quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Policial que vazou dados sensíveis sobre segurança de Lula será processado, diz chefe da PF

A corporação aponta que o agente havia se oferecido para colaborar com um golpe de Estado

Andrei Passos Rodrigues (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, afirmou nesta quarta-feira (4) que o policial Wladimir Matos Soares, preso por envolvimento em uma trama golpista para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não integrava a equipe que cuidava da segurança do petista em 2022. Segundo Rodrigues, o agente será submetido a um processo disciplinar. A declaração foi feita durante um café da manhã com jornalistas.

Rodrigues explicou que Soares foi designado apenas para atuar na segurança de prédios onde estavam chefes de Estado que vieram acompanhar a posse presidencial. Apesar disso, a PF aponta que ele vazou dados sensíveis sobre a segurança de Lula na época da transição e se ofereceu para colaborar com um golpe de Estado.

"Nessa condição ele [Wladimir Matos Soares] circulava em vários locais e um dos locais que ele circulou foi o prédio onde estava o presidente Lula, o presidente eleito, e aí passou as informações pro pessoal da Abin", explicou.

De acordo com a investigação, servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) reuniram informações de maneira ilegal para municiar planos golpistas que incluíam o assassinato de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Fonte: Brasil 247

Gleisi saúda Lula: 'o mercado gosta é de Milei, que joga metade da população argentina na pobreza para fazer superávit fiscal'

A presidente do PT mencionou algumas estatísticas que apontaram redução da pobreza no Brasil

Gleisi Hoffmann (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), destacou nesta quarta-feira (4) a importância dos investimentos públicos no Brasil, para ampliar os direitos sociais dos mais pobres. Ao defender o governo Lula (PT), a petista comparou a gestão federal com o governo do presidente ultradireitista argentino, Javier Milei.

"No primeiro ano de governo Lula a pobreza no Brasil caiu ao menor nível desde o início da série de pesquisas, em 2012. Tiramos 8,7 milhões da linha de pobreza e 3,1 milhões da extrema pobreza. E vai seguir melhorando, porque é o resultado do aumento do emprego, da renda e da cobertura dos programas sociais, como o Bolsa Família, que o nosso governo está fortalecendo. Bom para o povo, bom para o país", escreveu a parlamentar na rede social X.

A deputada sugeriu que representantes do sistema financeiro precisam entender o gasto como sinônimo de investimento. "A mídia e o mercado gostam mesmo é da política do Milei, que jogou mais da metade da população da Argentina na pobreza pra fazer superávit fiscal. Deixem o Lula trabalhar!", postou Gleisi.

Em 2023, o Brasil alcançou os menores níveis de pobreza e extrema pobreza da série histórica iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou as estatísticas nesta quarta-feira (4).

O parâmetro internacional para medir a pobreza, definido pelo Banco Mundial, é de uma renda de até US$ 6,85 por pessoa por dia. Pessoas com renda abaixo disso, que equivale a cerca de R$ 665 por mês, são consideradas em situação de pobreza. O parâmetro global para a extrema pobreza é de uma renda de até US$ 2,15 por dia, cerca de R$ 209 mês.

Entre 2022 e 2023, 8,7 milhões de pessoas saíram da pobreza no país. O número total desse público caiu de 67,7 milhões para 59 milhões — menor contingente desde 2012. Em proporção, passou de 31,6% para 27,4% da população. No mesmo período, 3,1 milhões de pessoas saíram dessa situação. O público total recuou de 12,6 milhões para 9,5 milhões, chegando ao menor patamar desde 2012. Em termos percentuais, a queda foi de 5,9% para 4,4% da população.

Na Argentina, o relatório do Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) divulgou dados referentes ao primeiro semestre de 2024. Em solo argentino existem mais pessoas pobres do que não pobres: são quase 53%, ou seja, mais da metade da população. É o maior percentual em 20 anos.
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Lula e Milei. Foto: Ricardo Stuckert / PR | Agustin Marcarian/Reuters

Fonte: Brasil 247

Lira diz que decisão do STF afetou clima na Câmara, mas assegura que pacote fiscal será aprovado

Presidente da Câmara avaliou ainda que o momento do anúncio da isenção do IR, feito junto com o pacote de corte de gastos, foi "inadequado"

Arthur Lira (Foto: Carlos Moura/SCO/STF)

(Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) disse nesta quarta-feira que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre emendas parlamentares afetou o clima na Casa e que, neste momento, o governo não teria votos sequer para aprovar a urgência dos projetos de lei do pacote fiscal, mas, ao mesmo tempo, garantiu que a medida será aprovada nas próximas semanas.

"Temos que tratar este assunto (pacote fiscal) com toda a seriedade, o que não está sendo fácil, porque tem muitas variáveis que estão acontecendo que não dependem só da vontade do Congresso e não estão ajudando no encaminhamento de sensibilidade política neste momento", disse Lira em evento do portal Jota em Brasília.

"O fato de ter sido uma lei votada pela Câmara, pelo Senado, sancionada pelo presidente da República e logo em seguida uma outra decisão remodelando tudo o que foi votado, causa muita, muita intranquilidade legislativa", acrescentou o deputado sobre a decisão do Supremo. "Hoje, hoje, o governo não tem votos sequer para aprovar as urgências dos PLs."

Na terça, o STF votou por unanimidade para liberar o pagamento de emendas parlamentares, que estava suspenso desde agosto, mas impôs uma série de condições, como critério de transparência e planos prévios para alocação dos recursos, além de determinar que essas despesas sigam as regras do arcabouço fiscal.

Ao mesmo tempo, o presidente da Câmara destacou a importância das medidas de contenção de gastos e, embora diga que será necessário muito diálogo, afirmou que as medidas serão aprovadas pelos deputados.

