MDB-AL), ambos aliados da base governista.

Já a relatoria da LOA, central para definir a alocação de recursos públicos, segue como principal foco de disputa. Embora a atribuição seja definida em rodízio — com a Câmara assumindo a relatoria em 2025 e o Senado ficando com a presidência da Comissão Mista de Orçamento (CMO) —, o debate sobre quem ficará à frente reforça a tensão entre União Brasil e MDB.

Base e oposição: estratégias de sobrevivência política - A base governista garantiu maioria nos postos-chave das comissões, mas a oposição também se movimenta para assegurar protagonismo em áreas relevantes. O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), justificou o apoio a Alcolumbre como uma escolha estratégica para manter espaços importantes na Casa. "Nós entendemos que estrategicamente é importante, para que haja respeito à proporcionalidade e à ocupação das comissões permanentes, que vão nos permitir trabalhar pautas importantes".

As negociações demonstram que, enquanto os futuros presidentes das Casas ainda não assumiram seus postos oficialmente, os acordos já pavimentam os próximos dois anos do Congresso Nacional, com implicações diretas na aprovação de políticas e projetos do governo federal.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Governo busca soluções para cumprir piso da saúde após decisão de Dino sobre emendas

Suspensão de R$ 4,2 bilhões em emendas obriga Executivo a buscar alternativas para cumprir o piso constitucional da saúde
Fachada do Ministério da Saúde (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

A recente decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspender o pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão provocou uma movimentação intensa no governo Lula (PT). A medida afeta diretamente os planos do Executivo de cumprir o piso constitucional da saúde, conforme apurado pela Folha de S. Paulo

O governo contava com parte desses recursos para atender à exigência constitucional de destinação mínima de verbas para a saúde. Agora, enfrenta o desafio de equilibrar o orçamento em meio a uma complexa disputa política e judicial. Dino determinou não apenas a suspensão das emendas, mas também a abertura de um inquérito pela Polícia Federal para apurar irregularidades no processo de liberação dos recursos, o que inclui a oitiva de deputados que denunciaram problemas na indicação dessas verbas.

◉ Dificuldades e alternativas em análise - Além de lidar com a suspensão, o Ministério da Saúde enfrenta problemas operacionais. A decisão do STF exige que os recursos sejam direcionados para contas bancárias específicas e individualizadas, dificultando a execução dentro do prazo estipulado. Sem essas emendas, integrantes do governo admitem que será necessário remanejar verbas de outras pastas ou recorrer a medidas extraordinárias, como a edição de uma portaria ou de uma medida provisória de crédito.

O Ministério do Planejamento avalia, por exemplo, a possibilidade de redistribuir recursos de outros ministérios para a saúde, mas a medida não é simples. Qualquer solução precisa respeitar as exigências de transparência e rastreabilidade impostas pelo STF, além de evitar o agravamento da crise entre os Poderes.

◉ Resposta do Legislativo e tensões entre Poderes - A suspensão das emendas gerou reação imediata no Congresso. A advocacia da Câmara dos Deputados solicitou o desbloqueio da verba, argumentando que não houve ilegalidade na indicação dos recursos e que as comissões responsáveis pelas emendas foram suspensas para priorizar outras votações. No entanto, Dino foi enfático ao exigir transparência e rastreabilidade, dando um prazo até a última sexta-feira (27) para que a Câmara apresentasse os beneficiários das emendas.

No Congresso, persiste a desconfiança de que a suspensão de emendas possa beneficiar o governo, devolvendo ao Executivo maior controle sobre o destino dos recursos públicos, hoje amplamente comandados pelos parlamentares.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Capitão da PM investigado por ligação com o PCC reassume funções após deixar a prisão

Diego Cangerana, ex-segurança do governador Tarcísio de Freitas, é apontado como articulador de esquema de lavagem de dinheiro do tráfico

Formatura de soldados da Polícia Militar do Estado de São Paulo. (Foto: Diogo Moreira/A2 FOTOGRAFIA)

A Justiça Federal determinou a soltura do capitão Diego Costa Cangerana, oficial da Polícia Militar de São Paulo e ex-chefe de segurança do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), após sua prisão em uma investigação sobre lavagem de dinheiro atribuída ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo o Metrópoles, Cangerana reassumiu suas funções na corporação após decisão favorável do Tribunal.

Preso pela Polícia Federal em 26 de novembro no âmbito da Operação Tai-Pen, o capitão havia sido afastado de suas funções no início de dezembro. No último dia 20 de dezembro, após a emissão do alvará de soltura, ele foi reintegrado ao 13º Batalhão da Polícia Militar.

◉  Histórico no governo e viagens oficiais - Cangerana atuou na Casa Militar de São Paulo por mais de 12 anos e, na gestão de Tarcísio, liderou a Divisão de Segurança de Dignitários do Departamento de Segurança Institucional. Durante esse período, acompanhou o governador em 25 agendas oficiais, incluindo viagens internacionais, como uma missão em Portugal em junho para apresentar oportunidades de investimento da Sabesp a empresários. Ele também participou de compromissos em Brasília com autoridades como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.

◉ Investigação e acusações - O oficial é acusado de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado cerca de R$ 6 bilhões nos últimos cinco anos por meio de fintechs suspeitas. De acordo com a Operação Tai-Pen, ele teria papel ativo na abertura de contas usadas para lavar dinheiro do tráfico, além de realizar transações milionárias entre empresas e indivíduos, totalizando R$ 120 bilhões.

A investigação revelou que as fintechs envolvidas funcionavam como intermediárias para grandes somas oriundas de atividades ilícitas, vinculadas ao PCC. Apesar das graves acusações, a defesa de Cangerana argumentou que sua prisão preventiva não era necessária, o que levou à concessão do habeas corpus.

◉  Declarações de Tarcísio - À época, o governador Tarcísio de Freitas se posicionou sobre a prisão do capitão, ressaltando que qualquer participação comprovada no esquema será severamente punida. Em declaração pública, Tarcísio afirmou: "não podemos falar da polícia dessa maneira. A polícia é boa, séria, profissional, presta um relevante serviço por mim, por você, pela nossa sociedade e, obviamente, em toda instituição, infelizmente, a gente tem as maçãs podres, e essas maçãs podres nós vamos tirar do cesto, punir severamente”.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles