quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Lula critica soltura rápida de bandidos e defende pacto federativo contra o crime

Presidente também defendeu uma maior integração de dados entre os estados

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia em Brasília, 25/10/2024 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, nesta quinta-feira (31), o fato de o sistema judiciário frequentemente liberar criminosos logo após serem presos pelas forças de segurança pública, durante uma discussão com governadores em Brasília sobre propostas para a área de segurança.

“Tem governador que tem muita queixa do poder judiciário, porque muitas vezes a polícia prende o bandido, e no dia seguinte ele está solto. O bandido escolhe inclusive a cadeia que ele quer ficar, e muitas vezes o desembargador no estado manda o bandido para a cadeia que ele quer ficar”, disse Lula na reunião.

O presidente também defendeu um pacto federativo para combater o crime e uma maior integração de dados entre os estados. “Precisamos montar um pacto federativo envolvendo todos os poderes da federação envolvidos, para discutir desde o sistema prisional aos cadastros estaduais. É preciso sistematizar a informação, para não permitir que um criminoso em um estado vá se esconder em outro. Precisamos ter uma coisa muito organizada, para discutir quantas horas forem necessárias para apresentar uma proposta definitiva para combater o crime organizado”, afirmou.

Fonte: Brasil 247

“Não é fácil governar com uma bancada de sessenta e oito deputados em um universo de quinhentos e treze”, diz Zeca Dirceu

Deputado aborda desafios do PT na sucessão na Câmara e comenta tramitação do PL da Anistia

(Foto: Câmara dos Deputados | Agência Brasil)

Em entrevista ao Boa Noite 247, o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR) compartilhou suas impressões sobre a sucessão na presidência da Câmara e o impacto do Projeto de Lei da Anistia, que busca inocentar envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Dirceu explicou que a bancada do PT está em fase de avaliações internas e destacou os obstáculos de um governo apoiado por uma representação minoritária na Câmara.Na articulação interna do partido, a definição do nome para a sucessão na presidência da Câmara ainda não foi concluída, segundo Dirceu: “A bancada iniciou uma nova etapa da reunião para avaliar se já há segurança para uma decisão agora, ou se ela ficará para daqui a quinze dias, quando retomam os trabalhos. Nada definido ainda, mas com uma grande tendência de se decidir logo.” O deputado não confirmou apoio a Hugo Mota,do partido Republicanos e candidato de Artur Lira. Dirceu considera a presença do PT em espaços-chave da Casa essencial para fortalecer o governo e fazer frente a medidas que avalia como retrocessos: “Esse espaço de mais destaque para a bancada do PT, não só na mesa diretora, mas também em outros espaços importantes, é essencial para resistir a retrocessos.”

O deputado também ressaltou a importância de conciliar rapidez e precisão no processo de sucessão. “Não podemos ser muito apressados nem muito atropelados; não é a pressa ou a procrastinação que vai nos ajudar. Precisamos ter os elementos e as garantias da viabilidade da vitória e dos espaços para fazer aqui a boa luta política,” explicou. E reforçou: “Não é fácil governar com uma bancada de sessenta e oito deputados em um universo de quinhentos e treze.”

Sobre o Projeto de Lei da Anistia, retirado de pauta por Arthur Lira (PP-AL), Dirceu avalia que a criação de uma comissão especial adia o tema, possivelmente para depois das eleições na Câmara, o que tem efeitos práticos. “A retirada do projeto feita por Arthur Lira e a criação de uma comissão especial sugere que o assunto será empurrado para depois da eleição na presidência da Câmara. Não resolveu totalmente, mas dificultou bastante,” comentou.

Assista:

 

Fonte: Brasil 247

Caso Marielle: Promotor contesta arrependimento de Ronnie Lessa e Élcio Queiroz e pede pena máxima

Os ex-policiais são réus confessos pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes
Marielle Franco, Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz (Foto: Mídia NINJA | Reprodução)

 O promotor Eduardo Martins contestou nesta quinta-feira (31) a sinceridade do arrependimento expressado pelos ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, réus confessos pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

"Que arrependimento é esse com algo em troca? Eles pediram algo em troca para falar o que falaram. Até outro dia eles estavam negando todas as imputações", disse o promotor.

Martins destacou ainda que ambos optaram por colaborar com a Justiça somente após serem informados sobre novas provas em posse da Promotoria. Élcio aceitou a colaboração premiada em 2023, depois de saber que foram encontradas evidências contra Lessa. Lessa, por sua vez, firmou o acordo ao tomar conhecimento dos depoimentos de Queiroz.

"Quando eles fizeram a colaboração, eles estavam encurralados. Já sabiam que a condenação era certa. Para esse julgamento, nós não precisávamos dele. Ele esclareceu para outros réus", afirmou.

Em interrogatório na quarta-feira (30), Lessa pediu perdão pelo crime e afirmou que a delação aliviava um "peso nas costas". Já Élcio alegou estar com remorso, justificando que não sabia que seria envolvido em um homicídio ao entrar no carro com Lessa.

Caberá à juíza Lúcia Glioche definir a pena dos réus, que enfrentam acusações de dois homicídios e de tentativa de homicídio. A pena máxima, solicitada pelo MP, é de 84 anos.

Fonte: Brasil 247

"A Lava Jato destruiu o futuro do Brasil", afirma Luís Nassif

Em entrevista a Hildegard Angel, Luís Nassif critica "exibicionismo" do Judiciário e expõe os bastidores que afetaram o Brasil político e econômico

(Foto: Reprodução )

Na entrevista com Hildegard Angel, disponibilizada na TV 247, o jornalista Luís Nassif tece críticas contundentes à operação Lava Jato, abordando o que considera "um dos maiores golpes" contra a economia e a política brasileira. Segundo Nassif, o "exibicionismo judicial" e as manobras de cooperação internacional transformaram a operação numa ferramenta de influência externa que comprometeu seriamente o futuro do país. Para ele, a Lava Jato consolidou um movimento que impactou o setor empresarial nacional e desestruturou a política interna.

