terça-feira, 29 de outubro de 2024

Brasil registra déficit em conta corrente de US$ 6,526 bi em setembro, diz BC

Já os investimentos diretos no país alcançaram 5,229 bilhões de dólares em setembro

Sede do Banco Central, em Brasília (Foto: ADRIANO MACHADO/REUTERS)

(Reuters) - O Brasil registrou déficit em transações correntes acima do esperado em setembro, com um investimento direto no país aquém das expectativas, de acordo com dados do Banco Central divulgados nesta terça-feira.

No mês, o déficit em transações correntes do país atingiu 6,526 bilhões de dólares, com o déficit acumulado em 12 meses totalizando o equivalente a 2,07% do Produto Interno Bruto. No mesmo mês de 2023, houve superávit de 268 milhões de dólares.

A expectativa em pesquisa da Reuters com especialistas era de um saldo negativo de 5,0 bilhões de dólares em setembro deste ano.

Já os investimentos diretos no país alcançaram 5,229 bilhões de dólares em setembro, contra 5,6 bilhões de dólares projetados na pesquisa e 5,149 bilhões no mesmo período do ano passado.

A conta de renda primária apresentou déficit de 6,532 bilhões de dólares em setembro, ante rombo de 5,073 bilhões no mesmo período do ano anterior.

Em setembro, a balança comercial teve superávit de 4,808 bilhões de dólares, contra 8,476 bilhões de dólares no mesmo mês de 2023.

Já o rombo na conta de serviços ficou em 4,983 bilhões de dólares, contra 3,450 bilhões de dólares em setembro do ano anterior.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Auditores fiscais da Receita Federal anunciam paralisação por reajuste salarial

O salário inicial da categoria é de R$ 22.921,71 e pode alcançar R$ 29.760,95

Receita Federal (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Auditores fiscais da Receita Federal realizarão uma paralisação de 48 horas nesta terça-feira (29) e quarta-feira (30), reivindicando reajuste salarial. Segundo a Folha de S. Paulo, o objetivo é pressionar o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) para abrir uma mesa de negociação.

"Essa paralisação se dá porque o governo, desde 31 de julho, está inadimplente em relação a um acordo firmado com os auditores. Está na mão do governo a solução para esses problemas", disse Dão Real, diretor de assuntos internacionais e intersindicais do Sindifisco Nacional. “Quanto mais tempo leva até atenderem esse compromisso, mais essa mobilização vai escalando e os efeitos vão se multiplicando."

A categoria busca um reajuste no salário-base para compensar perdas inflacionárias. Um acordo firmado este ano já prevê um acréscimo de 11,33%, limitado a R$ 5.000 mensais para quem atinge 100% das metas de produtividade estabelecidas pelo órgão, válido até janeiro do próximo ano. A partir de fevereiro de 2025, o acréscimo sobe para 15,52%, com limite de R$ 7.000, e entre 2026 e fevereiro de 2027, o bônus chega a 25%, com um teto de R$ 11.500.

Segundo a tabela salarial mais recente do MGI, divulgada em maio do ano passado, o salário inicial dos auditores fiscais é de R$ 22.921,71 e pode alcançar R$ 29.760,95 conforme a progressão na carreira. Com os bônus de produtividade, o total pode chegar a R$ 34.760,95

Durante a paralisação, apenas operações-padrão nas aduanas devem ocorrer normalmente.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Gleisi rebate críticas à aliança do PT com o Psol: 'Boulos esteve conosco nos piores momentos de nossas vidas'

"Tínhamos um compromisso. O pragmatismo não pode prevalecer acima de tudo", disse a presidente nacional do PT

Gleisi Hoffmann (Foto: Lula Marques/ABr)

A presidente nacional do deputada federal PT, Gleisi Hoffmann (PR), rebateu as críticas internas do partido em relação à aliança com Guilherme Boulos (Psol) na corrida pela Prefeitura de São Paulo. Segundo ela, aqueles que criticam a parceria "desconhecem o processo e analisam apenas a fotografia do momento. Não sabem o que nos trouxe até aqui. As discordâncias internas foram expostas pelo vice-presidente da legenda, Washington Quaquá, que afirmou que "o PT precisa parar de errar" e de "gostar de perder".

Em defesa da aliança, de acordo com a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, a dirigente recordou o histórico de colaboração entre os partidos, mencionando que o acordo com Boulos foi firmado não apenas pelo PT, mas também pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2022, Boulos retirou sua candidatura ao governo de São Paulo, permitindo que Fernando Haddad (PT-SP) disputasse a eleição sem divisões no campo da esquerda.

"Se Boulos se candidatasse a governador em 2022, os resultados em São Paulo [de Lula e Haddad, que venceram na capital paulista] não seriam os mesmos", disse Gleisi. "Nós tínhamos um compromisso. O pragmatismo não pode prevalecer acima de tudo", completou.

Ela também lembrou que Boulos esteve ao lado do PT em momentos difíceis, como durante o golpe contra Dilma Rousseff e a prisão política e injusta de Lula. ""O Boulos esteve conosco nos piores momentos de nossas vidas", disse. "Ele nos apoiou no golpe contra a Dilma, na prisão injusta do Lula. Esteve ao nosso lado quando poderia ter disputado contra nós pela esquerda", ressaltou.

Além disso, a presidente do PT destacou a trajetória de Boulos, que obteve 40% dos votos na eleição municipal de 2020 e foi eleito deputado federal em 2022, conquistando mais de um milhão de votos.

"Ele já tinha se consolidado como liderança", afirmou Hoffmann, elogiando a campanha de Boulos nas eleições municipais deste ano. "Boulos fez uma campanha linda, corajosa e combativa. Enfrentou fake news e as máquinas do governo do Estado e da prefeitura de São Paulo", afirmou.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Em decisão que anulou ações contra Dirceu, Gilmar Mendes aponta sete indícios de parcialidade de Moro

O ministro entendeu que os processos contra Dirceu tinham o objetivo de atingir o presidente Lula

Sergio Moro (Foto: Geraldo Magela / Agência Senado)

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou as condenações do ex-ministro José Dirceu (PT), oriundas da Operação Lava Jato, ao considerar o ex-juiz Sergio Moro parcial e suspeito. Em decisão divulgada nesta terça-feira (29), Gilmar entendeu que os processos contra Dirceu tinham o objetivo de atingir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No documento, Mendes listou sete indícios de parcialidade de Moro. Entre eles, a condução coercitiva de Lula para depoimento na Polícia Federal e a interceptação telefônica de familiares e advogados do presidente, que, segundo Gilmar, visava monitorar as estratégias de defesa do investigado.

