sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Eleição de Trump pressiona juros e eleva tensões comerciais, diz Gabriel Galípolo

Futuro presidente do Banco Central apontou preocupações com o aumento da inflação em decorrência da vitória do republicano nos Estados Unidos

Gabriel Galípolo (Foto: Lula Marques/ Agência Brasil)

Agência Brasil - O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta sexta-feira (15) que o mundo encontra-se em uma "bifurcação" sobre a arquitetura financeira global, o que está sendo debatido no G20, realizado no Rio de Janeiro. Galípolo acrescentou que a globalização chegou a ter sucesso, mas faltou inserir critérios de gestão no que se refere à sustentabilidade e justiça social e ambiental. Desta forma, o cenário internacional tem questionado qual será o futuro da globalização.

"Alguns líderes globais questionam essa arquitetura e querem voltar atrás, no sentido de vamos desglobalizar, vamos nacionalizar, o que tem de errado é culpa do outro que vem de fora. Essa é uma vertente política e existe uma outra, que parece bastante claro que é o que o Brasil vem defendendo, de reglobalizar”, afirmou o diretor no painel Nova Arquitetura Global do G20 Talks, incluído na programação do G20 Social.

“A proposta dessa nova arquitetura global, a qual o Brasil tem se alinhado e defendido, é como é possível a gente não desglobalizar. Não há nenhuma satisfação, da gente enquanto povo, saber que o êxito do meu país e da minha economia está calcado na exploração ou no problema de um outro povo", disse, acrescentando que a nova arquitetura precisa ir além das vantagens comerciais, e buscar sucesso nas áreas social e ambiental.

◉ Taxas de juros e Trump

Quanto à eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, Galípolo afirmou existir tendência de aumento da inflação em decorrência da vitória.

“Se o Trump vai combater a imigração, logo vai ter aumento de mão de obra nos Estados Unidos. Se o Trump vai botar mais tarifa de importação, os preços vão subir. Essa ideia provocou uma elevação também nas taxas de juros”, disse o futuro presidente do BC, completando que as taxas de longo e curto prazo já subiram nos Estados Unidos.

Para a economista alemã, Isabella Weber, a tendência é que o novo governo norte-americano pode acirrar as disputas comerciais, dificultando a cooperação internacional. Durante a campanha, Trump disse que pretende elevar os impostos incidentes em produtos importados e maior proteção à produção nacional.

“A gente precisa de cooperação para passar para uma nova maneira de organização. Os desafios é que estamos ao mesmo tempo nos trilhos de aumentar os confrontos. Depois da eleição dos Estados Unidos, vamos ter mais guerra comercial, mais confrontos, mais tensões, que fazem com seja mais difícil a comunidade internacional se juntar e cooperar”, apontou no encontro.

◉ Gênero e raça

Para a comunicadora digital, Nath Finanças, a nova ordem financeira mundial tem que levar em conta parte da população que desconhece o funcionamento da economia e como evolui, por exemplo, o processo de inflação.

“A educação financeira é importante. Quando escuto que a educação financeira é só para falar de investimentos, digo, não, essa pessoa não vive a realidade brasileira. A educação financeira não é só para quem é rico, para falar de quanto você gasta e quanto ganha. É entender os mecanismos da taxa Selic, da inflação, da Bolsa de Valores, do mercado financeiro em geral e a política que é feita no Comitê de Política Monetária, afetam a nossa vida financeira”, explicou.

Outra preocupação, segundo ela, é a crescente de apostas em bets. “Isso é muito urgente, não é só ter uma conversa com a imprensa. É a gente realmente regularizar da melhor maneira possível, para a pessoa não chegar na bola de neve, que vai afetar diretamente a inflação. Se não tem dinheiro rodando e a pessoa está gastando no Tigrinho ou no aviãozinho, não tem dinheiro girando na economia. É isso que afeta a vida financeira das pessoas. Quando a gente fala de inflação, não adianta falar com palavras difíceis no economês”, observou.

Nath Finanças defendeu a inclusão de dados de gênero e raça entre as mulheres que investem. “Recentemente, a B3 [Bolsa de Valores] comemorou o número de mulheres investindo na Bolsa, mas quem são essas mulheres? São brancas, pretas, ricas, classe C,D e E, como funciona? A gente não tem esses dados. Só fazem o retrato de que temos mulheres”, destacou.

“É preciso entender no que elas investem, para onde estão indo, se têm sucesso no mercado, se estão empreendendo ou não, porque elas querem o negócio, muitas vezes entram por necessidade”, completou.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Estatais apresentam compromissos de sustentabilidade aos líderes do G20

Carta com 32 propostas abrange transição energética, combate à fome e pobreza e reforma da governança global
Líderes de estatais apresentam compromissos de sustentabilidade ao G20 (Foto: Divulgação BNDES)

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), juntamente com o Banco do Brasil (BB), a Caixa Econômica Federal (Caixa), a Itaipu Binacional e a Petrobras, apresentaram nesta sexta-feira, 15, uma carta contendo 32 propostas para os líderes do G20. O evento ocorreu no Espaço Kobra, na zona portuária do Rio de Janeiro, onde o documento foi entregue à ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck. A iniciativa busca reforçar compromissos em áreas cruciais, como transição energética, combate à fome e à pobreza, e reforma da governança global.

A diretora de Crédito Digital para Micro, Pequenas e Médias Empresas do BNDES, Maria Fernanda, destacou a importância do momento. “Nada melhor do que reafirmar esse compromisso com mais de 30 mil pessoas, num momento extraordinariamente inovador, de trabalhar com os movimentos populares, os movimentos sociais, movimentos organizados”, disse. Ela frisou que as estatais se alinham ao objetivo de uma nova governança global que promova um sistema multipolar, comprometido com a paz e com a justiça social, incluindo a tributação dos mais ricos e a erradicação da pobreza e da fome em escala global.

