sábado, 14 de dezembro de 2024

Ministros de Lula e parlamentares comentam a prisão de Braga Netto: “Sem anistia”


Braga Netto, ex-ministro de Bolsonaro. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A prisão preventiva do general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL), repercutiu neste sábado (14) entre integrantes do governo Lula (PT). O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta (PT), e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), se manifestaram publicamente, enfatizando o compromisso com a justiça, a preservação do Estado Democrático de Direito e a não anistia aos golpistas.

Em sua conta na rede social X, antigo Twitter, Pimenta destacou a importância de responsabilizar os envolvidos em ações golpistas. “O dia amanheceu com Braga Netto preso. Que todos os golpistas sejam investigados, julgados e responsabilizados por atentarem contra a nossa democracia”, afirmou o ministro, reforçando o tom enérgico do governo em relação aos crimes apurados pela Polícia Federal e pelo Supremo Tribunal Federal (STF).


Por sua vez, Alexandre Padilha foi categórico ao declarar que não haverá tolerância com crimes contra a democracia. Em seu pronunciamento, destacou o manifesto apresentado na última reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável (Conselhão), na quinta-feira (12), como um marco para reafirmar o compromisso do governo federal com a justiça e o Estado Democrático de Direito.

“Crimes contra o Estado Democrático de Direito não serão tolerados. Em defesa da democracia, sem anistia”, escreveu Padilha. A frase reflete o discurso defendido pelo governo Lula desde os ataques golpistas de 8 de janeiro, reforçando a narrativa de que a impunidade não terá espaço no Brasil.


Os parlamentares também se manifestaram sobre a prisão do golpista. O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) publicou memes nas redes sociais ironizando a notícia. Em um vídeo, a vinheta do “Plantão da Globo” é seguida por Bolsonaro dizendo “a Papuda lhe espera”, em referência ao presídio no Distrito Federal.

Boulos também lembrou que a prisão general de 4 estrelas, algo inédito no Brasil, acontece um dia após o “aniversário do AI-5”. A lei imposta pela Ditadura Militar, em 11 de dezembro de 1968, marcou o auge da repressão do regime após o golpe de 1964.


Walter Braga Netto foi detido em sua residência no bairro de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro. O mandado de prisão foi emitido pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, no dia 10 de dezembro, sob a acusação de participação no planejamento de ações golpistas para impedir a posse de Lula (PT) após as eleições de 2022.

Além da prisão, buscas foram realizadas na casa do general, autorizadas pela mesma decisão. De acordo com o Exército, Braga Netto ficará sob custódia militar no Comando da 1ª Divisão do Exército, também localizada no Rio de Janeiro, conforme prevê a legislação para militares da ativa e da reserva.

No governo de Jair Bolsonaro (PL), o general foi ministro da Defesa e concorreu como vice na chapa do ex-presidente pelo Partido Liberal. Segundo o inquérito de mais de 800 páginas, ele foi um dos principais mentores dos planos para matar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

Antes de compor o governo de extrema-direita, Braga Netto tinha formação pelo grupo de operações especiais do Exército conhecido como “kids pretos”, que se destacou na trama golpista de 2022.

Em depoimento a Moraes, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, disse que “não se metia” na relação do ex-capitão com os “kids pretos”, grupo formado por militares das forças especiais do Exército.

Braga Netto e Jair Bolsonaro em entrevista coletiva. Foto: reprodução

Segundo Cid, o contato com esses integrantes era conduzido pelo ex-ministro da Defesa, Walter Braga Netto, conforme informações do Globo. O depoimento do tenente-coronel ocorreu no dia 21 de novembro, quando sua delação premiada foi homologada por Moraes, após a PF apontar inconsistências em versões anteriores.

