quinta-feira, 10 de outubro de 2024

PECs que limitam poderes do STF são puro revanchismo de bolsonaristas, avalia PT

Segundo a bancada petista na Câmara, aliados de Bolsonaro querem vingança por causa das condenações emitidas pelo Supremo no inquérito dos atos golpistas

STF e a Câmara dos Deputados (Foto: STF / Agência Câmara)


Parlamentares da Bancada do PT que integram a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara afirmaram que os projetos do “pacote anti-STF”, aprovados nesta quarta-feira (9), são uma vingança contra a Suprema Corte, que já emitiu mais de 220 condenações das 1.390 denúncias feitas pela Procuradoria-Geral da República no inquérito dos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF).

Foram aprovados na CCJ propostas que impedem decisões monocráticas do STF contra atos dos presidentes da República, da Câmara, do Senado e do Congresso (PEC 8/21); que permite ao Congresso sustar decisão do STF (PEC 28/24); além de imputar novos crimes de responsabilidade para magistrados da Corte (PL 4754/16 e PL 658/22).

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou que "há um desvio de finalidade" na proposta defendida por bolsonaristas. "Ao invés dessa comissão estar discutindo temas nacionais, a pauta tem sido livrar o Bolsonaro da prisão. Ontem (8/10) foi discutido aqui o projeto insano da anistia aos golpistas do 8 de Janeiro. Os quatro projetos aprovados hoje são uma ameaça ao Supremo Tribunal Federal. É uma vergonha pautar essa série de projetos para atacar o STF", afirmou.

De acordo com o deputado Patrus Ananias (PT-MG), "essa atual extrema-direita, age da mesma forma que a direita que no passado deu o golpe de 1964, instituiu o AI-5 em 1968 e que nunca teve compromisso com a justiça social e a soberania nacional brasileira".

O deputado Rubens Pereira Jr. (PT-MA) afirmou que todos esses projetos são inconstitucionais. "Esse pacote anti-STF nos motiva a fazer o debate nesta Casa contra o extremismo dos que odeiam a Constituição, a separação dos poderes e que desrespeitam a democracia. A Constituição tem cláusulas pétreas que nenhuma maioria parlamentar ocasional pode alterar. Aliás, a Constituição diz que cláusulas como a independência e a separação dos poderes nem mesmo podem ser objeto de deliberação. Essa reunião, por si só, já é ilegal", disse o petista.

Segundo o deputado Helder Salomão (PT-ES), a simples tramitação desses projetos, por ferir cláusula pétrea sobre a independência de poderes, nem deveria ir à votação na Câmara. "A quem interessa um judiciário, uma Suprema Corte fraca, acovardada? Com suas decisões anuladas pelo Poder Legislativo? Essas propostas são flagrantemente inconstitucionais. O presidente dessa Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL), sequer deveria deixar que esses projetos tramitassem”, observou.

Também criticaram a aprovação dos projetos do Pacote anti-STF a deputada Erika Kokay (PT-DF) e Alencar Santana (PT-SP).

Leia abaixo um resumo das proposições aprovadas na CCJC:

PEC 8/2021 – Entre outros pontos, veda a concessão de decisão monocrática pelo STF que impedem a eficácia de leis ou de ato do Presidente da República, presidente do Senado, da Câmara ou do Congresso.


PEC 28/2024 – Permite que o Congresso Nacional suste, com o voto de dois terços dos membros da Câmara e do Senado, decisão do STF que o parlamento considere que exorbita a sua função jurisdicional.

PL 4754/2016 – Acrescenta no ordenamento jurídico brasileiro o crime de responsabilidade de ministros do STF em caso de “usurpação de competência do Poder Legislativo”.

PL 658/2022 – Cria nova hipótese de crime de responsabilidade de ministro do STF, no caso de manifestar, por meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento, seu ou de outrem, ou juízo depreciativo sobre despachos, votos ou sentenças, de órgãos judiciais ou sobre as atividades dos outros poderes da República.