A ministra Esther Dweck, ao receber a carta, sublinhou a relevância das estatais para reposicionar o Brasil entre as principais economias e na transição para uma economia sustentável. “A Itaipu entrou no livro dos recordes por ser a maior empresa de geração de energia acumulada, a Petrobras lidera a discussão de transição energética para nossas empresas, e os três bancos aqui representados são os grandes financiadores do desenvolvimento brasileiro”, declarou. Ela ressaltou a importância das estatais como formuladoras de políticas públicas, capazes de impulsionar um modelo de desenvolvimento sustentável e socialmente responsável.

A carta será incorporada à Declaração do G20 Social e entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste sábado, 16, ao término do fórum paralelo ao G20. As cinco estatais comprometem-se a trabalhar de forma conjunta para promover uma economia regenerativa e equitativa, com impactos positivos para a população, as cidades e as cadeias produtivas, rumo a uma economia de baixo carbono. Este compromisso inclui parcerias com empresas que adotam práticas social e ambientalmente responsáveis.

Entre as metas do documento está a contribuição para o fortalecimento do acesso da população às políticas públicas e a mitigação das desigualdades. A carta também enfatiza a relevância da troca de experiências e conhecimentos entre nações que enfrentam desafios semelhantes, em contextos geográficos e climáticos análogos, além de reforçar a importância da justiça climática e da valorização da diversidade cultural e étnica.

Participaram do evento de entrega da carta, além da ministra Esther Dweck e da diretora Maria Fernanda, o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha; o presidente da Caixa, Carlos Vieira; a diretora-executiva de Assuntos Corporativos da Petrobras, Clarice Coppetti; o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri; e a presidenta do BB, Tarciana Medeiros.

Fonte: Brasil 247

Venezuela é do Brics, diz Maduro, após veto do Brasil


Relações entre a Venezuela e o Brasil continuam tensas

Presidente venezuelano, Nicolás Maduro 03/08/2024 (Foto: REUTERS/Maxwell Briceno)

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, insistiu nesta sexta-feira (15) que a Venezuela faz parte do Brics, apesar do veto brasileiro ao ingresso do país no bloco de nações emergentes.

"Nosso ministro, que é vice-presidente do governo para comunicação e cultura, [esteve] em São Paulo, no Brasil, ratificando que somos do Brics", disse o presidente venezuelano no programa Maduro Live de Repente. "[Foi] no meio de uma reunião de mídia do Sul Global [jargão em referência aos países emergentes], do Brics. Um gesto bonito".

As relações entre a Venezuela e o Brasil continuam tensas depois de o governo do presidente Lula ter apontado que Brasília não reconhece a reeleição de Maduro. Durante a cúpula do Brics em Kazan, Rússia, em outubro, o Brasil vetou a entrada da Venezuela no bloco. Após retornar do evento, Maduro desafiou a decisão e disse que ninguém iria vetar Caracas.

O Brics é uma associação intergovernamental criada em 2006. A Rússia assumiu a presidência rotativa do bloco em 1º de janeiro de 2024. O ano começou com a adesão de novos membros à associação. Além de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, agora fazem parte do grupo o Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, de acordo com o site da presidência russa do Brics 2024. A Arábia Saudita ainda não formalizou oficialmente sua participação, mas tem participado das reuniões do Brics. Pelo menos 13 nações receberam o status de países parceiros do Brics na cúpula de Kazan.

Fonte: Brasil 247

Pacote fiscal deve incluir imposto sobre milionários e cortes em Saúde e Educação, mas Lula ainda não decidiu

O reajuste do salário mínimo também seria limitado, e programas sociais passariam por um pente-fino

Fernando Haddad e Lula (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, teria informado a líderes do Congresso que o pacote fiscal em elaboração prevê uma economia de R$ 25 a R$ 30 bilhões em 2025 e R$ 40 bilhões em 2026, com medidas como limitar o reajuste do salário mínimo, combater supersalários, realizar pente-fino em programas sociais e ajustar regras de benefícios como o abono salarial e seguro-desemprego, segundo O Globo desta sexta-feira (15).

Em relação ao salário mínimo, teria ganho real de no máximo 2,5% e no mínimo de 0,6%. O pacote também inclui o imposto mínimo de 15% para rendas acima de R$ 1 milhão por ano e ajustes na previdência militar, enquanto áreas como Saúde, Educação e Defesa terão cortes orçamentários.

No entanto, o presidente Lula ainda não bateu o martelo, e, segundo o ministro Paulo Pimenta, da Secom, alguns ajustes precisam ser feitos e mais discussões serão estabelecidas.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Em nota, PT cobra "punição para os golpistas e contra a ameaça da extrema direita"

Para o PT, "processar e punir os articuladores, mandantes e financiadores do 8 de janeiro é imprescindível para conter a ousadia da extrema direita"

Terrorista bolsonarista se mata na Praça dos Três Poderes, Brasília-DF (Foto: Reprodução/X)

A Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores divulgou nota nesta sexta-feira (15) sobre o atentado contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o que classifica como "riscos à democracia e o ao país a extrema direita e seus métodos violentos".

De acordo com o documento, a ação do homem-bomba na última quarta-feira (13) "confirma dramaticamente os riscos que a extrema direita, seus métodos violentos e seu discurso de ódio e mentiras configuram, em escala crescente, para a democracia e o país".

"Não se trata de fato isolado, como pretendem falsear os chefes políticos e ideológicos dos extremistas. O novo episódio de terror encadeia-se na espiral de violência que eles incitam de forma coordenada e sistemática", destaca a nota.

A executiva da legenta resgata que quando um terrorista plantou uma bomba num caminhão de combustíveis para explodir o aeroporto de Brasília às vésperas do Natal de 2022, também disseram que se tratava da ação de um lobo solitário.

"Mas ficou provado no inquérito que o horror foi planejado e preparado no acampamento bolsonarista em frente ao QG do Exército", frisa.

E acrescenta: "É pela intimidação e pela força bruta que a extrema direita interfere na vida política do país. Isso já estava claro na primeira campanha eleitoral de Jair Bolsonaro, defensor da ditadura, da tortura e dos torturadores, que usava os dedos em forma de arma como símbolo e encenava metralhar petistas nos palanques".