De acordo com o relatório final da PF, o planejamento para matar Lula, Moraes e Alckmin foi apresentado e validado durante uma reunião realizada em 12 de novembro de 2022, na residência de Braga Netto, onde ele e outros kids pretos elaboraram um documento detalhando o plano de ação para manter Bolsonaro como presidente. O grupo de militares nomeou o esquema como “Punhal Verde e Amarelo”.

O objetivo do encontro era “apresentar o planejamento das ações clandestinas com o objetivo de dar suporte às medidas necessárias para tentar impedir a posse do governo eleito e restringir o exercício do Poder Judiciário”.

Conforme denunciou Cid em sua delação premiada, Braga Netto também entregou uma relevante quantia de dinheiro em espécie dentro de uma sacola de vinho para militares. A verba seria destinada a financiar o golpe de Estado.

Fonte: DCM

Lula retoma contatos telefônicos após cirurgia e liga para Sarney

Aliados do presidente afirmam que ele “está bem, animado e disposto"

Lula e José Sarney (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciou neste sábado (14) contatos institucionais após passar por uma cirurgia na cabeça na última semana. De acordo com o g1, uma das primeiras ligações foi para o ex-presidente José Sarney. Segundo relatos de interlocutores próximos, Lula afirmou que "está bem, animado e disposto" e que estava ansioso para obter mais informações sobre sua situação de recuperação no hospital.

Sarney havia tentado se comunicar com o presidente para verificar seu estado de saúde. Apesar do procedimento recente, o boletim médico divulgado pelo Hospital Sírio-Libanês nesta manhã indica que Lula segue lúcido, orientado, se alimentando e caminhando normalmente. O petista está internado em leito semi-intensivo desde a última terça-feira (3), quando foi submetido a uma operação para conter uma hemorragia cerebral decorrente de uma queda que sofreu em outubro.

Além da cirurgia, Lula passou por um procedimento complementar para evitar novos episódios de sangramento e segue sob observação médica cuidadosa. Neste sábado, ele realizará apenas exames de sangue, sem a programação de novos exames de imagem. A equipe médica acredita que seu quadro evolui de maneira estável e favorável.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

“Reforcem a vigilância na Embaixada da Hungria”, pede coordenador do Prerrogativas

O coordenador do grupo Prerrogativas e advogado Marco Aurélio de Carvalho. Foto: reprodução

A prisão do general da reserva Walter Braga Netto neste sábado (14) foi recebida como um marco pela democracia brasileira, segundo nota emitida pelo grupo jurídico Prerrogativas. O coletivo, que reúne advogados majoritariamente alinhados ao governo Lula, destacou que a detenção de figuras historicamente protegidas por imunidade representa um avanço no enfrentamento à impunidade no Brasil.

“O Brasil, que já vivenciou os horrores da ditadura militar, precisa valorizar a aplicação da lei como instrumento de justiça, especialmente contra aqueles que outrora pareciam intocáveis”, afirmou a nota.

Apesar de reconhecer a importância da prisão, o Prerrogativas ressaltou que Braga Netto deve ter pleno direito à defesa, garantindo que o processo seja conduzido dentro dos preceitos democráticos.

O advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo, enfatizou a necessidade de atenção redobrada com os movimentos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “É essencial reforçar a vigilância nos arredores da embaixada da Hungria”, sugeriu, em referência à estadia de Bolsonaro na missão diplomática no início de 2023.
Braga Netto, ex-ministro da Defesa, preso neste sábado. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Walter Braga Netto, que ocupou o cargo de ministro da Defesa durante o governo Bolsonaro e foi candidato a vice-presidente na chapa derrotada em 2022, foi preso em sua residência no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro. Ele está entre os 37 indiciados pela Polícia Federal (PF) por participação em um plano golpista para impedir a posse de Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB).

A prisão preventiva, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), foi baseada na suspeita de que o general estaria interferindo na produção de provas. Braga Netto será mantido sob custódia no Comando Militar do Leste. A PF também cumpriu dois mandados de busca e apreensão e uma medida cautelar relacionada ao caso.