"O momento é instável -- e nós não podemos esconder porque ele está claro -- mas eu não tenho dúvidas que nós vamos conseguir (aprovar), ou nesta semana, ou na outra", disse.

"A gente vai dialogando, vai conversando, o governo está empenhado, é importante dizer."

Lira apontou ainda a necessidade do Congresso votar o pacote ainda neste ano para que o Orçamento seja elaborado com base nessas medidas fiscais.

O presidente da Câmara disse ainda que há uma parcela de deputados que defende cortes mais duros do que os previstos pela equipe econômica e defendeu filtros mais rígidos para programas sociais, apontando que os critérios atuais para concessão de benefícios estão "frouxos".

Sobre a reforma do Imposto de Renda, que inclui proposta do governo para isentar quem ganha até 5 mil reais mensais, com compensação por meio da taxação de quem recebe acima de 50 mil reais por mês, Lira afirmou que o Congresso tem "obrigação" de votar a proposta no ano que vem. O presidente da Câmara avaliou ainda que o momento do anúncio da isenção, feito junto com o pacote de corte de gastos, foi "inadequado".

Indagado sobre uma proposta do governo que eleva a alíquota da Contribuição Social Sobre o Lucro (CSLL) e do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) cobrado nos Juros sobre o Capital Próprio (JCP), Lira afirmou que "não há demanda" e nem "apoio político" para votar a medida na Câmara.

Fonte: Brasil 247


'Todas as provas indicam que Bolsonaro sabia da trama golpista', diz diretor-geral da PF sobre inquérito do golpe

"Depoimento, troca de mensagens. É uma investigação muito responsável. Não são 'vozes da minha cabeça'. Tudo que está ali tem sustentação fática", disse

Jair Bolsonaro (Foto: Reuters)

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos Rodrigues, afirmou nesta quarta-feira (4) que todas as provas levantadas até o momento indicam que Jair Bolsonaro (PL) tinha conhecimento do plano golpista que visava mantê-lo no poder e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Rodrigues destacou que a investigação é "muito responsável" e que todos os elementos de prova, como depoimentos e trocas de mensagens, sustentam a acusação.

"Todos os elementos de prova indicam que sim, o ex-presidente sabia da trama golpista, por isso, isso e isso. Depoimento, troca de mensagens. É uma investigação muito responsável. Não são 'vozes da minha cabeça'. Tudo que está posto ali tem sustentação fática", afirmou Rodrigues em conversa com jornalistas no Instituto Nacional de Criminalística (INC), em Brasília, de acordo com o jornal O Globo.

Rodrigues também foi questionado sobre as lacunas que ainda persistem na investigação, como a identidade de cinco militares envolvidos no plano de assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, além de um possível quarto alvo identificado como "Juca". O diretor-geral explicou que, apesar da conclusão do relatório de 884 páginas, ainda há diligências em andamento e que novos complementos podem ser enviados ao STF.

"Houve apreensão de mais mídias [na operação Contragolpe] e houve também uma determinação recente do ministro relator [Alexandre de Moraes] para que se faça a oitiva de determinadas pessoas. Então isso segue em trâmite", explicou o diretor-geral.

Uma das peças-chave do inquérito, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, será ouvido novamente nesta quinta-feira (5) pela PF. Cid firmou um acordo de delação premiada com a corporação e a nova oitiva ocorrerá a pedido de Moraes, que validou o acordo em 21 de novembro.

Andrei Rodrigues esclareceu que a PF não pediu a rescisão do acordo, mas elaborou um relatório apontando possíveis omissões e contradições nos depoimentos do militar. Esses pontos serão abordados durante o interrogatório.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Lira considera Lula 'fortíssimo' para eleição de 2026 e diz que direita não tem outro nome além de Bolsonaro

"Todo candidato à reeleição, se a economia estiver bem situada, é fortíssimo", disse o presidente da Câmara

Lula e Arthur Lira (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quarta-feira (4), durante o Fórum Jota em Brasília, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se apresenta como um "candidato fortíssimo" à reeleição, caso a economia esteja em boa situação no ano eleitoral. "Todo candidato à reeleição, se a economia estiver bem situada, é fortíssimo", destacou Lira, de acordo com a Folha de S. Paulo.

Em relação à direita, Lira disse não enxergar outra opção para 2026 a não ser Jair Bolsonaro (PL), ressaltando que a elegibilidade do ex-presidente será uma questão decidida no período eleitoral. "Se tiver elegibilidade ou não, vamos saber no período da eleição. Lula já disputou eleição assim", lembrou, referindo-se à eleição de 2018, quando Lula, preso, ainda liderava a chapa do PT e foi substituído por Fernando Haddad apenas pouco antes do primeiro turno.

Bolsonaro foi declarado inelegível até 2030 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por uma reunião que realizou com embaixadores quando era presidente para fazer alegações falsas contra a integridade do sistema eletrônico de votação do Brasil antes da eleição de 2022.

Lira também fez uma reflexão sobre a falta de alternativas viáveis para uma terceira via em 2026, sugerindo que, caso o cenário eleitoral seja semelhante ao de 2018, outras opções de candidatos poderiam se tornar “escassas”.

