sexta-feira, 29 de novembro de 2024

"Bolsonaro sempre foi covarde e agora virou um chorão", diz Gleisi

Indiciado e inelegível, o político da extrema-direita faz apelo ao STF para não ser preso nem condenado

Gleisi Hoffmann, Bolsonaro e urna eletrônica (Foto: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados | REUTERS/Adriano Machado | Fernando Frazão/Agência Brasil)

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), criticou Jair Bolsonaro (PL) após o político da extrema-direita tentar passar para a população a mensagem de que o indiciamento anunciado pela Polícia Federal foi injusto porque, de acordo com o ex-mandatário, o golpe de Estado não aconteceu. Indiciado e inelegível, o político da extrema-direita faz apelo ao STF para não ser preso nem condenado.

"Sempre foi um covarde, como eram covardes os torturadores que ele defende, e agora virou chorão", afirmou Gleisi na rede social X. "A quem poderiam apelar as vítimas se tivesse dado certo o golpe que ele 'planejou, atuou e teve domínio', como demonstrou a PF? Punição para todos! Sem anistia! Arquivamento já!", continuou.

"Depois de apelar aos militares desonrados, aos acampados nos quartéis e seus financiadores, aos terroristas do aeroporto de Brasília, aos juristas de golpe e à horda que atacou os 3 poderes para derrubar o presidente Lula, Bolsonaro agora 'faz apelo' ao STF e até a Lula para não pagar por seus crimes contra a democracia e o país".

Fonte: Brasil 247

Lula indica operador chefe do Bradesco para diretoria de Política Monetária do Banco Central

Nilton David vai assumir o lugar de Gabriel Galípolo, novo presidente da autoridade monetária a partir de janeiro

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva 26/11/2024 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Por Isabel Versiani

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou o economista Nilton David, head trader do banco Bradesco, para assumir a diretoria de Política Monetária a partir de janeiro, no lugar de Gabriel Galípolo, informou a autarquia nesta sexta-feira.

Para as outras duas vagas na diretoria que serão abertas até o final do ano, foram indicados os servidores de carreira do BC Gilneu Vivan (diretoria de Regulação) e Izabela Correia (diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta).

Eles substituirão respectivamente Otavio Damaso e Carolina Barros, também servidores de carreira do banco.

Os nomes ainda terão que ser submetidos à apreciação do Senado após sabatina dos indicados na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

Com a aprovação dos três, a diretoria do BC, que compõe o Comitê de Política Monetária (Copom), responsável pela definição da taxa básica de juros, passará a ter maioria de indicados por Lula, 7 de 9 nomes. Os diretores Ailton de Aquino (Fiscalização), Paulo Picchetti (Assuntos Internacionais) e Rodrigo Teixeira (Administração), que assumiram em janeiro deste ano, foram os outros nomes escolhidos pelo petista.

Os diretores Diogo Guillen (Política Econômica) e Renato Gomes (Organização do Sistema Financeiro e Resolução), que seguem em seus cargos, foram indicações do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Aneel: bandeira de energia do Brasil será verde em dezembro, sem cobrança adicional

Após a vigência da bandeira amarela, agência disse que houve "expressiva melhora das condições de geração de energia"

(Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

SÃO PAULO (Reuters) - A bandeira tarifária para consumidores de energia do Brasil em dezembro será verde, sem cobrança adicional na conta de luz, anunciou nesta sexta-feira a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Após a vigência da bandeira amarela em novembro, a "expressiva melhora das condições de geração de energia no país permitiu a mudança para a bandeira verde em dezembro", afirmou a agência.

Com isso, deixa-se de cobrar o adicional de 1,885 a cada 100 kWh consumidos, previstos na bandeira amarela.

Nas últimas semanas, o período chuvoso mais intenso favoreceu a geração de energia hidrelétrica, com custo de geração inferior ao de fontes termelétricas -- acionadas mais frequentemente quando os níveis dos reservatórios estão baixos.

A bandeira ficou verde de abril de 2022 até julho de 2024, quando foi interrompida com o anúncio da bandeira amarela, seguida da bandeira verde em agosto, vermelha patamar 1, em setembro, vermelha patamar 2 em outubro, e amarela em novembro.

Com as bandeiras, o consumidor consegue fazer escolhas de consumo que contribuem para reduzir os custos de operação do sistema, reduzindo a necessidade de acionar termelétricas, explicou a agência.

(Por Roberto Samora)

APUCARANA: Junior da Femac e saúde definem estratégias para agilizar atendimento da dengue




O prefeito Junior da Femac conduziu na manhã de hoje uma reunião de trabalho com equipes da rede de saúde no município para definir estratégias que garantam agilidade no atendimento de pacientes com dengue, em especial daqueles que apresentarem quadros mais graves da doença. Estavam presentes representantes das Unidades Básicas de Saúde, SAMU, UPA, Hospital da Providência e Hospital da Providência Materno Infantil, além do secretário municipal da saúde, Emídio Bachiega, e do coordenador da Vigilância Epidemiológica, Luciano Simplício.

Antecipando a possibilidade de a cidade voltar a vivenciar uma epidemia como em 2023, cada setor que presta serviço aos pacientes com dengue saiu do encontro com a definição da conduta que lhe compete para que o fluxo de atendimento aconteça de forma ágil e assim salvar vidas.

“Nossa maior preocupação são para aqueles pacientes que apresentam sintomas da doença com estadiamento C e D, ou seja, pacientes com sinais de alarme e em estágio grave. Queremos garantir que essas pessoas recebam o tratamento adequado sem perda de tempo, de forma muito ágil”, afirma Junior da Femac.