Conforme apontado no inquérito, Braga Netto teria liderado a elaboração de um plano intitulado “Punhal Verde e Amarelo”, que previa ações extremas, incluindo o assassinato de autoridades como Lula, Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

O plano foi discutido em uma reunião em novembro de 2022, realizada na casa do general, e contou com a participação de outros militares das forças especiais, conhecidos como “kids pretos”.

O grupo visava assegurar a continuidade de Bolsonaro na presidência por meio de medidas clandestinas, restringindo o Poder Judiciário e impedindo a posse do governo eleito. Testemunhos obtidos através da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid revelaram que Braga Netto teria financiado o esquema com dinheiro em espécie, entregue em sacolas de vinho.

Fonte: DCM

Mourão sai em defesa de Braga Netto após prisão: “Atropelo das normas legais”


O ex-vice-presidente Mourão e o ex-candidato a vice-presidente Braga Netto, ambos em chapas encabeçadas por Bolsonaro. Foto: reprodução

A prisão do general Walter Braga Netto, realizada neste sábado (14), gerou reação de integrantes da oposição, que classificaram a medida como um “atropelo das normas legais”. O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), ex-vice-presidente da República, afirmou que a prisão é injustificável.

“O General Braga Netto não representa nenhum risco para a ordem pública e a sua prisão nada mais é do que uma nova página no atropelo das normas legais a que o Brasil está submetido”, declarou Mourão em publicação no X, antigo Twitter.
A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), como parte das investigações sobre a tentativa de golpe que buscava impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Braga Netto é acusado de obstruir as apurações e de envolvimento no financiamento de ações golpistas. Apesar disso, a oposição argumenta que a prisão tem motivações políticas.

O deputado Luiz Ovando (PP-MS) também criticou a ação. “Braga Netto preso por ‘suposta’ obstrução. Criaram a fantasia do golpe para perseguir opositores, com Moraes como guardião do regime jurídico-ditatorial”, escreveu Ovando em sua rede social. Ele destacou que medidas como essa agravam a polarização política no país.


No governo de Jair Bolsonaro (PL), o general foi ministro da Defesa e concorreu como vice na chapa do ex-presidente pelo Partido Liberal. Segundo o inquérito de mais de 800 páginas, ele foi um dos principais mentores dos planos para matar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

Antes de compor o governo de extrema-direita, Braga Netto tinha formação pelo grupo de operações especiais do Exército conhecido como “kids pretos”, que se destacou na trama golpista de 2022.

Em depoimento a Moraes, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, disse que “não se metia” na relação do ex-capitão com os “kids pretos”, grupo formado por militares das forças especiais do Exército.

Segundo Cid, o contato com esses integrantes era conduzido pelo ex-ministro da Defesa, Walter Braga Netto, conforme informações do Globo. O depoimento do tenente-coronel ocorreu no dia 21 de novembro, quando sua delação premiada foi homologada por Moraes, após a PF apontar inconsistências em versões anteriores.

De acordo com o relatório final da PF, o planejamento para matar Lula, Moraes e Alckmin foi apresentado e validado durante uma reunião realizada em 12 de novembro de 2022, na residência de Braga Netto, onde ele e outros kids pretos elaboraram um documento detalhando o plano de ação para manter Bolsonaro como presidente. O grupo de militares nomeou o esquema como “Punhal Verde e Amarelo”.

O objetivo do encontro era “apresentar o planejamento das ações clandestinas com o objetivo de dar suporte às medidas necessárias para tentar impedir a posse do governo eleito e restringir o exercício do Poder Judiciário”.

Conforme denunciou Cid em sua delação premiada, Braga Netto também entregou uma relevante quantia de dinheiro em espécie dentro de uma sacola de vinho para militares. A verba seria destinada a financiar o golpe de Estado.