O documento diz ainda que "Bolsonaro foi forjado na escola do general Silvio Frota, que tentou dar um golpe contra o próprio regime militar".

"E quando a ditadura perdia terreno para o movimento de redemocratização do país, essa turma incendiou bancas de jornais, sequestrou o bispo de Nova Iguaçu, lançou a bomba contra a OAB que a matou dona Lyda e fez o atentado do Rio Centro que poderia ter matado centenas de jovens", lembra.

Para a legenda, "processar e punir pedagogicamente os articuladores, mandantes e financiadores do 8 de janeiro é imprescindível para conter a ousadia da extrema direita e impedir novos episódios e até mesmo uma escalada de terror e violência".

"O PT denuncia firmemente todas as tentativas de acobertar os responsáveis pela violência política e desviar o curso das investigações. Denuncia a hipocrisia dos que agora se apresentam como democratas, tendo sido cúmplices do desgoverno de Jair Bolsonaro", reforça.

Fonte: Brasil 247

Kotscho: pacificação só virá “quando os mandantes da tentativa de golpe de 8 de janeiro forem condenados”

Kotscho acretita que as investigações vão mostrar a relação entre as explosões de Brasília e outros atentados contra a democracia

Invasão à Praça dos Três Poderes, em Brasília, e o jornalista Ricardo Kotscho (Foto: ABR | Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

O jornalista Ricardo Kotscho afirmou nesta sexta-feira (15), que o Brasil só retomará a normalidade democrática “quando os mandantes da tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023 forem condenados”.

Durante participação no UOL News, o jornalista afirmou que, depois do atentado na Praça dos Três Poderes, os próprios bolsonaristas já entenderam que não dá para falar em anistia.

“Não é só constrangedor, é absolutamente inútil”, afirmou Kotscho, reforçando que mesmo que a Câmara aprove a proposta de anistia, a medida não passaria no Senado e pelo Supremo Tribunal Federal.

Kotscho disse acreditar que as investigações vão mostrar a relação entre as explosões de Brasília, outros atentados que ocorreram na cidade desde 2022 e os atos golpistas do 8 de janeiro.

“E como não foi até agora ninguém julgado e condenado — os graúdos, só as arraias miúdas que foram condenadas. Os mandantes, os chefões do golpe não foram atingidos até agora. O próximo passo é esse: não há pacificação possível sem que haja punição primeiro”, frisou.

Fonte: Brasil 247

Corpo do homem-bomba será liberado até segunda (18); filho está em Brasília

"Meu irmão ainda se despediu do filho. Inegável que ele premeditou", disse Rogério Luiz, um dos sete irmãos de Tiu França, o homem-bomba

Brasília (DF) 14/11/2024 - Policiais periciam o corpo de Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos,. Segundo a Polícia Civil do DF, Francisco foi autor das explosões ocorridas na quarta-feira (13) na Praça dos Três Poderes. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

O filho do homem-bomba Francisco Wanderley Luiz, autor das explosões em Brasília, está em Brasília e aguarda trâmites legais para levar o corpo do pai para Rio do Sul, em Santa Catarina.

O corpo do Tiu França, como era chamado, passa por perícia na Polícia Federal e a previsão é de que seja liberado até segunda-feira (18).

Tiü França causou explosão dentro de um carro no estacionamento do Anexo 4 da Câmara dos Deputados, jogou artefaos explosivos em direção ao Supremo Tribunal Federal (STF) e morreu, após deitar a cabeça sobre um dos artefatos, no chão, em frente à entrada da Corte.

"Meu irmão ainda se despediu do filho. Inegável que ele premeditou, tinha um plano, ele mandou algumas mensagens pro meu sobrinho e disse que voltaria de Brasília ainda essa semana", disse Rogério Luiz, um dos sete irmãos de Wanderley Luiz em entrevista ao UOL. "Tem minha sobrinha, a outra filha dele, que mora na Tailândia. Ela é missionária, casada com um pastor. Por conta da distância, não chegará a tempo para o enterro do pai", acrescentou.

Fonte: Brasil 247

Atentado: PL divulga nota pública assinada por Eduardo Bolsonaro, que sai em defesa do pai

Texto alega que “narrativas falsas e oportunistas” tentam vincular autor de explosão ao ex-presidente Jair Bolsonaro



O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) divulgou uma nota pública em nome de seu partido para defender o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. No papel de secretário de Relações institucionais da legenda, o parlamentar alega que “repudia as narrativas falsas e oportunistas que buscam, de maneira precipitada e irresponsável, vincular o trágico suicídio ocorrido hoje na Praça dos Três Poderes ao ex-presidente Jair Bolsonaro e à direita brasileira”.

De acordo com o deputado, associar o episódio ao ex-presidente seria uma tentativa de manipulação que teria como objetivo “atrapalhar o andamento do Projeto de Lei da Anistia”.

“Essa tentativa de manipulação revela não apenas uma distorção inaceitável dos fatos, mas também o propósito malicioso de atrapalhar o andamento do Projeto de Lei da Anistia, um passo essencial para a pacificação nacional e o reestabelecimento da normalidade institucional no país”.

Confira abaixo a íntegra da nota:

“O Partido Liberal (PL), por meio de seu Secretário de Relações Institucionais, Deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), repudia as narrativas falsas e oportunistas que buscam, de maneira precipitada e irresponsável, vincular o trágico suicídio ocorrido hoje na Praça dos Três Poderes ao ex-presidente Jair Bolsonaro e à direita brasileira.

Essa tentativa de manipulação revela não apenas uma distorção inaceitável dos fatos, mas também o propósito malicioso de atrapalhar o andamento do Projeto de Lei da Anistia, um passo essencial para a pacificação nacional e o reestabelecimento da normalidade institucional no país.