O presidente da Câmara também abordou sua visão sobre o seu futuro após o término de seu mandato à frente da presidência da Câmara. Segundo a reportagem, Lira afirmou que está concentrado em sua sucessão e não cria expectativas sobre os passos que tomará depois de deixar o cargo.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Ciro exalta Derrite apesar de violência policial em SP: "merece aplausos e será nosso candidato ao governo ou ao Senado"

Presidente do PP compara gestão de Derrite a do ditador Nayib Bukele, presidente de El Salvador, destacando política de segurança como trunfo eleitoral

Ciro Nogueira (Foto: Isac Nóbrega/PR)

O presidente do Partido Progressista (PP), senador Ciro Nogueira (PP-PI), defendeu publicamente a gestão de Guilherme Derrite (PL-SP) à frente da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, mesmo diante de graves casos de violência policial e aumento na letalidade da PM. De acordo com reportagem da Folha, durante uma reunião em Brasília nesta semana, Nogueira reforçou o apoio a Derrite e o destacou como peça central para a chapa majoritária nas eleições estaduais de 2026. "Ele é nosso candidato a governador, caso Tarcísio [de Freitas] dispute a Presidência. Se Tarcísio optar pela reeleição, Derrite será o nosso candidato ao Senado", afirmou.

Os elogios de Ciro ocorrem em um momento em que a gestão de Derrite enfrenta duras críticas. Nos primeiros nove meses do ano, as mortes causadas por ações policiais subiram 82% no estado. Casos recentes, como o assassinato de uma criança de 4 anos em uma operação policial e a morte de um homem jogado de uma ponte por um policial militar, ganharam repercussão nacional e alimentaram o debate sobre violência e abuso de poder na corporação. Ainda assim, Ciro minimizou: "As imagens chocam. Temos que condenar. Mas são fatos isolados."

◉ Segurança como prioridade e comparação com Bukele

Para Nogueira, a segurança pública tornou-se a principal preocupação da população brasileira, o que reforça a importância de lideranças como Derrite. "A sensação de insegurança é muito grande. A polícia prende o mesmo bandido 30 vezes. As pessoas se sentem desamparadas", disse, citando pesquisas que mostram o tema como prioridade nas eleições.

O senador também comparou a gestão de Derrite à do presidente de El Salvador, Nayib Bukele, conhecido por sua política de segurança repressiva. "Não tenho dúvida de que, se não fosse a polarização de [Jair] Bolsonaro contra Lula, surgiria no Brasil uma liderança como Bukele", afirmou. Bukele, reeleito com 83% dos votos, foi amplamente criticado por organizações de direitos humanos após prender mais de 75 mil pessoas sem acusação formal.

◉ Derrite como trunfo político

Ciro destacou ainda que a popularidade do governador Tarcísio de Freitas cresceu mesmo após ações policiais controversas. Segundo o Instituto Paraná Pesquisas, a aprovação de Tarcísio subiu de 61,9% para 71,6% após a Operação Verão, que resultou na morte de 47 pessoas em confrontos policiais. "Não estamos justificando nem apoiando a violência policial. Mas a população reage de outra forma, justamente porque vê a segurança como principal problema do país", afirmou.

Para o presidente do PP, Derrite reúne as credenciais para representar o projeto político do partido. "O trabalho que ele vem fazendo é um trunfo importante. A sociedade demanda uma atuação firme, e Derrite tem entregado resultados", concluiu. Com o apoio declarado de Ciro Nogueira, o secretário já desponta como figura central para 2026, seja na disputa pelo governo do estado ou pelo Senado.

Fonte: Brasil 247

Em vídeo gravado para conferência de extrema direita, Bolsonaro elogia Milei, pede anistia por 8/1 e nega tentativa de golpe

“Não houve golpe. Nós apenas conversamos sobre hipóteses constitucionais, mas Lula da Silva quer dizer que eu tentei dar um golpe de Estado”, disse

Jair Bolsonaro durante participação em evento em Goiânia, 04/04/2024 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

Fábio Matos, Infomoney - Em uma mensagem gravada, já que está com o passaporte retido pela Justiça brasileira e não pode deixar o país, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não poupou elogios ao mandatário da Argentina, Javier Milei, na abertura de mais uma edição da CPAC (Conservative Political Action Conference – ou Conferência de Ação Política Conservadora, na tradução em português), nesta quarta-feira (4), em Buenos Aires.

Trata-se do principal fórum de debates envolvendo as forças políticas mais conservadoras em nível global. Desta vez, o anfitrião do encontro é o presidente da Argentina, Javier Milei, aliado de Bolsonaro e do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

No vídeo, exibido na abertura da conferência, Bolsonaro elogiou o governo do aliado argentino.

“Prezado Javier Milei, meus cumprimentos pelo jeito que você está conduzindo essa nação e conseguindo ótimos resultados. Parabéns pelas medidas, às vezes salgadas, que você está tomando, que estão dando resultado”, disse o brasileiro.

“Nós fizemos no Brasil algo parecido com o que você está fazendo na Argentina, mas tivemos dois problemas: a pandemia e a guerra na Ucrânia. Nós também reduzimos a carga tributária e por três meses consecutivos tivemos deflação. Eu espero que a Argentina continue nessa linha. Os problemas vão aparecendo, mas vamos driblando”, prosseguiu Bolsonaro, comparando a gestão de Milei ao seu governo no Brasil (entre 2019 e 2022).

A CPAC (Conferência de Ação Política Conservadora) teve origem nos EUA, em 1974, em meio à crise política no país em função do escândalo de Watergate, que culminou na renúncia do então presidente Richard Nixon

“A volta de Donald Trump [nos EUA] nos dá forças. Ele já reclamou da anistia do filho do [Joe] Biden, sugeriu que também haveria anistia aos invasores do Capitólio, o que nos leva a defender que também exista anistia aos patriotas que saíram às ruas em 8 de janeiro no Brasil”, completou Bolsonaro, reiterando sua defesa de uma anistia aos condenados pelos ataques às sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023.