“Os membros da força-tarefa da Lava Jato se especializaram na utilização de estratégias midiáticas, baseadas na espetacularização do processo penal, para influenciar a opinião pública contra os investigados e seus defensores”, pontuou o ministro.

Outros pontos levantados incluem a divulgação ilegal de conversas gravadas nessas escutas e a atuação de Moro para impedir a soltura de Lula em 2018, apesar de não ter jurisdição no caso. Para Gilmar, o ex-juiz buscava manter o petista preso durante o período eleitoral daquele ano, impactando a participação de Lula nas eleições.

“A motivação política do magistrado está muito mais escancarada hoje, a partir de novas informações reveladas pela imprensa”, diz trecho da decisão.

A decisão ainda menciona a linguagem depreciativa usada por Moro na sentença do caso do tríplex do Guarujá e a decisão de levantar sigilo sobre declarações de Antônio Palocci Filho pouco antes das eleições de 2018.

“Impressiona que o ex-Juiz tenha determinado a diligência 6 dias antes do primeiro turno das eleições de 2018, numa clara tentativa de esvaziar a candidatura lançada pelo Partido dos Trabalhadores e de interferir no resultado das urnas”, disse o ministro.

O último ponto destacado foi a entrada de Moro no governo de Jair Bolsonaro como ministro da Justiça.

“Sérgio Moro não se contentou em auxiliar a campanha que venceu as eleições de 2018, ao divulgar ilegalmente o teor das declarações do colaborador Antônio Palloci e atuar proativamente para manter o paciente preso durante o pleito; ele foi além e decidiu fazer parte do governo que se elegeu em oposição ao partido político cujo maior representante é Luiz Inácio Lula da Silva”, disse.

Fonte: Brasil 247

Lira pediu aval de Bolsonaro sobre atraso em projeto de anistia aos golpistas do 8/1

Presidente da Câmara também conversou com Valdemar Costa Neto, presdiente do PL, sobre a criação da comissão especial para debater o projeto

Bolsonaro e Lira (Foto: Reuters)

A criação de uma comissão especial para analisar o projeto de lei que propõe anistia aos envolvidos nos atos golpistas do 8 de janeiro foi recebida com calma por Jair Bolsonaro (PL). Em conversa com lideranças do PL, o ex-mandatário disse que não considera a nova estrutura como um indicativo de que a anistia não avançará na Câmara, destaca a jornalista Bela Megale em sua coluna no jornal O Globo.

Inicialmente, a votação do texto estava marcada para esta terça-feira (29) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, mas a decisão do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), de instituir a comissão atrasou a tramitação. “Antes de colocar a medida em prática, Lira falou com o próprio Bolsonaro e também com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O capitão reformado não viu a criação do colegiado como um sinal de que a anistia não vai andar”, destaca um trecho da reportagem.

Além disso, Bolsonaro deu o sinal verde para que as lideranças do PL prosseguissem com a formalização do apoio à candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB) à presidência da Câmara, uma escolha anunciada por Lira nesta terça-feira. O presidente da Câmara tem defendido que a criação do colegiado visa evitar que o tema da anistia interfira em seu processo sucessório.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

PGR pode recorrer da decisão de Gilmar Mendes que anulou condenações de José Dirceu na Lava Jato

Caso a PGR recorra da decisão, o caso pode ser revisto pela 2ª Turma do STF, que tem os ministros Nunes Marques e André Mendonça, indicados por Bolsonaro

José Dirceu (Foto: Lula Marques)

A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes resultou na anulação das condenações de José Dirceu na Lava Jato, ainda está sujeita a recursos por parte da Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, por se tratar de uma decisão monocrática, a PGR pode solicitar que o caso seja revisto pela 2ª Turma do STF, presidida por Dias Toffoli e composta por outros quatro ministros, incluindo Mendes.

A análise inicial do colegiado parece favorecer Dirceu, com dois votos já considerados seguros a seu favor: o de Gilmar Mendes e o de Dias Toffoli. No entanto, Edson Fachin, que frequentemente se alinha às decisões da Lava Jato, deve votar contra o ex-ministro. O destino final de Dirceu, portanto, pode depender dos votos de André Mendonça e Kassio Nunes, ambos indicados para a Corte por Jair Bolsonaro (PL).

Diante desse cenário, o círculo próximo a Dirceu permanece cauteloso quanto a comemorações. A decisão de Gilmar Mendes, proferida na segunda-feira (28), anulou todas as condenações impostas pelo ex-juiz suspeito Sergio Moro entre 2016 e 2017, que totalizavam 34 anos de prisão. A anulação permite que Dirceu recupere seus direitos políticos, já que ele não estará mais sujeito à Lei da Ficha Limpa.

Em sua decisão, Mendes fundamentou a anulação em indícios coletados, especialmente por meio de mensagens entre Moro e os procuradores da Lava Jato, que evidenciam uma falta de isenção em relação a Dirceu, assim como ocorreu no caso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A defesa de Dirceu argumentou que sua condenação foi uma preparação para ações subsequentes contra o então ex-presidente.

"O ex-ministro José Dirceu recebeu com tranquilidade a decisão do Supremo Tribunal Federal que anula todas as condenações da operação Lava Jato que incidem contra ele", afirmou o advogado Roberto Podval. Ele ressaltou que a decisão reconhece que os processos tinham como objetivo atingir Lula, evidenciando a parcialidade nas ações.

Por outro lado, Sérgio Moro, que hoje é senador, contestou a anulação, afirmando que suas decisões foram validadas por três instâncias e não se sustentam em "base convincente".