Hildegard Angel conduziu a conversa, ressaltando os principais pontos da nova obra de Nassif, "A conspiração Lava Jato", já em destaque entre leitores e críticos. O livro, publicado pela editora Contracorrente, traz detalhes das estratégias que culminaram em um prejuízo de mais de R$ 400 bilhões à economia brasileira, conforme estimativa do ex-procurador-geral da República Augusto Aras. A narrativa propõe que a operação Lava Jato não apenas impactou o setor empresarial, mas também promoveu mudanças profundas e duradouras no sistema de justiça e nas relações entre o Brasil e potências internacionais, especialmente os Estados Unidos.

● O Judiciário como espetáculo e o papel da mídia

Nassif também critica a transformação da imagem dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que segundo ele, passaram de figuras discretas a “popstars”, incentivados pela visibilidade proporcionada pela mídia. Ele afirma que a TV Justiça e as redes sociais contribuíram para esse fenômeno, no qual, além do protagonismo dos ministros, houve o que Nassif chamou de “chantagem e lisonja” para manter certos juízes sob controle ou para incentivá-los a seguir com uma postura punitivista.

Ao longo da entrevista, ele destaca o papel da mídia no apoio à Lava Jato. Para Nassif, a mídia brasileira seguiu o modelo do magnata australiano Rupert Murdoch, buscando alavancar seu poder político para influenciar as decisões nacionais. Segundo ele, esse movimento da imprensa criou o que o jornalista Paulo Henrique Amorim chamava de "Partido da Imprensa Golpista (PIG)", que, com manchetes sensacionalistas, amplificou a narrativa de combate ao crime de maneira unilateral, afastando-se de um jornalismo que contextualiza e aprofunda os fatos.

● Destruição de empresas nacionais e dependência externa

Outro ponto de destaque na entrevista é o dano econômico causado pela operação, que, conforme exposto no livro, impôs sérios obstáculos ao crescimento de empresas nacionais, especialmente nas áreas de engenharia e tecnologia. Nassif detalha como o ataque à Petrobras e a outras grandes empresas nacionais aumentou a vulnerabilidade do país frente aos interesses estrangeiros. “Foi um crime que matou empresas que estavam se desenvolvendo, comprometendo o futuro do Brasil", afirma Nassif.

Ele menciona também a interferência do Departamento de Justiça dos EUA na Lava Jato, além da pressão para que o Brasil optasse por produtos e equipamentos de origem americana, impactando até mesmo decisões estratégicas, como a compra de aeronaves e equipamentos bélicos.

● A indústria das palestras e o compliance

Nassif ainda aborda a "indústria das palestras" e o uso do compliance como novos negócios para figuras da Lava Jato. Ele menciona que juízes e procuradores, como Deltan Dallagnol, lucraram significativamente com palestras e consultorias, e critica o uso do compliance como ferramenta para controlar empresas nacionais em prol dos interesses externos. Segundo ele, escritórios americanos passaram a dominar o compliance de grandes empresas brasileiras, reforçando a dependência do país em relação aos EUA e, por consequência, enfraquecendo a autonomia econômica do Brasil.

● A relação entre a política e o Judiciário: casos emblemáticos

Ao longo da entrevista, Hildegard e Nassif discutem o impacto do sistema judiciário na política nacional, com Nassif tecendo críticas a ministros e figuras proeminentes. Ele cita exemplos de figuras do STF que, inicialmente progressistas, teriam se rendido à pressão midiática e a interesses externos. Para Nassif, o punitivismo judicial e a perseguição a figuras políticas como o ex-presidente Lula foram parte de uma estratégia maior para desestabilizar o país.

● O papel das redes sociais e o futuro do jornalismo

Nassif encerra com uma reflexão sobre o papel do jornalismo na era digital e a importância da formação crítica dos profissionais. Segundo ele, a internet fragmentou o sistema de informações, o que desarticulou o papel de formadores de opinião e trouxe novos desafios para o jornalismo. Com seu livro, ele espera trazer à tona o "ovo da serpente" que gerou a operação Lava Jato, alertando para o papel fundamental da mídia e da justiça na proteção dos interesses nacionais.

● Leitura essencial para entender a Lava Jato

"A conspiração Lava Jato" é recomendada por Hildegard Angel como uma leitura fundamental para compreender os impactos e bastidores da operação. Nassif traz um relato crítico e embasado sobre os mecanismos que, em sua visão, utilizaram a operação como ferramenta política para fragilizar a autonomia do Brasil. O livro já é um sucesso de vendas, e sua mensagem promete reverberar tanto entre leitores quanto nos debates sobre os rumos do país.

 

Fonte: Brasil 247

Fátima Bezerra pede maior cooperação federal contra o crime organizado

Governador do RN também defendeu respeito à autonomia dos estados

Fátima Bezerra (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, defendeu nesta quinta-feira (31) uma maior cooperação, inclusive a nível federal, entre as forças de segurança. Ela está especialmente preocupada com o avanço do crime organizado.

“Esse encontro reforça o compromisso do governo federal em buscar soluções integradas para a segurança pública, um tema que exige urgência e coordenação diante dos complexos desafios que enfrentamos, incluindo o avanço do crime organizado e das facções", disse a governadora a respeito da reunião dos chefes de Executivo estaduais com o presidente Lula para discutir a segurança pública.

A governadora não esteve presente no encontro em Brasília. Ela defendeu ainda que a autonomia dos estados seja preservada durante o combate à criminalidade.

"Integrar o SUSP à Constituição e promover uma atuação conjunta entre forças de segurança estaduais, regionais e federais são passos essenciais para uma resposta eficaz. O momento é de união em prol dos interesses da sociedade, e esperamos que essa reunião seja um marco para fortalecer a sinergia, o respeito à autonomia dos estados e a cooperação entre os entes federados, rumo a uma segurança pública robusta e eficiente para todos", acrescentou.