O secretário Emídio Bachiega lembrou que Autarquia Municipal de Saúde de Apucarana acabou de concluir o ciclo de capacitações em dengue para profissionais da rede de atenção. O programa, iniciado em agosto, capacitou 352 servidores de diversos setores, incluindo Atenção Primária, UPA, Centro Infantil, Escola da Gestante e Laboratório. Entre os participantes estavam médicos, enfermeiros, bioquímicos, técnicos de enfermagem, odontólogos, auxiliares administrativos, agentes comunitários de saúde e agentes de endemias.

O objetivo principal das capacitações foi aprimorar a abordagem integral da dengue, com foco em temas como a interferência das alterações climáticas na proliferação do vetor, controle e comportamento do mosquito Aedes aegypti, estadiamento da doença, protocolo de atendimento, manejo clínico adequado e monitoramento contínuo dos pacientes.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Diretoras de CMEIS e Escolas Municipais terão mandato prorrogado até 31 de março de 2025



Na tarde de ontem (28/11), o prefeito eleito Rodolfo Mota, acompanhado da futura secretária municipal de Educação, Ana Paula do Carmo Donato, e membros da equipe de transição, esteve na sede da Autarquia Municipal de Educação para uma importante reunião. Na ocasião, eles foram recebidos pela atual secretária de Educação, Marli Fernandes. O objetivo do encontro foi promover o alinhamento de ações e garantir a manutenção da qualidade da educação pública municipal em Apucarana.

A secretária Marli Fernandes destacou que a reunião abordou aspectos financeiros, administrativos e operacionais, enfatizando que todos os preparativos para o próximo ano letivo já estão em andamento. “A nossa equipe está deixando todos os processos organizados. Eu entreguei nas mãos da futura secretária o Referencial Curricular do Paraná, a Política da Educação Integral, a Política da Criança Alfabetizada, o Plano Municipal pela Primeira Infância, além de documentos referentes ao encaminhamento pedagógico para o próximo ano. A troca de gestão não pode afetar o retorno às aulas nas Escolas e CMEIs nem comprometer a qualidade da educação que oferecemos aos nossos alunos,” afirmou.

Outro ponto importante discutido foi a prorrogação do mandato das diretoras escolares. “O encerramento do mandato das diretoras estava previsto para 31 de dezembro, mas, a partir do diálogo com o prefeito Junior da Femac, decidimos estendê-lo por mais noventa dias. Essa decisão tem como objetivo garantir um início de ano letivo tranquilo para professores, servidores, estudantes e suas famílias, além de proporcionar tempo suficiente para organizarmos um novo processo seletivo para diretores, que trará critérios atualizados, como a análise do currículo dos candidatos e a participação da comunidade escolar,” explicou Rodolfo Mota.

O atual prefeito, Junior da Femac, elogiou a iniciativa de integração entre as equipes de gestão. “Assim como fizemos na prefeitura, estamos abrindo as portas das autarquias e secretarias para a equipe de transição. Hoje, Apucarana é a cidade paranaense com mais de cem mil habitantes que oferece a melhor educação para suas crianças. O IDEB do nosso município é de 7,6 nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Nosso desejo é que o prefeito eleito, Rodolfo Mota, tenha um excelente mandato e que a educação de Apucarana continue sendo referência de qualidade, tanto no Estado quanto no País,” destacou.

O prefeito Junior e a secretária Marli Fernandes reuniram-se na manhã de hoje (29/11) com as diretoras municipais. As equipes diretivas de todos os CMEIS e Escolas serão mantidas até 31 de março de 2025.



Fonte: Prefeitura de Apucarana

Aliados de Bolsonaro recorrem a Trump e espalham fake news para tentar evitar prisão

Donald Trump e Mike Pompeo em reunião com Eduardo Bolsonaro, Filipe Martins, Ernesto Araújo na Casa Branca. Foto: Reprodução

Temendo a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, seus aliados criaram uma narrativa no exterior de que o Brasil estaria vivendo uma “ditadura” e que a extrema-direita estaria sendo perseguida. A aposta é que a volta de Donald Trump ao poder ajude a colocar pressão no Judiciário brasileiro e evite um desfecho negativo a bolsonaristas.

Segundo a coluna de Jamil Chade no UOL, os aliados de Bolsonaro têm espalhado desinformação e sinalizado que vão desafiar a Justiça. Eles têm promovido encontros com movimentos políticos no exterior e disseminado documentos que comparam o governo brasileiro aos da Venezuela e da Nicarágua.

Uma das narrativas disseminadas pela extrema-direita, como o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), é que as eleições no Brasil e na Venezuela possuem “suspeita de fraude”. Nos Estados Unidos, eles ainda tentam emplacar a ideia de que a “ditadura” no Brasil pode afetar os interesses americanos no país.

Donald Trump e Jair Bolsonaro nos Estados Unidos. Foto: EFE

Eduardo também foi às redes criticar o Supremo Tribunal Federal (STF) após o indiciamento do pai no inquérito sobre o golpe e escreveu: “Nos resta o Congresso dos EUA – e agora o Executivo americano”. A aposta é que Trump e seus aliados sejam convencidos pela narrativa.

Outra fake news que tem ganhado força entre os bolsonaristas é da existência de uma perseguição a religiosos no Brasil. Um dos exemplos usados por eles é o indiciamento do padre José Eduardo de Oliveira e Silva, sacerdote da Diocese de Osasco (SP), alvo da PF por participação na trama golpista.

Diplomatas brasileiros têm acompanhado a articulação dos bolsonaristas no exterior e avaliam que eles vão tentar pressionar a Casa Branca a adotar medidas contra o país.