Fonte: DCM

PL prefere Bolsonaro preso a ‘sangrando aos poucos’; entenda o motivo

Jair Bolsonaro. Foto: Divulgação

Lideranças do PL no Congresso avaliam que o momento mais desgastante para a imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro é o atual, em que ele está exposto pelas investigações da Polícia Federal (PF). As investigações o colocam como personagem central em casos que envolvem um suposto plano de golpe de Estado, falsificação de cartão de vacina e apropriação ilegal de joias sauditas.

Parlamentares do PL ouvidos pelo Globo destacam que a figura de Bolsonaro está sendo “minada” pelas sucessivas investigações.

Eles afirmam que o ex-presidente “sangra aos poucos”, o que, na visão deles, seria mais prejudicial ao seu capital político do que uma eventual prisão, que poderia ser utilizada para fortalecer sua narrativa de “perseguição” por parte do governo e da justiça.

Braga Netto e Bolsonaro. Foto: Divulgação
Desde que foi alvo de buscas da Polícia Federal no início deste ano, Bolsonaro tem utilizado a retórica de perseguição política, apesar das evidências apresentadas pelas investigações, que o vinculam a tentativas de golpe com militares e integrantes do governo anterior.

Antes do indiciamento de Bolsonaro, a cúpula do PL acreditava que o ex-presidente não seria preso. No entanto, a perspectiva atual dentro do partido é que ele será condenado e detido, provavelmente por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), com possibilidade de isso ocorrer no próximo ano. A mudança na avaliação do partido reflete o avanço das investigações e as implicações políticas para o ex-presidente.

Braga Netto chamou comandante de “cagão” por não aderir ao plano golpista; veja prints


Braga Netto chamou Freire Gomes de “cagão” para pressioná-lo a aderir ao golpe. Foto: reprodução

Na manhã deste sábado (14), o general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL) em 2022, foi preso pela Polícia Federal no Rio de Janeiro. A prisão ocorreu no âmbito das investigações que apuram uma tentativa de golpe militar para manter Bolsonaro no poder após sua derrota nas eleições de 2022.

No inquérito elaborado pela PF sobre a trama golpista, os investigadores apontam que o general bolsonarista pressionava líderes militares de alta patente, incluindo o então comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, a apoiar o movimento golpista.

Conversas obtidas pela investigação mostram a frustração de Braga Netto com Freire Gomes, que recusou aderir ao plano. Em mensagens enviadas ao militar e ex-candidato a deputado Ailton Barros, o bolsonarista chama o então comandante do Exército de “cagão”, acusando-o de omissão e indecisão.

“A culpa pelo que está acontecendo e acontecerá é do Gen. Freire Gomes. Omissão e indecisão não cabem a um combatente”, escreveu Braga Netto em dezembro de 2022. Ailton Barros, em resposta, sugeriu “entregar a cabeça” do comandante como uma forma de pressioná-lo.
Braga Netto chamou Freire gomes de “cagão” em conversa com Ailton Barros. Foto: reprodução

Os diálogos, classificados pela PF como peças-chave para entender o núcleo de articulação do plano golpista, revelam as tensões internas nas Forças Armadas e o papel central do ex-ministro da Defesa na tentativa de mobilizar apoio entre os militares.

Freire Gomes, por sua vez, tem se defendido das acusações de omissão. Segundo o Metrópoles, fontes próximas ao general afirmam que ele atuou para barrar qualquer possibilidade de golpe, articulando discretamente com o Alto Comando do Exército para evitar uma ruptura institucional.

Ele teria avaliado que uma denúncia direta ao Supremo Tribunal Federal (STF) poderia agravar a crise política, dando mais força ao movimento golpista.

Uma reunião em dezembro de 2022, revelada pelo tenente-coronel Mauro Cid, trouxe detalhes da trama. Durante o encontro, Bolsonaro teria apresentado aos chefes das Forças Armadas uma minuta golpista.