Fonte: Brasil 247

"Dirceu foi perseguido desde o dia em que Lula tomou posse em 2003", diz Tereza Cruvinel

Jornalista relata perseguição ao ex-ministro José Dirceu e episódios emblemáticos envolvendo ataques ao petista

(Foto: Divulgação | ABR)

Em participação no programa Bom Dia 247, a jornalista Tereza Cruvinel relembrou momentos decisivos da trajetória política de José Dirceu e a intensa pressão exercida sobre o ex-ministro, cuja anulação de condenações foi decidida pelo Supremo Tribunal Federal na última terça-feira (29). “O Dirceu começou a ser perseguido no dia da posse do Lula em 2003, quando ele subiu a rampa junto com o presidente e fez um discurso que enfureceu parte dos setores liberais e conservadores do Brasil”, afirmou Cruvinel.

Ela relatou que, ao lado de Lula, Dirceu mencionou a memória de “todos os companheiros mortos na resistência à ditadura”, o que, segundo a jornalista, foi visto por alguns setores como uma ameaça de que “a esquerda havia chegado ao poder com o legado da luta armada”. Para Cruvinel, “desde então, ele enfrentou contínuos ataques”.

Entre os episódios que ilustram a perseguição a Dirceu, Cruvinel citou uma festa organizada em 2003 em sua casa, a pedido de Tilden Santiago, então nomeado embaixador em Cuba. “Foi uma festa na qual ofereci comidas e bebidas cubanas, e na ocasião Dirceu declarou ser ‘um brasileiro cubano’. Aquilo gerou muita crítica, até sobrou para mim”, relembrou.

Ao longo do governo Lula, Cruvinel observa que os ataques se intensificaram. “Em 2004, sugeri ao presidente que ele organizasse um jantar com jornalistas para acalmar os ânimos. Ele aceitou e me pediu que realizasse o evento em minha casa. Porém, no dia seguinte, eclodiu o caso Valdomiro”, afirmou, referindo-se ao escândalo que envolveu um assessor de Dirceu, posteriormente exonerado.

A jornalista apontou também o caso do mensalão em 2005 como outro marco no processo de desgaste de Dirceu. “Havia uma campanha para derrubá-lo, e enquanto Dirceu não deixou o governo, não houve sossego. Ele acabou pedindo demissão e voltou para a Câmara, mas sua cassação foi rápida, porque ninguém queria enfrentar a mídia e votar a favor dele”, disse Cruvinel. Segundo ela, o objetivo das forças opositoras ao governo Lula, representadas principalmente pelo PSDB e pelo DEM, era “eliminar dois pilares do governo: Dirceu e Palocci, ministro da Fazenda”.

Para a jornalista, a anulação das condenações de Dirceu pela Lava Jato representa uma oportunidade de reparação histórica. “Ele quer voltar ao Congresso, o que seria uma questão de justiça. Afinal, a acusação para sua cassação foi ofensa ao decoro, mas ele sequer estava no exercício do mandato. As forças conservadoras nunca aceitaram Dirceu como o segundo homem do governo Lula, com potencial para sucedê-lo”.

Assista:

 

Fonte: Brasil 247

MST lança plataforma de investimento para fomentar cooperativas da agricultura familiar

Finapop oferece crédito direto ao pequeno produtor, impulsionando a agroecologia e ampliando o acesso a alimentos saudáveis

(Foto: Agência Brasil)

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) lançou uma nova plataforma de investimento, a Finapop, criada para viabilizar crédito direto aos pequenos produtores rurais que integram cooperativas da agricultura familiar e territórios de reforma agrária. A informação foi divulgada em entrevista à TV 247, que destacou a importância da iniciativa para oferecer crédito a agricultores que historicamente têm dificuldade em obter financiamento bancário.

Na entrevista à jornalista Andrea Trus, Luiz Costa, engenheiro agrônomo e diretor da Finapop, ressaltou o papel transformador da plataforma. Ele mencionou que mais de 70% dos projetos já financiados são de cooperativas e associações que nunca haviam acessado crédito antes. "Com pouco recurso, é possível fazer grandes mudanças. Cooperativas que captaram R$ 50 mil puderam industrializar produtos, como o café e o leite, colocando-os nas prateleiras e gerando renda para as comunidades", afirmou Costa.

A Finapop surgiu em 2020 como resposta à falta de crédito adequado para pequenos produtores, especialmente aqueles que promovem a transição agroecológica. Segundo Costa, “o modelo de crédito tradicional raramente chega ao agricultor familiar”, que enfrenta burocracias e altos juros no mercado financeiro. Em parceria com investidores sociais e entidades de apoio, a Finapop estruturou uma plataforma onde qualquer pessoa pode investir a partir de R$ 1, em projetos sustentáveis e voltados à reforma agrária.

Para viabilizar esse investimento direto, a Finapop desenvolveu um sistema que, com o apoio de empresas como Gaia Securitizadora, transforma os investimentos em títulos de recebíveis, garantindo o retorno financeiro dos investidores. Além do retorno financeiro, Costa aponta que a proposta visa fortalecer uma agricultura diversificada, sustentável e livre de agrotóxicos, que busca combater as práticas predatórias do agronegócio.

“Com a Finapop, o cidadão comum pode direcionar seu capital para algo que gera impacto positivo, ao contrário do financiamento ao agronegócio, que gera desmatamento e compromete terras indígenas”, argumentou Costa. A plataforma permite ao investidor escolher entre diversas cooperativas que necessitam de crédito para melhorar suas operações, como a Cooperativa Copav, conhecida pela produção de cachaça orgânica e que agora ampliará a produção de leite orgânico.

Outro diferencial da Finapop é o acompanhamento do impacto dos investimentos. A plataforma permite que os investidores acompanhem os resultados das cooperativas apoiadas, fortalecendo o vínculo entre o investidor e o pequeno agricultor.

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Fonte: Brasil 247

Polícia Federal prende financiadores do garimpo ilegal na Terra Yanomami

Investigações revelaram indícios de que até mercenários armados estariam atuando na proteção dos garimpos ilegais

(Foto: Divulgação / Polícia Federal)

 A Polícia Federal (PF) realizou uma operação na manhã desta quarta-feira (30), que resultou na prisão de duas pessoas ligadas ao comando de uma organização criminosa dedicada ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, situada às margens do Rio Uraricoera. A ação incluiu o cumprimento de mandados de busca e apreensão em imóveis nos municípios de Boa Vista e Alto Alegre, em Roraima, além do sequestro de bens móveis e imóveis e valores.