Fonte: DCM

Moraes entra na “vaquinha” da Gaviões para quitar estádio do Corinthians


Alexandre de Moraes, ministro do STF, em um jogo do Corinthians. 
Foto: reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), realizou uma doação para a campanha de arrecadação promovida pela Gaviões da Fiel, torcida organizada do Corinthians, para quitar a dívida da Neo Química Arena, em São Paulo. Embora o valor não tenha sido divulgado, a doação foi confirmada por fontes do STF e rendeu ao ministro um agradecimento padronizado da campanha: “Você escreveu seu nome no coração do nosso estádio e contribuiu com o futuro do nosso Corinthians, da nossa torcida e da nossa casa”.

Torcedor declarado do clube, Moraes é frequentemente visto no estádio, inaugurado em 2014 e localizado na zona leste da capital paulista. A campanha, lançada pela torcida organizada, com aval do Corinthians e da Caixa Econômica Federal, visa arrecadar entre R$ 500 milhões e R$ 700 milhões para abater os R$ 710 milhões de dívida relacionados à construção do estádio.

Em suas primeiras 24 horas, a ação gerou R$ 7,4 milhões em doações de torcedores. A contribuição mínima é de R$ 10, mas valores maiores, como R$ 20, R$ 100 ou quantias livres, também são aceitos. A iniciativa reforça o apelo da torcida para que os fãs do clube ajudem a garantir o futuro financeiro da arena e do time.

Fonte: DCM

VÍDEO – Câmeras flagram meteoro no céu de Maringá (PR)


Câmera de monitoramento climático flagra meteoro em Maringá (PR). Foto: reprodução

Um meteoro iluminou o céu de Maringá, no interior do Paraná na noite de terça-feira (26), proporcionando um espetáculo natural que foi registrado por câmeras do sistema Clima ao Vivo. O fenômeno também foi captado em Foz do Iguaçu e Medianeira, também no Paraná, por equipamentos instalados em prédios dessas cidades. Em Maringá, a imagem foi capturada por uma câmera localizada no Hotel Metrópole, revelando a beleza do evento.

De acordo com o engenheiro eletricista Bruno Fernandes, da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon), o fenômeno ocorre quando um asteroide entra na atmosfera terrestre. “O meteoro é o fenômeno luminoso que vemos no céu. Quando ele está no espaço, chamamos de meteoroide, e ao atingir o chão, vira um meteorito”, explicou Fernandes no podcast da CBN Maringá.

Fernandes detalhou que o tamanho dos meteoros varia de um pequeno grão de feijão a até um metro. “A alta velocidade ao entrar na atmosfera comprime o ar na frente do objeto, gerando calor e luz. Esse processo cria o espetáculo visual que tanto encanta”, destacou o especialista.


Fonte: DCM

PF encontra cofre de Bolsonaro com recibos de pagamentos milionários


O ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Adriano Machado/Reuters

A Polícia Federal encontrou recibos milionários do ex-presidente Jair Bolsonaro em uma cofre na sala de seus assessores na sede do PL, em Brasília. Os documentos mostravam dois pagamentos de R$ 3.383.331,45, totalizando quase R$ 6,8 milhões, a advogados.

Os comprovantes de transferências estavam no mesmo local em que o esboço do “discurso pós-golpe” foi encontrado. Os recibos foram achados em fevereiro de 2024, cerca de um ano depois de ele receber R$ 17,2 milhões em Pix de apoiadores para pagar multas judiciais.

A PF cumpriu mandado de busca e apreensão na sede do partido em 8 de fevereiro deste ano. “Foi destacado pela equipe de busca os elementos encontrados em cofre na sala de assessoria do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro: i) passaporte ; ii) telefone e iii) comprovantes de 2 (duas) transferências de aproximadamente 6 (seis) milhões de reais”, diz relatório da PF.
Um dos recibos encontrados em cofre de Bolsonaro na sede do PL. Foto: Reprodução

Um dos beneficiários dos depósitos foi Paulo Amador Cunha Bueno, que defende o ex-presidente justamente no inquérito que apura plano golpista. Ao UOL, o defensor afirma que “não comenta sobre honorários porque é um assunto privado da relação entre cliente e advogado”.

O segundo comprovante corresponde a uma transferência para o escritório D. B. Tesser Sociedade de Advogados. Daniel Tesser defende o ex-presidente no caso das joias.

“A relação entre nosso escritório e o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro trata de relação cliente-advogado que está pautada em premissas do código de ética e disciplina da OAB, bem como em contrato que prevê confidencialidade de todos os parâmetros que permeiam tal relação e, especialmente, a defesa do cliente”, afirmou o escritório.

Fonte: DCM

"Os ricos pagam menos do que os pobres": Belluzzo analisa o poder dos mercados financeiros e os desafios do governo Lula

Economista alerta para a influência desproporcional dos mercados financeiros no Brasil e suas implicações políticas e econômicas

(Foto: EBC)

 Em entrevista ao programa Boa Noite 247, transmitido pela TV 247, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo expôs uma análise contundente sobre o cenário econômico brasileiro, enfatizando o poder dos mercados financeiros e seus impactos na governabilidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante o diálogo, Belluzzo abordou questões centrais relacionadas à política econômica atual, o papel do mercado financeiro e os desafios que o governo enfrenta para implementar suas reformas.