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Lira passou rasteira em Bolsonaro com PL da Anistia de volta à estaca zero, diz Noblat

"Alguém está ouvindo um tic-tac?", indagou o jornalista

Arthur Lira e Jair Bolsonaro (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

O jornalista Ricardo Noblat destacou nesta terça-feira (29) que a prisão de Jair Bolsonaro parece cada vez mais próxima, em meio ao acordo entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e seu indicado para a sucessão, Hugo Motta (Republicanos-PB). As negociações ignoraram os interesses de Bolsonaro, que tentava aprovar o PL da Anistia, agora de volta à estaca zero.

"Lira passa a rasteira nos golpistas do 8 de janeiro ao criar comissão especial sobre o tema. PL da Anistia estava na pauta da CCJ desta terça e, se votado, iria direto ao plenário da Câmara. Decisão de Lira faz projeto voltar à estaca zero. Deputado quer evitar que a polêmica atrapalhe a eleição de seu sucessor. Assim, Bolsonaro só vai poder negociar com o próximo presidente da casa. Alguém está ouvindo um tic-tac?", escreveu Noblat em sua conta na rede social X.

Mais cedo nesta terça-feira, Lira anunciou a criação de uma comissão especial para analisar o PL da Anistia, e defendeu que o tema seja discutido na Casa sem se transformar em uma disputa política. A anistia aos envolvidos na tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023 foi usada nos bastidores como moeda de troca por deputados que apoiam Bolsonaro na negociação por votos para presidente da Câmara, assim como por aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que buscaram impedir o avanço do PL em troca de eventual apoio a Motta na presidência da Câmara. Nesse sentido, Lira disse nesta terça-feira que apoiará a candidatura de Motta.

Fonte: Brasil 247

Lira confirma apoio a Hugo Motta à presidência da Câmara: “reúne maiores condições políticas”

Motta e Lira estavam acompanhados de líderes de outros partidos como PT, MDB e PP

Hugo Motta e Arthur Lira (Foto: Marina Ramos / Agência Câmara)

Por Lucas Pordeus León - Repórter da Agência Brasil
O presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira (PP-AL), anunciou nesta terça-feira (29) o deputado do Partido Republicanos, da Paraíba, Hugo Motta, como seu candidato à presidência da Casa, em eleição prevista para o dia 1º de fevereiro de 2025.

“Depois de muito conversar e, sobretudo, de ouvir, estou convicto de que o candidato com maiores condições políticas de construir convergências no parlamento é o deputado Hugo Motta, nome que demonstrou capacidade de aliar polos aparentemente antagônicos com diálogo, leveza e altivez”, afirmou Lira, em púlpito montado na frente da residência oficial do presidente da Câmara, em Brasília (DF).

Hugo Motta é o primeiro candidato à presidência da Câmara oficialmente lançado na disputa. Ao lado de Motta e outros aliados, Lira afirmou o líder do Republicanos, que está no quarto mandato de deputado federal, viveu os desafios por quais passou a gestão dele na presidência da Casa.

“[Hugo Motta] vai saber manter a marcha da Câmara dos Deputados, seguindo esta mesma receita que tantos bons frutos deu ao Brasil: respeito ao plenário, cumprimento da palavra empenhada e busca incessante por convergência”, completou.

Lira ainda citou os possíveis concorrentes à cadeira de presidente da Câmara, os deputados Elmar Nascimento (União Brasil/BA) e Antônio Britto (PSD/BA), que podem disputar com o Hugo Motta em fevereiro do próximo ano.

“Jamais caberia a mim, presidente da Casa, um entre iguais, cercear as legítimas pretensões de quem quer que seja”, afirmou, acrescentando que conversou com os dois deputados.

“Mantive um diálogo aberto, franco e sobretudo leal, e a todos fiz apenas um único pedido: viabilizem-se junto às deputadas e aos deputados, pois sem convergência não há governabilidade. E sem governabilidade, sofre o país. Sofre a população”, alertou.

O deputado Arthur Lira não pode se reeleger porque a Constituição veda a reeleição de presidente da Câmara dentro de uma mesma legislatura.
PL da Anistia

Para evitar contaminar a eleição da Câmara com o projeto de lei (PL), que concede anistia a todos os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, o presidente Arthur Lira anunciou a criação de uma Comissão Especial para analisar o projeto de lei (PL) 2.858 de 2022.

O chamado PL da Anistia vinha sendo usado como moeda de troca por parlamentares para conceder apoio aos candidatos à presidência da Câmara. Com a criação da Comissão Especial, a tramitação da matéria pode se arrastar por até 40 sessões do plenário da Casa.

“O tema deve ser devidamente debatido pela Casa. Mas não pode jamais, pela sua complexidade, se converter em indevido elemento de disputa política, especialmente no contexto das eleições futuras para a Mesa Diretora da Câmara”, justificou Lira.

O presidente afirmou que Comissão seguirá rigorosamente os ritos e prazos regimentos das Comissões Especiais, “sempre com a responsabilidade e o respeito que são próprios deste Parlamento. Também nessa temática, é preciso buscar a formação de eventual convergência”.
Hugo Motta

O deputado Hugo Motta Wanderley da Nóbrega é natural de João Pessoa, na Paraíba. Médico de profissão, Motta é deputado federal desde 2011, quando se elegeu pelo PMDB. Atualmente, é membro do partido Republicanos, sigla ligada à Igreja Universal do Reino de Deus.

Motta relator a chamada PEC do orçamento de guerra, que liberou por fora do teto de gastos as despesas com a pandemia da covid-19. Próximo do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, Motta foi o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou as denúncias de corrupção na Petrobras, em 2015, no auge da operação Lava Jato.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Washington Post perde 200 mil assinantes após decisão de Bezos que vetou apoio à Kamala Harris

A medida gerou uma onda de cancelamentos de assinaturas e provocou renúncias entre colunistas e integrantes do conselho editorial

Jeff Bezos (Foto: REUTERS)

O Washington Post está passando por uma crise após a decisão de Jeff Bezos, proprietário do jornal e fundador da Amazon, de impedir um apoio editorial à candidatura de Kamala Harris à presidência dos Estados Unidos, conforme reportado pelo NPR. A medida gerou uma onda de cancelamentos de assinaturas e provocou renúncias entre colunistas e integrantes do conselho editorial.

