O vídeo institucional da Marinha atacando o governo e insinuando que o brasileiro é um povo preguiçoso e que leva uma vida folgada reacendeu a discussão sobre a realidade privilegiada dos militares em comparação com a população civil, em especial os trabalhadores, e com a imensa maioria dos servidores públicos civis.
A peça publicitária não surpreende, pois os militares efetivamente consideram que os paisanos são preguiçosos, incompetentes e corruptos. Como explicitou o general Hamilton Mourão na campanha de 2018, seriam “as influências negra e indígena” da nossa formação cultural.
Em decorrência dessa visão, os militares atribuem a si próprios a missão de conduzirem os “destinos da Nação”, nem que para isso precisem tomar de assalto o poder de Estado pela força, como planejaram fazer com Bolsonaro, e como fizeram ao longo da nossa história republicana.
RX das pensões militares
O exame detido da situação de pensionistas das Forças Armadas mostra distorções relevantes, que produzem um impacto significativo no orçamento nacional que deveria ser para a Defesa, mas que, no entanto, é abocanhado na quase totalidade pela “família militar”.
O Brasil desembolsa 25,7 bilhões de reais por ano só para o pagamento de 236.621 pensões vitalícias de parentes de militares.
Isso significa o valor médio mensal de R$ 9.051,74 por pensão militar paga; valor cinco vezes maior que a média de R$ 1.752,52 da pensão paga pelo INSS aos 34,2 milhões de pensionistas do Regime Geral da Previdência Social/RGPS.
As filhas de militares representam 51,9% dos gastos totais com pensões, consumindo 13,3 bilhões de reais por ano do orçamento da União, como se observa na tabela:
O Exército concentra 55,4% dos gastos com pensões vitalícias da família militar. São 14,2 bilhões por ano a este título, significando uma pensão média de R$ 9.289,33, conforme tabela:
Pensão militar mais antiga é paga desde 1930
A pensão militar mais antiga começou a ser paga há mais de 94 anos, quase um século atrás, em setembro de 1930. A filha beneficiária –presumivelmente uma senhora hoje com no mínimo 94 anos de idade– recebe o valor mensal de R$ 11.906,17 [dado de agosto/2024] como filha de suboficial da Marinha.
A viúva pensionista militar mais antiga recebe o valor atual [agosto/2024] de R$ 11.309,90 desde setembro de 1932, há 92 anos, com a patente de Segundo-Tenente do Exército. Na hipótese de tal viúva ter se casado com 16 anos de idade, ela teria hoje no mínimo 108 anos, quase todos eles integralmente vividos às custas do erário.
Existem pelo menos 2.669 pensões militares que são usufruídas há mais de 55 anos, a mais antiga delas há 94 anos [tabela]:
Pensões acima do teto do salário do funcionalismo
Em agosto de 2024, data-base do presente RX das pensões, uma pensionista de Tenente-Brigadeiro-do-Ar da Aeronáutica recebeu R$ 107.989,42 a título de pensão como filha.
Pelo menos 268 pensionistas militares recebem acima do teto do funcionalismo público de R$ 44.008,52, com muitas pensões que que podem alcançar quase R$ 80 mil mensais.
Gastos com pessoal consomem quase 80% do orçamento das Forças Armadas
Os gastos com pessoal consomem quase 80% do orçamento das Forças Armadas. As despesas com pensões e com militares reformados ou na reserva [aposentados] equivalem ao dobro das despesas com pessoal da ativa, um contingente de 352 militares.
A realidade brasileira, com a destinação de praticamente todo o orçamento que seria para a Defesa Nacional, mas que é usado para pagar despesas de pessoal, vai na contramão da lógica dos gastos militares no mundo.
A principal potência militar do planeta, os Estados Unidos, destinam não mais que 22% do seu orçamento militar para gastos com pessoal. A maior parcela orçamentária estadunidense [39%] é destinada para operação e manutenção, ao passo que outros 17% destinam-se a compras, e 15% são empregados em pesquisa e desenvolvimento tecnológico.
Quer privilégios? Vem pras Forças Armadas
Na parte final daquele vídeo institucional da Marinha que insulta o povo brasileiro como vagabundo e preguiçoso, a figurante pergunta e responde provocativamente: “Privilégio? #VempraMarinha”.