Fonte: Brasil 247

Segundo ministros do STF, pacote patrocinado pela direita na Câmara contém ilegalidades

CCJ aprovou nesta quarta duas PECs e dois projetos de lei limitando poderes do STF e ameaçando magistrados de impeachment

Sede do STF (Foto: Ag. Brasil)

Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) demonstraram nesta quarta-feira (9), opiniões contrárias ao pacote patrocinado pela direita na Câmara. O pacote contém medidas que restringem os poderes da Suprema Corte e ampliam o leque de possibilidades de impeachment de magistrados

As propostas visam limitar o poder dos magistrados de tomarem decisões monocráticas e dão ao Congresso a prerrogativa de revogar entendimentos da corte, além de ampliar as possibilidades de impeachment de ministros.

Os magistrados dizem, em conversas reservadas, que a PEC que restringe as decisões monocráticas viola a Constituição por limitar o acesso dos cidadãos à Justiça, uma vez que muitos pleitos judiciais são atendidos via decisões individuais, informa reportagem da Folha de S.Paulo.

Decisões individuais, argumentam ministros, ainda seriam importantes para acelerar processos. Se todas as determinações forem conjuntas, avaliam, haverá impacto para a sociedade em razão da demora para encerrar as ações.

Nesta quarta-feira, um integrante do STF disse à Folha que a PEC tem também um vício de origem, por ter iniciado no Legislativo. Para ele, a Constituição determina que mudanças no Judiciário devem ser de iniciativa do próprio Poder, em projetos a serem analisados pelos parlamentares, mas não podem surgir no Congresso.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Na CCJ da Câmara, bolsonaristas aprovam pacote que limita poderes do STF, mas Lira deve barrar avanço das propostas

Na avaliação de líderes da Câmara dos Deputados, Lira não deverá ampliar a tensão com o STF na reta final de seu mandato como presidente da Casa

Arthur Lira (Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados)

Líderes da Câmara dos Deputados apostam que o “pacotão anti-STF” aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na quarta-feira (9) dificilmente avançará na Casa ainda em 2024. A avaliação é que Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, não pretende arriscar uma escalada de tensões com o Supremo Tribunal Federal (STF) tão próximo do término de seu mandato, que se encerra em fevereiro de 2025.

Na quarta-feira, a CCJ aprovou duas Propostas de Emenda à Constituição (PECs) e um Projeto de Lei (PL) que buscam restringir os poderes dos ministros do Supremo. Entre as PECs aprovadas, está uma que limita as decisões monocráticas dos magistrados, exigindo que medidas cautelares sejam analisadas pelo colegiado do tribunal, e outra que permite ao Congresso suspender decisões do STF que sejam consideradas como ultrapassando sua “função jurisdicional”, explica o Metrópoles.

Próximos passos incertos - O próximo passo para o avanço das propostas seria a instalação de uma comissão especial para debater o mérito dos textos, o que depende de uma decisão de Arthur Lira. No entanto, líderes na Câmara acreditam que Lira deve evitar ampliar o embate com o Judiciário, especialmente considerando o curto prazo que resta de sua presidência, segundo Igor Gadelha, do Metrópoles.

STF alerta sobre vícios de origem - Os ministros do Supremo já manifestaram nos bastidores preocupação com as PECs, argumentando que elas apresentam um “risco” por não terem nascido no Judiciário, como exige a Constituição Federal. A Carta Magna estabelece que mudanças nas regras do Judiciário devem ser propostas pelo próprio poder e enviadas ao Congresso, o que configura um vício de origem nas PECs aprovadas na CCJ.

Diante desse cenário, integrantes do STF admitem que, caso as PECs sejam levadas adiante, a Corte deve declarar a inconstitucionalidade das propostas. Esse possível movimento pode abrir caminho para uma nova crise entre os poderes Legislativo e Judiciário, aprofundando as tensões que já existem.

Projetos adicionais aprovados - Além das PECs, a CCJ também aprovou um projeto de lei que amplia os crimes de responsabilidade atribuíveis aos ministros do STF, possibilitando que os magistrados sejam julgados por atos considerados como usurpação de competências do Legislativo. O PL ainda prevê punições para ministros que se manifestem publicamente sobre processos pendentes de julgamento.