De acordo com fontes internas, mais de 200 mil assinantes digitais cancelaram suas assinaturas até o meio-dia de segunda-feira. Esse número representa cerca de 8% da base total de assinantes do jornal, que conta com cerca de 2,5 milhões de leitores, incluindo assinantes impressos. O número de cancelamentos continuou crescendo ao longo do dia, mas a administração do Post se absteve de comentar."É um número colossal," afirmou Marcus Brauchli, ex-editor-executivo do Post, em entrevista à NPR. Segundo Brauchli, o problema central é a falta de transparência: “As pessoas sabem que a decisão foi tomada, mas não entendem por quê.” Will Lewis, atual diretor-executivo e publisher do jornal, explicou que a decisão de não endossar candidatos presidenciais visava restaurar uma postura "independente" ao Post. No entanto, o momento escolhido – poucos dias antes da eleição entre Harris e Donald Trump – levantou questionamentos na redação e entre antigos editores.

Marty Baron, também ex-editor-executivo, compartilhou dessa preocupação: "Se essa decisão tivesse sido tomada há três anos, dois anos, talvez até um ano, seria mais aceitável. Mas foi tomada poucas semanas antes da eleição, sem qualquer deliberação formal com o conselho editorial,” declarou ele à NPR.

Bezos, respondendo à controvérsia, escreveu uma coluna no próprio Post para esclarecer que o momento foi resultado de “um planejamento inadequado e não de uma estratégia intencional.” Ele justificou a medida como uma tentativa de evitar qualquer "percepção de parcialidade."As reações foram intensas. Familiares de alguns jornalistas do jornal cancelaram assinaturas em protesto, e colunistas como Molly Roberts anunciaram sua saída. Em sua declaração de despedida, Roberts expressou preocupação: "Quanto mais silenciosos ficamos, mais perto ele [Trump] chega." David Hoffman, jornalista vencedor do Pulitzer, descreveu os editoriais do Post como “um farol de esperança” para os que enfrentam repressão, acrescentando que vê a candidatura de Trump como uma ameaça real à democracia. “Acredito que perdemos nossa voz,” escreveu Hoffman ao renunciar ao conselho editorial.

O momento da decisão de Bezos gerou especulação, intensificada por um encontro entre executivos da Blue Origin – sua empresa aeroespacial – e Trump, ocorrido logo após a decisão ser anunciada. A Blue Origin possui contratos bilionários com a NASA, e a Amazon já havia processado o governo alegando que a administração Trump bloqueou contratos com o Pentágono em retaliação à cobertura crítica do Post.

Bezos abordou essas suspeitas diretamente, negando qualquer interferência de outros interesses comerciais e afirmando que não estava ciente do encontro entre a Blue Origin e Trump. “Suspiro ao saber disso, pois sabia que seria usado para distorcer a situação,” escreveu ele. Apesar das complexidades envolvendo seus negócios, ele reafirmou que sua gestão do Post desde 2013 sempre foi pautada em princípios.

Fonte: Brasil 247 com NPR

“Sempre confiei na Justiça”, diz Dirceu após todas as suas condenações na Lava Jato serem anuladas

Gilmar Mendes estendeu ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT) os efeitos da decisão que declarou o ex-juiz Sergio Moro suspeito

José Dirceu (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, estendeu ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT) os efeitos da decisão que declarou o ex-juiz Sergio Moro suspeito para atuar em processos contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Com a extensão, todas as decisões de Sergio Moro contra Dirceu na “lava jato” estão anuladas, inclusive as condenações.

Em nota, através de sua assessoria jurídica, Dirceu se manifestou: “O ex-ministro José Dirceu recebeu com tranquilidade a decisão do Supremo Tribunal Federal que anula todas as condenações da operação Lava Jato que incidem contra ele. A decisão, que restitui seus direitos políticos, entende que os processos contra Dirceu tinham por objetivo real atingir o presidente Luís Inácio Lula da Silva, o que demonstra a quebra de parcialidade das ações.

A anulação atende ao pedido da defesa do ex-ministro, que solicitou a extensão da decisão da 2ª Turma do Supremo que considerou parciais as decisões da Lava Jato e do ex-juiz Sergio Moro nos casos que envolvem o presidente Lula. José Dirceu sempre confiou na Justiça" - Defesa do ex-ministro, José Dirceu - Dr. Roberto Podval.

Fonte: Brasil 247

Filho de Zé Dirceu, Zeca celebra derrubada de condenações da Lava Jato contra o pai: "finalmente"

Segundo o parlamentar, a decisão mostra que a justiça está sendo feita

Zeca Dirceu (Foto: Renato Araújo/Câmara dos Deputados)

Filho do ex-ministro Zé Dirceu, o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR) foi às redes sociais nesta terça-feira (29) celebrar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de anular todos os atos processuais produzidos pelo ex-juiz suspeito Sergio Moro em duas ações penais contra seu pai.

Segundo o parlamentar, a decisão mostra que a justiça está sendo feita. "Finalmente, justiça foi feita! Já são 20 anos de sofrimento e punições injustas. Amo muito meu pai, um ser humano diferenciado. Me orgulho muito da suas lutas: contra a ditadura, pela democracia e construção do PT. Assim como na coordenação da campanha vitoriosa de LULA em 2002", escreveu na rede social X.

Mais cedo nesta terça-feira, o ministro Gilmar Mendes, do STF, determinou a anulação de todos os atos processuais produzidos por Moro em duas ações penais contra o ex-ministro da Casa Civil. A decisão estende a Zé Dirceu os efeitos do entendimento da Segunda Turma da Corte que, em março de 2021, declarou a parcialidade do ex-juiz nas ações penais contra Lula.

Em sua argumentação, o relator afirma que os diálogos revelados pela Vaza Jato e outros elementos trazidos nos autos indicam ação coordenada entre Moro e a força-tarefa da Lava Jato para acusar e denunciar José Dirceu. A atuação serviria de ensaio para a denúncia que seria posteriormente oferecida contra o presidente Lula.