O texto desta infame peça publicitária tem um fundo de verdade.
Comparando-se a realidade das pensões de servidores militares com os servidores civis encontra-se um conjunto de aberrações e distorções que precisam ser corrigidas, pois tratam-se de privilégios inaceitáveis.
Quando se compara os valores das pensões de militares como a dura realidade dos trabalhadores do Regime Geral da Previdência Social que recebem pensões pagas pelo INSS, as discrepâncias são ainda mais aberrantes, conforme tabela:
Os militares chegam a receber, em média, pensões com valores 667,4% superiores ao que recebem os trabalhadores do RGPS/INSS, e até 68,6% a mais que a média dos servidores civis, como demonstrado na tabela:
Privilégios precisam acabar
Além de ilegal, improcedente e destituída de fundamentos, é inaceitável a reclamação dos militares em relação ao ajuste proposto pelo governo e que atinge a maioria da população brasileira que vive precariamente com menos de dois salários mínimos.
As medidas propostas pelo governo com a estimativa de economizar R$ 2 bilhões por ano são superficiais e não eliminam os privilégios militares, que continuam podendo se aposentar com no máximo 55 anos, quando todos trabalhadores e trabalhadoras do país são obrigados/as a trabalhar até a idade mínima de 65 e 62 anos.
Os obscenos privilégios dos militares e as desigualdades em relação aos servidores públicos civis e trabalhadores em geral não se restringem somente às pensões vitalícias.
Nas aposentadorias militares –reforma e reserva– também existem enormes distorções, do mesmo modo que nos benefícios dos militares da ativa. Tratam-se de benefícios salariais e de regalias de toda natureza, como casa, alimentação, vestimenta, educação, saúde etc.
É preciso que Governo e Congresso priorizem o enfrentamento desses privilégios militares, assim como de outras castas do serviço público, ao invés de carregarem nas costas da maioria da população os custos do ajuste.
Arsenal é encontrado no apartamento do atirador em Pinheiros. Foto: Reprodução/
Um homem de 31 anos foi preso na noite desta sexta-feira (6), após atirar contra policiais militares em um apartamento de cobertura em Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo. Durante a ocorrência, um arsenal de armas foi apreendido no local.
Moradores da Rua Joaquim Antunes relataram barulhos de tiros vindos de uma cobertura duplex por volta das 21h. Equipes das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) foram mobilizadas e, ao chegarem no local, um disparo atravessou a porta do apartamento e atingiu outra unidade do prédio.
Diante da situação, o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) foi chamado para negociar a rendição do homem, que estava sozinho e em surto psicótico. Devido à resistência do homem à prisão, um cão farejador foi usado para imobilizá-lo, resultando em uma mordida no braço do suspeito. Ele foi encaminhado ao Pronto-Socorro do Hospital Beneficência Portuguesa para atendimento.
Jeniffer Castro em ação com a Magazine Luiza. Foto: reprodução
A bancária, e agora influenciadora, Jennifer Castro, que se tornou assunto nas redes sociais após um vídeo onde recusava ceder seu lugar na janela de um voo para uma criança, deu um passo significativo em sua nova carreira como influenciadora digital. Com mais de 1,8 milhão de seguidores, Jennifer publicou na ultima sexta-feira (6) sua primeira campanha publicitária no Instagram, em parceria com o Magazine Luiza.
No vídeo, Jennifer, que ficou conhecida como “diva do avião, veste a cor azul característica da varejista e lê um texto em tom bem-humorado, explicando que sua postura “plena” durante a discussão no avião se deu porque estava distraída com as ofertas de Natal da Magalu. Aproveitando a narrativa, ela comenta que vai comprar um tablet para o sobrinho, afirmando que “é ótimo para distrair crianças em aviões”.
A jovem, até então desconhecida, virou destaque nas redes sociais após o episódio no voo viralizar. Apesar de críticas de alguns internautas, a maioria aplaudiu sua postura diante da situação. A ascensão meteórica de Jennifer chamou a atenção de marcas, e o Magazine Luiza foi o primeiro a aproveitar o momento, apostando em uma abordagem criativa e ágil.