Enquanto o então comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, manifestou apoio ao plano, Freire Gomes recusou-se a aderir, alegando que isso levaria o país a um colapso institucional.

Braga Netto é acusado pela PF de liderar esforços para garantir apoio ao golpe e minar a confiança no processo democrático. A prisão dele reforça a pressão sobre outros investigados, incluindo o ex-presidente Bolsonaro e membros das Forças Armadas envolvidos nas articulações.

Além das mensagens contra Freire Gomes, Braga Netto também é acusado de usar sua influência para mobilizar recursos financeiros e promover ataques coordenados por meio de milícias digitais contra líderes militares que se opuseram ao plano.

Fonte: DCM

Lula permanece lúcido e se recupera bem após procedimentos, diz novo boletim médico

Segundo o comunicado, o presidente passará apenas por um exame de sangue neste sábado

(Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue lúcido e orientado, alimentando-se e caminhando normalmente, informa um novo boletim médico divulgado pelo hospital Sírio-Libanês. Lula segue internado sob cuidados semi-intensivos após passar por procedimentos na cabeça para conter uma hemorragia, consequência de uma queda que sofreu em outubro.

Segundo o comunicado, o presidente passará apenas por um exame de sangue neste sábado. Até o momento, não existe programação para a realização de novos exames de imagem.

Lula segue sob acompanhamento da equipe médica liderada pelo Dr. Roberto Kalil, médico pessoal do presidente, e pela Dra. Ana Helena Germoglio.

Fonte: Brasil 247

“Prisão de Braga Netto até demorou e agora é preciso evitar a fuga dos demais golpistas", diz Jandira Feghali

Deputada do PCdoB afirma que o general golpista poderia ter sido preso antes

(Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados)

A prisão do general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro (PL) e candidato a vice-presidente na chapa derrotada de 2022, marcou um novo capítulo nas investigações sobre a tentativa de golpe de Estado no Brasil. Braga Netto foi detido pela Polícia Federal na manhã deste sábado (14), em sua residência no Rio de Janeiro, e está custodiado no Comando Militar do Leste. A operação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), também incluiu buscas e apreensões em endereços associados ao militar.

A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) avaliou a prisão como tardia e cobrou monitoramento rigoroso sobre os demais envolvidos no golpe. “A prisão de Braga Netto até demorou. Ele já poderia ter sido preso antes, quando outros militares foram presos antes, na Operação Punhal Verde e Amarelo”, afirmou. Segundo a parlamentar, o general desempenhou um papel central no planejamento golpista: “Ele estava no centro da articulação golpista”.

◉ Braga Netto e o núcleo golpista

Feghali também apontou outros nomes ligados ao esquema, incluindo o general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, e o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro. “O general Augusto Heleno é outro que estava totalmente comprometido com esse processo golpista, assim como Jair Bolsonaro. Ele está totalmente envolvido em tudo isso”, declarou a deputada.

De acordo com Feghali, é necessário que as investigações avancem para atingir todos os integrantes do núcleo conspiratório. A parlamentar destacou a necessidade de uma vigilância maior para evitar a fuga dos investigados: “Eu também tenho preocupação com fuga dos golpistas. Todos eles devem ser monitorados de perto”.

◉ A operação e o papel do STF

Em nota, a Polícia Federal explicou que a operação foi motivada pela tentativa de obstrução das investigações por parte dos envolvidos no golpe, o que justificou a prisão preventiva. Além disso, as medidas judiciais buscam evitar a reiteração das ações ilícitas.

Braga Netto, que foi um dos principais articuladores militares do governo Bolsonaro, é acusado de desempenhar um papel estratégico na tentativa de impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após o resultado das eleições de 2022. A detenção do general foi autorizada no âmbito de uma investigação ampla conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF.