Fonte: Brasil 247

MPRJ vai pedir pena máxima para Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, acusados pelo assassinato de Marielle Franco

Júri está agendado para começar na manhã desta quarta-feira. Ministério Público pede pena de 84 anos de prisão para cada um dos réus

Marielle Franco, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz (Foto: Mídia NINJA | Reprodução)

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) anunciou que solicitará ao Conselho de Sentença do IV Tribunal do Júri a aplicação da pena máxima aos réus Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, acusados de assassinar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes.

Segundo o g1, a informação foi divulgada pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/FTMA), que enfatizou que a pena para cada um dos réus pode alcançar até 84 anos de prisão. O júri está agendado para começar na manhã de quarta-feira (30).

Os dois foram denunciados por duplo homicídio triplamente qualificado, um homicídio tentado, e pela receptação do veículo Cobalt utilizado durante o crime que chocou o Brasil, em 14 de março de 2018. Desde sua prisão em março de 2019, Lessa e Queiroz aguardam o julgamento em estabelecimentos prisionais diferentes: Ronnie no Complexo Penitenciário de Tremembé e Élcio no Complexo da Papuda, em Brasília.

O tribunal será composto por 21 jurados, dos quais sete serão selecionados no dia do julgamento. Durante o processo, os jurados ficarão isolados e pernoitarão nas instalações do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A acusação contará com o depoimento de sete testemunhas, incluindo a única sobrevivente do atentado.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

“Um Brasil vibrante está crescendo com grandes oportunidades", diz ex-diplomata britânica

Fiona Clouder enalteceu o papel do Brasil na COP30

Fiona Clouder (Foto: Lide TV)

Diretora-executiva da Cloudervista, a ex-diplomata britânica Fiona Clouder destacou a importância do Brasil como parceiro estratégico para o Reino Unido durante sua fala no Lide Brazil Conferece, nesta terça-feira (29) em Londres. Clouder enfatizou que o evento representa uma chance única de fortalecer a imagem do Brasil no exterior, promover investimentos e encorajar parcerias bilaterais de longo prazo. "Nós estamos realmente mostrando as oportunidades e encorajando parcerias para o investimento internacional", disse Clouder.

Há 25 anos atuando em iniciativas ligadas ao Brasil, Clouder observou o crescimento das relações entre os dois países, especialmente nas áreas de inovação e sustentabilidade. Com um olhar voltado para o futuro, ela enfatizou a importância de atrair investimentos em setores como transição energética e descarbonização, onde o Brasil se destaca como uma potência emergente. “Um Brasil vibrante que está crescendo com grandes oportunidades”, resumiu.

Com a recente visita do secretário de Estado britânico ao Brasil, Clouder sublinhou o potencial para estreitar laços por meio de financiamento acessível e parcerias bilaterais. Além disso, ela enalteceu o papel do Brasil na COP30, que sediará em breve, como uma oportunidade de liderar o cenário ambiental global e aprofundar o diálogo sobre questões climáticas.

Entre os destaques mencionados, Clouder apontou a importância da descarbonização, da energia offshore eólica e do hidrogênio verde, áreas nas quais as empresas britânicas podem fortalecer sua colaboração com o Brasil. Outro ponto importante abordado foi a mineração sustentável, essencial para viabilizar a transição energética, mas que precisa incorporar práticas de respeito à biodiversidade e às comunidades locais.

Representando a Appian Capital Advisory, onde é conselheira, Clouder mencionou investimentos estratégicos em projetos de mineração de cobre e grafite no Brasil, ressaltando o compromisso com altos padrões ambientais e sociais. "Essas são exemplos de uma empresa que se foca em diligência devida e padrões ambientais sociais. Assegurando benefícios às comunidades”, concluiu Clouder, reforçando a importância de fomentar um desenvolvimento econômico inclusivo e sustentável, beneficiando as futuras gerações nos dois países.

Fonte: Brasil 247

Apucarana oferta hoje 627 vagas no Feirão de Empregabilidade para Mulheres e Jovens


Com a oferta de 627 vagas, Apucarana realiza hoje a 2ª edição do ‘Feirão da Empregabilidade Mulher’, com oportunidade para todas as faixas etárias; e também ‘Empregabilidade 1º emprego’, direcionada para jovens. O evento segue até as 16 horas, no Espaço das Feiras, e além de ofertar oportunidade de inserção do mercado de trabalho as apucaranenses, tem serviços de cuidados de beleza e saúde para mulher e barracas de gastronomia a cargo rede de Economia Solidária da Prefeitura de Apucarana.

Elza Martins, de 50 anos, foi um das primeiras a ser atendida e saiu da entrevista com a equipe da Agência do Trabalhador com duas indicações de emprego. “Esse oportunidade é muito importante para pessoas como eu que está um busca de trabalho. Facilita a vida da gente e saio daqui com entrevista em um hospital para o cargo de cozinheira e em uma farmácia para serviços gerais”, informa Elza.

O gerente da Agência do Trabalhador de Apucarana, Guilherme Henrique, detalha que o feirão da empregabilidade oferta 365 vagas para mulher e 262 vagas para jovens. Temos, por exemplo, oportunidade para auxiliar administrativo, assistente de vendas, arte finalista, gerente de loja, analista de marketing, dentista e secretaria executiva. Este evento tem a missão de promover a empregabilidade e inclusão. Tenha certeza de vagas aqui”, afirma Henrique.

O prefeito Junior da Femac conclamou as mulheres e jovens apucaranenses a buscar a oportunidade de trabalho no Feirão da Empregabilidade. Tudo foi preparado para atender esse público, facilitando as etapas para ingressar no mercado de trabalho. Esse evento precisa chegar a todos que estão em busca de uma vaga de emprego. Apucarana está há 3 anos em pleno emprego. Um percentual de 94% dos que querem trabalhar está trabalhando na nossa cidade”, destaca Junior da Femac.

“Além da prefeitura, esse evento é realizado graças a união de esforços dos setores organizados da nossa sociedade, incluindo o comércio, a indústria e os prestadores de serviços, além de diversas entidades e o nosso polo universitário”, disse o prefeito, agradecendo a participação de todos.

O presidente do Fórum Desenvolve Apucarana, Luiz Sérgio Hilário, enfatiza o slogan do evento “Existe vaga e a certeza do Encaminhamento”. “O emprego está aqui hoje, à disposição dos apucaranenses. Empresas como os supermercados Muffato e Condor, Burger King e Blue Ocean estão no feirão e fazendo contratações imediatas durante o evento”, comemora Hilário.