Eluciana Cardoso tem 54 anos e é filiada ao Podemos, partido pelo qual disputou as eleições de 2018 para a Assembleia Legislativa de MG. Foto: Reprodução
A advogada, nutricionista e escritora Eluciana Cardoso, que ganhou notoriedade por gravar um vídeo criticando uma passageira em um voo da Gol, já enfrentou denúncias do Ministério Público Eleitoral (MPE). Segundo o portal Metrópoles, Eluciana foi acusada em 2021 de falsificar assinaturas em documentos entregues à Justiça Eleitoral durante sua campanha a deputada estadual por Minas Gerais em 2018. Ela também já concorreu ao cargo de vereadora em Belo Horizonte, pelo partido Cidadania, em 2016.
A denúncia apontava que Eluciana teria falsificado as assinaturas de sua irmã e de seu marido em recibos e contratos que justificavam gastos de sua campanha. “Admito que assinei os documentos, mas não cometi dolo ou qualquer tentativa de violar a fé pública”, afirmou Eluciana em sua defesa. O caso foi julgado em março de 2022 pelo juiz Marcelo Gonçalves de Paula, da 29ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte, que a absolveu da acusação de falsidade ideológica.
O nome de Eluciana voltou a circular nas redes sociais após um episódio ocorrido dentro de um avião. Durante o voo, ela gravou um vídeo acusando Jennifer Castro, uma passageira que se recusou a ceder o assento à janela para uma criança. “Estou gravando a sua cara porque você não tem empatia com as pessoas. Isso é repugnante”, declarou Eluciana na gravação. O vídeo foi postado pela filha da advogada e gerou grande repercussão.
Apesar da polêmica, Eluciana não é a mãe da criança envolvida no incidente. Segundo Jennifer Castro, além de ser filmada, ela foi verbalmente agredida pela mãe do menor. O portal Metrópoles informa que a advogada possui registro na OAB-MG, mas não costuma atuar na advocacia. Em suas redes sociais, Eluciana tem foco na produção de vídeos sobre nutrição e bem-estar.
Além de sua atuação como nutricionista, Eluciana foi homenageada pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em junho de 2023. A deputada Ana Paula Siqueira (Rede) propôs a honraria, que reconheceu sua “relevante contribuição na cultura nacional, promoção da diversidade e inclusão social” em apoio ao Institut Cultive Suisse Brésil, conforme informações do site da ALMG.
William de Barros Noia, Kleber Nascimento Freitas e Paulo Rodolpho Lima Nascimento: ex-PRFs são condenados pela morte de Genivaldo — Foto: JN/reprodução
Genivaldo morreu asfixiado em maio de 2022, após ser trancado no porta-malas de uma viatura e exposto a gás lacrimogêneo. Os ex-policiais, presos desde outubro de 2022, foram demitidos da Polícia Rodoviária Federal (PRF) por determinação do Ministro da Justiça em agosto de 2023.
As condenações foram definidas da seguinte forma:
● William Noia: responsável por abordar Genivaldo inicialmente e segurar a porta da viatura após a bomba de gás ser lançada, recebeu pena de 23 anos, um mês e nove dias de reclusão.
● Kleber Freitas: utilizou spray de pimenta contra Genivaldo por cinco vezes durante a abordagem e foi condenado a 23 anos, um mês e nove dias de prisão.
● Paulo Rodolpho: chegou durante a ocorrência, lançou a bomba de gás no porta-malas e segurou a porta da viatura, sendo condenado a 28 anos de reclusão.
O Júri Popular desclassificou o crime de homicídio doloso para William Noia e Kleber Freitas, que foram condenados por tortura seguida de morte e homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
Essas penas foram proferidas pelo juiz federal Rafael Soares Souza, da 7ª Vara Federal de Sergipe. Já Paulo Rodolpho foi condenado pelo Júri Popular por homicídio triplamente qualificado e absolvido do crime de tortura.
Após o julgamento, Laura de Jesus Santos, irmã de Genivaldo, afirmou que, apesar da condenação, a família não sente felicidade. “Foi um resultado satisfatório, embora a gente não fique feliz com a desgraça de ninguém. Acalma, mas felicidade não traz”, declarou.
A atuação dos ex-PRFs durante a abordagem
Imagens gravadas por testemunhas da abordagem mostram William Noia ordenando que Genivaldo colocasse as mãos na cabeça. Mesmo obedecendo, Genivaldo recebeu um jato de spray de pimenta no rosto. De acordo com a perícia, Kleber Freitas aplicou o spray de pimenta pelo menos cinco vezes contra Genivaldo, que, durante o ocorrido, alegava não estar fazendo nada.