Durante a operação, as autoridades encontraram um carregamento de suprimentos e equipamentos destinados ao garimpo, levando à prisão em flagrante da responsável pelo imóvel onde os itens estavam armazenados. As investigações revelaram indícios de que mercenários armados estariam atuando na proteção dos garimpos ilegais, evidenciando a complexidade e a periculosidade da organização criminosa.

As ações do grupo têm causado impactos socioambientais estimados em mais de R$ 295 milhões, além da extração ilegal de cerca de 229 kg de ouro, cujo valor é calculado em R$ 68,9 milhões, com base nos preços atuais. Os indivíduos investigados enfrentarão sérias acusações, incluindo usurpação de bens da União, extração ilegal de recursos minerais, organização criminosa, lavagem de dinheiro, porte e posse ilegal de arma de fogo de uso restrito, além de crimes contra a fauna.

Fonte: Brasil 247

“O governador Tarcísio sabia do alcance de suas palavras. Foi uma manobra calculada”, diz Walber Agra

Advogado que defendeu a inelegibilidade de Bolsonaro fala sobre crime eleitoral de Tarcísio de Freitas

(Foto: Divulgação | Marcelo S. Camargo/Governo do Estado de SP)

 Durante as eleições municipais de 2024 em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) fez uma declaração polêmica, associando o Primeiro Comando da Capital (PCC) ao candidato à Prefeitura, Guilherme Boulos (PSOL). A fala de Tarcísio, realizada durante uma coletiva de imprensa no dia da eleição, lançou dúvidas sobre a imparcialidade do processo eleitoral e gerou uma reação imediata tanto no meio jurídico quanto no campo político. Segundo as informações do Brasil 247, essa acusação rapidamente se espalhou pelas redes sociais, intensificando o impacto sobre os eleitores indecisos.

O governador afirmou ter "informações" de que o PCC estaria incentivando seus membros a votarem em Boulos, sem apresentar provas. A viralização das declarações aconteceu antes que muitos eleitores fossem às urnas, levantando a suspeita de que essa manobra possa ter influenciado os resultados. A equipe de Boulos entrou com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), acusando Tarcísio de abuso de poder político e desinformação.

◆ O papel de Marçal e a legitimidade conferida por Boulos

Esse episódio não é o único que envolveu ataques a Boulos ao longo da campanha. Marçal, um candidato alinhado à extrema direita, fez vários ataques difamatórios contra o político do PSOL durante o período eleitoral. Marçal chegou a espalhar informações falsas, afirmando que Boulos era dependente químico e apresentando um atestado médico falsificado, visando desestabilizar a imagem do candidato.

O episódio se agravou quando Guilherme Boulos participou de uma live ao lado de Marçal, legitimando indiretamente sua presença na corrida eleitoral. Apesar da tentativa de dialogar e se contrapor às ideias de Marçal, a decisão de Boulos foi vista por muitos como um erro estratégico, pois acabou dando visibilidade a um personagem que espalhava fake news. Walber Agra, advogado e especialista em direito eleitoral, comentou o caso em entrevista na TV 247: "Foi um momento crucial que fragilizou a campanha de Boulos. Ao legitimar a presença de Marçal, ele abriu espaço para que mais ataques e desinformação ganhassem força, mesmo que a intenção fosse se defender".

A legitimidade conferida a Marçal, tanto pelo debate público quanto pela presença nas redes sociais, criou um cenário fértil para que informações falsas circulassem. Nesse contexto, a fala de Tarcísio sobre a suposta conexão entre o PCC e Boulos foi um golpe ainda mais forte. A velocidade com que essas declarações se espalharam e o envolvimento de figuras como Marçal aprofundaram a crise de desinformação nas eleições de São Paulo.

◆ Precedentes jurídicos e possíveis consequências

Walber Agra explicou que esse caso remete a precedentes recentes da política brasileira, como o episódio que resultou na inelegibilidade de Jair Bolsonaro, após a famosa live com embaixadores. "Temos dois crimes bem configurados aqui: desordem informacional e abuso de poder político", destacou Agra. Ele acredita que, dada a gravidade das acusações feitas no dia da eleição, a possibilidade de inelegibilidade de Tarcísio por até oito anos é real. "Acredito que, além da ação penal, o mais indicado seria uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), que pode resultar na inelegibilidade não só do governador, mas também do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que foi o principal beneficiado", afirmou.

Agra também chamou a atenção para o papel das redes sociais na amplificação da desinformação, especialmente em contextos eleitorais. “O governador sabia do alcance de suas palavras e da forma como isso poderia influenciar eleitores indecisos. Foi uma manobra calculada, que utilizou as redes sociais para disseminar a desinformação de maneira viral”, comentou o advogado.

◆ Desinformação e consequências políticas

A campanha de Boulos, que se baseou fortemente em sua presença nas periferias e na defesa de políticas públicas progressistas, foi alvo constante de ataques infundados. Os episódios envolvendo Marçal e Tarcísio mostraram como a desinformação e o uso estratégico das redes sociais podem afetar profundamente uma eleição. O impacto dessas mentiras foi amplificado por grupos bolsonaristas que, de forma coordenada, atacaram Boulos em diversos canais.

Em resposta às ações de Tarcísio e Marçal, Boulos afirmou em entrevista que as acusações de ligação com o PCC eram "desesperadas" e que a estratégia da extrema direita estava calcada na "desmoralização de quem luta pelo povo". No entanto, a decisão de aparecer ao lado de Marçal em uma tentativa de debater acabou sendo vista como um erro por parte de seus apoiadores mais próximos. A equipe jurídica de Boulos agora busca que a justiça eleitoral responsabilize Tarcísio e Nunes, enquanto Marçal segue impune por suas difamações.

◆ Um precedente para 2026?

