quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Câmara impõe sigilo sobre dados relacionados ao homem-bomba do STF

Francisco Wanderley Luiz morreu em novembro após realizar um atentado na Praça dos Três Poderes

Francisco Wanderley Luiz, o Tiu França (Foto: Reprodução X)

A Câmara dos Deputados impôs sigilo sobre as informações referentes a Francisco Wanderley Luiz, homem-bomba que morreu em novembro após realizar um atentado na Praça dos Três Poderes e tentar acessar o Supremo Tribunal Federal (STF) com explosivos. A informação foi divulgada pela coluna Radar, da Revista Veja.

Francisco havia utilizado um banheiro no Anexo 4 da Câmara horas antes do ataque. Segundo a coluna, um pedido foi encaminhado por meio da Lei de Acesso à Informação, solicitando todos os registros de entrada do homem-bomba na Casa, entre 1º de janeiro de 2022 e o dia do atentado. A resposta, por sua vez, foi enviada pelo Departamento de Polícia Legislativa Federal (Depol), que justificou o sigilo.

“(As) informações solicitadas envolvem questões sensíveis relacionadas à segurança orgânica da Câmara dos Deputados e o seu acesso irrestrito pode pôr em risco a segurança da Casa, além de comprometer as investigações em andamento, razão pela qual devem ser preservadas no âmbito interno desta instituição”, disse o órgão.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna Radar da revista Veja

Datafolha: 62% dos brasileiros rejeitam anistia para os envolvidos nos atos golpistas

De acordo com a pesquisa, 33% afirmaram ser a favor da proposta

Atos Golpistas de 8 de janeiro de 2023 (Foto: Joedson Alves/Agência Brasil)

A pesquisa Datafolha, divulgada nesta quarta-feira (18), apontou que 62% dos brasileiros acreditam que os participantes dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 não devem ser anistiados. Outros 33% afirmaram ser a favor da proposta, 5% não souberam responder, e 1% se declarou indiferente.

De acordo com as estatísticas, o apoio à anistia é maior entre os homens (37%) do que entre as mulheres (29%). Entre elas, 64% são contra o afastamento da punição, enquanto, entre os homens, o percentual é de 59%.

A rejeição à anistia é mais expressiva entre os que votaram no presidente Lula (PT) em 2022 (72%), funcionários públicos (68%), estudantes (68%), desempregados (67%) e moradores da região Nordeste (66%).

Por outro lado, o apoio à anistia é maior entre os que declararam voto em Jair Bolsonaro (PL) em 2022 (45%), assalariados sem registro (38%), empresários (37%) e evangélicos (37%).

A pesquisa entrevistou 2.002 pessoas com 16 anos ou mais em 113 cidades brasileiras, nos dias 12 e 13 de dezembro. A margem de erro máxima é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.

Fonte: Brasil 247

Braga Netto muda defesa e contrata advogado que defendeu Dirceu no chamado "mensalão"

José Luís de Oliveira Lima já apresentou uma petição ao STF pedindo acesso aos autos do processo e anexou a procuração assinada pelo general

General Braga Netto (Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil)

A família do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, contratou o advogado criminalista José Luís de Oliveira Lima, ou 'Juca', para assumir sua defesa. A decisão foi tomada após a prisão preventiva do general no último sábado (14), determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

De acordo com o colunista Aguirre Talento, do portal UOL, Juca é conhecido por sua atuação em casos de grande repercussão nacional, como a defesa do ex-ministro José Dirceu no julgamento do chamado "mensalão" e do ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, envolvido na Operação Lava Jato. A troca de advogados foi confirmada nesta quarta-feira (18), quando Juca apresentou uma petição ao STF pedindo acesso aos autos do processo e anexou a procuração assinada por Braga Netto.

Luís Henrique Prata, que representava Braga Netto anteriormente, ainda não deixou o caso oficialmente, pois pretende conversar pessoalmente com o general na prisão.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Os desafios da assinatura eletrônica com validade jurídica no Brasil

A assinatura eletrônica representa uma evolução crucial nos processos empresariais e contratuais!
A assinatura eletrônica se apresenta como uma solução moderna para a agilidade nos processos empresariais e contratuais, mas sua validade jurídica ainda enfrenta desafios significativos no Brasil. Entre questões técnicas, regulamentações em constante evolução e a resistência cultural à digitalização, a adoção plena dessa ferramenta esbarra em obstáculos que precisam ser superados.