A ação prosseguiu com Genivaldo sendo imobilizado no chão, enquanto os policiais pressionavam seu pescoço e peito com os joelhos. Após ser colocado no porta-malas da viatura, Paulo Rodolpho lançou uma granada de gás lacrimogêneo no compartimento.
Em seguida, ele e William Noia seguraram a porta da viatura, dificultando a dissipação da fumaça e agravando a asfixia de Genivaldo, que morreu no local.
A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), afirmou não ter certeza se o pacote fiscal do governo Lula será aprovado ainda este ano, mas destacou que essa possibilidade não está descartada.
“Não sei se a gente consegue [aprovar em 2024] porque o calendário é curto, mas tem uma boa vontade do presidente [da Câmara] Arthur Lira. A urgência demonstrou isso. Acho que é possível”, disse Gleisi em entrevista a jornalistas neste sábado (7). A declaração foi citada pelaCNN Brasil.
A Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira o regime de urgência para duas propostas que integram o pacote fiscal do governo do presidente Lula, o que elimina a exigência de determinados prazos e acelera a tramitação.
Uma das propostas que passam a tramitar com urgência trata da autorização ao governo para limitar a utilização de créditos tributários em caso de déficit nas contas públicas, para aperfeiçoar o arcabouço fiscal. A outra busca ajustar as despesas ligadas ao salário mínimo aos limites do arcabouço fiscal. Ou seja, o salário mínimo continuaria a ter um ganho acima da inflação, mas limitado a um intervalo entre 0,6% e 2,5%.
O deputado José Guimarães (PT-CE), que é líder do governo na Câmara, disse à Reuters, na quarta-feira, que espera que os projetos sejam discutidos na semana que vem.
A decisão de homenagear a primeira-dama teria sido um consenso entre os membros da comissão organizadora do evento
Lula e Janja (Foto: RICARDO STUCKERT/PR)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) elogiou neste sábado (7) a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, pela homenagem recebida do grupo Prerrogativas, composto por advogados e pesquisadores do Direito.
“Ela foi reconhecida por seu trabalho e incansável empenho pela Aliança Global contra a Fome e a Pobreza", escreveu Lula em uma publicação na rede social X.
A decisão de homenagear Janja teria sido um consenso entre os membros da comissão organizadora do evento. O grupo reconhece que a primeira-dama desempenhou um grande serviço à sociedade ao pressionar pela indicação de mais mulheres a cargos no Judiciário do Brasil.
Durante o evento, Janja afirmou que 2024 foi um ano desafiador, mas ressaltou que “sementes” estão sendo colhidas.
“Esse foi um ano difícil, mas também foi um ano que a gente está colhendo muitas sementes”, disse. “Se tem uma palavra que pode definir e fechar esse ano de 2024 é esperança por um país mais justo, solidário e igualitário”.
A decisão de homenagear a primeira-dama teria sido consenso entre os membros da comissão organizadora do evento
Janja. Foto: Ricardo Stuckert
O grupo Prerrogativas, formado por advogados e pesquisadores do Direito, prestou uma homenagem à primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, na noite de sexta-feira (6), em São Paulo.
“A homenagem é pelo compromisso dela com um sistema de justiça mais inclusivo, mais diverso e mais representativo da nossa sociedade. Janja é uma aliada em pautas como sustentabilidade e feminismo e carrega dentro dela o espírito da advocacia, que é o senso de justiça”, destacou o coordenador do grupo, o advogado Marco Aurélio de Carvalho, conforme informou o jornalO Globo.
A decisão de homenagear Janja teria sido consenso entre os membros da comissão organizadora do evento. O grupo reconhece que a primeira-dama desempenhou grande serviço à sociedade ao pressionar pela indicação de mais mulheres a cargos no Judiciário do Brasil.
Maior representatividade feminina no Judiciário
Durante o evento, Janja afirmou que 2024 foi um ano desafiador, mas ressaltou que “sementes” estão sendo colhidas.
“Esse foi um ano difícil, mas também foi um ano que a gente está colhendo muitas sementes”, disse. “Se tem uma palavra que pode definir e fechar esse ano de 2024 é esperança por um país mais justo, solidário e igualitário”.