Vamos aos fatos:

1. Conforme o relato de autoridades policiais e de testemunhas presentes, o ocorrido foi um ato de suicídio – não uma tentativa de ataque aos Poderes Constituídos.

2. O responsável pelo incidente teve uma candidatura mal sucedida em 2020, por uma chapa composta pelo PDT e PL, em um período no qual o Presidente Bolsonaro sequer estava filiado ao PL.

3. Além disso, em mensagens publicadas em suas redes sociais, o autor expressou claramente sua rejeição tanto ao Presidente Bolsonaro quanto ao Presidente Lula, e demonstrou profundo descontentamento com a polarização política no país.

A tentativa de instrumentalização de uma tragédia desta magnitude pela esquerda para fins políticos revela uma preocupante falência moral, evidenciando a falta de compaixão daqueles que, mesmo diante de um indivíduo com claros distúrbios mentais que tragicamente tirou a própria vida, optam por explorar o incidente para alcançar seus objetivos políticos e tentar justificar perseguições e abusos contra a oposição.

Esse uso oportunista dessa tragédia, sem qualquer empatia pela dor de uma família que acaba de perder um ente querido e pelo choque de milhões de brasileiros, é um reflexo preocupante de um discurso político que perdeu o contato com o respeito e com a dignidade.

A sociedade brasileira merece um debate verdadeiro, justo e baseado na realidade dos fatos. Manipular eventos trágicos para tentar minar um projeto de reconciliação nacional é um ato de desonestidade que o Partido Liberal condena veementemente.

Em um momento em que o Brasil precisa de união, a verdade deve sempre prevalecer sobre interesses políticos mesquinhos e divisivos.

Deputado EDUARDO BOLSONARO

Secretário de Relações Institucionais e Internacionais do Partido Liberal”

Fonte: Agenda do Poder

Autor do atentado em Brasília trabalhava com entretenimento e teve discotecas até eleição de Bolsonaro, quando radicalizou discurso

Em 2020, se filiou ao PL, atual partido do ex-presidente, para tentar uma vaga de vereador, mas conseguiu apenas 98 votos


Autor do ataque com explosivos direcionado ao Supremo Tribunal Federal (STF), Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, era conhecido em Rio do Sul (SC), cidade de 72 mil habitantes a 200 quilômetros da capital catarinense, como um empresário do ramo do entretenimento. Quem conviveu com ele afirma que seu interesse pela política coincidiu com a chegada de Jair Bolsonaro à Presidência, em 2018. Já o discurso radical, que incluía ameaças a instituições, passou a fazer parte de seu repertório após a vitória eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva em 2022. Desde então, bandeiras do Brasil, referências militares e ataques ao comunismo passaram a dominar suas redes sociais.

O Globo ouviu parentes, amigos e vizinhos de Francisco Luiz, conhecido como “França”, sobre o processo de radicalização que o transformou de um empresário bem-sucedido do interior catarinense no “homem-bomba” da Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Francisco é de uma família conhecida de comerciantes da cidade de Rio do Sul. Desde a juventude, empreendia na área de eventos e shows, mas ficou mais conhecido quando inaugurou, na década de 1980, diversas discotecas na cidade.

Um dos frequentadores era o deputado Jorge Goetten (Republicanos-SC), que se mudou para o município catarinense aos 13 anos. Dono de uma lanchonete na cidade, o parlamentar conta que considerava Francisco “um visionário”, com grande tino empreendedor. Um de seus últimos negócios foi uma casa onde tocava rock.

Amigos e familiares contam que o comerciante nunca foi de falar de política e não tinha interesse pelo que acontecia em Brasília, mas que isso começou a mudar a partir de 2018, com a eleição de Bolsonaro. Em 2020, se filiou ao PL, atual partido do ex-presidente, para tentar uma vaga de vereador, mas conseguiu apenas 98 votos. “Paz, amor, generosidade, sinceridade, perdão e humildade” era uma das mensagens disseminadas por ele durante sua campanha.

— Ele entrou na política, foi candidato a vereador. E com a bandeira do Bolsonaro, sempre. Acredito que (a eleição de Bolsonaro) deva ter desencadeado esse lado político nessa época. Nunca tinha visto envolvimento dele antes — disse Eduardo Marzall, ex-presidente do PL de Rio do Sul.

Marzall contou conhecer Francisco há 40 anos, desde quando começou a frequentar uma discoteca que ele e dois irmãos possuíam na cidade. O ex-dirigente partidário afirma que o amigo nunca demonstrou comportamento que indicasse ser capaz de um ato extremo, como o ataque a bombas ao STF.

— Ele era daqueles caras que tudo o que o Bolsonaro falava era amém. Mas em momento nenhum (demonstrou ser) uma pessoa que faz uma atitude errada como ele fez — contou Marzall.

Familiares ouvidos pela reportagem afirmam que tudo mudou em 2022, após a derrota de Bolsonaro nas urnas. Foi nessa época que, na cidade natal, passou a frequentar manifestações golpistas que antecederam as invasões do 8 de Janeiro.

Em uma declaração gravada em vídeo pela Polícia Federal, a ex-mulher dele, identificada apenas como Daiane, afirmou que desde então Francisco “só falava de política” e estava obcecado com a ideia de matar o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Segundo ela, o plano era assassinar o magistrado e “quem estivesse perto” no momento.

Daiane disse ainda aos agentes da PF em Santa Catarina que Francisco chegou a compartilhar com ela pesquisas no Google para planejar o atentado que tentaria executar na quinta-feira.

Mensagens postadas por Francisco nas redes sociais evidenciavam sua guinada em direção ao extremismo. Ele chegou a visitar o Supremo já com planos para o ataque, em agosto de 2024, quando postou uma foto dentro do plenário da Corte: “Deixaram a raposa entrar dentro do galinheiro (chiqueiro) ou não sabem o tamanho das presas ou é burrice mesmo. Provérbios 16:18 (A soberba precede a queda)”, escreveu na legenda.