Em seu discurso, o ex-presidente da República aproveitou para agradecer a Milei por ter “recebido” vários condenados pelo 8 de janeiro que fugiram para a Argentina – e pediram refúgio ao país. “Lutamos pela anistia dessas pessoas”, disse o ex-presidente.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encaminhou ao país vizinho pedidos de extradição de 63 foragidos que participaram dos atos de 8 de janeiro do ano passado em Brasília (DF). Na ocasião, o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto foram invadidos e depredados.

◉ Golpe de Estado - Em sua fala exibida na CPAC, Jair Bolsonaro voltou a afirmar que é alvo de uma perseguição jurídica no Brasil. O ex-presidente é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal (PF) que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado no país, no fim de 2022, com o intuito de evitar a posse de Lula. Bolsonaro também é alvo dos inquéritos sobre a suposta fraude em cartões de vacinação e sobre as joias sauditas.

“Não houve golpe. Nós apenas conversamos sobre hipóteses constitucionais, mas Lula da Silva quer dizer que eu tentei dar um golpe de Estado”, disse Bolsonaro. “Temos um juiz na Suprema Corte que não segue o devido processo legal. Ele se faz de vítima. E por isso não tenho meu passaporte. Mas espero que me devolvam para eu poder comparecer na posse do Trump, que me convidou”, completou o ex-presidente, referindo-se ao ministro Alexandre de Moraes, do STF.

◉ CPAC em Buenos Aires - Além de Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o filho “02” do ex-presidente, também participará da CPAC e deve discursar.

O estrategista político Steve Bannon, muito ligado a Trump e à extrema-direita americana, também é aguardado no encontro conservador, participando por videoconferência. Outro que confirmou presença é o advogado e comentarista político americano Ben Shapiro.

A CPAC em Buenos Aires também deve receber o ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo; a ministra da Segurança do país, Patricia Bullrich; Santiago Abascal, líder da extrema-direita na Espanha; e Eduardo Velástegui, representante da direita mais radical no México. Também devem comparecer políticos conservadores de países como Uruguai, Chile, Peru e Bolívia.

O tema da edição “argentina” da CPAC é: “Defendendo a liberdade, a soberania nacional e valores tradicionais no futuro da América Latina”.

Segundo especialistas, a reunião deve se tornar um palanque político para Javier Milei, que vem tentando consolidar a imagem de grande líder conservador regional e uma das referências da direita mundial. Ele se aproximou recentemente de Trump, com quem vem construindo uma boa relação.

Na Cúpula de Líderes do G20, no Rio de Janeiro (RJ), no mês passado, Milei esboçou ficar de fora da declaração final do encontro, mas acabou cedendo na última hora e autorizou os representantes do governo argentino a assinarem o documento.

A CPAC teve origem nos EUA, em 1974, em meio à crise política no país em função do escândalo de Watergate, que culminou na renúncia do então presidente Richard Nixon. Naquela época, um dos principais lemas do evento era a “defesa da Constituição” americana, em um momento de forte polarização política e embates entre movimentos sociais e de defesa de minorias e grupos mais conservadores.

Em sua história cinquentenária, a CPAC já contou com a participação de ex-presidentes dos EUA como Ronald Reagan, George W. Bush e o próprio Donald Trump, todos do Partido Republicano.

O evento chegou ao Brasil em 2019, por iniciativa de Eduardo Bolsonaro, durante o primeiro ano de governo de Jair Bolsonaro.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

Senador bolsonarista defende PMs que jogaram homem de ponte em SP: 'deveriam ter jogado do penhasco'

Senador Jorge Seif também disse que"tomar um banho no córrego foi um prêmio” para a vítima da agressão policial

Jorge Seif (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

 O senador Jorge Seif (PL-SC) usou as redes sociais para defender a atitude dos policiais militares de São Paulo que arremessaram um homem de uma ponte em um córrego na Zona Sul da cidade. Em um post no X (antigo Twitter), Seif defendeu a atitude dos policiais e afirmou que o único erro cometido foi não terem jogado o jovem de um penhasco.

“Imprensa nacional demonizando a PM de SP. O erro dos policiais foi ter jogado o meliante em um córrego. Deveriam ter jogado do penhasco. Porque com essa justiça sem vergonha que libera vagabundo em audiência de custódia, levar pra delegacia e ser satirizado por criminoso é o fim do mundo. Tomar um banho no córrego é prêmio”, escreveu Seif, de acordo com O Globo.

A declaração gerou indignação, com muitos internautas criticando a postura do senador, especialmente por minimizar a gravidade da violência durante a ação policial. Seif também ironizou, sugerindo que o incidente foi um "prêmio" para o jovem e expressou apoio ao Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite.

O caso, que ocorreu na madrugada de segunda-feira (2), foi registrado em vídeo por testemunhas e mostra três policiais militares abordando um homem com camiseta azul. Um dos PMs então o levanta pelas pernas e o joga na água. O jovem, identificado como Marcelo, entregador de profissão, feriu o rosto na queda e foi socorrido por moradores de rua antes de ser levado a um hospital.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afastou 13 policiais militares envolvidos no incidente. O secretário Guilherme Derrite se posicionou em vídeo, declarando que a ação dos policiais "não encontra respaldo nos procedimentos operacionais" e que tais "ações isoladas não podem denegrir a imagem" da PM.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que "quem atira pelas costas ou age de maneira tão absurda não está à altura de usar essa farda". A afirmação de Tarcísio referencia a um outro caso, onde um PM de folga executou um jovem negro com 11 tiros após ele furtar uma caixa de sabão.

O procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, classificou as imagens como "estarrecedoras e absolutamente inadmissíveis" e determinou que o Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp) acompanhasse o caso. Segundo ele, a situação demonstrava que a vítima já estava dominada no momento da agressão.

A violência policial no estado de São Paulo cresceu de forma assustadora durante o primeiro ano da gestão de Tarcísio de Freitas. Os dados apontam um aumento de 51% nas mortes decorrentes de intervenção policial em 2024, comparado ao mesmo período do ano anterior. De janeiro a novembro deste ano, 697 mortes foram atribuídas a policiais, contra 460 em 2023.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Mensagens revelam que Moro, Deltan e suíços agiram fora de canais oficiais contra multinacional

O caso em questão envolve a Trafigura, uma empresa de commodities com sede na Suíça

Sergio Moro e Deltan Dallagnol (Foto: Marcos Corrêa/PR | Pedro de Oliveira/ALEP)

Mensagens trocadas entre procuradores brasileiros, suíços e o ex-juiz e atual senador Sérgio Moro revelam um intercâmbio de informações fora dos canais oficiais sobre a multinacional Trafigura, acusada de corrupção no mercado internacional de commodities. Os diálogos, obtidos pela Operação Spoofing e divulgados pelo jornalista Jamil Chade, do UOL, trazem à tona detalhes de investigações realizadas durante a Operação Lava Jato.

As conversas incluíam procuradores da Lava Jato e autoridades suíças, que discutiam estratégias e compartilhavam dados sem registro formal. O caso em questão envolve a Trafigura, uma empresa de commodities com sede na Suíça, acusada de pagar subornos de cerca de US$5 milhões para garantir contratos no setor de petróleo em Angola. Nesta semana, a multinacional tornou-se a primeira a enfrentar julgamento criminal na Suíça por suborno a funcionário público estrangeiro.

O intercâmbio informal foi revelado em mensagens trocadas entre 2015 e 2018, acessadas pela Operação Spoofing, que investigou o hackeamento de celulares de procuradores e de Moro. Em outubro de 2015, durante uma reunião na embaixada suíça em Brasília, um representante suíço destacou o interesse em apurar supostos pagamentos de propina pela Trafigura e outras empresas a funcionários da Petrobras.

As investigações incluíam contratos entre a Petrobras e a Trafigura, além de suspeitas envolvendo Mariano Marcondes Ferraz, então diretor da empresa, que supostamente utilizou contas bancárias para pagamentos suspeitos. Em abril de 2016, o procurador suíço Stefan Lenz relatou, via Telegram, que estava "prestes a pedir a prisão de Marcondes", mas admitiu dificuldades para determinar se ele atuava em nome da Trafigura ou de outra empresa.

Em outubro de 2016, o ex-procurador Deltan Dallagnol informou a Sérgio Moro, por mensagem, que Marcondes estava no Brasil e que a força-tarefa pretendia prendê-lo antes que deixasse o país. "Caro, precisamos de uma reunião urgente. Assunto: Mariano Marcondes Ferraz da Trafigura está no Brasil", escreveu Deltan. A prisão preventiva foi decretada em menos de 24 horas.

Posteriormente, em mensagens de 2018, membros da força-tarefa coordenaram a apresentação de denúncias para coincidir com o plantão da juíza Gabriela Hardt, considerada favorável às ações da Lava Jato. "Acho ótimo se Gabriela não estiver em férias", escreveu Deltan.

Questionados sobre as revelações, Sérgio Moro e Deltan Dallagnol não comentaram o caso. As mensagens reacendem o debate sobre as práticas adotadas pela Lava Jato, incluindo a informalidade no intercâmbio de informações internacionais e as possíveis implicações para a condução dos processos judiciais. O julgamento da Trafigura na Suíça está previsto para durar até 20 de dezembro.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornalista Jamil Chade, do UOL

Economia brasileira está a todo vapor e crescimento deve se manter, dizem analistas

 

Consumo das famílias ajudou a puxar expansão do PIB. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Analistas avaliam que a expansão do PIB (Produto Interno Bruto) em 0,9% no terceiro semestre reforça os avanços da economia brasileira. Para eles, o avanço mostra que o país está a todo vapor, com pleno emprego e sem capacidade ociosa.

Os Índices de Gerente de Compras (PMI), indicador de atividade calculado pela agência de risco S&P, sugerem que o ritmo pode ser mantido no quarto trimestre, mesmo com alguma desaceleração no mês de novembro.

“Os dados de novembro revelaram uma expansão mais moderada no setor industrial brasileiro. No entanto, a taxa de crescimento permaneceu elevada em relação à média histórica, indicando um desempenho robusto”, afirma Polyanna de Lima, da S&P, ao jornal O Globo.

O PMI da indústria do Brasil registrou 52,3 em novembro após ter ficado em 52,9 em outubro, segundo a S&P. Polyanna aponta, no entanto, que o índice relacionado à “capacidade utilizada do setor manufatureiro” registrou 51,1 em novembro.
Homem faz compras em mercado. Foto: Reprodução
Para ela, o número sinaliza “que o setor opera acima de seu potencial, o que sugere uma utilização plena dos recursos disponíveis”. “Esse cenário reflete uma demanda forte por produtos, impactando positivamente a produção e os investimentos, mas também pode gerar pressões inflacionárias”, prossegue.

Polyanna ainda destaca o desemprenho da indústria de transformação, que cresceu 1,3% em relação ao segundo semestre, e afirma que o setor de serviços também teve um desempenho positivo, o que “evidencia uma recuperação econômica abrangente”.

“A utilização plena da capacidade no setor industrial e o crescimento vigoroso no setor de serviços são sinais positivos, mas também trazem desafios inflacionários que precisam ser geridos com cautela para assegurar um crescimento sustentável a longo prazo”, completa.