O caso envolvendo Tarcísio de Freitas, Ricardo Nunes e Marçal pode ser um divisor de águas no que diz respeito à judicialização das eleições no Brasil. Se a ação for bem-sucedida, poderá estabelecer um precedente importante para as eleições presidenciais de 2026, onde a desinformação e o abuso de poder tendem a ser novamente elementos centrais. Com a possibilidade de inelegibilidade de Tarcísio e as crescentes denúncias sobre o uso de fake news por candidatos de extrema direita, o cenário político de São Paulo e do Brasil segue em uma direção de maior fiscalização e responsabilidade sobre a conduta de seus líderes.

Assista:

Fonte: Brasil 247

Elmar pede tempo para anunciar desistência após União Brasil sinalizar apoio a Hugo Motta

Apesar do pedido de tempo, dirigentes da sigla afirmaram que o apoio a Motta será anunciado nos próximos dias

Elmar Nascimento (Foto: Agência Câmara)

 Após a cúpula do União Brasil sinalizar apoio a Hugo Motta (Republicanos-PB) na disputa pela presidência da Câmara, o líder do partido na Casa, Elmar Nascimento (BA), pediu ao partido um tempo para oficializar a desistência da candidatura, conforme relatado pelo blog de Igor Gadelha, no portal Metrópoles.

Durante reunião realizada nesta quinta-feira (31), Elmar solicitou que a legenda aguarde até a próxima semana para que ele possa formalizar a retirada de candidatura e anunciar apoio a Motta. Em coletiva após o encontro, o parlamentar argumentou que ainda não conversou com os partidos que haviam declarado apoio a ele.

Além disso, o deputado afirmou que pretende se reunir com Hugo Motta e Antonio Brito (PSD-BA), outro candidato na disputa, antes de comunicar o posicionamento final.

Apesar do pedido de tempo, dirigentes do União Brasil afirmaram que o apoio a Motta será anunciado nos próximos dias.

Como contrapartida ao apoio, o União Brasil deverá receber a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e a segunda vice-presidência da Câmara. A legenda também negocia com o governo federal uma possível nomeação de Elmar para um ministério.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Tarcísio cometeu crime eleitoral no 2º turno: "Abuso de poder político", aponta jurista

Declarações do jurista Arnóbio Rocha destacam gravidade das acusações de Tarcísio de Freitas contra Boulos e possibilidade de perda de mandato

(Foto: Mônica Andrade/Governo do Estado de SP | Alesp)

 Em uma participação na TV 247, o jurista Arnóbio Rocha afirmou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, cometeu um crime eleitoral ao utilizar sua posição para fazer graves acusações, sem provas, contra o candidato à prefeitura Guilherme Boulos. Segundo Rocha, a conduta do governador configurou "abuso de poder político" e interferiu diretamente no processo eleitoral em pleno 2º turno. "Ele fez uma acusação gravíssima, sem provas, numa coletiva, usando do seu cargo de governador. Isso é um ato claro de interferência no processo eleitoral", enfatizou o jurista.

Durante o programa, Arnóbio Rocha comparou a situação ao caso do ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi condenado à inelegibilidade por oito anos após ter utilizado seu cargo em 2022 para questionar a integridade das urnas eleitorais diante de embaixadores estrangeiros. Para Rocha, a situação de Tarcísio é semelhante: "O que pode acontecer com Tarcísio é muito similar ao que aconteceu com Bolsonaro. Usar a máquina pública para alegações infundadas e sem provas é uma interferência inaceitável e com consequências legais graves."

Rocha pontuou que o grupo jurídico Prerrogativas, do qual faz parte, apresentou ao Ministério Público Eleitoral uma representação que aponta dois crimes: abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Ele detalha que a conduta de Tarcísio, ao sugerir que o Primeiro Comando da Capital (PCC) estaria interferindo no resultado das eleições em favor de Boulos, “rompe com o caráter democrático da eleição”, acrescentando que tais declarações, sem embasamento, geram um clima de medo e insegurança entre os eleitores. “No dia em que as pessoas estão indo às urnas, o governador afirma que uma facção criminosa apoia o adversário. É uma interferência eleitoral absurda e inaceitável”, disse Rocha.

O jurista ainda destacou o uso das palavras de Tarcísio para conferir legitimidade ao PCC, algo incomum para um governante e que ele vê como uma ameaça velada ao processo eleitoral. Rocha alerta para a gravidade de dar publicidade à sigla em plena campanha: "Quase nenhum governador, até então, se referiu ao PCC por sigla, e Tarcísio fez isso, dando um status de organização de grande porte a essa facção criminosa, o que acaba prejudicando o pleito e, pior, intimidando o eleitor.”

Além da representação feita pelo Prerrogativas, a campanha de Boulos entrou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), buscando responsabilizar Tarcísio pela suposta interferência indevida. De acordo com Rocha, "uma das condutas mais danosas no Código Eleitoral é a ameaça, direta ou indireta, que visa constranger o eleitor a votar de determinada forma, algo que, segundo ele, está subentendido nas falas do governador".

Para finalizar, Rocha defendeu que o episódio não passe despercebido: “É importante que essas questões sejam investigadas para que a justiça eleitoral não permita que tais abusos sejam normalizados. Isso que ocorreu é inédito e sem precedentes no Brasil.”

Assista:

 

Fonte: Brasil 247

Greve de transportes paralisa Argentina, impacta um milhão e envia recado a Milei

Para Alejandro Bodart, dirigente nacional do Movimento Socialista dos Trabalhadores (MST), a paralisaçnao foi um golpe para o governo

Estação de trem em Buenos Aires em meio a greve, 30/10/2024 (Foto: REUTERS/Agustin Marcarian)

Uma grande greve atingiu a Argentina, em protesto contra as medidas ultraneoliberais do governo de extrema-direita. Além dos principais sindicatos ferroviários, aderiram à medida os setores de transporte fluvial, aeronáutico, taxistas, metrô e caminhoneiros, o que também impactou o transporte de mercadorias, segundo a agência RFI.