Neste artigo, exploraremos os principais desafios da assinatura eletrônica no contexto jurídico brasileiro, destacando as implicações legais e as oportunidades que surgem com sua crescente aceitação no mercado. Vamos entender como tornar essa prática mais segura e confiável para todos.

● Os Desafios da Assinatura Eletrônica

Os desafios da assinatura eletrônica no Brasil incluem a falta de regulamentação uniforme, a resistência de alguns setores a mudanças tecnológicas e a necessidade de assegurar a identidade do signatário, complicando a aceitação plena.

● Entendimento das Normas Legais

Para compreender a validade jurídica da assinatura eletrônica no Brasil, é essencial analisar as normas que a regulamentam. A Lei nº 11.419/2006, que trata da informatização do processo judicial, e a Medida Provisória nº 2.200-2/2001, que institui a ICP-Brasil, são fundamentais.

Essas normas estabelecem critérios de autenticidade e integridade, permitindo que documentos assinados eletronicamente tenham o mesmo valor legal que os físicos, desde que cumpram certos requisitos.

● Infraestrutura Tecnológica Necessária

Garantir a eficácia das assinaturas eletrônicas exige uma infraestrutura tecnológica robusta. Isso inclui plataformas de software seguras, sistemas de criptografia avançada e servidores confiáveis.

A integração com tecnologias existentes, como sistemas de gestão de documentos e autenticação de identidade, é crucial para facilitar a adoção. A falta dessas bases pode comprometer a segurança e a aceitação das assinaturas no setor empresarial.

● Segurança e Privacidade

A segurança e a privacidade são cruciais para a confiança na assinatura eletrônica. Os mecanismos utilizados precisam garantir a integridade e a autenticidade das partes envolvidas.

Medidas como criptografia avançada e o uso de certificações digitais ajudam a proteger dados sensíveis, minimizando riscos de fraudes e vazamentos. Fortalecer esses elementos é essencial para promover a aceitação e o uso seguro dessa tecnologia no Brasil.

● Validade Jurídica no Brasil

A validade jurídica da assinatura eletrônica está amparada pela Medida Provisória 2.200-2/2001, que estabelece seu reconhecimento. No entanto, a falta de regulamentações específicas gera inseguranças em algumas situações jurídicas.

● Legislação Vigente

A legislação brasileira sobre assinaturas eletrônicas é regulamentada pela Medida Provisória 2.200-2 de 2001. Essa norma institui a validade jurídica das assinaturas digitais baseadas em criptografia.

Além disso, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) exerce impacto, exigindo atenção à privacidade e segurança dos dados envolvidos. Essas normas são fundamentais para construir um ambiente legal que suporte a confiança na assinatura eletrônica, estimulando a adoção nas transações comerciais.

● Autoridades Certificadoras

As autoridades certificadoras desempenham um papel fundamental na validação das assinaturas eletrônicas, garantindo a autenticidade e integridade dos documentos. No Brasil, essas instituições são responsáveis por emitir certificados digitais que atestam a identidade do signatário.

A diversidade de normas e a falta de harmonização entre diferentes certificadoras ainda geram inseguranças, apontando a necessidade de um controle regulatório mais robusto para fortalecer a confiança no uso dessa tecnologia.

● Reconhecimento Jurídico

O reconhecimento jurídico da assinatura eletrônica no Brasil é fundamentado pela Lei nº 11.419/2006 e pela Medida Provisória nº 2.200-2/2001. Essas normas estabelecem a autenticidade, integridade e validade jurídica dos documentos.

Entretanto, ainda existem complicações, como a necessidade de certificação digital e a variação nas interpretações judiciais, o que pode gerar incertezas. Superar esses desafios é essencial para consolidar a confiança na assinatura eletrônica, fomentando sua aceitação no ambiente empresarial.

● Barreiras Tecnológicas

As barreiras tecnológicas para a adoção da assinatura eletrônica incluem a necessidade de sistemas compatíveis e a resistência a atualizações. Muitos usuários ainda enfrentam dificuldades em adaptar-se a novas ferramentas, limitando sua utilização.

● Falta de Padrões Unificados

A falta de padrões unificados para assinaturas eletrônicas no Brasil é um dos principais obstáculos à sua aceitação. Muitas vezes, empresas e órgãos governamentais utilizam diferentes sistemas e tecnologias, dificultando a interoperabilidade.

Essa diversidade aumenta a complexidade na autenticação, além de elevar o risco de fraudes. É essencial estabelecer regulamentações claras que assegurem um padrão confiável e reconhecido no país.