Nas redes sociais, publicava prints de mensagens de WhatsApp enviadas por ele mesmo nas quais citava que o Brasil já era “um país socialista e comunista” e que iria “entregar a sua vida” para que “as crianças cresçam com liberdade”. Em uma postagem, reproduziu teoria conspiratória anticomunista ligada ao grupo de extrema direita QAnon.

Desde o ano passado, Francisco passou a viajar com frequência a Brasília. Para se hospedar na cidade, alugou uma quitinete na Ceilândia, região administrativa da capital federal, a cerca de 30 quilômetros da Praça dos Três Poderes. No espelho do banheiro do imóvel de 25 metros quadrados, deixou uma mensagem escrita com batom vermelho: “Debora Rodrigues. Por favor, não desperdice o batom. Isso é para deixar as mulheres bonitas, estátua de merda se usa TNT”, numa referência à golpista presa por pichar a estátua da Justiça durante os atos de 8 de janeiro. Na ocasião, ela pichou “perdeu, mané” na estátua, em referência a uma frase dita pelo ministro Luís Roberto Barroso, atual presidente do STF.

Além do recado, Francisco deixou duas bombas no local, que foram desativadas pela PM. Vizinha de porta, Gleide Silva diz que conhecia Francisco desde o início do ano passado. Segundo ela, o homem-bomba era uma pessoa “normal, falante e prestativa”.

— Ele veio pela primeira vez e morou quatro meses. Aí ele voltou para Santa Catarina. Ficou lá um ano e pouco. Agora, no mês de agosto, ele veio de novo — relatou ela.

Em uma das visitas a Brasília, Francisco visitou o deputado Jorge Goetten em seu gabinete na Câmara, em agosto de 2023. O parlamentar afirma que na ocasião estranhou o comportamento do amigo.

— Me chamou atenção porque ele falava muito da separação da mulher dele. Eu falei para o pessoal do gabinete: “Esse França não é o França que eu conhecia”. Ele me pareceu com a saúde emocional abalada. Estranhei essa atitude dele — afirmou Goetten.

Imagens do circuito interno da Câmara mostram que Francisco voltou à Câmara na quarta-feira, cerca de 11 horas antes de morrer ao explodir um artefato. A assessoria da Casa confirma que ele entrou no Anexo IV às 8h15, foi ao banheiro, e saiu do local na sequência. Às 19h30, atirou duas bombas em direção à sede do STF e, em seguida, explodiu uma terceira junto à sua cabeça.

Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.

Polícia Federal vai pedir quebra de sigilos fiscal, bancário e telemático do homem que fez atentado contra STF

Pedido deve ser feito nos próximos dias e depende de aprovação do Supremo Tribunal Federal


A Polícia Federal (PF) vai pedir a quebra do sigilo fiscal, bancário e telemático – de telefone e pesquisas da internet – de Francisco Vanderlei Luiz, autor do atentado na Praça dos Três Poderes na noite de quarta-feira (13).

O pedido deve ser feito nos próximos dias e depende de aprovação do Supremo Tribunal Federal (STF).

Neste momento, os peritos estão tentando acessar o conteúdo do celular, que foi localizado bloqueado e com senha.

Os investigadores querem saber os detalhes do planejamento do atentado e como Francisco Vanderlei estava sobrevivendo em Brasília sem exercer sua profissão de chaveiro. Em depoimento à PF, um dos filhos contou que ele recebia um salário de R$ 5 mil.

Segundo a Polícia Civil, ele era de Santa Catarina, mas alugou uma casa em Ceilândia, no Distrito Federal, para realizar o ataque às instituições.

A PF também colhe nesta tarde o depoimento de pessoas que tinham contato com Francisco Vanderlei, em Brasília, e segue buscando mais imagens por onde Vanderlei andou no dia do atentado.

Fonte: Agenda do Poder com informações do g1.

Milei dança para Trump, abraça Sylvester Stallone e posa com Elon Musk em agendas nos EUA (vídeos)

Presidente argentino participa de evento da extrema-direita na Flórida

Conferência Política de Ação Conservadora (CPAC) (Foto: @OPRArgentina/X)

O presidente da Argentina, Javier Milei, participou da cúpula de investidores da Conferência Política de Ação Conservadora (CPAC), um fórum da extrema-direita global, realizada na mansão de Mar-A-Lago, residência do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, na Flórida, EUA.

Durante os eventos desta sexta-feira (15), Milei foi parabenizado por Trump em seu discurso. O presidente argentino também discursou, posou para fotos com o republicano e com o bilionário de extrema-direita Elon Musk, conforme relatado pela conta oficial do Escritório da Presidência Argentina na plataforma X.

Milei ainda teve um breve encontro com o ator hollywoodiano Sylvester Stallone, famoso por interpretar Rocky Balboa nos filmes "Rocky".

Fonte: Brasil 247

Justiça argentina ordena prisão de 61 bolsonaristas foragidos

Governo de Javier Milei endureceu as regras e apertou o cerco contra bolsonaristas

Golpistas invadem e depredam prédios do governo em 8 de janeiro de 2023 | Javier Milei (Foto: Joedson Alves/Agencia Brasil | REUTERS/Agustin Marcarian)

A Justiça argentina emitiu mandados de prisão contra 61 bolsonaristas foragidos, condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, após pedidos de extradição do Brasil. O juiz Daniel Rafecas, da 3ª Vara Federal, determinou as capturas, com duas detenções já confirmadas, informou a Folha de São Paulo nesta sexta-feira (15).

A extradição será decidida em audiência, e os detidos podem recorrer à Suprema Corte. Apesar do pedido de refúgio de 185 brasileiros na Argentina, novas regras do governo do presidente Javier Milei estabelecem que crimes graves, como terrorismo ou violações de direitos humanos, não serão protegidos.