No país, trens de carga e passageiros não circularam nesta quarta-feira. Na capital, Buenos Aires, não houve acesso ao metrô, e os ônibus, com tarifas mais caras, não conseguiam atender à demanda. Também não houve navegação de barcos, e os caminhões ficaram parados.

Para Alejandro Bodart, dirigente nacional do Movimento Socialista dos Trabalhadores (MST), isso foi um golpe para o governo. “A greve foi muito forte em todos os sindicatos que aderiram, e muitos movimentos sociais se uniram, provocando cerca de 500 bloqueios nas estradas. Foi uma greve forte porque os sindicatos de transporte praticamente paralisam a atividade econômica”, afirmou.

Mais de um milhão de passageiros foram afetados nesta quarta-feira pela greve, que não incluiu o sindicato dos ônibus, em protesto contra o ajuste fiscal, o aumento da pobreza e a tentativa de privatizar a estatal Aerolíneas Argentinas.

Fonte: Brasil 247 com agência RFI

AGU: propor anistia a condenados do 8 de janeiro é inconstitucional


"Temos é que falar em punição dos golpistas", disse Jorge Messias

Jorge Messias (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Agência Brasil - O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, disse que é inconstitucional qualquer projeto de lei que proponha a concessão de anistia às pessoas condenadas judicialmente por envolvimento nos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023.

“Na minha leitura, como jurista, isso é inconstitucional. Não se pode dar anistia a praticantes de crimes que tentem abolir o Estado de Direito, a democracia”, afirmou o ministro ao participar, nesta quinta-feira (30), do programa Bom Dia, Ministro, do Canal Gov e transmitido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Segundo Messias, a AGU foi a primeira instituição governamental a pedir a prisão dos envolvidos na depredação do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e da sede do Supremo Tribunal Federal (STF). Justamente, por entender que o que houve foi uma “grave tentativa golpista”.

“Essas pessoas não foram [à Praça dos Três Poderes, em Brasilia] brincar. Elas não foram levar a família para passear. Foram tentar dar um golpe de Estado”, acrescentou o ministro ao questionar a postura de quem defende a anistia.

“Falar em anistia, neste momento, é uma agressão à população brasileira. Temos que falar é em punição dos golpistas. E não só [punição] criminalmente, como também pelos danos que eles causaram”, declarou Messias, explicando que a AGU já pediu à Justiça Federal que determine o bloqueio de ao menos R$ 100 milhões em bens de envolvidos nos ataques de 8 de janeiro a fim de garantir o ressarcimento dos danos causados ao patrimônio público.

“Além de cumprirem pena na cadeia, [os envolvidos] têm que pagar cada obra que quebraram, cada cadeira, cada lâmpada. Quero perguntar a todas as pessoas envolvidas nessa discussão [sobre uma eventual anistia aos condenados] o que elas viram [em Brasília] no dia seguinte? Como elas encontraram a Câmara dos Deputados, o Senado, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal? Acho que a sociedade espera uma outra perspectiva de todos nós, agentes públicos”, finalizou o ministro.

Na última terça-feira (29), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL) anunciou a criação de uma comissão especial para analisar o Projeto de Lei nº 2.858/22 , que concede anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.O PL propõe que os condenados pelos atos golpistas sejam perdoados, incluindo os financiadores, incentivadores e organizadores. Para especialistas em direito ouvidos pela Agência Brasil, embora a Constituição não vete textualmente a iniciativa, há elementos constitucionais que, por coerência à lei, inviabilizam a anistia.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

'The Economist' apoia Kamala Harris e alerta para riscos 'inaceitáveis' com a volta de Trump à presidência dos EUA

Publicação britânica critica postura de eleitores "complacentes" e reforça perigos de uma eventual eleição de Trump

Donald Trump e Kamala Harris (Foto: Reuters/Umit Bektas/Elizabeth Frantz)

A poucos dias da eleição presidencial nos Estados Unidos, marcada para 5 de novembro, o jornal britânico The Economist anunciou apoio à candidatura da democrata Kamala Harris, destacando os “riscos inaceitáveis” que uma reeleição de Donald Trump representaria para a democracia americana e a estabilidade internacional, relata o g1. Segundo a publicação, eleitores americanos que minimizam as possíveis consequências da volta de Trump ao poder adotam uma postura “perigosamente complacente” frente às ameaças que a situação apresenta para a economia, o Estado de direito e a paz mundial.

Em um editorial enfático, The Economist argumenta que Trump, ao assumir o papel de "líder do mundo livre", estaria colocando os Estados Unidos em uma rota de instabilidade. "Os Estados Unidos podem, sim, passar mais quatro anos com Trump, como passaram por outras presidências de homens falhos de ambos os partidos. O país pode até prosperar. Mas eleitores que afirmam ser pragmáticos estão ignorando o risco extremo de uma presidência de Trump", reforçou o editorial. Para o jornal, a probabilidade de uma crise de grandes proporções sob sua liderança é incerta, mas os riscos, mesmo não quantificáveis, seriam altos demais para serem ignorados.

A publicação britânica se une a outros veículos influentes que também manifestaram apoio a Kamala Harris. Em setembro, o The New York Times publicou um editorial declarando apoio à democrata, enquanto o Washington Post, de propriedade de Jeff Bezos, optou pela neutralidade, recusando-se a endossar qualquer um dos candidatos.

A retórica de Trump nos comícios, marcada por discursos inflamados e acusações de fraudes eleitorais, preocupa a mídia e a sociedade civil. Recentemente, o republicano afirmou que as eleições estão sendo manipuladas “em uma escala nunca vista” e sugeriu que poderia não reconhecer uma possível derrota, ecoando as alegações que, em 2020, mobilizaram seus apoiadores a invadir o Capitólio.