● Integração com Sistemas Existentes

Integrar a assinatura eletrônica com sistemas existentes nas empresas é crucial. Muitas organizações já utilizam softwares de gestão, como ERPs e CRMs. A inclusão de ferramentas de assinatura eletrônica nesses ambientes facilita o fluxo de trabalho e minimiza erros.

No entanto, essa integração precisa ser realizada de forma adequada, respeitando normas de segurança e privacidade, para maximizar a eficiência e a confiabilidade dos processos.

● Manutenção e Atualização

Manter e atualizar tecnologias de assinatura eletrônica é essencial para garantir sua eficácia e segurança. À medida que as regulamentações evoluem, empresas devem adaptar suas práticas e ferramentas para acompanhar novas exigências legais.

Isso inclui investimentos em infraestrutura digital e capacitação de equipes, assegurando que a utilização da assinatura eletrônica cumpra os padrões vigentes e responda às expectativas do mercado.

● Problemas de Segurança

A segurança é uma preocupação central na adoção da assinatura eletrônica. Questões como fraudes digitais e roubo de identidade podem minar a confiança dos usuários, exigindo investimentos em tecnologia robusta e autenticação multifatorial.

● Vulnerabilidades em Assinaturas Eletrônicas

Embora ofereçam eficiência, as assinaturas eletrônicas apresentam vulnerabilidades que podem comprometer sua segurança. Dentre os principais riscos estão fraudes digitais, que ocorrem por meio de phishing ou utilização indevida de senhas.

A falta de autenticação robusta que garanta a identidade do signatário também é um fator preocupante. Esses aspectos ressaltam a necessidade de regulamentações mais rigorosas e tecnologia avançada para fortalecer a segurança e aumentar a confiança.

● Riscos de Fraudes

A utilização de assinaturas eletrônicas não está isenta de riscos, especialmente no que diz respeito a fraudes. A possibilidade de falsificação digital e manipulação de documentos gera preocupações quanto à autenticidade das assinaturas.

O armazenamento inadequado de chaves criptográficas e a falta de processos de verificação eficientes podem facilitar o acesso não autorizado. Esses fatores exigem investimentos em tecnologia robusta e regulamentações rigorosas para garantir a segurança das transações.

● Medidas de Mitigação

Para mitigar os desafios enfrentados pela assinatura eletrônica no Brasil, é essencial implementar medidas como a padronização de normas e regulamentações. Promover campanhas de conscientização sobre a validade e segurança das assinaturas é vital.

Investir em tecnologia robusta de criptografia e autenticação pode aumentar a confiança do usuário. Parcerias com órgãos reguladores ajudam a estabelecer diretrizes claras, facilitando a aceitação e uso dessa inovação no ambiente jurídico.

● Adoção pelas Empresas

A adoção da assinatura eletrônica pelas empresas tem crescido, impulsionada pela necessidade de reduzir custos e melhorar a eficiência. Contudo, muitos ainda hesitam devido às incertezas jurídicas e à falta de informações adequadas.

● Resistência à Mudança

A resistência à mudança é uma barreira significativa para a adoção da assinatura eletrônica no Brasil. Muitas empresas ainda se habituaram a processos tradicionais e temem os riscos associados à digitalização.

A falta de conhecimento sobre os benefícios e a percepção de que essa tecnologia compromete a segurança jurídica geram desconfiança. Para superar essa resistência, é crucial promover campanhas educativas que evidenciem a confiabilidade e eficiência da assinatura eletrônica.

● Custo de Implementação

O custo de implementação da assinatura eletrônica pode ser uma barreira para muitas empresas, especialmente as menores. Investir em tecnologia, treinamento e certificações necessárias pode parecer oneroso.

Entretanto, os benefícios a longo prazo, como a redução de papelada, otimização de processos e agilidade nas transações, frequentemente superam esses investimentos iniciais.

Isso torna a adoção dessa solução financeiramente viável no futuro.

● Capacitação dos Colaboradores

A capacitação dos colaboradores é fundamental para a efetiva adoção da assinatura eletrônica. Promover treinamentos focados nas funcionalidades, benefícios e segurança desse sistema é essencial.

Uma equipe bem informada assegura a conformidade com as regulamentações e potencializa a eficiência dos processos, contribuindo para um ambiente de trabalho mais dinâmico e moderno.

● Benefícios das Assinaturas Eletrônicas

As assinaturas eletrônicas oferecem agilidade, redução de custos e maior segurança nos processos contratuais. Além de facilitarem o armazenamento e a gestão de documentos, promovem a eficiência empresarial.