Em 8 de janeiro de 2023, extremistas depredaram o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional — sedes dos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo. 741 acusados pela Procuradoria-Geral da República de crimes pelo 8/1 já foram responsabilizados penalmente.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Cooperativas de reciclagem no Paraná se tornam franquias sociais, aumentando renda e fortalecendo a economia circular


Projeto social, que é fruto de parceria entre os grupos Ambipar e Klabin, fortalece trabalhadores de cooperativas de reciclagem

Trabalhadores de cooperativa de reciclagem no Paraná (Foto: Divulgação)

Em uma iniciativa pioneira, as cooperativas de reciclagem Acamarango, de Reserva, e ReciclaTB, de Telêmaco Borba, transformaram-se em franquias sociais, consolidando um modelo de gestão que eleva a renda de profissionais da reciclagem e fortalece a economia circular na região. O projeto, fruto da parceria entre a Klabin, a Ambipar Environment e as prefeituras locais, foi inaugurado nos dias 12 e 13 de novembro, marcando uma nova fase de desenvolvimento para os trabalhadores do setor.

Desde 2012, as cooperativas integravam o Programa de Resíduos Sólidos da Klabin, agora denominado Klabin Transforma Território Circular, que visa apoiar municípios na adaptação à Política Nacional de Resíduos Sólidos. Por meio de doações de equipamentos, assessoria técnica e capacitação, o programa tem impulsionado a profissionalização das cooperativas, garantindo operações sustentáveis e beneficiando toda a comunidade.

A transformação para o modelo de franquia social oferece autonomia às cooperativas e reforça a circularidade econômica. Leonir dos Santos, presidente da Acamarango, destacou a importância do novo espaço, que inclui refeitório, cozinha, banheiros acessíveis e um escritório, além de melhorar as condições de trabalho e a produtividade. “Com a ajuda da Klabin, conseguimos um preço maior para os resíduos e aumentamos nossa renda no fim do mês”, comemorou Santos.

A ReciclaTB, que também faz parte do programa desde 2021, experimentou um crescimento notável, com a renda média dos cooperados saltando de R$ 1.200 para R$ 4.000. A Ambipar, que contribuiu com expertise técnica e suporte, celebrou o impacto social e ambiental positivo da iniciativa, alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Uilson Paiva, gerente de Responsabilidade Social da Klabin, afirmou que essa nova fase reafirma o compromisso da empresa com a sustentabilidade e o desenvolvimento socioeconômico dos Campos Gerais. “As cooperativas se tornam referências em gestão ambiental eficiente, beneficiando a comunidade e promovendo a conscientização sustentável”, concluiu.

A iniciativa é um exemplo inspirador de como parcerias estratégicas e inovação em gestão podem transformar realidades, promover trabalho decente e reduzir desigualdades, impulsionando a economia local e melhorando a qualidade de vida de seus trabalhadores.

Entenda o que é a economia circular e como ela pode aumentar a renda de pessoas mais vulneráveis

A economia circular é um modelo econômico que busca redefinir a forma como os recursos são utilizados, promovendo a reutilização, reciclagem e regeneração dos materiais em vez do descarte após um único uso. Ao contrário da economia linear, que segue a lógica de “extrair, produzir e descartar”, a economia circular foca em prolongar a vida útil dos produtos e maximizar o valor dos materiais, fechando o ciclo de uso e minimizando o desperdício.

Esse modelo baseia-se em princípios como a eliminação de resíduos e poluição, onde o design dos produtos considera todo o ciclo de vida para reduzir o impacto ambiental e permitir que os materiais retornem ao sistema de produção. Também promove a reutilização de materiais, por meio da reparação, renovação e reciclagem, mantendo a utilidade e o valor dos produtos, e incentiva práticas que regeneram os ecossistemas, como o uso de energia renovável e métodos agrícolas que preservam os recursos naturais.

A economia circular pode ser uma poderosa aliada na promoção de oportunidades econômicas para pessoas em situação de vulnerabilidade. A implementação de práticas de reciclagem e recuperação de materiais cria novos empregos em comunidades que antes dependiam de trabalho sazonal ou informal. Cooperativas de reciclagem, como as de Telêmaco Borba e Reserva, que se tornaram franquias sociais, são exemplos concretos de como esse modelo pode oferecer uma fonte estável de renda e melhores condições de trabalho para catadores e profissionais do setor.

Além disso, a economia circular inclui iniciativas de treinamento técnico e capacitação, preparando trabalhadores para lidar com novas tecnologias e processos de reciclagem e manufatura reversa. Essa qualificação melhora as chances de inserção no mercado de trabalho formal e amplia o potencial de ganhos. Outro aspecto relevante é a valorização dos produtos reciclados, pois o apoio de grandes empresas e políticas públicas focadas na economia circular pode garantir preços melhores para materiais recicláveis, aumentando a rentabilidade das cooperativas. A profissionalização e suporte técnico, como no caso da parceria entre a Klabin e a Ambipar com as cooperativas Acamarango e ReciclaTB, fizeram com que a renda dos trabalhadores dessas comunidades subisse significativamente.

Por fim, a economia circular também estimula o empreendedorismo local, promovendo um ambiente em que pequenos negócios podem prosperar. A criação de produtos reciclados, serviços de conserto e iniciativas comunitárias de gestão de resíduos são apenas algumas das formas pelas quais essa abordagem impulsiona a economia local, proporcionando mais oportunidades de geração de renda e melhorando a qualidade de vida das comunidades envolvidas.

Fonte: Brasil 247

PF recupera dados apagados por Mauro Cid e avança em investigação sobre tentativa de golpe

Informações reveladas por equipamento israelense colocam colaboração de ex-ajudante de Bolsonaro em xeque

Mauro Cid (à esq.) e Jair Bolsonaro. Foto: Reuters

A Polícia Federal (PF) recuperou dados apagados dos computadores de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, utilizando tecnologia israelense de última geração. De acordo com reportagem do G1, as informações obtidas fortaleceram as investigações sobre a tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023 e permitiram cruzamentos com dispositivos de outros investigados. O material revela novas narrativas sobre planos para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, adiando a conclusão do relatório final do caso, que estava previsto para este mês.