Belluzzo destacou que os mercados financeiros não atuam apenas como uma instância técnica, mas como um espaço de poder. "O que estamos observando é o exercício de poder dos mercados financeiros, e isso frequentemente escapa das considerações de muitos economistas e analistas políticos. Eles imaginam que o mercado é uma instância técnica do capitalismo, mas não é; é uma instância de poder", afirmou.

◉ Poder dos mercados e sabotagem programática

O economista enfatizou que há uma movimentação orquestrada para inviabilizar o governo Lula por meio de pressões econômicas e políticas, sem repetir o modelo de impeachment que marcou a deposição de Dilma Rousseff. “O principal objetivo é inviabilizar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Isso se traduz em um exercício conjunto dos protagonistas mais conservadores, que não suportam o governo do metalúrgico”, declarou Belluzzo, referindo-se à confluência de interesses entre o mercado financeiro, a oposição extremista no Congresso e outras forças conservadoras.

Ao comentar sobre a desvalorização do real e a inclinação da curva longa de juros após anúncios do governo, Belluzzo apontou que esses movimentos refletem o que chamou de “terrorismo financeiro”. Ele sugeriu que, em parte, as dificuldades enfrentadas pelo governo para aprovar medidas no Congresso estão ligadas ao lobby do mercado financeiro. "A influência do mercado financeiro no Congresso é muito grande, e isso vai ter peso na discussão dos projetos", explicou.

◉ Reformas e regressividade fiscal

Um dos pontos críticos levantados por Belluzzo foi o sistema fiscal brasileiro, que, segundo ele, permanece altamente regressivo. "Os ricos pagam muito menos do que os remediados ou os pobres. Quando o Haddad anunciou a isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, já houve uma celeuma danada, como se isso fosse inviabilizar o ajuste fiscal", ironizou.

Ele também destacou as desonerações fiscais e os favores concedidos a grandes empresas como um problema estrutural. "Há anos, um grupo enorme de empresas recebe o benefício de não pagar impostos como todos nós. Isso é uma das grandes distorções que precisam ser corrigidas", apontou, criticando o foco exclusivo no corte de benefícios sociais como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

◉ A meta de inflação e a política de juros

Outro tema abordado foi a política de metas de inflação e sua relação com a taxa de juros. Belluzzo relembrou a carta enviada ao Conselho Monetário Nacional (CMN) por ele e outros economistas, sugerindo a elevação da meta de inflação de 3% para 4% como forma de ajustar a política monetária às condições econômicas reais. "A meta de inflação está completamente dissociada da realidade. O único instrumento considerado é a taxa de juros, ignorando as implicações dos choques de oferta e outras variáveis estruturais", argumentou.

◉ Propostas para estabilização

Belluzzo também sugeriu alternativas para enfrentar a volatilidade cambial e proteger a economia. Ele destacou o uso de swaps cambiais para conter a especulação e a necessidade de um fundo de estabilização do petróleo. "Sem esses instrumentos, a economia brasileira continua vulnerável aos movimentos abruptos dos mercados internacionais, prejudicando tanto os produtores quanto os consumidores", alertou. 
Assista:

 

Fonte: Brasil 247

Moro vai à Ucrânia e diz a Zelensky que ele representa a posição do povo brasileiro sobre a guerra

Enquanto Moro se coloca como capacho da posição imperialista e Zelensky defende a guerra, Brasil e China buscam a paz

Sergio Moro e Volodymyr Zelensky na Ucrânia (Foto: X)

 O ex-juiz suspeito e hoje senador, Sergio Moro (União Brasil-PR), resolveu viajar à Ucrânia para apoiar "a causa de Kiev", alinhando-se à agenda imperialista dos países da Otan, que utilizam o território ucraniano como palco no Leste Europeu de sua guerra contra a Rússia.

Acompanhado por uma delegação de extrema-direita composta por congressistas brasileiros e de outros países da região, Moro se posicionou como um lacaio dos interesses imperialistas. Além disso, atacou diretamente a diplomacia do governo do presidente Lula, que busca uma solução para o conflito por meio do diálogo, em contraste com a postura dos países imperialistas defendidos por ele, que optam por fomentar a guerra.

"Viemos, a delegação brasileira, à Ucrânia dizer, com clareza solar, que a população brasileira apoia a sua causa e que é contra a guerra de agressão promovida pela Rússia. A Ucrânia, hoje, luta por sua soberania e pelo mundo livre. A posição de Lula não nos representa", escreveu Moro em uma postagem na plataforma X, acompanhada de uma selfie em que aparece sorridente ao lado do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Em outra postagem, Moro relata estar em um trem que partiu da Polônia com destino a Kiev, capital da Ucrânia. Ele viajava acompanhado do senador Magno Malta, da senadora Damares Alves e do deputado federal Paulo Bilynskyj --bolsonaristas de extrema-direita. Moro afirmou ter se juntado a outros representantes de países da América Latina para "defender" a Ucrânia de uma "guerra injusta".

Ele também expressou preocupação com o frio, o vento e os ataques russos com mísseis e drones, que têm causado interrupções no fornecimento de energia.

A Rússia tem conduzido uma operação militar na Ucrânia desde 24 de fevereiro de 2022. O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que a operação tem como objetivo proteger pessoas submetidas a genocídio pelo regime de Kiev durante anos e desnazificar o país. Em resposta, a Otan e seus aliados intensificaram a pressão por meio de sanções contra a Rússia e começaram a fornecer armas à Ucrânia.

O governo brasileiro adotou uma posição neutra em relação ao conflito, condenando a invasão russa, evitando o envio de armas para Kiev e defendendo uma solução diplomática por meio de um plano de paz proposto em parceria com a China.