Fonte: DCM

Homem é preso suspeito de estuprar adolescente durante voo da Azul

 

Avião da Azul: voo da companhia aérea registra caso de estupro. Foto: reprodução.

A Polícia Federal (PF) prendeu um homem suspeito de estuprar um adolescente durante um voo de São Paulo para Belém na madrugada de segunda-feira (2), conforme informações do Globo.

O suspeito iniciou uma conversa com a vítima, que estava sentada ao seu lado, enquanto os pais do adolescente ocupavam assentos separados. Ao perceber as intenções do homem, o jovem informou o pai, gerando uma discussão a bordo.

Para evitar agressões de outros passageiros, o suspeito foi isolado no banheiro até o pouso em Belém, por volta da 1h. Após a aterrissagem, a PF realizou o flagrante e encaminhou o homem ao sistema prisional do Pará.

A Justiça Federal, atendendo a um pedido do Ministério Público, fixou fiança de R$ 28,2 mil para a concessão de liberdade provisória. Até o pagamento da fiança, o suspeito permanece detido. O caso foi registrado como estupro de vulnerável.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Diretor-geral da PF nega pressões políticas em investigação sobre trama golpista

Andrei Rodrigues destaca relação harmônica com chefias militares e justifica decisões baseadas na lei

Diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, durante entrevista coletiva em Brasília (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

 O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou nesta quarta-feira (4) que o indiciamento de 25 militares no inquérito sobre a trama golpista de 2022 reforça que não houve interferência política para proteger membros das Forças Armadas, informa O Globo. A declaração ocorreu em entrevista coletiva em Brasília.

“Não houve nenhuma questão política que obstasse medidas que nós deveríamos tomar, tanto que há pela primeira vez na história do Brasil um general preso”, disse Rodrigues. Ele também destacou a cooperação entre a Polícia Federal e os atuais comandantes das Forças Armadas. Segundo ele, o contato com as chefias militares tem ocorrido de forma "absolutamente harmoniosa" e em alto nível.

O diretor-geral da PF também falou sobre a opção da corporação de não prender o general Walter Braga Netto, apontado como um dos líderes da trama golpista que pretendia assassinar o presidente Lula (PT), vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo Rodrigues, não haviam requisitos legais para a prisão do militar.

“Nós não agimos com emoção, não agimos por deleite, por vontade individual. Nós agimos com a Constituição e a lei. Na avaliação da equipe de investigação, os pré-requisitos de prisão preventiva não eram aplicáveis para esse cidadão (Braga Netto)”, explicou.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Polícia Federal já fez novas apreensões após entrega de relatório sobre trama golpista, diz diretor-geral

Andrei Rodrigues também disse que "existem petições que aguardam diligências, que continuam sendo cumpridas, inclusive com a oitiva de novas pessoas"

Delegado Andrei Passos (Foto: ABR | Lucio Bernardo Junior/Câmara dos Deputados)

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos Rodrigues, informou que a corporação fez novas apreensões de materiais após a divulgação do relatório da Operação Contragolpe, que desmantelou uma trama golpista que envolvia o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre Moraes.

“O inquérito principal foi concluído, mas existem petições anexas que aguardam as diligências, que continuam sendo cumpridas, inclusive com a oitiva de novas pessoas conforme a recente determinação do ministro relator, Alexandre de Moraes”, afirmou o delegado nesta quarta-feira (4), de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

O relatório de 884 páginas, divulgado na última terça-feira (26), indiciou Jair Bolsonaro e mais 36 pessoas, incluindo militares de alto escalão e ex-ministros, mas deixou lacunas quanto ao conhecimento do ex-mandatário Bolsonaro sobre o plano, codificado como “Punhal Verde e Amarelo”, que visava a morte dos alvos citados.

Rodrigues também abordou a questão do codinome "Juca", utilizado pelos militares investigados para se referir a um dos alvos do plano. A identidade do "Juca", assim como a de outros alvos, permanece em segredo.

Ainda segudno a reportagem, durante o encontro com jornalistas no Instituto Nacional de Criminalística (INC) da Polícia Federal, Rodrigues também comentou sobre a investigação da “Abin Paralela” – um suposto esquema de monitoramento ilegal de adversários e críticos do governo Bolsonaro, que inclui jornalistas, parlamentares e membros do STF. O delegado revelou que há esforços para concluir este inquérito até o final de 2024.

“Em relação à Abin Paralela, o trabalho segue em andamento, e há a expectativa de conclusão ainda este ano. A investigação está tomando o tempo necessário para que todos os aspectos sejam devidamente apurados”, afirmou Rodrigues. O diretor-geral também destacou que a operação Contragolpe revelou táticas de ocultação de rastros pelos militares envolvidos, que teriam estudado o caso do assassinato da vereadora Marielle Franco para dificultar investigações.

“O que se percebeu é que havia uma intenção de dificultar eventuais investigações. Eles estudaram o caso Marielle para aprender como se evadir e não deixar rastros”, detalhou o delegado. Ele acrescentou que, além de tomarem precauções como habilitar celulares em nome de terceiros, os envolvidos no plano usaram transporte alternativo para evitar o rastreamento.

Em relação às metas da Polícia Federal para 2025, Andrei Rodrigues mencionou que a corporação planeja a realização de um concurso para contratar 1.800 novos policiais e 700 agentes administrativos. Além disso, o orçamento da PF para o próximo ano está sendo ampliado, com uma previsão de aumento de R$ 800 milhões, a fim de reforçar a estrutura da instituição.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

Apucarana é destaque em livro de microcrédito da Fomento Paraná



Pela primeira vez, um “case” de sucesso de Apucarana foi selecionado para o Livro do Microcrédito da Fomento Paraná. A publicação conta as histórias do empreendedor David Angelo e Silva, especialista na localização de vazamentos em encanamentos, e da agente de crédito Edi Arcas Aquino, especialista em atender pequenos empreendedores.