Os dados recuperados levantaram dúvidas sobre o acordo de colaboração firmado entre Mauro Cid e as autoridades. Investigações apontam que ele pode ter omitido informações relevantes sobre os fatos apurados, o que comprometeria sua colaboração. “Não é facultado ao delator a possibilidade de omitir informações”, destacou uma fonte ligada à investigação. Caso as irregularidades sejam confirmadas, o acordo pode ser revisto, prejudicando as condições negociadas pelo ex-ajudante.

A defesa de Mauro Cid afirmou que ele está cooperando plenamente com as autoridades, mesmo após a divulgação de mensagens críticas à PF por meio da revista Veja. No entanto, os novos dados representam um avanço significativo na apuração de responsabilidades e podem implicar Bolsonaro e membros próximos de sua equipe no relatório final, que será decisivo para os próximos passos judiciais.

Fonte: Brasil 247

"O Brasil volta a olhar para o seu futuro e para o futuro do planeta", diz Lula no G20

Presidente também destaca a necessidade de união diante dos desafios globais

Paulo Pimenta, Lula, Eduardo Paes e Mauro Vieira (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou, nesta sexta-feira (15), as instalações da Cúpula do G20 no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (RJ). Lula destacou as prioridades do Brasil como líder do fórum de cooperação econômica internacional e celebrou as transformações que permitiram ao país reverter os retrocessos herdados da gestão anterior.

Ele também ressaltou a importância da união entre as nações para enfrentar os principais desafios globais. "Fui conhecer as instalações onde será realizada a Cúpula do G20, que acontecerá nos dias 18 e 19 de novembro no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. O Brasil receberá delegações de todo o mundo para debater temas como o combate à fome, a transição energética e a construção de um mundo com mais cooperação e trabalho para enfrentar os desafios globais. Somos hoje um país bem diferente de alguns anos atrás, que volta a olhar para o seu futuro e para o futuro do planeta", escreveu Lula em postagem na plataforma social X.

O Brasil detém a presidência rotativa do G20 de 1º de dezembro de 2023 a 30 de novembro de 2024. A Cúpula de Líderes do G20 acontece nos dias 18 e 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro, reunindo líderes dos 19 países membros, além da União Africana e da União Europeia.

Fonte: Brasil 247

Justiça portuguesa condena mulher por racismo contra filhos de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso

Sentença inclui indenização à família, multa à SOS Racismo e liberdade condicional

(Foto: Reprodução)

A Justiça de Portugal condenou Adélia Barros por racismo contra Titi e Bless, filhos de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso, em um episódio ocorrido em 2022. Durante o incidente, a mulher chamou as crianças de “pretos imundos” e pediu que deixassem o restaurante onde estavam na Costa da Caparica, além de ofender uma família de turistas angolanos. A sentença, proferida pelo Tribunal de Almada, determinou uma pena de oito meses de prisão, que será cumprida em liberdade condicional, desde que Adélia não repita o crime nos próximos quatro anos, destaca o G1.

Além da pena, Adélia foi condenada a pagar uma indenização de 14 mil euros (aproximadamente R$ 85 mil) por danos morais à família das crianças e 2.500 euros (cerca de R$ 15 mil) à associação SOS Racismo. A decisão judicial também exige que ela se submeta a tratamento contra o alcoolismo. Segundo o jornal Público, o valor estipulado é inferior ao pedido inicial de 35 mil euros pela defesa de Giovanna e Bruno.

O caso chamou atenção para a gravidade do racismo em Portugal e ganhou repercussão internacional. Este é o segundo episódio de racismo envolvendo Titi a ser julgado recentemente. Em agosto, a Justiça Federal do Brasil condenou a influenciadora Dayane Alcântara a 8 anos e 9 meses de prisão por injúrias raciais contra Titi, em 2017, quando a menina tinha apenas 4 anos.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Alerta de bomba em aeroporto de Goiânia mobiliza Polícia Federal

Objeto foi encontrado em banheiro do aeroporto. Até o momento não há registro de suspensão de voos ou fechamento da unidade

(Foto: Reprodução/Infraero)

Na manhã desta sexta-feira (15), a administração do Aeroporto de Goiânia acionou as forças de segurança após a descoberta de um objeto suspeito em um dos sanitários na área pública do terminal. De acordo com reportagem do Metrópoles, foi informado em nota oficial que todos os protocolos de segurança foram seguidos imediatamente, incluindo o acionamento da Polícia Federal, que assumiu a investigação do caso.

Até o momento, as autoridades ainda apuram se o objeto se trata de um artefato explosivo. Equipes especializadas foram destacadas para inspecionar o terminal, que segue com medidas de segurança reforçadas.

Embora ainda não haja confirmação de que o item seja um artefato explosivo, a área foi isolada e equipes especializadas permanecem no local. Passageiros relataram apreensão diante do ocorrido, mas até o momento não há registro de suspensão de voos ou fechamento do aeroporto.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Manifestantes vão às ruas pelo fim da escala de trabalho 6x1

Atos foram convocados em diversas cidades, como São Paulo e Rio

São Paulo (SP), 15/11/2024 - Pessoas participam de ato em defesa do fim da jornada 6x1. Foto: Letycia Bond/Agência Brasil
© Letycia Bond/Agência Brasil

Manifestantes realizaram atos nesta sexta-feira (15) em diversas cidades pelo fim da escala de seis dias de trabalho e um dia de folga. Foram convocados atos em São Paulo, Brasília, Manaus, Fortaleza, no Rio de Janeiro e no Recife.

O tema ganhou repercussão nesta semana em razão da proposta de emenda à Constituição Federal (PEC), de autoria da deputada federal Erika Hilton (PSol-SP), que propõe jornada de trabalho de, no máximo, 36 horas semanais e quatro dias de trabalho por semana no Brasil.

Os atos foram convocados pelo Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), que tem mobilizado as redes sociais a favor da PEC. Em petição online, o movimento já reuniu quase 3 milhões de assinaturas a favor da mudança.