● Agilidade nos Processos

A assinaturas digitais e eletrônicas com validade jurídica permite a assinatura de documentos em minutos, eliminando a necessidade de encontros presenciais e papéis impressos. Com essa agilidade, empresas podem acelerar processos de contratação, negociações e fechamentos de acordos.

Isso otimiza recursos e melhora a eficiência operacional, promovendo uma experiência mais fluida para clientes e parceiros.

● Redução de Custos

A adoção da assinatura eletrônica pode levar à significativa redução de custos operacionais. Eliminando a necessidade de impressão, envio de documentos físicos e armazenamento em papel, as organizações economizam recursos e agilizam seus processos.

Essa otimização financeira se traduz em aumento de eficiência e em uma prática alinhada às demandas contemporâneas por ações empresariais mais responsáveis e modernas.

● Sustentabilidade Ambiental

A implementação da assinatura eletrônica promove a sustentabilidade ambiental, reduzindo a necessidade de papel e, consequentemente, o desmatamento.

Empresas que adotam soluções digitais demonstram responsabilidade social e alinham-se às exigências de consumidores e investidores que valorizam práticas sustentáveis. Isso torna o mercado mais competitivo e inovador.

● Conclusão

Em síntese, a assinatura eletrônica representa uma evolução crucial nos processos empresariais e contratuais, mas seu avanço no Brasil depende da superação dos desafios regulatórios e culturais.

À medida que as regulamentações se adaptam e a confiança no meio digital cresce, a adoção dessa tecnologia se tornará mais comum.

Para garantir sua segurança e confiabilidade, é fundamental que empresas e cidadãos se informem e se engajem nas melhores práticas. Assim, podemos vislumbrar um futuro em que a assinatura eletrônica seja não apenas uma ferramenta eficiente, mas também uma norma amplamente aceita e reconhecida legalmente.

Fonte: Brasil 247

"Militares davam aulas para parlamentares na CPI", diz Soraya Thronicke

Senadora revela detalhes de reuniões durante a CPI da Pandemia e aborda interferência militar

(Foto: Fiesp | Bruno Spada / Câmara dos Deputadas | ABR)

Em entrevista ao programa Bom Dia 247, a senadora Soraya Thronicke relatou episódios envolvendo a participação de militares em reuniões preparatórias para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia. Segundo a parlamentar, integrantes das Forças Armadas instruíam parlamentares sobre temas e perguntas a serem feitas durante as sessões.

Thronicke revelou que foi chamada para encontros em Ministérios, onde encontrou "militares ao redor" e uma "mesa muito grande". Durante as reuniões, membros do governo, incluindo ministros e oficiais, discutiam estratégias e orientavam os parlamentares. "Eu me lembro de Pazuello estar ali, ele e outros civis organizavam os materiais e davam aulas para parlamentares", afirmou.

A senadora contou que decidiu não mais comparecer a essas reuniões após presenciar o que considerou uma orientação coordenada. "Levantei no meio da reunião e falei: 'Não dá para mim'. Eu sempre fui a rebelde da história. Eu não concordo com esse tipo de coisa", disse.

Ela também mencionou o almirante Flávio Rocha, ex-secretário do governo, como uma figura influente nesses encontros. "Eu escutava e, no outro dia, fazia tudo ao contrário do que eles diziam. Eu estudo por mim mesma", declarou.

Soraya criticou o caráter das reuniões e reforçou que "não há ilegalidade em parlamentares se reunirem antes das sessões". No entanto, ressaltou que "as reuniões não eram administrativas; eram instrutivas, com materiais e orientações detalhadas sobre como proceder".

A senadora também comentou sobre a proposta de criação de uma CPI no Senado, que não foi adiante. "Se tivesse sido só no Senado, teria sido mais pragmática e assertiva, sem os 'chiliques' e as investidas que vimos", criticou.

A declaração de Soraya Thronicke adiciona novos elementos às investigações relacionadas à CPI da Pandemia, apontando para uma atuação coordenada de setores do governo para moldar a atuação parlamentar durante as sessões da comissão. Assista:

 

Fonte: Brasil 247

"Rei do lixo" escondia escritura de imóvel negociado com Elmar Nascimento, diz PF

PF amplia investigações sobre o empresário Marcos Moura, conhecido como "rei do lixo"

Elmar Nascimento (Foto: Agência Câmara)

A investigação da Polícia Federal envolvendo o empresário Marcos Moura, conhecido como "rei do lixo", revelou um suposto esquema complexo de ocultação de bens e vastas transações, apontado como uma possível "nova Lava Jato" devido ao alcance nacional.