O prefeito Junior da Femac afirma que o Livro de Microcrédito é uma iniciativa da Fomento Paraná, junto com o Sebrae e a Mais Finanças. “Essa é a quarta edição da publicação e pela primeira vez uma história de Apucarana foi selecionada. O livro apresenta histórias de sucesso de pequenos negócios, que promovem práticas de sustentabilidade. Ao todo, a publicação traz 28 cases de sucesso de todo o Paraná Paraná e, juntamente, a história do agente de crédito responsável pelo atendimento”, explica Junior da Femac, afirmando que a publicação foi oficialmente apresentada no Encontro Estadual de Agentes de Crédito, ocorrido no final de novembro, em Foz do Iguaçu.

O prefeito lembra que somente em 2024 o Banco da Mulher e a Sala do Empreendedor já liberaram mais de R$ 1,6 milhão em microcrédito. “As operações realizadas colocam Apucarana no top 3 do microcrédito no Paraná. Desse montante, 61% atenderam mulheres e 39% homens. Os recursos contribuem para alavancar os pequenos negócios e o resultado desse trabalho poderá ser conferido nesta publicação, que serve de modelo e inspiração para empreendedores de todo o Paraná”, assinala Junior da Femac.

Essa história começa a ser contada em 2022, quando Angelo procurou o Banco da Mulher, que funciona na Prefeitura de Apucarana, onde foi atendido pela agente de crédito Edi. “Havia procurado informações em bancos comerciais, mas não recebi a atenção necessária no meu momento empresarial. Quando entrei em contato com a Edi, recebi a atenção e as informações necessárias para decidir sobre o empréstimo”, observa Angelo.

O empreendedor afirma que optou pelo microcrédito chamado Micro Fácil, sendo que o valor do empréstimo foi de R$ 12.500. “Parcelei em 33 vezes, com três meses de carência, e já estou terminando de quitar o empréstimo. Com os recursos liberados, adquiri um desemtupidor de tubulação e um geofone eletrônico para localização de vazamentos”, revela.

De acordo com ele, os equipamentos permitem localizar os vazamentos no encanamento, sem precisar quebrar pisos e paredes nos imóveis dos clientes. “Percebi que esse serviço poderia solucionar um grande problema dos clientes, que estavam preocupados com o aumento da sua conta de água por causa de vazamentos. Além dos benefícios aos clientes e ao meio ambiente, consegui também aumentar em mais de 50% o meu faturamento”, relata, acrescentando que a nova tecnologia aplicada passou a representar um diferencial no mercado.

Além do carisma e do amor pelo que faz, o que também chamou a atenção da agente de crédito Edi é que o empreendimento atendia os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, especialmente o ODS 6, referente à água potável e saneamento. “O empreendimento contribui para a economia de gastos, incentivando a utilização da água de forma responsável e sem desperdícios. É um negócio que ajuda nossa cidade a se tornar mais sustentável, contribuindo para o equilíbrio do meio ambiente”, ressalta Edi.

Na publicação, Edi relata como a experiência de agente de crédito transformou a sua vida. “Durante 9 anos trabalhei em bancos comerciais e por 5 anos fui gerente de agência de um grande banco nacional. O que mais me frustrava no trabalho é que as metas e desempenho da agência tinham que estar, muitas vezes, à frente das necessidades dos clientes”, conta.

Edi afirma que se sente realizada como agente de crédito, função desempenhada há 5 anos. “Por meio de conhecimentos que obtive na carreira profissional e acadêmica, além dos cursos e atualizações que a Fomento Paraná e o Sebrae oferecem, posso auxiliar empresários a desenvolver seus empreendimentos e, dessa forma, melhorar a vida deles, de suas famílias e de toda a comunidade”, disse a agente de crédito.

A secretária municipal de Fazenda, Sueli Pereira, destaca o trabalho desenvolvido pela equipe de microcrédito. “O agente de crédito é o elo de ligação, um facilitador neste processo. O objetivo é proporcionar ao empreendedor uma oportunidade de crescimento e os pequenos negócios fazem com que o dinheiro fique na cidade, modificando a vida do bairro e das pessoas no seu entorno”, reforça Sueli.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Com Lula, pobreza e extrema pobreza atingem menor nível no país desde 2012, diz IBGE

Segundo o IBGE, a população pobre no Brasil caiu de 67,7 milhões para 59 milhões entre 2022 e 2023, atingindo o menor nível desde 2012

Lula (Foto: Reprodução/Twitter | ABr | Reprodução/Youtube)

Por Bruno de Freitas Moura, repórter da Agência Brasil - O Brasil terminou 2023 com os menores níveis de pobreza e de extrema pobreza já registrados pela Síntese de Indicadores Sociais, pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde 2012. Apesar do recuo, os dados divulgados nesta quarta-feira (4) mostram que 58,9 milhões de pessoas ainda viviam na pobreza; enquanto 9,5 milhões, na extrema pobreza.

O estudo leva em conta a chamada pobreza monetária, ou seja, a família não ter rendimentos suficientes para prover o bem-estar. Para traçar as linhas limites, o IBGE utilizou o critério do Banco Mundial de US$ 2,15 por pessoa por dia (ou R$ 209 por mês) para a extrema pobreza e de US$ 6,85 por pessoa por dia (ou R$ 665 por mês) para a pobreza.