A proposta de emenda constitucional foi elaborada na causa defendida pelo VAT, que a jornada de trabalho no Brasil, 6x1 é uma das principais causas de exaustão física e mental dos trabalhadores, além de impedir o convívio dos trabalhadores com a família e amigos e a prática de atividades físicas, de lazer ou estudo.

São Paulo

Em São Paulo, os manifestantes reuniram-se na Avenida Paulista.

De um carro de som, uma das líderes do ato, Priscila Araújo Kashimira, ressaltou que os jovens estão entre os mais afetados pela jornada de trabalho 6x1, pela dificuldade em conciliar os estudos para tentar entrar em uma instituição de ensino superior. Ela contou ainda que o convívio com a mãe, que estava também no carro de som, foi muito afetado em razão dessa escala de trabalho.

Priscila Kashimira apontou ainda que outros trabalhadores prejudicados pela atual jornada são funcionários de shoppings e telemarketing. Ela criticou as empresas de telemarketing por sujeitar os funcionários a intervalos curtos, "de menos de 20 minutos para almoço".

"Se fechar farmácia, mercado e shopping, esse país para", afirmou.

Um dos integrantes do VAT, Washington Soares, salientou que a mobilização pela petição online começou um ano atrás, incluindo panfletagens.

Para ele, a pluralização das manifestações e adesões favoráveis, como de partidos e parlamentares, se deve por ser uma pauta que independe de posições partidárias e ideologias. "É uma pauta para todo mundo", disse.

"Muita gente nem acreditava e, nessa semana, depois do sábado, começou. Todo mundo entrando em contato com os deputados. Não importa se é de direita, de esquerda, todo mundo trabalha. Nenhum político quer ficar queimado com a população, eles sabem o que vão ter que fazer. Querem fazer um ajuste e tal, ok, tudo bem. Vai ser muito difícil na CCJ [Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, da Câmara dos Deputados]. Essa foi nossa primeira vitória. Não vai ser fácil, mas nunca foi. Aqui no Brasil, nunca foi. A gente tem mesmo que arrancar nossas conquistas e está muito confiante", contou.

"Um deputado de direita disse que não é uma questão ideológica, que é uma questão do trabalhador, e é exatamente isso que a gente pensa", acrescentou.

Operadora de telemarketing há cinco anos, Viviane da Silva, de 38 anos, começou a graduação este ano e, por isso, divide o dia entre estudar pela manhã e trabalhar, a tarde. Ela já teve outros empregos e em um deles cumpria escala 6 por 1.

"Meses atrás, eu comecei a tomar medicação para depressão e ansiedade, por estar pesada a carga de trabalho com estudo e não ter a folga necessária para descanso e desempenhar as duas funções", relatou.

Em uma ocasião, contou a trabalhadora, uma chefe chamou sua atenção por ela ter marcado consultas médicas e odontológicas em horário de trabalho, duas vezes no mesmo mês.

"A gente não é tratada bem quando precisa sair mais cedo, entrar mais tarde. Por lei, eles precisam aceitar declaração de comparecimento a uma consulta médica, mas os superiores não aceitam bem."

Rio de Janeiro

O protesto levou uma multidão à Cinelândia, no Rio de Janeiro. Os manifestantes destacavam a necessidade do descanso e do lazer na vida do trabalhador e pediam a redução das horas trabalhadas sem perdas salariais.


Rio de Janeiro (RJ), 15/11/2024 - Manifestantes se reunem em protesto pelo fim da jornada  de trabalho 6 x 1, na Cinelândia, centro da cidade. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Rio de Janeiro (RJ), 15/11/2024 - Manifestantes reúnem-se em protesto pelo fim da jornada de trabalho 6x1, na Cinelândia. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil


O tema também foi debatido no G20 Social, que ocorre no Rio de Janeiro entre 14 e 16 de novembro.

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, argumentou que a mudança beneficiaria as mulheres, mas classificou que o debate precisa ser mais amadurecido.

Já o ministro Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência da República, disse nesta semana que o assunto ainda não foi discutido no núcleo do governo.

Brasília

Na capital federal, o ato reuniu representantes de diferentes categorias e movimentos sociais na Rodoviária do Plano Piloto, na região central.

Para Abel Santos, motofretista e coordenador do VAT no Distrito Federal, os atos mostraram a a união dos trabalhadores "independentemente da categoria na luta por melhores condições de trabalho e vida". As manifestações realizadas no país aumentam a pressão para que os parlamentares aprovem a proposta pelo fim da atual escala de trabalho.

Na avaliação do antropólogo e integrante do Movimento Passe Livre, Paiques Duque Santarém, os movimentos precisam se articular a partir de agora para manter a mobilização em torno da pauta, com o objetivo de evitar um esfriamento institucional, e uma estratégia de argumentos para barrar as narrativas contrárias à proposta.

"O tempo até que será colocado em votação na CCJ, para que o relator apresente o parecer. Esse tempo de ser colocado em pauta, em votação na Câmara, em votação no Senado. Esse é um processo muito demorado, que contribui para esfriar o debate", disse.
Brasília (DF), 15/11/2024 - Pessoas participam de ato em defesa do fim da jornada 6x1, realizado na Rodoviária do Plano Piloto. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Brasília (DF), 15/11/2024 - Ato em defesa do fim da jornada 6x1, na Rodoviária do Plano Piloto. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

São necessárias 171 assinaturas para a PEC começar a tramitar na Câmara. E para ser aprovada, precisa do voto de 308 dos 513 parlamentares, em dois turnos de votação.

Com a pressão social, cresceu, no intervalo de uma semana, de 60 para 134 o total de deputados que assinaram a proposta de emenda à Constituição (PEC) que estabelece a jornada de trabalho de, no máximo, 36 horas semanais e 4 dias de trabalho por semana no Brasil, acabando com a escalada de 6 por 1.

Ao menos outras duas PEC tratam da redução de jornada no Congresso Nacional, mas não acabam com a jornada 6 por 1, que é a principal demanda do VAT.

Fonte: Agência Brasil com colaboração redações do Rio de Janeiro e de Brasília