Fonte: Brasil 247

Governo de SP adia para 2026 implementação de escolas cívico-militares

Consulta pública sobre o tema será estendida

Escola cívico-militar (Foto: Divulgação/Secretaria Estadual de Educação do Estado do Paraná )

Letycia Bond - Repórter da Agência Brasil
O governo de São Paulo decidiu estender até o ano que vem a consulta pública sobre as escolas cívico-militares, adiando o plano original de implementar 45 unidades ainda em 2025. Pelo novo cronograma, as escolas deverão começar a funcionar em 2026.

Na última terça-feira (26), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), derrubou a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo que impedia a implantação de escolas cívico-militares no estado. A decisão foi resposta a um pedido do governador Tarcísio de Freitas peticionada e encaminhada ao ministro na segunda (25).

A decisão cassou a liminar do desembargador Luiz Antonio Figueiredo Gonçalves que havia suspendido o modelo em agosto. A decisão de Mendes, entretanto, não diz respeito à constitucionalidade da lei que institui o modelo das escolas cívico-militares e será analisada pelo plenário da Corte.

◉ Histórico

As escolas cívico-militares ganharam mais visibilidade e força durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em meados de julho de 2023, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva revogou o Decreto nº 10.004/2019, que instituiu o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares. Contudo, o programa foi recuperado no Congresso Nacional pelo deputado federal Capitão Alberto Neto (PL-AM).

O projeto que institui o modelo no território paulista foi aprovado por 54 votos a favor e 21 contra, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), em maio. No dia da sessão, estudantes secundaristas protestaram contra a medida e foram agredidos pela Polícia Militar.

Em outubro deste ano, o STF realizou uma audiência pública para debater o assunto, dando espaço para que professores, especialistas da área de educação, juristas, parlamentares, autoridades e representantes de órgãos públicos e de entidades da sociedade civil apresentassem argumentos contra e a favor do projeto.

◉ Especialistas

O coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, lembra que a questão da constitucionalidade dessas escolas ainda será pautada no plenário do STF. "Mas o que ocorre é que, quanto mais se demora para se decidir sobre esse tema, mais temos uma situação-limite, porque muitas escolas vão sendo militarizadas. A gente já passa de 1 mil escolas e essa militarização provoca um efeito completamente danoso, pois as escolas vão sendo organizadas com base em uma gestão militarizada e é muito difícil retroceder, se esse volume continuar crescendo no Brasil. É uma matéria que o STF tem adiado e, em relação a ela, precisa ser mais célere", opina.

A avaliação da coordenadora do Instituto Cultiva, Micaela Gluz, é a de que o projeto representa um risco à educação e até mesmo à gratuidade no ensino básico. Ela cita dois fatores que explicam isso: estudos feitos em escolas dos Estados Unidos demonstraram que manter agentes de segurança nas instituições resultou em evasão escolar, insegurança e aumento da violência.

"E, principalmente, em meninas e mulheres. Com as estudantes, a violência de gênero aumentou. Relatou-se muito assédio, abuso sexual, assédio sexual, abuso de gênero dos policiais contra as meninas", emenda.

Bárbara Lopes, coordenadora do projeto Gênero e Educação da Ação Educativa, afirma que o governo estadual tem tocado o projeto de modo acelerado. "O processo de consulta se iniciou durante o recesso escolar e com outras características, no nosso entender, violam a gestão democrática das escolas", pontua.

Fonte: Brasil 247

Ao lado de Tarcisio e Nunes, Lula anuncia R$ 10,6 bilhões para São Paulo

Governo Federal garante investimentos bilionários para metrô, trem, rodoanel e ônibus elétricos, em parceria com o estado e a capital paulista

O presidente Lula ao lado do prefeito Ricardo Nunes e do governador Tarcísio de Freitas: pacto federativo em prol da população (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

 Com um pacote de investimentos de R$ 10,65 bilhões, o Governo Federal reforçou seu compromisso com a mobilidade urbana e a infraestrutura de São Paulo. Durante evento realizado nesta sexta-feira (29), no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou o suporte financeiro do BNDES para obras estratégicas, que incluem a expansão do metrô, a construção de um complexo viário no Rodoanel Norte, a implantação de um trem ligando São Paulo a Campinas e a aquisição de 1.300 ônibus elétricos.

O anúncio foi acompanhado pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, pelo prefeito da capital, Ricardo Nunes, e pelo vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, além de outras lideranças políticas e empresariais.

Alckmin destacou a relevância do programa de investimentos para o estado e o país, associando os projetos à sustentabilidade e à transição energética. "A cidade de São Paulo, com tamanho de país, com mais de 10,5 milhões de habitantes, pode contar com milhares de ônibus elétricos, o que vem ao encontro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e da Nova Indústria Brasil (NIB). Todos os ônibus e baterias são fabricados no Brasil", afirmou.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, reforçou a tradição do banco em apoiar projetos estruturais em São Paulo. "Historicamente, o BNDES financiou, em 25 anos, R$ 81 bilhões para o estado. Nos últimos dez anos, R$ 23 bilhões. Hoje, vamos anunciar quatro contratos de R$ 10,65 bilhões. É um esforço grande, praticamente metade do que tivemos nos dez anos recentes", explicou.

Tarcísio de Freitas celebrou a parceria entre os governos federal, estadual e municipal, destacando a importância do Novo PAC para impulsionar o desenvolvimento regional. "Estamos falando do aporte de recursos e da liberação de operações de crédito do BNDES para empreendimentos extremamente relevantes. Isso mostra a relevância do Novo PAC e a importância do papel do BNDES, que foi, é e sempre será esse grande vetor de desenvolvimento", afirmou o governador.