“As mulheres precisam se sentir representadas no Judiciário. Então, a gente segue junto num Judiciário com mais igualdade de gênero e mais qualidade. Temos muita caminhada e a gente sabe disso. Não é um caminho fácil”, enfatizou.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
A ministra Simone Tebet durante a inauguração fábrica de celulose em MS. Foto: reprodução
Na última quarta-feira (4), uma pesquisa do instituto Genial/Quaest mostrou que o governo Lula (PT) é reprovado por 90% dos “representantes” do mercado financeiro entrevistados. Já na última sexta-feira (7), Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento, saiu em defesa da gestão petista, afirmando que não consegue acreditar na contradição vivida no Brasil.
“Temos investimentos públicos e privados andando no Brasil. Estamos com a menor taxa de desemprego da história e a maior taxa de ocupação já registrada. Além disso, retiramos 3 milhões de pessoas da extrema pobreza”, iniciou seu argumento durante a inauguração de uma fábrica de celulose em Mato Grosso do Sul.
“Eu não posso acreditar que um governo com resultados tão concretos e bem avaliado seja considerado ruim por 90% do chamado ‘mercado’. Isso não é imparcialidade. É jogar contra o país”, disse ao lado de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e outros ministros.
De acordo com o estudo Genial/Quaest, apenas 3% dos entrevistados consideram o governo Lula como positivo enquanto outros 7% avaliam a gestão como regular.
Durante seu discurso, a ministra ainda afirmou que “quem joga contra o país quer afundá-lo”. “Nós não vamos permitir isso, graças à força do setor privado, do agronegócio, do comércio e da indústria. Tudo isso está bem conduzido pelo vice-presidente Geraldo Alckmin”, enfatizou.
O estudo:
O estudo, que entrevistou 105 profissionais de fundos de investimento em São Paulo e no Rio de Janeiro, mostra que os 90% dos entrevistados que desaprovam a administração atual representam aumento significativo em relação aos 64% registrados em março.
A percepção negativa é amplamente influenciada pela política econômica do governo, com 96% dos entrevistados acreditando que as medidas econômicas do país estão indo na direção errada. Além disso, 88% dos participantes projetam uma deterioração do cenário econômico nos próximos meses.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também está sob escrutínio. Sua aprovação caiu de 50% para 41%, enquanto a desaprovação dobrou de 12% para 24% desde março. O levantamento indica que 61% dos profissionais do mercado financeiro veem Haddad com menos influência agora do que no início de seu mandato.
As recentes medidas fiscais anunciadas pelo governo também foram mal recebidas, com 58% dos entrevistados considerando o pacote fiscal “nada satisfatório”.
Ainda assim, 88% reconhecem que as ações propostas são favoráveis ao cumprimento da regra de gastos do arcabouço fiscal. As mudanças nos benefícios militares, incluindo o fim da ‘morte ficta’ e da transferência de pensão militar, são altamente apoiadas, com cerca de 99% de aprovação
Os Municípios irão receber até às 18h da próxima segunda-feira, 9 de dezembro, o repasse adicional de 1% do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). A transferência prevista a ser partilhada entre os Entes locais é de R$ 8,6 bilhões. Essa é uma conquista permanente que resultou de uma luta de anos liderada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). Confira mais detalhes da distribuição na nota produzida pela entidade municipalista.
Vale lembrar que o valor repassado é calculado a partir da arrecadação do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) e do Imposto de Renda (IR), contabilizado entre o início de dezembro de 2023 até o final de novembro deste ano. O montante deve ser repassado um dia antes da primeira cota do FPM para o mês de dezembro. Quando comparado com o mesmo repasse do ano passado, o adicional de 1% deste ano é superior em 15,61% ao que foi transferido em 2023 (R$ 7,45 bilhões).
A CNM tinha estimado o repasse extra de dezembro com o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias em R$ 8,7 bilhões. Isso representou consistência de 98,7% em relação ao valor efetivo, de modo que a diferença foi de somente 1,3% (R$ 114,3 milhões). Atualmente, as parcelas do FPM são compostas de 22,5% da arrecadação do IR e IPI arrecadados nos últimos 10 dias e distribuídas de acordo com o preconizado nas Decisões Normativas do Tribunal de Contas da União (TCU).