◉ Preocupação com a fuga e próximos passos

Para Jandira Feghali, a prisão de Braga Netto é apenas o início de um processo que deve alcançar outras figuras do alto escalão. “Agora é preciso evitar que esses golpistas escapem da Justiça. É inaceitável que tentem fugir ou manipular provas para impedir que a verdade venha à tona”, alertou.

A deputada destacou que o momento exige firmeza das instituições brasileiras para consolidar o Estado Democrático de Direito: “Estamos lidando com pessoas que atentaram contra a democracia e não podem sair impunes. É fundamental que todos sejam responsabilizados”.

A prisão de Braga Netto intensifica a pressão sobre outros envolvidos na tentativa de golpe e reforça o compromisso das autoridades brasileiras em garantir que os responsáveis sejam devidamente julgados e punidos. O caso continua em investigação, e a expectativa é de que novos desdobramentos aconteçam nas próximas semanas. Assista:

Fonte: Brasil 247

Gleisi:"punição para todos, a começar pelo chefe inelegível; sem anistia"

Presidente nacional do PT destaca importância da prisão de Braga Netto e reforça o enfrentamento à extrema direita no Brasil

Gleisi Hoffmann (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

A prisão do general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro e acusado de participação em um plano golpista, foi comemorada pela presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann. Em declaração pública neste sábado (14), Gleisi sublinhou a gravidade dos crimes imputados a Braga Netto e outros aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, defendendo punição exemplar para todos os envolvidos.

"Braga Netto foi preso preventivamente porque tentou atrapalhar as investigações da polícia, isso depois de todos saberem que entregou dinheiro vivo em caixas de vinho, participando de plano para matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes. Queriam se manter no governo a qualquer custo, para continuar a venda do país", afirmou Gleisi.

◉ Uma ação contra os ataques à democracia

A prisão de Braga Netto ocorreu durante operação da Polícia Federal, que cumpriu mandados expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é investigado por tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Lula, eleito democraticamente em 2022. O militar está detido no Comando Militar do Leste, no Rio de Janeiro, e a operação também incluiu buscas em endereços associados ao general.

Gleisi ressaltou que a prisão de Braga Netto, a condenação de Roberto Jefferson a nove anos de prisão pelo STF e os avanços no processo de cassação da deputada Carla Zambelli (PL-SP) representam passos significativos no enfrentamento às ameaças à democracia. Segundo ela, esses nomes são símbolos da cúpula bolsonarista que promoveu ódio e violência política no Brasil:

"Essa prisão, a condenação de Roberto Jefferson e a formação de maioria no TRE-SP para cassar a deputada Carla Zambelli por suas mentiras são notícias importantes no enfrentamento à extrema direita. São três nomes da cúpula bolsonarista que cometeram crimes gravíssimos contra a democracia. Três incitadores do ódio e da violência política. Com essa gente não pode haver impunidade."

◉ "Sem anistia"

Para a presidente do PT, é fundamental que as punições não se limitem a figuras intermediárias, mas cheguem ao núcleo central do bolsonarismo, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, considerado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por ataques às urnas eletrônicas.

"Punição para todos, a começar pelo chefe inelegível. Sem anistia", afirmou Gleisi, ecoando um sentimento presente em parte da sociedade de que é necessário responsabilizar todas as figuras envolvidas em atos contra o Estado Democrático de Direito.

◉ A resposta da Justiça

A operação contra Braga Netto e os desdobramentos em casos envolvendo outros membros do bolsonarismo são interpretados como sinais do fortalecimento das instituições brasileiras no combate às ameaças à democracia. O STF e outros órgãos têm intensificado ações contra grupos e lideranças que, segundo as investigações, atuaram para minar o processo eleitoral e a estabilidade política do país.

Para Gleisi, este é apenas o início de um processo mais amplo de responsabilização: "Com essa gente, não pode haver impunidade."