O prefeito Ricardo Nunes ressaltou como os investimentos beneficiam diretamente a população, melhorando a qualidade de vida e promovendo a sustentabilidade. "O presidente Lula sabe o quanto é importante fazermos nossas ações pensando na população, no usuário, entregando resultados práticos e benéficos para quem realmente utiliza os serviços", declarou.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, reforçou o respeito ao Pacto Federativo como prioridade na gestão de Lula, garantindo que os investimentos sejam distribuídos de maneira equitativa entre os estados. "O presidente Lula exigiu dos ministros uma relação absolutamente respeitosa, garantindo a cada estado aquilo que o povo merece. É a vontade de fazer deste país uma nação grande, moderna e capaz de responder aos desejos do povo brasileiro", enfatizou.

Os projetos financiados pelo BNDES integram a agenda do Novo PAC, que busca alavancar a economia brasileira, ampliar a geração de empregos e fortalecer a indústria nacional. A aquisição dos ônibus elétricos, por exemplo, contribui para a transição energética e estimula o mercado de veículos sustentáveis, com foco na produção local.

Fonte: Brasil 247

Gleisi cobra prioridade para isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil

"O país e o Congresso não devem se curvar à chantagem do mercado", disse a presidente do PT

Gleisi Hoffmann (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), foi às redes sociais nesta sexta-feira (29) cobrar prioridade à ampliação da faixa de isenção no Imposto de Renda (IR) para quem ganha até 5 mil reais por mês.

Segundo ela, as injustiças do sistema tributário precisam ser corrigidas e o Congresso não deve se curvar às pressões da Faria Lima.

"A isenção do IR até 5 mil mensais, para melhorar a vida de 36 milhões de trabalhadores(as) e aposentados(as), será custeada por cerca de 100 mil pessoas que ganham muitas vezes mais e pagam muito pouco, quase nada, em relação à imensa maioria. O custo fiscal da medida é zero e o avanço em termos de justiça tributária e social é incalculável. Corrigir esta injustiça não pode receber prioridade menor que as medidas de contenção de gastos anunciadas no mesmo conjunto pela Fazenda, qualquer que seja o pretexto. O país e o Congresso não devem se curvar à chantagem do mercado e de seus porta-vozes, que já estava prevista muito antes do anúncio feito", postou a dirigente na plataforma X.

Segundo agentes do mercado financeiro citados pela Reuters, o anúncio das medidas fiscais junto da reforma do IR levanta "dúvidas" sobre o compromisso do governo com o equilíbrio das contas.

No entanto, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a compensação para o aumento da faixa de isenção do IR, uma promessa de campanha do presidente Lula, virá pelo aumento da taxação para quem ganha acima de 50 mil reais por mês e pela limitação da isenção por razões de saúde a quem ganha até 20 mil reais. O pacote fiscal prevê economizar R$ 70 bilhões até 2026.

Fonte: Brasil 247

Fortalecimento da Previdência potencializa combate à desigualdade, diz Carlos Lupi

“O aprimoramento dos regimes previdenciários é um fator gerador de justiça social", disse o ministro

Carlos Lupi (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

 O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, afirmou nesta sexta-feira (29) que o fortalecimento dos direitos previdenciários é um elemento-chave no enfrentamento à desigualdade no Brasil. Durante uma palestra no seminário híbrido organizado pelo Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), no Rio de Janeiro, ele ressaltou os avanços promovidos pelo governo federal nos últimos dois anos por meio de políticas voltadas à inclusão e igualdade social.

Entre as ações mencionadas, Lupi destacou a recriação do Ministério da Previdência e a reestruturação do INSS, que resultaram na melhoria do atendimento humanizado.

“A Previdência Social é uma ferramenta essencial para o progresso da nação, pois gerencia o maior programa contínuo de distribuição de renda do mundo. São mais de 40 milhões de brasileiros atendidos, sendo 55% mulheres, que ganham, na maioria, até R$ 2,5 mil. No total, os beneficiários recebem mais de R$ 60 bilhões por mês. Esse volume de investimento garante a viabilidade não só de milhões de famílias, mas de cerca de 70% dos municípios”, afirmou Lupi.

“O aprimoramento dos regimes previdenciários é um fator gerador de justiça social ao contribuir com a correção de desigualdades, principalmente entre homens e mulheres. Como exemplo, cito a necessidade de debater a questão da pensão por morte, que gera benefício com 60% do valor original em um momento de maior dificuldade para quem perdeu o companheiro. Devemos, portanto, consolidar caminhos para defender o direito coletivo e reduzir diferenças. É a luta por uma sociedade mais justa e igualitária”, completou.

Fonte: Brasil 247

Proposta de isenção do IR para R$ 5 mil pode ser alterada pelo Congresso, diz Haddad

Ministro reforçou que qualquer mudança no pacote fiscal depende de equilíbrio fiscal

Ministro Fernando Haddad 28/11/2024 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o Congresso tem a prerrogativa de alterar a proposta de isenção do Imposto de Renda (IR), originalmente planejada pelo governo para abranger quem ganha até R$ 5 mil por mês. Haddad ressaltou, contudo, que qualquer reforma tributária relacionada à renda deve ser acompanhada de medidas compensatórias para equilibrar os impactos da isenção nas contas públicas, conforme previsto no pacote fiscal.