◉ Sem retenção
Cabe salientar que, de acordo com a redação da EC 55/2007, ao 1% adicional do FPM não incide retenção do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). No entanto, trata-se de uma transferência constitucional e por isso deve incorporar a Receita Corrente Líquida (RCL) do Município e, consequentemente, devem ser aplicados em Manutenção e Desenvolvimento de Ensino (MDE).
◉ Outras conquistas adicionais
Além dos repasses decendiais, os Municípios recebem três adicionais de FPM: 1% de julho, 1% de setembro e 1% de dezembro, totalizando, dentro de um ano, 25,5% do total arrecadado. Os repasses do 1% de dezembro chegaram ao seu décimo oitavo ano de vigência. Todas as transferências adicionais são resultados da atuação da Confederação com os gestores, o que garante o fortalecimento do movimento municipalista.
No período, os cofres municipais receberam R$ 72,2 bilhões relacionados aos repasses extras das Emendas Constitucionais (EC) 55/2007, sendo outros R$ 47,8 bilhões transferidos pela EC 84/2014 (adicional de 1% do FPM em julho). Ainda, foram repassados R$ 7,4 bilhões por meio da EC 112/2021 (adicional de 1% do FPM em setembro). Ao calcular o volume repassado em conjunto, a luta constante da Confederação em prol dos Municípios representou mais de R$ 127,5 bilhões aos cofres municipais.
A primeira-dama participou de um evento promovido pelo grupo de advogados Prerrogativas, em São Paulo
A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja (Foto: Graccho/SGPR)
A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, afirmou, na noite de sexta-feira (6), que 2024 foi um ano desafiador, mas ressaltou que “sementes” foram “plantadas” para o futuro.
“As mulheres precisam se sentir representadas no Judiciário. Então, a gente segue junto num Judiciário com mais igualdade de gênero e mais qualidade. Temos muita caminhada e a gente sabe disso. Não é um caminho fácil”, enfatizou Janja durante um evento promovido pelo grupo de advogados Prerrogativas, em São Paulo, onde foi homenageada.
Acompanhada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Janja chegou à cerimônia após retornarem de uma viagem ao Uruguai, onde participaram da Cúpula do Mercosul.
Segundo informações da CNN, Lula não discursou no evento, afirmando que o foco deveria ser na fala da primeira-dama.
Sucessão de Gleisi Hoffmann deve ser marcada por disputa entre José Guimarães e Edinho Silva
(Foto: Lula Marques)
Começa neste sábado (7), em Brasília, a reunião do diretório nacional do PT que dará início ao processo sucessório da presidente da sigla, Gleisi Hoffmann. A disputa interna, prevista para culminar na eleição de julho de 2025, deve opor dois nomes de peso: o prefeito de Araraquara e ex-ministro Edinho Silva, favorito ao posto, e o deputado federal José Guimarães, líder do governo na Câmara. Apesar de especulações sobre a possível entrada de Paulo Okamoto, histórico aliado petista, na corrida pela presidência do partido, dirigentes próximos descartaram sua candidatura.
Segundo Lauro Jardim, do jornalO Globo, José Guimarães reúne apoio de um grupo próximo à atual direção partidária, encabeçado por Gleisi Hoffmann e pela tesoureira Gleide Andrade. Esse bloco está mais alinhado às correntes tradicionais do PT e a setores identificados com a ala mais à esquerda do governo Lula.
Por outro lado, Edinho Silva é visto como o nome preferido de figuras influentes que ocupam cargos estratégicos no governo federal, como os ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Fernando Haddad (Fazenda).
O presidente Lula (PT) não declarou, ainda, apoio a nenhum candidato. Até o momento, Lula adota uma postura de “deixa correr”, segundo relatos de aliados próximos. A interlocutores que apoiam Guimarães, o presidente teria respondido apenas um enigmático “vai tocando” ao ser questionado sobre a eleição interna do partido, enquanto informações de bastidores sugerem que seu favorito seja Edinho.