A Prefeitura de Apucarana, por meio das secretarias de Assistência Social e da Mulher e Assuntos da Família, realiza o Feirão da Empregabilidade em parceria com o Fórum Desenvolve Apucarana, Sine e a Câmara do Ensino Superior de Apucarana.

O evento Empregabilidade Mulher Apucarana e 1º emprego para os jovens está sendo realizado com o apoio do Sesc, Senac, Senai, Sesi, Unespar, UFTPR, FAP, Facnopar, CIEE, Associação dos Engenheiros de Apucarana, ACIA, Câmara da Mulher Empreendedora, Sivale, Sivana, Viação Apucarana Ltda (Val), Sindicato dos Contabilistas de Apucarana, Bonés Apucarana, Núcleo Regional de Educação, Ampec Apucarana, Cocap, Sebrae, Sindccon, Sindimetal, Samisca, Centro de Qualificação Total de Apucarana.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Decisão de Gilmar Mendes que anulou condenações da Lava Jato abre caminho para Dirceu obter vaga na Câmara em 2026

Aliados próximos dizem que o ex-ministro está focado em conquistar uma vaga na Câmara dos Deputados, representando o estado de São Paulo, no pleito de 2026

(Foto: Lula Marques)

A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes,que resultou na anulação de todas as condenações de José Dirceu (PT) na Operação Lava Jato abre caminho para que ele possa retomar sua trajetória política e vislumbrar uma candidatura nas eleições de 2026.

Segundo a coluna do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles, aliados próximos a Dirceu afirmaram que o ex-ministro está focado em conquistar uma vaga na Câmara dos Deputados, representando o estado de São Paulo, que detém o maior número de cadeiras na Casa. A estratégia de Dirceu inclui uma aproximação com a capital paulista, onde passou um período durante a campanha municipal de 2024, atuando em apoio a Guilherme Boulos (Psol).

Em declarações feitas na manhã desta terça-feira (29), Dirceu não descartou a possibilidade de se candidatar em 2026 “Veremos no final de 2025”, disse. Ainda segundo a reportagem, apesar do respaldo que Dirceu possui dentro do partido, aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva têm se mostrado contrários a qualquer chance de seu retorno a um cargo significativo no governo durante o terceiro mandato do presidente à frente do Palácio do Planalto.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Supremo Tribunal Federal condena mais 14 por atos golpistas de 8 de janeiro

Dos 14 denunciados pela PGR, 12 foram condenados por incitação e associação criminosa

(Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Conjur - Em sessão de julgamento virtual encerrada na última sexta-feira (25/10), o Supremo Tribunal Federal condenou mais 14 réus por participação na invasão e depredação das sedes dos três poderes, em Brasília, em 8 de janeiro de 2023.

Dos 14 denunciados pela Procuradoria-Geral da República, 12 foram condenados por incitação e associação criminosa. Eles foram presos no dia seguinte aos atos antidemocráticos, no acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília. No local, enquanto a multidão seguia em marcha para invadir o STF, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto, os condenados estimulavam as Forças Armadas a tomarem o poder, sob alegação de fraude eleitoral.

A pena de prisão foi substituída pela prestação de 225 horas de serviços à comunidade ou entidades públicas e participação em curso sobre democracia, elaborado pelo Ministério Público Federal. Os condenados estão proibidos de se ausentar da comarca de residência e de usar redes sociais até o cumprimento da pena, além de terem os passaportes retidos e eventuais portes de arma revogados. Eles ainda deverão pagar indenização por danos morais coletivos, no valor mínimo de R$ 5 milhões, a ser dividido com todos os condenados.

Os novos condenados se negaram a assinar acordo de não persecução penal (ANPP), proposto pela PGR a todos os envolvidos que praticaram crimes de menor gravidade. Por meio dos acordos, que devem ser validados pelo STF, as ações penais ficam suspensas, desde que os réus cumpram uma série de requisitos, fiscalizados pela Justiça. Mais de 400 réus firmaram os acordos.

◉ Outros casos - Na mesma sessão de julgamento, o STF condenou os outros dois denunciados pelo MPF pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e associação criminosa armada, a penas de 12 anos. Ambas foram presas em flagrante no momento dos ataques, mas em locais afastados da Praça dos Três Poderes.

Um deles estava portando facão, estilingues e esferas de ferro. O outro estava com pedaço de madeira de um metro de comprimento, estaca de madeira pontiaguda, estilingue e bolas de gude. Contudo, ambos foram absolvidos dos crimes de dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado. Para a Suprema Corte, as provas não confirmam que eles teriam efetivamente invadido e depredado os prédios públicos.

Os condenados terão ainda que pagar indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 30 milhões, a ser arcada por todos os condenados pelos atos antidemocráticos na mesma situação. Em sessão virtual realizada em abril deste ano, o relator do caso, ministro Alexandre de Morais, havia pedido destaque em relação ao julgamento dos dois casos.

◉ Recebimento de denúncia - Ainda em relação aos atos antidemocráticos, o STF recebeu o aditamento de quatro denúncias, apresentadas pelo MPF, contra pessoas que teriam participado como executoras dos ataques. Com a decisão, elas passam a responder por cinco crimes: associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Fonte: Brasil247 com informações do Conjur

Confiança da indústria no Brasil recua pelo 2º mês consecutivo em outubro, diz FGV

Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou 0,6 ponto na comparação com o mês anterior e foi a 99,9 pontos, de acordo com os dados da FGV

Indústria brasileira (Foto: Agência Brasil )

Reuters - A confiança da indústria no Brasil recuou pelo segundo mês consecutivo em outubro, registrando a terceira queda do ano, devido principalmente à piora nas expectativas para os próximos meses, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira.

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou 0,6 ponto na comparação com o mês anterior e foi a 99,9 pontos, de acordo com os dados da FGV.

"O resultado reforça a ideia do mês passado de um alerta ligado para fim do ano, dado que apesar de bons resultados recentes na demanda, o setor dá sinais de novo aumento dos estoques", explicou o economista do FGV IBRE Stéfano Pacini em nota.