“O Congresso pode falar: ‘cinco mil é muito, eu vou fixar em R$ 4 mil’. Ou: ‘cinco mil é pouco, eu vou fixar em R$ 5,5 mil’. Qualquer que seja a decisão do Congresso de atualização da faixa de isenção... Será que tem compensação? Tem que ter, senão não vota. Porque o objetivo da reforma não é arrecadatório nem de renúncia fiscal. Ele é uma coisa de justiça, de buscar justiça tributária”, disse Haddad, em evento promovido pela Febraban, nesta sexta-feira (29), conforme citado pelo Valor Econômico.

“Existe um acordo com o Congresso Nacional de que a reforma da renda tem um pressuposto. O projeto não será votado se ele não for neutro do ponto de vista fiscal. Isso significa que, se você for isentar alguém, alguém tem que pagar pela isenção", acrescentou Haddad.

De acordo com agentes do mercado financeiro citados pela Reuters, o anúncio das medidas fiscais junto da reforma do IR levanta "dúvidas" sobre o compromisso do governo com o equilíbrio das contas.

No entanto, segundo Haddad, a compensação para o aumento da faixa de isenção do IR, uma promessa de campanha do presidente Lula, virá pelo aumento da taxação para quem ganha acima de 50 mil reais por mês e pela limitação da isenção por razões de saúde a quem ganha até 20 mil reais. O pacote fiscal prevê economizar R$ 70 bilhões até 2026.

Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reafirmaram o compromisso com a votação rápida das medidas de contenção de gastos enviadas pelo governo, priorizando o ajuste fiscal, mas sem incluir a ampliação da isenção do IR para quem ganha até R$ 5.000.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal Valor Econômico

“Eles querem impor uma agenda contra o povo pobre”, diz Lindbergh Farias

Lindbergh Farias critica o mercado e defende pacote fiscal

(Foto: ABR)

Em entrevista ao programa Boa Noite 247, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) teceu duras críticas à postura do mercado financeiro e à cobertura midiática das medidas apresentadas pelo governo Lula. Segundo ele, a elite econômica e seus aliados na política têm agido para impor uma agenda de ajuste fiscal que penaliza os mais pobres, enquanto evitam debater a taxação dos super-ricos. “O que eles querem mesmo é preservar os grandes lucros que têm. É uma vergonha o que estamos vendo no país”, afirmou o deputado.

Durante a entrevista, concedida ao portal Brasil 247, Lindbergh destacou o contraste entre a proposta do governo, que prevê isenção de Imposto de Renda para rendas de até R$ 5 mil, e o projeto alternativo defendido por parlamentares da extrema direita e setores do mercado. “Eles estão propondo desvincular o salário mínimo da Previdência e cortar investimentos em saúde e educação. Isso é uma covardia”, disparou.

◉ A especulação financeira como sabotagem

Lindbergh denunciou o que chamou de “terrorismo financeiro” por parte do mercado, citando especulações sobre o dólar e pressão para aumento da taxa Selic. Ele criticou o Banco Central, presidido por Roberto Campos Neto, pela falta de ações efetivas para conter a volatilidade cambial. “No governo Bolsonaro, fizeram 127 intervenções no câmbio. Agora, apenas duas. Eles estão parados, deixando o dólar disparar”, apontou.

O deputado também acusou a principal emissora de televisão do país de usar sua concessão pública para dar mais visibilidade a propostas alternativas que beneficiam o mercado, em detrimento das iniciativas do governo federal. “É impressionante ver como um projeto feito pela extrema direita recebe mais espaço do que as medidas apresentadas pelo governo Lula”, comentou.

◉ Isenção e taxação: a cereja do pacote fiscal

Lindbergh elogiou o pacote fiscal apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificando-o como “criativo e equilibrado”. Ele ressaltou que as medidas buscam beneficiar a classe média e trabalhadores de baixa renda, ao mesmo tempo em que começam a incluir os mais ricos na carga tributária. “Estamos falando de 36 milhões de brasileiros que serão beneficiados com a isenção ou redução do imposto de renda. Quem paga mais são apenas 100 mil pessoas, que ganham acima de R$ 50 mil por mês”, explicou.

Por outro lado, o deputado reconheceu que a taxação de lucros e dividendos, prevista em 10%, ainda é modesta se comparada à média internacional. “Nos Estados Unidos, a média de tributação dos rendimentos é de 40%. Aqui, diretores de bancos que recebem milhões por mês pagam menos imposto que professores de redes municipais”, comparou.

◉ A disputa política e a mobilização social

Para Lindbergh, a aprovação do pacote fiscal e das medidas de justiça tributária dependerá de intensa mobilização popular e articulação política. “Minha maior preocupação é que renda e taxação dos super-ricos fiquem para as calendas. Precisamos envolver movimentos sociais, redes e ruas nessa campanha. As pessoas precisam sentir que estamos defendendo medidas que vão melhorar suas vidas”, disse.

O deputado também enfatizou a importância de uma narrativa clara para enfrentar a oposição de setores da direita e extrema direita. “Eles querem colocar uma marra no governo Lula para que ele não tenha sucesso, como nos mandatos anteriores do PT”, afirmou, destacando a necessidade de diálogo com a classe média, especialmente os evangélicos e trabalhadores de dois a cinco salários mínimos.

Lindbergh Farias reforçou que o governo Lula tem apresentado uma agenda que contrasta com os interesses do mercado, ao priorizar justiça social e tributária. “Se fosse para seguir o que o mercado quer, estaríamos desmoralizados. Mas o Lula acertou ao conduzir esse processo de forma equilibrada e firme. Agora, cabe a nós garantir que essas propostas sejam aprovadas e implementadas”, concluiu. 
Assista:

Fonte: Brasil 247

"Parece que há elementos substanciosos para uma avaliação penal", diz Gilmar Mendes sobre plano de golpe

Conforme relatado pelo magistrado, as providências legais relacionadas ao caso devem ser tomadas apenas no próximo ano
Ministro do STF Gilmar Mendes (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)

 O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), classificou como "substanciosas" as evidências reunidas pela investigação que apura uma possível tentativa de golpe de Estado em 2022. A informação foi divulgada pela CNN nesta sexta-feira (29).