Segundo informações do jornalista Caio Junqueira, da CNN Brasil, Moura, preso desde a semana passada, guardava em um cofre uma escritura de compra e venda de um imóvel de luxo no condomínio Porto Trapiche Residence, em Salvador-BA, para o deputado federal Elmar Nascimento (União Brasil-BA), em uma transação mediada por empresas usadas para dificultar o rastreamento de bens.

A PF informou em documento que o empresário utilizava a empresa Patrimonial Moura Ltda., administrada por sua filha Bárbara Carvalho de Moura Abreu, para ocultar bens obtidos de práticas criminosas.

O suposto esquema atinge diversos estados e envolve figuras influentes, como o ex-prefeito ACM Neto e o senador Davi Alcolumbre, com indícios de manipulação em processos licitatórios e contratos públicos. Enquanto Moura tenta deixar a prisão com apoio de advogados renomados, a desembargadora Daniele Maranhão decidirá sobre sua liberdade.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

“No passado eu era favorável a privatizar tudo, hoje não mais”, diz Soraya Thronicke

Senadora revisa posição sobre privatizações e defende um Estado necessário

(Foto: Vinicius Loures / Câmara dos Deputados)

Em entrevista ao programa Bom Dia 247, a senadora Soraya Thronicke (União-MS) declarou ter mudado sua posição sobre privatizações e a condução do Estado na economia. "Eu era no passado favorável a privatizar tudo, hoje não mais", afirmou a parlamentar, reconhecendo uma mudança em sua visão ideológica ao longo dos anos.

Soraya explicou que sua nova perspectiva foi moldada pela experiência no Congresso e por análises mais aprofundadas sobre o papel das empresas estatais. "Aquelas [empresas públicas] que são essenciais, que regulam o mercado ou atendem a população, eu sou a favor de manter. É o caso da Petrobras, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal", disse.

A senadora relatou que, durante um encontro com o ex-secretário de Privatizações Salim Mattar, tomou conhecimento da existência de cerca de 600 a 700 empresas estatais, muitas delas subsidiárias, o que a levou a considerar um posicionamento mais criterioso. “Havia empresas deficitárias sem razão de existir. Mas fechar ou vender indiscriminadamente seria um erro”, ponderou.

Soraya também destacou que bancos públicos devem servir como ferramentas de apoio à sociedade, citando exemplos como o financiamento habitacional e o crédito rural. "Eles existem para subsidiar o povo brasileiro", enfatizou.

Ao abordar sua evolução política, a senadora afirmou que não tem "compromisso com o erro" e que considera saudável revisar opiniões com base em novas informações e cenários. "Eu sou uma democrata e acredito em um Estado necessário, adaptado às circunstâncias e comprometido com o bem-estar da população", concluiu. 
Assista:

 

Fonte: Brasil 247

Câmeras em todas as operações policiais? Governo Tarcísio argumenta impossibilidade em manifestação ao Supremo

Das unidades da PM no estado de São Paulo, apenas 52% usam os equipamentos disponíveis

Câmera em uniforme da PM e Tarcísio de Freitas (Foto: Agência Brasil)

O governo de São Paulo informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não tem como implementar câmeras corporais em todas as operações da Polícia Militar (PM). De acordo com um ofício da Procuradoria-Geral do Estado, os 10 mil equipamentos disponíveis não são suficientes para atender ao efetivo de 80 mil policiais militares. Das unidades da PM no estado, apenas 52% usam o dispositivo.

Segundo o governo, as 10.125 câmeras não podem ser ativadas simultaneamente. Quando metade está em uso, os outros 50% estão em processo de "upload" e recarga de bateria.

As mortes provocadas por policiais militares no estado de São Paulo aumentaram 98% nos dois primeiros anos do governo Tarcísio, de acordo com informações divulgadas pelo Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial, do Ministério Público (Gaesp-MPSP).

Foram registradas 355 ocorrências entre janeiro e novembro de 2022. No mesmo período de 2024, segundo ano da gestão, o número subiu para 702 mortes. As estatísticas incluem mortes cometidas por policiais militares em serviço e fora de serviço.

Fonte: Brasil 247

Emendas e fundo partidário ficam imunes a cortes em meio a esforço fiscal do governo

Congresso prioriza emendas e reajuste do fundo partidário na LDO de 2025

Congresso Nacional (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O Congresso Nacional aprovou nesta quarta-feira (18) a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025, que estabelece uma meta fiscal de déficit zero e elimina a previsão de contingenciamento de emendas parlamentares quando o governo precisar conter verbas para respeitar regras fiscais.