"Apesar disso, a percepção dos empresários sobre o presente é positiva na maior parte dos segmentos, mas em relação ao futuro o sentimento é de cautela."

O maior impacto para a queda do ICI em outubro veio do Índice de Expectativas (IE), indicador da percepção sobre os próximos meses, que caiu 1,3 ponto no mês, para 96,8 pontos, o menor valor desde março deste ano (96,4 pontos).

Para as expectativas, o principal destaque negativo foi o indicador que mede a produção prevista, que registrou recuo de 4,4 pontos, a 93,1 pontos, o pior resultado desde novembro de 2023 (92,2 pontos).

O Índice de Situação Atual (ISA), que mede o sentimento dos empresários sobre o momento presente do setor industrial, teve uma ligeira baixa de 0,1 ponto em outubro, a 102,9 pontos.

No ISA, houve forte piora no componente sobre o nível de estoques, com queda de 3,4 pontos em outubro, a 100,5 pontos.

Em outubro, houve queda da confiança em 7 dos 19 segmentos industriais pesquisados.

"No cenário macroeconômico, a taxa de juros se mantém alta com o intuito de conter pressões de custos num ambiente em que os indicadores de emprego e renda continuam positivos", completou Pacini.

No mês passado, o Comitê de Política Monetária (Copom) votou de forma unânime para elevar a Selic em 25 pontos-base, levando a taxa de juros a 10,75% ao ano, em meio à preocupação dos membros da autarquia em relação ao superaquecimento da atividade econômica e os riscos de alta para a inflação.

Operadores precificam 75% de chance de uma nova alta de 25 pontos na reunião de novembro.

Fonte: Brasil 247

“Todas as vezes em que o Brasil conseguiu reduzir juros foram acompanhadas de choques fiscais positivos”, diz Campos Neto

Segundo ele, “o mundo pós-pandemia está muito mais endividado”, com obstáculos fiscais significativos

(Foto: Reprodução Lide Tv)

 O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou na Lide Brazil Conference, em Londres, nesta terça-feira, os desafios econômicos enfrentados pelo Brasil e pelo mundo no cenário pós-pandêmico. Segundo ele, “o mundo pós-pandemia está muito mais endividado”, com obstáculos fiscais significativos, desinflação em curso, mas ainda com pressão inflacionária em serviços. Campos Neto explicou que, enquanto os preços de bens apresentam baixa inflação, o setor de serviços continua pressionado, algo que precisa ser ajustado.

Ao analisar o contexto dos Estados Unidos, Campos Neto pontuou que os “pilares do debate econômico são inflacionários”, com políticas expansionistas e protecionistas em pauta, o que pode impulsionar ainda mais os preços. Além disso, observou que o discurso contrário à imigração nos EUA tem o potencial de elevar os custos de mão de obra, uma situação que pode se traduzir em pressões inflacionárias adicionais.

Para Campos Neto, o cenário global está ainda mais complexo devido aos “maiores riscos geopolíticos”, com uma divisão entre blocos econômicos cada vez mais evidente desde a invasão da Ucrânia. “O Brasil é hoje um dos poucos países do mundo com indicações de alta na taxa de juros”, ressaltou, contrastando o contexto interno com a realidade de outros países.

Na análise sobre a situação fiscal, o presidente do Banco Central lembrou que os países ricos chegaram a gastar cerca de 22% do PIB durante a pandemia, enquanto os países emergentes, como o Brasil, despenderam cerca de 10%. Segundo ele, a produtividade está em queda em várias regiões, inclusive no Brasil, onde a inflação converge para a meta, mas a mão de obra está “muito apertada” e as expectativas de inflação seguem desancoradas, o que, segundo ele, preocupa a instituição.

Campos Neto ressaltou ainda que, no Brasil, toda tentativa bem-sucedida de reduzir juros esteve associada a “choques fiscais positivos”, reforçando a necessidade de um compromisso claro com o ajuste fiscal para que o mercado perceba que o cenário econômico poderá melhorar. “É muito difícil trabalhar com juros menores sem a percepção pelo mercado de que o fiscal irá melhorar”, concluiu.

Fonte: Brasil 247

Lira atrasa projeto que anistia golpistas do 8 de janeiro e cria comissão especial

O texto seria colocado em votação na CCJ da Câmara nesta terça-feira

Arthur Lira (Foto: Carlos Moura/SCO/STF)

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), decidiu criar nesta terça-feira (29) uma comissão especial para debater o projeto de lei que pode anistiar os presos nos atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília, informa o G1. Na prática, a iniciativa devolve a tramitação do projeto à estaca zero e coloca um caminho mais longo para a sua votação no plenário da Casa.

O PL da Anistia estava na pauta de votação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara nesta terça e, caso fosse aprovado, iria para votação no plenário. No entanto, com a decisão de Lira, o texto não será mais analisado pela CCJ. A proposta chegou a ser colocada em votação pela presidente da CCJ, deputada Caroline de Toni (PL-SC), mas parlamentares governistas pediram mais prazo e adiaram a análise.

A justificativa de Arthur Lira para criar a comissão especial é de que "a complexidade e o caráter multifacetado do tema em questão desaconselham uma análise exclusiva no âmbito de uma única comissão de mérito nesta Casa". A comissão terá 34 membros titulares.

Com a criação da comissão especial, o projeto terá uma tramitação mais longa. Os partidos precisarão indicar seus membros, a comissão terá de ser instalada, eleger presidente e relator, criar cronograma de debates e, só depois, votar o projeto. O texto é considerado inconstitucional e, caso fosse aprovado, precisaria passar pelo Senado e pela sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

fonte: Brasil 247 com informações do G1

“No agronegócio brasileiro, tudo é sustentável de verdade”, diz Roberto Rodrigues

Em sua fala, Rodrigues destacou o compromisso do setor com a preservação ambiental e o crescimento sustentável

Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura do Brasil. (Foto: Evandro Macedo/LIDE) 

Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva (Lula 1 e 2), defendeu com firmeza a sustentabilidade do agronegócio brasileiro durante a Lide Brazil Conference em Londres, nesta terça-feira. Em sua fala, Rodrigues destacou o compromisso do setor com a preservação ambiental e o crescimento sustentável. “No Brasil, 66% do território ainda é coberto por florestas, e todas as plantas cultivadas no Brasil ocupam apenas 7,8% do território. Somando as pastagens, não passamos de 30% do território”, afirmou, comparando com os Estados Unidos, onde “as reservas florestais são muito menores e a área cultivada é muito maior”. Para ele, o Brasil se destaca como um dos países que mais preserva seus biomas.