“Eu acho que há dados substanciosos de envolvimento de pessoas do alto escalão do governo, também na alta hierarquia militar. Vocês [imprensa] têm noticiado, a partir desse bom serviço, acho, que prestou o ministro Alexandre ao tirar o sigilo das investigações, do contrário ficamos perplexos e sujeitos a muita especulação. […] Me parece que há elementos substanciosos para uma avaliação penal do tema”, avaliou o decano.

Conforme relatado pelo magistrado, as providências legais relacionadas ao caso devem ser tomadas apenas no próximo ano, devido ao recesso de fim de ano.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN 

Contas públicas têm superávit de R$ 36,9 bilhões em outubro

Dívida bruta está em 78,6% do PIB

Moedas de reais (Foto: REUTERS/Bruno Domingos)

Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil
As contas públicas fecharam o mês de outubro com saldo positivo, resultado total do superávit do governo federal, enquanto governos regionais e estatais registraram déficit.

O setor público consolidado – formado pela União, estados, municípios e empresas estatais – registrou superávit primário de R$ 36,883 bilhões no mês passado. O valor é maior que o resultado positivo de R$ 14,798 bilhões registrado no mesmo mês de 2023.

As Estatísticas Fiscais foram divulgadas nesta sexta-feira (29) pelo Banco Central (BC). O déficit primário representa o resultado negativo das contas do setor público (despesas menos receitas), desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública.

Segundo o BC, no acumulado do ano, o setor público consolidado registra déficit primário de R$ 56,678 bilhões. Em 12 meses – encerrados em outubro – as contas acumulam déficit primário de R$ 223,521 bilhões, o que corresponde a 1,95% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país).

No ano passado, as contas públicas fecharam o ano com déficit primário de R$ 249,124 bilhões, 2,29% do PIB.

Em outubro último, a conta do Governo Central (Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional) teve superávit primário de R$ 39,150 bilhões ante resultado positivo de R$ 19,456 bilhões em outubro de 2023. O valor contribuiu para a totalidade do superávit das contas públicas consolidadas.

Os governos estaduais também registraram superávit no mês de outubro, de R$ 1,735 bilhão, ante déficit de R$ 2,409 bilhões em outubro do ano passado. Por outro lado, os governos municipais tiveram resultado negativo de R$ 3,642 bilhões em outubro deste ano. No mesmo mês de 2023, houve déficit de R$ 1,443 bilhão para esses entes.

Com isso, no total, os governos regionais – estaduais e municipais – tiveram déficit de R$ 1,907 bilhão no mês passado contra resultado negativo de R$ 3,852 bilhões em outubro de 2023. O resultado contribuiu para a redução do superávit do setor público consolidado.

No mesmo sentido, as empresas estatais federais, estaduais e municipais – excluídas dos grupos Petrobras e Eletrobras – também tiveram déficit primário de R$ 360 milhões em outubro, contra déficit de R$ 805 milhões no mesmo mês de 2023.

◉ Despesas com juros

Os gastos com juros ficaram em R$ 111,564 bilhões em outubro deste ano, quase o dobro em relação aos R$ 61,947 bilhões registrados em outubro de 2023. De setembro para outubro de 2024, também houve aumento significativo; naquele mês, os gastos com juros foram de R$ 46,427 bilhões.

De acordo com o BC, não é comum a conta de juros apresentar grandes variações, especialmente negativas, já que os juros são apropriados por competências, mês a mês. Mas, nesse resultado, há os efeitos da alta da inflação e das operações do Banco Central no mercado de câmbio (swap cambial, que é a venda de dólares no mercado futuro) que, nesse caso, contribuíram para a piora da conta de juros em outubro.

Os resultados dessas operações são transferidos para o pagamento dos juros da dívida pública, como receita quando há ganhos e como despesa quando há perdas.

Em outubro de 2023, a conta de swaps teve ganhos de R$ 1,8 bilhão, enquanto no mesmo mês deste ano, as perdas chegaram a R$ 30,3 bilhões.

Assim, o resultado nominal das contas públicas – formado pelo resultado primário e os gastos com juros – aumentou na comparação interanual. No mês de outubro, o déficit nominal ficou em R$ 74,681 bilhões contra o resultado negativo de R$ 47,148 bilhões em igual mês de 2023.

Em 12 meses encerrados em outubro, o setor público acumula déficit R$ 1,092 trilhão, ou 9,52% do PIB. O resultado nominal é levado em conta pelas agências de classificação de risco ao analisar o endividamento de um país, indicador observado por investidores.

◉ Dívida pública

A dívida líquida do setor público – balanço entre o total de créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais – chegou a R$ 7,133 trilhões em outubro, o que corresponde a 62,1% do PIB. Em setembro, o percentual da dívida líquida em relação ao PIB estava em 61,4% (R$ 7,117 trilhões).

No mês passado, a dívida bruta do governo geral (DBGG) – que contabiliza apenas os passivos dos governos federal, estaduais e municipais – chegou a R$ 9,031 trilhões ou 78,6%, com aumento em relação ao mês anterior (R$ 8,928 trilhões ou 78,2% do PIB). Assim como o resultado nominal, a dívida bruta é usada para traçar comparações internacionais.

Fonte: Brasil 247