Fonte: Brasil 247

Confira na íntegra a decisão de Alexandre de Moraes que autorizou a prisão de Braga Netto

Braga Netto é suspeito de obstrução de Justiça por tentar atrapalhar as investigações sobre a tentativa de golpe em 2022

Ministro do STF Alexandre de Moraes 18/06/2024 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

A Polícia Federal prendeu neste sábado (14) o general Walter Braga Netto por participação em uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. As investigações mostram que Braga Netto e o ex-presidente Jair Bolsonaro eram os principais articuladores da trama golpista.

Segundo a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF,) que autorizou a prisão, as investigações da operação Contragolpe e depoimentos do colaborador Mauro Cid “revelaram a gravíssima participação de Walter Souza Braga Netto nos fatos investigados, em verdadeiro papel de liderança, organização e financiamento, além de demostrar relevantes indícios de que o representado atuou, reiteradamente, para embaraçar as investigações”.

A PF apontou que o general teria atuado para obter informações sobre a delação premiada de Mauro Cid e na obtenção e entrega de recursos financeiros para execução de monitoramento de alvos e planejamento de sequestros e, possivelmente, homicídios de autoridades.


Fonte: Brasil 247

PF enviará novos dados sobre inquérito do golpe ao STF e PGR

Os agentes da PF continuam com etapas da investigação que visa apurar indícios de tentativa de golpe de Estado

Agentes da Polícia Federal (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

A operação da Polícia Federal (PF) que prendeu na manhã deste sábado (14) o general Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa, da Casa Civil e candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro, ainda está em andamento. Segundo a jornalista Ana Flor, do g1, os agentes continuam com etapas da investigação que visa apurar indícios de tentativa de golpe de Estado. A ação busca reforçar os dados já repassados à Procuradoria-Geral da República (PGR).

O inquérito, que tramita na PGR desde o mês de novembro, examina elementos relacionados ao cenário golpista e está sob análise do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF). A PF já concluiu parte da investigação, mas novas provas e o depoimento de Braga Netto devem fornecer informações cruciais para dar prosseguimento ao caso. O interrogatório ocorrerá na tarde deste sábado, no Rio de Janeiro.

De acordo com fontes próximas ao cenário investigativo, as informações coletadas ao longo da operação e durante o depoimento serão enviadas ao STF e à PGR. A expectativa é que a análise seja concluída até março, embora as novas provas possam antecipar esse prazo. Nove integrantes do Ministério Público Federal estão envolvidos no caso, com o próprio procurador-geral, Paulo Gonet, acompanhando de perto a evolução da investigação.

Com o andamento da operação, surgem novas expectativas sobre as implicações da prisão de Braga Netto e seu impacto nas investigações em curso. O cenário indica que a análise aprofundada do caso poderá redefinir prazos e conclusões, especialmente diante do peso das novas informações levantadas pela PF.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Bolsonaristas acreditam que Braga Netto caiu em armadilha de família de Mauro Cid

A Polícia Federal prendeu o general Walter Braga Netto em operação neste sábado

Mauro Cid (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado )

Aliados próximos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sugerem que os detalhes da prisão do general Walter Braga Netto indicam uma possível armadilha, articulada pelo general Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, informa a Folha de S. Paulo. De acordo com informações, mensagens revelam que Lourena Cid entrou em contato com Braga Netto em setembro do ano passado, para assegurar que seu filho não estaria colaborando com a Justiça através de uma delação premiada, apesar de essa colaboração já ter sido fechada e homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Os aliados de Bolsonaro relatam que Braga Netto demonstrava dificuldade em acreditar que alguém da confiança do Exército, como Mauro Cid — integrante dos "kids pretos", referência às forças especiais de elite do Exército —, poderia entregar colegas de farda e figuras próximas do governo em uma estratégia de delação. Isso teria, segundo esses interlocutores, levado o ex-ministro a se abrir para contatos posteriores, fornecendo involuntariamente informações sensíveis à Polícia Federal.