O texto permite a suspensão do pagamento das chamadas "emendas Pix" caso não sejam cumpridas regras como a apresentação de um plano de trabalho detalhado e informações bancárias. O não cumprimento dessas exigências resultará na interrupção imediata das transferências até que sejam regularizadas.

No entanto, o relator da proposta, senador Confúcio Moura (MDB-RO), modificou o trecho que tratava do bloqueio de emendas parlamentares em geral. A proposta inicial permitia o bloqueio livremente, mas o texto aprovado determina que ele deve seguir a mesma proporção aplicada às demais despesas discricionárias, indo na contramão do esforço fiscal do governo. Essa alteração protege as emendas, mesmo em situações de risco de descumprimento de regras fiscais, conforme anunciado pelo relator em um adendo ao parecer.

“Traduzindo em miúdos, se houver contingenciamento de despesas do Executivo, não incidirá sobre as emendas parlamentares, é o acordo firmado”, disse o senador, citado pelo Infomoney.

Fundo partidário - O Congresso Nacional rejeitou a proposta do governo de reduzir o reajuste do fundo partidário e manteve a regra atual, que corrige o valor com base nos valores pagos em 2016. A proposta governamental, que utilizaria os valores de 2023 como base para o reajuste, reduziria o aumento de R$ 500 milhões para R$ 160 milhões entre um ano e outro, segundo técnicos do Congresso citados pela agência O Estado de São Paulo. No Orçamento de 2025, está previsto R$ 1,3 bilhão para as legendas.

Fonte: Brasil 247

Barroso abre divergência em julgamento sobre responsabilização das redes e propõe a remoção de conteúdos só após ordem judicial

O presidente do STF abriu divergência do voto apresentado pelos dois relatores, os ministros Dias Toffoli e Luiz Fux

Presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso 10/04/2024 REUTERS/Ueslei Marcelino (Foto: Ueslei Marcelino / Reuters)

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, abriu nesta quarta-feira (18) divergência no julgamento que trata da responsabilidade das plataformas digitais pelos conteúdos postados por usuários. A análise em curso busca definir se, e em quais situações, as empresas podem ser penalizadas por conteúdos publicados por terceiros.

Barroso abriu divergência do voto apresentado pelos dois relatores, os ministros Dias Toffoli e Luiz Fux. Ambos consideram o artigo 19 do Marco Civil da Internet inconstitucional e defendem a retirada de conteúdos ilícitos mesmo sem decisão judicial.

No voto, o presidente do STF, por sua vez, argumentou que o artigo 19 é "apenas parcialmente inconstitucional". Para ele, a retirada de conteúdos deve ocorrer após ordem judicial.

Barroso também divergiu no que diz respeito à remoção de conteúdos associados a crimes contra a honra.

“A remoção em casos de crimes contra a honra não pode prescindir de ordem judicial. Ainda que se aleguem crimes de injúria, esses conteúdos devem permanecer sob o regime do artigo 19, sob pena de violação à liberdade de expressão. Se prevalecer esse entendimento [ de remoção sem ordem judicial], se alguém disser que um determinado governador é burro, ele pode pedir a imediata remoção do conteúdo”, disse.

Na leitura do voto, o magistrado ainda ressaltou a necessidade de regulamentação das plataformas digitais, assim como dos comportamentos inautênticos coordenados, realizados através do uso de “bots”.

“É preciso regular as plataformas. Regular do ponto de vista econômico, impedir a dominação de mercado, empresas poderosas demais, para a proteção dos direitos autorais. Regular do ponto de vista da privacidade, pois um dos principais focos de lucro dessas empresas vem da coleta de dados, é preciso uma disciplina da utilização desses dados”, pontuou.

“E chegamos ao ponto mais delicado, que é a regulação de conteúdos e dos comportamentos inautênticos coordenados, que é o uso de bots e robôs para amplificar muitas vezes a mentira. Eles têm uma dimensão antidemocrática perigosíssima e de saúde pública perigosíssima. A amplificação maliciosa, maldosa. É preciso ter algum controle e as plataformas podem monitorar isso. Antes de regular o conteúdo, é preciso regular os comportamentos inautênticos”, completou.

Fonte: Brasil 247

Viúva de Jango tem indenização aumentada para R$ 500 mil por perseguição na ditadura

Decisão levou em conta o sofrimento enfrentado por Maria Thereza Goulart e sua família após o golpe militar de 1964

João Goulart e Maria Thereza Goulart (Foto: Arquivo histórico)

A ex-primeira-dama Maria Thereza Goulart, viúva de João Goulart, conquistou na Justiça o aumento de sua indenização por danos morais, reconhecida pela perseguição sofrida durante a ditadura militar. O valor foi elevado de R$ 79,2 mil para R$ 500 mil pela 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), informa o jornal O Globo.