À medida que a campanha se aproxima de seu clímax, a polarização se intensifica, e o apoio de jornais como The Economist e The New York Times destaca o impacto que essa eleição pode ter, não apenas nos EUA, mas em todo o cenário político mundial.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Claudia Sheinbaum, nova presidente do México, confirma presença na cúpula do G20 no Brasil

Decisão de comparecer ou não vinha sendo avaliada devido a outros compromissos
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, durante cerimônia no Campo Militar 1, na Cidade do México, México (Foto: REUTERS/Raquel Cunha)

A presidente do México, Claudia Sheinbaum Pardo, anunciou nesta quinta-feira (31), em coletiva de imprensa, que participará da cúpula do G20, que acontecerá nos dias 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro, informa a agência de notícias Sputnik. O evento marca a despedida do Brasil da presidência do grupo, posição que ocupa desde dezembro de 2023. Esta será a primeira viagem internacional de Sheinbaum como chefe de Estado, uma decisão que vinha sendo avaliada devido a outros compromissos.

A participação de Sheinbaum no encontro do G20, um grupo que representa aproximadamente 85% do PIB global, 75% do comércio e dois terços da população mundial, evidencia o interesse do México em fortalecer seu papel nas discussões de peso geopolítico e econômico. A presença de líderes do G20 será estratégica, visto que o fórum é uma das principais plataformas para acordos de cooperação entre as maiores economias e potências emergentes.

Com a presidência do G20, o Brasil trabalhou para fortalecer as pautas de sustentabilidade, economia digital e inclusão social. Após a reunião no Rio de Janeiro, a liderança do grupo será passada para a África do Sul, que assumirá a presidência do G20 em dezembro de 2024, mantendo o bloco na linha de frente das discussões globais.

Fonte: Brasil 247

STF nega recurso do X Brasil para desbloquear conta do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos

Plataforma alegava que o bloqueio do blogueiro de extrema direita representava uma possível "censura prévia"
Allan dos Santos (Foto: Alessandro Dantas)

 A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta quinta-feira (31), negar um recurso apresentado pelo X Brasil antigo Twitter, que buscava o desbloqueio da conta do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos. A plataforma alegava que o bloqueio representava uma possível "censura prévia".

Segundo a Folha de S. Paulo, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, destacou em seu voto que a rede social não tem legitimidade para fazer esse tipo de pleito, uma vez que não é parte do inquérito em questão.

“Não cabe ao provedor da rede social pleitear direito alheio em nome próprio, ainda que seja o destinatário da requisição dos bloqueios determinados por meio de decisão judicial para fins de investigação criminal, eis que não é parte no procedimento investigativo”, afirmou Moraes.

Ainda de acordo com a reportagem, a posição do relator foi acompanhada pelos ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin, enquanto Luiz Fux e Cármen Lúcia ainda devem votar. O julgamento está ocorrendo no plenário virtual, com encerramento previsto para a próxima terça-feira (5).

No pedido de desbloqueio, o X Brasil argumentou que o Supremo deveria determinar a remoção apenas dos conteúdos considerados ilegais, destacando que a censura prévia não é uma opção válida. “Embora a existência de episódios pretéritos de ofensas por um perfil possa despertar o receio de que haja reincidência, essa hipótese nunca autorizou ou admitiu ao Poder Público a censura prévia, tampouco a remoção de conteúdo lícito”, defendeu a plataforma.

Alexandre de Moraes, por sua vez, apontou que o X Brasil não cumpriu a decisão de bloqueio das contas de Allan dos Santos desde julho, resultando em uma multa acumulada de R$ 8,1 milhões nos últimos três meses. A plataforma nega qualquer descumprimento e questiona os valores em outro recurso no STF.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

'Perdi meu melhor amigo', diz Elmar Nascimento sobre apoio de Lira a Hugo Motta na disputa pelo comando da Câmara

União Brasil desistiu de lançar a candidatura do líder do partido na Câmara no início da manhã desta quinta-feira

Elmar Nascimento (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

O líder do União Brasil, Elmar Nascimento, expressou seu descontentamento, nesta quinta-feira (31), em relação ao apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ao candidato do Republicanos, Hugo Motta, na disputa pela sucessão do comando da Casa Legislativa. “Já cheguei muito mais longe do que achava que poderia chegar. Nesse processo eu já comecei perdendo, perdi um amigo que eu considerava meu melhor amigo, o presidente Arthur Lira”, disse Elmar, de acordo com o jornal O Globo.

A decisão do União Brasil de apoiar Motta, após intensas negociações, está atrelada a uma avaliação interna de que ele é o candidato mais forte para assumir a presidência da Câmara, com um arco de aliança que já soma 316 deputados, o que o torna praticamente imbatível. Inicialmente, Elmar era visto como o candidato preferido de Lira, mas perdeu o apoio ao perceber que Motta possui um perfil mais capaz de unir diferentes setores da Casa.

Além disso, o partido sentia a pressão de não ser marginalizado em futuras negociações políticas. Ao desistir de sua candidatura, Elmar buscava uma saída que não deixasse o União Brasil à mercê de uma eventual disputa direta com Motta. Com o apoio do PP, PT, PL, MDB, Podemos e PCdoB, a candidatura de Motta tornou-se ainda mais robusta.

A articulação de Elmar com o líder do PSD, Antônio Brito, também encontrou obstáculos, especialmente pela falta de apoio do PT e do MDB, o que comprometeu a formação de um bloco governista forte. Por outro lado, há uma pressão sobre o PSD para que se una à coalizão que apoia Motta, evitando assim o isolamento político.

Os líderes partidários já indicam que o PL, maior partido na Câmara, terá a primeira vice-presidência, enquanto o PT ficará com a primeira-secretaria. Nesse cenário, o União Brasil negocia uma posição na Mesa Diretora, além de almejar o comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que pode ser oferecido a Elmar.

A relatoria do Orçamento, que também está em disputa entre MDB e União Brasil, foi um ponto discutido na reunião. Elmar pediu a indicação do relator do orçamento como condição para apoiar Motta, embora a expectativa seja que o cargo fique com o MDB.

Sobre uma possível indicação a um ministério na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Elmar ressaltou que a disputa na Câmara é uma questão separada da sua posição no governo. “Estamos tratando da sucessão da Câmara. O ministério é do presidente Lula”, afirmou.

Antes mesmo da reunião, Elmar já sinalizava sua intenção de abrir mão da candidatura, afirmando que a decisão não era apenas sua, mas do partido e de seus aliados.