O ex-ministro também frisou que, nas últimas três décadas, o Brasil ampliou a produção agrícola em 457% com apenas o dobro da área plantada, uma evolução que, segundo ele, reflete o nível de inovação e produtividade do setor. “O agronegócio trouxe muita inovação e produtividade. É sustentabilidade na veia”, disse, ressaltando que o Brasil se tornou o maior exportador mundial de várias commodities, mantendo ainda uma matriz energética onde 50% da energia é renovável, contra uma média global de 15%.

Rodrigues enfatizou, porém, a necessidade urgente de combater atividades ilegais que afetam a sustentabilidade e a imagem do agronegócio brasileiro. “O Brasil precisa combater o desmatamento ilegal, os incêndios criminosos e o garimpo ilegal. O que é ilegal tem que acabar, até porque o Brasil ainda tem potencial para crescer em várias áreas do agronegócio”, afirmou, defendendo que essas práticas precisam ser eliminadas para garantir o crescimento responsável e sustentável do setor.

Em tom crítico, Rodrigues também rebateu as acusações internacionais contra o impacto ambiental do agronegócio brasileiro, as quais considera infundadas. “É tudo sustentável de verdade, apesar de todas as cretinices que dizem de vez em quando”, declarou, reforçando a visão de que o Brasil é um exemplo global de um modelo agro que alia crescimento econômico com proteção ao meio ambiente.

Fonte: Brasil 247

BNDES já destinou 59% dos recursos previstos a empresas até 2026

"Podemos dizer que o BNDES retomou o seu papel como o principal instrumento de promoção do desenvolvimento do Brasil", diz Mercadante

Aloizio Mercadante (Foto: Vinicius Martins (Agência BNDES))

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, concedeu entrevista exclusiva à Esfera News e detalhou os investimentos estratégicos do BNDES, que já destinou 59% dos recursos previstos para as empresas até 2026.

De que forma o governo projeta as ações do plano de reindustrialização, divulgado no início deste ano como grande instrumento para tirar o setor da inércia e aumentar a participação da indústria no PIB?

No âmbito da Nova Indústria Brasil, temos o Plano Mais Produção como o conjunto de soluções financeiras para viabilizar, de forma contínua, a NIB. Esse plano se organiza a partir de quatro eixos que indicam o que se espera para a indústria brasileira: Mais Inovadora e Digital, Mais Verde, Mais Exportadora e Mais Produtiva.

Até 2026, o valor total estimado é de R$ 342,7 bilhões, gerido por BNDES, Financiadora de Estudos e Projetos [Finep], Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial [Embrapii], Banco do Nordeste e Banco da Amazônia, sendo R$ 259 bilhões do BNDES. Até setembro de 2024, o banco já cumpriu com 59% do total de recursos que será mobilizado até 2026.

Ao buscar impulsionar uma indústria mais inovadora e digital, o Congresso Nacional apoiou a possibilidade de o BNDES aplicar a Taxa Referencial [TR] como indexador para operações de financiamento à inovação e à digitalização com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador [FAT]. Há, contudo, limite para essas operações — até 1,5% do saldo dos recursos repassador pelo FAT ao BNDES.

Falando sobre soluções inovadoras, desde o início da sua gestão, qual foi o volume total de recursos encaminhados e em quais áreas? Como o BNDES tem trabalhado para atender empresas menores?

Desde janeiro de 2023, foram aprovados R$ 11,2 bilhões para projetos de inovação. Em 2024, o apoio do BNDES à inovação é o maior desde 1995, com R$ 5,9 bilhões, considerando os oito primeiros meses do ano, com destaque para as áreas de fármacos, mobilidade e inteligência artificial. O apoio à inovação e digitalização para micro, pequenas e médias empresas, em 2024, também é o maior desde 1995, alcançando a marca de R$ 2,4 bilhões.

Com o objetivo de fomentar investimentos e geração de emprego e renda, foi disponibilizado o volume recorde de R$ 100 bilhões em crédito no âmbito do Programa Emergencial de Acesso a Crédito, que reduz o risco da inadimplência para as instituições financeiras concedentes do empréstimo.

Muito se fala sobre transição energética e novas tecnologias, em um cenário que demonstra o potencial brasileiro para liderar tendências globais. Como o BNDES tem observado iniciativas nesse setor e o que tem feito para garantir um futuro mais sustentável?

No eixo de uma indústria mais verde, o destaque são os aportes do novo Fundo Clima, que se configura como o principal instrumento de financiamento para a descarbonização da indústria brasileira. Destaque também para os projetos de biocombustíveis, que ampliam o potencial do País para o desenvolvimento de SAF [Combustível Sustentável de Aviação] e combustível marítimo sustentável. Em parceria com a Finep, lançamos a Chamada Pública de Planos de Negócios para investimentos em combustíveis de aviação e navegação de baixo carbono, com estimativa de um total de recursos a serem disponibilizados de R$ 6 bilhões.

Em 2024, o apoio à inovação é o maior desde 1995, com R$ 5,9 bilhões, considerando os oito primeiros meses do ano, com destaque para as áreas de fármacos, mobilidade e inteligência artificial

Outro exemplo concreto do compromisso com essa agenda é a linha de financiamento para data centers no Brasil, lançada em setembro de 2024, com orçamento de R$ 2 bilhões e taxa de juros a partir de 6,3% para projetos nas regiões Norte e Nordeste. Nas demais regiões, 8,5%.

Em outra iniciativa relevante, anunciamos, junto com a Vale, um fundo para minerais críticos, que deve chegar a até R$ 1 bilhão.

Assim, podemos dizer que o BNDES retomou o seu papel como o principal instrumento de promoção do desenvolvimento do Brasil. E o protagonismo da indústria já é um marco histórico da atual gestão do banco.

Fonte: Brasil 247