A decisão levou em conta o sofrimento enfrentado por Maria Thereza e sua família após o golpe militar de 1964, que destituiu Jango da Presidência e forçou a família ao exílio. Durante o período no Uruguai, Maria Thereza foi presa e submetida a situações degradantes, incluindo ser obrigada a despir-se diante de policiais. Além disso, enfrentou ameaças de sequestro de seus filhos e a prisão do mais velho, então adolescente.

“Ela sofreu também como mulher, sofreu como mãe, sendo exposta na frente dos filhos. Sofreu como esposa, porque estava sendo presa e conduzida porque era esposa de um Presidente da República. Ela foi tornada, como mulher, quase uma “coisa”, sendo obrigada a ficar nua, de forma injustificada, com intenção justamente de ser coagida, constrangida, reduzida enquanto pessoa, enquanto mãe, enquanto esposa, enquanto mulher”, afirmou o desembargador Cândido Alfredo Silva Leal Júnior, relator do caso.

O aumento da indenização foi concedido considerando a gravidade das violações sofridas. Embora a União tenha argumentado que Maria Thereza não foi presa ou torturada diretamente pelo Estado brasileiro, a Justiça entendeu que o monitoramento contínuo e as ameaças durante o exílio configuraram danos extensivos e sistemáticos.

Perseguição além-fronteiras

Mesmo fora do Brasil, a família Goulart continuou a ser alvo de vigilância. No exílio, Maria Thereza relatou a apreensão de bens, como joias e gado, além do saque da residência oficial na Granja do Torto. A Operação Condor, que articulou ditaduras sul-americanas, também ampliou as dificuldades vividas pela família.

Anteriormente, em decisão de janeiro deste ano, o juiz Bruno Risch Fagundes de Oliveira havia fixado a indenização em R$ 79,2 mil, reconhecendo o impacto direto da perseguição política na vida da viúva e de seus filhos.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Alíquota média do IVA cairá em comparação ao que se paga hoje, diz Appy

O secretário extraordinário da Reforma Tributária estimou que a diminuição da sonegação, inadimplência e fraude fiscal pode levar a uma redução na alíquota

Economista Bernard Appy (Foto: Filipe Scotti/FIESC)

O secretário extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, afirmou nesta quarta-feira (18) que a alíquota do futuro Imposto sobre Valor Agregado (IVA) deverá ser reduzida em relação à atual carga. A declaração foi dada durante um evento realizado pela CNN, em Brasília, sobre a reforma tributária.

Segundo Appy, a diminuição da sonegação, inadimplência e fraude fiscal pode levar a uma redução de até 3 pontos percentuais na alíquota.

“A reforma tributária prevê que essa alíquota de referência vai ser fixada de forma a manter a carga tributária. Para quem paga tributos no Brasil hoje, a alíquota média vai cair em relação ao que paga hoje”, disse.

“Se não houvesse redução de sonegação e inadimplência, a alíquota média seria a mesma que temos hoje por definição, porque estou mantendo a carga tributária. Mas a reforma tributária é desenhada para reduzir bastante sonegação, inadimplência e fraude, sobretudo fraude com nota fiscal fria. E isso vai ter o efeito positivo de reduzir a alíquota média para quem paga tributos no país”, complementou.

Na terça-feira (17), o Congresso Nacional encerrou a votação da regulamentação da reforma tributária.

Fonte: Brasil 247 com informações da agência Estado de S. Paulo

Retratação científica: falso efeito da hidroxicloroquina é desmentido

O fármaco também é utilizado contra a malária e algumas doenças auto-imunes

(Foto: Marco Santos/Agência Pará)

A revista International Journal of Antimicrobial Agents excluiu um artigo que tinha como objetivo demonstrar a eficácia da hidroxicloroquina contra a covid-19, em março de 2020. Estudos confirmaram que os resultados eram falsos: a hidroxicloroquina não é útil para tratar a covid-19. A exclusão ocorreu nesta terça-feira (17). Cálculos oficiais divulgados em 2023 apontaram que mais de 20 milhões de pessoas morreram, com quase 800 milhões de pessoas oficialmente contaminadas.

A hidroxicloroquina, fármaco utilizado contra a malária e algumas doenças auto-imunes, era uma das estratégias terapêuticas em estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A exclusão deste estudo da revista, quase cinco anos depois da sua publicação, termina um longo processo de escrutínio aos trabalhos de Didier Raoult e da sua equipa.