“A candidatura não é minha, é do meu partido e dos partidos que nos apoiam. Se todos pedirem, tenho que refletir sobre isso. Não posso botar minha vontade pessoal acima da vontade dos companheiros. Além disso, sou o líder do partido e não posso agir apenas pelo que penso”, disse o parlamentar, de acordo com a reportagem.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Gleisi lamenta derrota da proposta de taxação de grandes fortunas: "combater a desigualdade está cada dia mais difícil"

"Na prática, isso significa que os super-ricos continuarão pagando bem menos impostos do que a grande maioria da população", explicou

Gleisi Hoffmann (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

“Sugestão da esquerda, a proposta de taxar fortunas acima de R$ 10 milhões foi rejeitada pela Câmara. Na prática, isso significa que os super-ricos continuarão pagando bem menos impostos do que a grande maioria da população. Combater a desigualdade é uma missão de vida, cada dia mais difícil. A direita, óbvio, votou a favor dos milionários. Cada um defendendo os seus interesses, afinal”, escreveu em suas redes sociais a presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, nesta quinta-feira (31).


Saiba mais - (REUTERS) O plenário da Câmara dos Deputados concluiu nesta quarta-feira a análise da segunda etapa da regulamentação da reforma tributária, e rejeitou um destaque que propunha a criação de um Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF).

A decisão ocorreu durante a votação do projeto que cria as regras para o Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), órgão que cuidará da arrecadação dos impostos e sua distribuição aos Estados e municípios.

O projeto agora segue para o Senado, onde já está em tramitação a primeira parte da regulamentação. A conclusão dessa análise pelo Congresso ainda neste ano é prioridade do governo federal.

A emenda constitucional da reforma tributária, uma das matérias mais discutidas durante décadas no Congresso, foi promulgada pelo Congresso no final do ano passado. Agora, os parlamentares articulam a aprovação de propostas de regulamentação para que a reforma seja efetivamente colocada em prática.

A emenda rejeitada que propunha o imposto sobre fortunas, apresentada pela federação partidária Rede-PSOL, previa a tributação anual de patrimônios superiores a 10 milhões de reais, com incidência sobre a propriedade, posse ou domínio útil de bens e direitos. O destaque foi rejeitado por 262 votos contra e 136 a favor.

Para Mateus Nicacio, especialista em Direito Tributário, a rejeição da emenda demonstra a dificuldade histórica de tributação desses valores, a despeito da previsão expressa de isso ocorrer na Constituição Federal.

"A taxação se mostra muitas vezes ineficiente, em razão da estrutura jurídica que poderia ser criada pelos contribuintes com patrimônio superior a 10 milhões de reais, conforme prévia o texto rejeitado, evitando a incidência do imposto", destacou ele, que é sócio do Chinaglia Nicacio Advogados.

Fonte: Brasil 247

Boletim médico diz que saúde de Lula apresenta estabilidade, mas recomenda que ele evite viagens

Presidente deverá refazer os exames de imagem em três dias
Lula (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

 O boletim da equipe médica que acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), divulgado nesta quinta-feira (31), revela que seu quadro de saúde se mantém estável, mas recomenda que ele siga mantendo seus compromissos em Brasília , além de repetir os exames de imagem em três dias. O presidente retornou ao hospital nesta quinta-feira para avaliações de monitoramento devido ao acidente doméstico que sofreu há quase duas semanas

"Lula apresentou estabilidade em relação aos exames anteriores. Deve seguir trabalhando em Brasília. No momento, o presidente persiste sem quaisquer sintomas, devendo manter o acompanhamento clínico e realizar novo controle de imagem em três dias", afirma o boletim médico, de acordo com o g1. Por conta da orientação médica, Lula não realizará viagens de avião nos próximos dias.

O acidente, que ocorreu quando o presidente caiu no banheiro do Palácio da Alvorada e bateu a região da nuca, exigiu cinco pontos e uma série de exames realizados nos dias 22, 25 e novamente na segunda-feira (28), quando ele retornou ao médico para a remoção dos pontos.

Os exames foram feitos no hospital Sírio-Libanês, em Brasília, onde Lula tem recebido acompanhamento desde a queda. O presidente já precisou cancelar três viagens internacionais por causa do acidente, mas retornou às suas atividades no Palácio do Planalto. Nesta quinta-feira, ele se reunirá com governadores para debater mudanças nas políticas de segurança pública.

Fonte: Brasil 247com informações do G1

Lula comemora queda recorde do desemprego: 'com trabalho e diálogo, estamos construindo juntos um país melhor'

Taxa de desocupação atingiu 6,4%, menor nível para o trimestre desde 2012. Saldo da geração de empregos chega a 1,98 milhão de vagas neste ano
Lula e ministro do Trabalho, Luiz Marinho (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Ana Volpe/Agência Senado | REUTERS/Amanda Perobelli)

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou as redes sociais para comemorar a queda do desemprego no país. “Desemprego em 6,4%, o menor índice desde 2013. Em setembro de 2024, foram gerados 247 mil novos empregos, um aumento de 21% em relação ao ano passado. Com trabalho e diálogo, estamos construindo juntos um país melhor, com mais oportunidades”, escreveu Lula no X, antigo Twitter.

Os dados sobre a queda do desemprego no país foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (31). Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), o índice representa uma queda em relação ao trimestre anterior, que registrou desocupação de 6,9%.

O levantamento aponta que a redução no desemprego foi impulsionada pelos setores da indústria e do comércio, que juntos criaram mais de 700 mil vagas de emprego no trimestre. Este avanço faz com que o número de brasileiros sem emprego, atualmente em 7 milhões, atinja o menor nível desde janeiro de 2015. Em relação ao segundo trimestre, houve um recuo de 7,2% no contingente de desocupados, enquanto na comparação anual a redução foi de 15,8%.

Na quarta-feira (30), o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) informou que o Brasil registrou a criação de 247.818 novos postos formais de trabalho em setembro, um acréscimo de 15.305 empregos em comparação ao mês anterior, agosto, que contabilizou 232.513 novas vagas.

Fonte: Brasil 247