Nesse cenário, Braga Netto teria gerado provas contra si mesmo e outros envolvidos no caso da tentativa de golpe de Estado, ao compartilhar detalhes que posteriormente foram utilizados na investigação. A percepção é de que a abordagem de Lourena Cid teria sido uma manobra estratégica para enfraquecer a posição do general e consolidar novas informações no inquérito.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Randolfe: "Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer como República, mas, hoje, é um dia histórico nessa caminhada"

A Polícia Federal prendeu, na manhã deste sábado (14), o general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro

Randolfe Rodrigues (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

A prisão do general da reserva Walter Braga Netto, ocorrida na manhã deste sábado (14), marca um momento inédito na história do Brasil e gerou forte repercussão política. Ex-ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro e candidato a vice-presidente na chapa derrotada em 2022, Braga Netto foi detido pela Polícia Federal (PF) sob a acusação de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.

O senador Randolfe Rodrigues, um dos principais líderes do governo no Congresso, destacou a importância do episódio para o fortalecimento da democracia no Brasil. Em declaração, Randolfe afirmou:

"A decretação de prisão de quem quer que seja não é razão para celebração. Dito isto, o fato de que pela primeira vez na história do Brasil, um general de quatro estrelas é preso por tentativa de Golpe de Estado, é por si só um sinal de que avançamos como democracia constitucional. O Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer como República mas, hoje, é um dia HISTÓRICO nessa caminhada."

A operação da Polícia Federal

A ação foi conduzida pela Polícia Federal com base em mandados judiciais expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Além da prisão preventiva de Braga Netto, dois mandados de busca e apreensão e uma medida cautelar foram cumpridos em endereços ligados ao militar. De acordo com a PF, os investigados estavam obstruindo a produção de provas durante o inquérito que apura a tentativa de golpe.

Braga Netto foi detido em sua residência no Rio de Janeiro e levado ao Comando Militar do Leste, onde permanecerá sob custódia enquanto as investigações prosseguem. Em nota, a Polícia Federal declarou:

"As medidas judiciais têm como objetivo evitar a reiteração das ações ilícitas."

Um marco na República

A prisão de Braga Netto, general de quatro estrelas e figura de alta patente no Exército Brasileiro, representa um marco histórico. Nunca antes um militar deste nível havia sido detido sob a acusação de envolvimento em atos golpistas contra a democracia.

Para Randolfe Rodrigues, o episódio reflete um avanço na consolidação da democracia no Brasil, que ainda enfrenta desafios significativos para superar as ameaças ao Estado Democrático de Direito. A declaração do senador ecoa o sentimento de que a responsabilização de figuras poderosas é essencial para fortalecer as instituições republicanas e garantir a confiança da sociedade no sistema de Justiça.

Fonte: Brasil 247

"Grande dia!", diz Padilha, ao celebrar a prisão de Braga Netto

Netto é acusado de planejar o assassinato de Lula, de Alexandre de Moraes, além de articular um golpe de Estado

Alexandre Padilha (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, celebrou neste sábado (14) a prisão de Walter Braga Netto, ex-ministro e uma das figuras mais influentes do governo Bolsonaro. Braga Netto é acusado de planejar o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, além de articular um golpe de Estado.

Em uma publicação nas redes sociais, Padilha resumiu a repercussão do caso com a frase: “Grande dia!”. Ele reforçou ainda a posição do governo federal contra qualquer ameaça ao regime democrático, destacando que "crimes contra o Estado Democrático de Direito não serão tolerados".

A declaração de Padilha faz referência ao manifesto apresentado na última quinta-feira (12) durante uma reunião do Plenário do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável, o “Conselhão”. Segundo o ministro, o documento deixa claro o compromisso do governo com a Justiça e com a democracia:

“O manifesto apresentado no Pleno do Conselhão na última quinta-feira reafirma: proteger o Brasil exige compromisso com a Justiça e a defesa intransigente da democracia.”


Fonte: Brasil 247