Fonte: Brasil 247

Com show de brasileiros, Real Madrid supera Pachuca e vence o torneio Intercontinental (vídeo)

Destaque da partida foi o recém-eleito melhor jogador do mundo, Vinicius Jr

Real Madrid levanta a taça do Intercontinental no Catar - 18/12/2024 (Foto: Reprodução/Vídeo/Redes sociais)

O Real Madrid confirmou seu favoritismo e conquistou nesta quarta-feira (18) o título da Copa Intercontinental 2024 ao vencer o Pachuca, do México, por 3 a 0, no Lusail Stadium, no Catar.

O destaque da partida foi o recém-eleito melhor jogador do mundo, Vinicius Jr., que teve atuação decisiva. O placar foi inaugurado pelo francês Mbappé, aos 37 minutos do primeiro tempo.

Rodrygo ampliou com um gol espetacular aos 7 minutos da etapa final, e, para fechar com chave de ouro, o melhor do mundo converteu um pênalti aos 84 minutos, selando a vitória e a festa merengue. Nos acréscimos, o Pachuca chegou a marcar com Mena, mas o gol foi anulado devido a posição de impedimento do jogador.

 

Fonte: Brasil 247

“Não estamos no Velho Oeste, quem precisa andar armada é a polícia”, defende Gleisi ao lamentar mais um episódio de violência

Um estudante foi baleado na cabeça por outra aluna dentro de uma escola em Natal

Gleisi Hoffmann (Foto: Zeca Ribeiro / Câmara)

Um grave episódio de violência chocou o país nesta semana. Um estudante foi baleado na cabeça por uma aluna dentro de uma escola em Natal, Rio Grande do Norte. Segundo as primeiras investigações, a jovem tinha a intenção de cometer uma chacina, mas a tragédia foi contida antes de alcançar proporções ainda maiores.

Segundo o pai do estudante ferido, ele tem 18 anos e é aluno do 3º ano do ensino médio. O jovem foi atingido por um disparo na cabeça, socorrido e levado para o Hospital Walfredo Gurgel, na Zona Leste de Natal, onde passa por atendimento.

O caso reacendeu o debate sobre o acesso a armas de fogo no Brasil e levou a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) e deputada federal, Gleisi Hoffmann, a se posicionar publicamente. Em tom crítico, Gleisi destacou a herança deixada pelos anos de governo de Jair Bolsonaro e lamentou os impactos de políticas que facilitaram o armamento da população.


“Vivemos quatro anos de desgoverno, com Bolsonaro incentivando uma sociedade da violência e trabalhando incansavelmente para facilitar o acesso da população às armas. No auge dessa loucura, 1.300 armas foram comercializadas por dia.”

◉ Restrição ao armamento como resposta à violência

Gleisi ressaltou que é preciso buscar soluções que priorizem a segurança pública e protejam a população, em especial jovens e crianças em ambientes escolares. Ela defendeu medidas mais rígidas para coibir a posse e o porte de armas de fogo por civis, citando um projeto de lei de sua autoria que pretende limitar o acesso às armas.

“Prefiro seguir o caminho inverso, por isso apresentei projeto de lei para cancelar registro de armas de atiradores sem nível olímpico e impedir a instalação e funcionamento de clubes de tiro no país.”

A parlamentar também chamou atenção para a necessidade de reforçar o papel das forças de segurança e criticou a ideia de que civis armados contribuem para a proteção social.

“Não estamos no Velho Oeste, quem precisa andar armada é a polícia.”

◉ Solidariedade às vítimas e à comunidade escolar

Além de criticar as políticas que, segundo ela, fomentaram a violência, Gleisi expressou solidariedade às vítimas do ataque e à comunidade escolar de Natal.

“À família do estudante atingido e a toda comunidade escolar do Rio Grande do Norte, expresso minha profunda solidariedade.”

◉ Cenário alarmante de violência nas escolas

O episódio em Natal não é um caso isolado, mas parte de uma crescente preocupação com a violência em escolas brasileiras. Desde 2019, o país registrou um aumento nos casos de ataques em unidades educacionais, frequentemente associados à disseminação de armas e ao discurso de violência.

Especialistas em segurança pública alertam que o Brasil precisa agir rapidamente para conter essa escalada. Entre as medidas sugeridas, destacam-se o fortalecimento das políticas de desarmamento, o controle rigoroso sobre o uso de armas por civis e a criação de programas de conscientização nas escolas.

Fonte: Brasil 247