A principal missão de Edinho Silva, segundo líderes petistas, será costurar acordos internos e superar as resistências do bloco que hoje está sob influência direta de Gleisi. O clima de confronto interno já começa a se desenhar, e nos próximos sete meses, a expectativa é de disputas e negociações até a escolha do próximo presidente do partido.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
O militar é um dos 37 indiciados pela Polícia Federal no âmbito do inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado em 2022
Ministro da Defesa, Walter Braga Netto (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
O general Walter Braga Netto negou, na sexta-feira (6), por meio de uma publicação na rede social X, ter atuado na coordenação de uma tentativa de golpe de Estado. No post, acompanhado de um comunicado oficial da defesa do militar, ele também rejeitou acusações de participação em plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF).
“A Defesa técnica do General Walter Souza Braga Netto reitera que o cliente não tomou conhecimento de documento que tratou de suposto golpe e muito menos do planejamento para assassinar alguém. Dessa forma, o General não coordenou e não aprovou plano qualquer e nem forneceu recursos para tal”, diz a nota.
Braga Netto é um dos 37 indiciados pela Polícia Federal no âmbito do inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado após a derrota eleitoral de Jair Bolsonaro em 2022. Segundo as investigações, o general seria o líder do grupo envolvido no plano golpista.
O ministro participou de um evento promovido pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa
Ricardo Lewandowski (Foto: Bruno Peres/Agência Brasil)
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, voltou a defender a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, na sexta-feira (6), durante um evento promovido pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa. O encontro teve como foco os desafios enfrentados pela segurança pública no Brasil.
Na ocasião, Lewandowski ressaltou a importância de uma "mudança estrutural e sistêmica" para ajustar as competências constitucionais relacionadas à segurança pública. Ele enfatizou ainda que os entes federativos devem manter a própria autonomia.
“Estados e municípios, além do Distrito Federal, têm autonomia e devem continuar tendo. Insisto nisso. No que diz respeito à governança de suas polícias militares, polícias civis e guardas municipais. Isso é um dogma, já afirmo isso com todas as letras. Então é preciso que nós respeitemos isso e nós, na União, respeitamos, sobretudo com relação ao projeto de emenda constitucional que nós estamos gestando. Aliás, já apresentamos ao presidente da República e estamos discutindo com os governadores nesse momento”, disse.
Campos Neto, presidente do Banco Central, tem se aproximado de Tarcísio de Freitas (Republicanos). Reprodução
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, esteve presente em agendas realizadas pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com integrantes do governo de extrema-direita da Argentina e do presidente Javier Milei. O encontro ocorreu na última segunda-feira (2) no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, mas foi mantido sob baixa divulgação oficial.
Tarcísio recebeu o ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, e Karina Milei, irmã e secretária-geral da Presidência. Segundo o Metrópoles, fontes do governo paulista afirmaram que Campos Neto, a convite de Tarcísio, participou de parte das reuniões e acompanhou a comitiva argentina durante a visita.
Apesar de sua presença, o economista não apareceu em registros oficiais divulgados pelo governo de São Paulo. Além disso, sua agenda oficial foi alterada após o evento. Inicialmente, ela indicava uma reunião com o ministro argentino, mas foi posteriormente ajustada para constar apenas que Campos Neto cumprimentou Caputo.
Luis Caputo, ministro da Economia da Argentina. Foto: reprodução
A presença do presidente do Banco Central nas reuniões aumentou os rumores sobre um possível ingresso no governo paulista após sua saída do cargo, prevista para ocorrer em breve.
Bolsonaristas, Campos Neto e Tarcísio de Freitas têm uma relação próxima. Em junho deste ano, o governador promoveu um jantar em homenagem ao banqueiro, após ele ser agraciado com uma comenda na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Fontes ligadas ao Palácio dos Bandeirantes destacam que Campos Neto e Caputo são amigos de longa data, o que teria motivado o encontro no início da semana. Ainda assim, a participação do presidente do BC em eventos alinhados a figuras próximas ao novo governo argentino chama atenção em meio a um contexto de aproximação entre Brasil e Argentina em questões econômicas e diplomáticas.
Luis Caputo, que assumiu o Ministério da Economia da Argentina sob o governo de Milei, tem se esforçado para ampliar laços econômicos na região, especialmente com São Paulo, maior estado da economia brasileira. A parceria sinaliza a intenção de fortalecer a integração comercial entre os países, alinhada aos princípios liberais defendidos pelo presidente de extrema-direita do país vizinho.