A proporção da população na extrema pobreza terminou 2023 em 4,4%. O índice era 6,6% em 2012 e 5,9% em 2022. Entre os dois últimos anos da pesquisa, 3,1 milhões de pessoas deixaram de ser extremamente pobres, ou seja, passaram a poder contar com o equivalente a pelo menos US$ 2,15 por dia.

Em relação à pobreza, a proporção da população com o equivalente a menos de US$ 6,85 por dia ficou em 27,4%. O índice era de 34,7% em 2012 e de 31,6% em 2022. Entre 2022 e 2023, 8,7 milhões de pessoas deixaram de ser pobres.

Emprego e renda - De acordo com o pesquisador do IBGE Bruno Mandelli Perez, dois fatores explicam as reduções da pobreza e extrema pobreza: o emprego e os benefícios sociais, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo para idosos e pessoas com deficiência.

“Tanto o mercado de trabalho quanto benefícios de programas sociais são importantes para explicar a redução na pobreza, mas o mercado de trabalho é mais importante no caso da pobreza; e os benefícios de programas sociais, na extrema pobreza”, explica.

“O aumento dos valores médios dos benefícios concedidos pelo Bolsa Família, em 2023, quando comparado com o Auxílio Brasil 2022, certamente teve impactos sobre a manutenção da trajetória de redução da pobreza e da extrema pobreza em 2023”, ressalta o texto da Síntese de Indicadores Sociais.

A pesquisa aponta que o Nordeste tem a maior proporção de pessoas na extrema pobreza (9,1%), sendo mais que o dobro da média nacional (4,4%). Já no Sul, o índice é de 1,7% da população, o mais baixo do país.

O Nordeste figura também como a região com maior parcela de pessoas pobres, 47,2%. Novamente, o Sul aparece no extremo oposto, com 14,8% - praticamente metade da proporção média do país.

Mulheres, negros e jovens - Ao analisar a população pobre, o IBGE constata que as maiores vítimas da pobreza e extrema pobreza são as mulheres, negros (conjunto de pretos e pardos) e jovens.

Enquanto a parcela de homens na pobreza é de 26,3%, a das mulheres alcança 28,4%. Em relação à extrema pobreza, as proporções são 4,3% e 4,5%, respectivamente.

No recorte por cor, entre os brancos, 17,7% são pobres. Entre os pardos, a proporção é praticamente o dobro, 35,5%; e entre os pretos, 30,8%.

Quando se observa a linha da extrema pobreza, entre os brancos são apenas 2,6%; já entre os pardos e pretos, 6% e 4,7%, respectivamente.

Analisando por faixa etária, percebe-se que a população jovem tem taxas superiores à média nacional (27,4%). Entre os que têm até 15 anos, são 44,8%. Entre 15 e 29 anos, 29,9%.

O pesquisador Bruno Perez destaca que tanto a pobreza quanto a extrema pobreza são menores em pessoas com mais de 60 anos, proporção de 11,3% e 2%, respectivamente.

“É a população que, no geral, está coberta por acesso à aposentadoria, pensões, que têm [os rendimentos] vinculados ao salário mínimo”, justifica.

Benefícios sociais - A Síntese de Indicadores Sociais traz dados que mostram a importância de benefícios sociais para a população mais pobre. Em 2023, a renda proveniente do trabalho era a principal fonte de dinheiro dos domicílios. De cada R$ 100, R$ 74,20 vinham do trabalho.

Mas no grupo de famílias com menores rendimentos, isto é, os que recebem até um quarto do salário mínimo por pessoa, os benefícios sociais representaram mais da metade do rendimento obtido. De cada R$ 100, R$ 57,10 vinham de benefícios, superando R$ 34,60 que eram originários do trabalho.

Quando a pesquisa se iniciou, em 2012, os benefícios sociais respondiam por apenas 23,5% do rendimento domiciliar dos mais pobres. Dez anos depois, essa parcela passou para 42,2%.

“Entre esses domicílios com menor rendimento, até um quarto do salário mínimo, o fator trabalho está perdendo participação, e os benefícios de programas sociais estão ganhando participação”, destaca Perez.

Os pesquisadores traçaram o comportamento da proporção de pessoas que viviam em famílias que recebiam benefícios de programas sociais. Em 2012, eram 25,6%. A proporção segue tendência praticamente de queda até chegar a 22,7% em 2019, último ano antes da pandemia de covid-19.

Por causa da pandemia, o número saltou para 36,8% em 2020, o maior já registrado, até cair a 25,8% em 2022. De 2022 para 2023, o índice subiu, representando 27,9% da população vivendo em domicílio beneficiado por programa de transferência de renda. De acordo como o IBGE, o aumento é explicado pela reedição do Bolsa Família, em março de 2023.

As maiores proporções de beneficiários – acima da média nacional – são de moradores de áreas rurais (50,9%), mulheres (29,0%), pretos (34,1%), pardos (36,4%) e crianças (42,7%).

O pesquisador Bruno Perez apresentou uma simulação de qual seria o comportamento da pobreza e da extrema pobreza se não houvesse programas de transferência de renda. Em vez de 4,4%, a extrema pobreza seria de 11,2%. A pobreza seria 32,4% em vez de 27,4%.

Desigualdade - Em 2023, o índice de Gini, indicador que mede a distribuição de renda em um país, foi 0,518, mesmo valor de 2022 e o melhor patamar já registrado na série histórica desde 2012. O Gini vai de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de zero, menos desigual é a sociedade. O pior nível de desigualdade da série foi em 2018 (0,545).

De acordo com o IBGE, se não existissem programas de transferência de renda, o indicador de 2023 estaria em 0,555.

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Brasil