O contexto político e os desdobramentos - A movimentação na CCJ ocorre em um momento delicado, em que o STF, e principalmente o ministro Flávio Dino, busca aumentar a transparência e rastreabilidade das emendas parlamentares, especialmente após a suspensão das emendas RP8 e RP9. Dino convocou reuniões com representantes do Senado, Câmara, Advocacia-Geral da União (AGU) e Procuradoria-Geral da República (PGR) para discutir a aplicação dos recursos públicos.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Operação Integration: Justiça mantém bloqueio de bens de Gusttavo Lima, Deolane Bezerra e outros investigados

O Judiciário também negou autorização aos sócios da empresa Vai de Bet para viajar a Brasília
Gusttavo Lima (Foto: Reprodução/Instagram)


 A juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife (PE), decidiu nesta quarta-feira (9) manter o bloqueio de bens do cantor Gusttavo Lima, da influenciadora digital Deolane Bezerra e de outros investigados por lavagem de dinheiro e jogos ilegais na Operação Integration, iniciada em 4 de setembro. O relato da magistrada foi publicado no Portal G1.

A magistrada também negou autorização aos sócios da empresa Vai de Bet para viajar a Brasília (DF). De acordo com os investigadores, pelo menos R$ 3,8 bilhões foram movimentados no esquema.

“Os fundamentos que embasaram a decisão original continuam inalterados e, portanto, vigentes, justificando a necessidade da manutenção das restrições patrimoniais. A gravidade das circunstâncias que levaram à adoção dessas medidas ainda se faz presente, assegurando a proteção dos interesses da Justiça”, apontou a decisão.

Deolane Bezerra
Deolane Bezerra. Foto: Instagram (Reprodução)Instagram (Reprodução)

Fonte: Brail 247 com informações do Portal G1

Barroso fala em perda de credibilidade aos que atacaram as urnas

“Não há como fraudar o sistema eleitoral brasileiro”, afirmou

Luís Roberto Barroso (Foto: ASCOM_CASA_CIVIL)

Agência Brasil- O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, disse nesta quarta-feira (9) que quem atacava a segurança das urnas eletrônicas perdeu credibilidade nas eleições deste ano.

A declaração de Barroso foi feita durante a abertura da sessão do Supremo. O ministro reforçou que o sistema eletrônico de votação é totalmente auditável e é um exemplo para outros países.

“Uma coisa que me chamou a atenção foi a perda de credibilidade de quem atacava a credibilidade das urnas. Esse já não foi mais um problema porque [tivemos] observadores internacionais, a abertura do código-fonte um ano antes, o monitoramento por todos os partidos, pelo Ministério Público, pela Polícia Federal. Não há como fraudar o sistema eleitoral brasileiro”, afirmou.

O ministro também aproveitou para elogiar o trabalho da ministra Cármen Lúcia, que preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e conduz o pleito.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Completamente sem noção, Moro diz que nunca votaria em Boulos



O senador Sergio Moro (União Brasil-PR). Foto: reprodução
Sem ninguém perguntar, o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) aproveitou a volta do X, antigo Twitter, ao Brasil, para anunciar, nesta quarta-feira (9), que jamais votaria em Guilherme Boulos (PSOL) para a prefeitura de São Paulo.

“Já que o X voltou em sua plenitude, vou aproveitar para dizer apenas uma vez: a briga não é minha e falo de graça, mas JAMAIS, em tempo algum e sob qualquer circunstância, votaria, se paulistano fosse, em Boulos”, disse o ex-juiz da Lava-Jato, que continuou fazendo publicações durante o período em que a rede social foi suspensa no Brasil.

Publicação de Moro após retorno do X ao Brasil. Foto: reprodução

Apesar de não poder votar em Boulos, nem no atual prefeito paulistano Ricardo Nunes (MDB), Moro tentou mudar sua residência eleitoral para São Paulo. Em 2022, ele chegou a se candidatar ao Senado no estado, mas a Justiça Eleitoral negou o reconhecimento de sua moradia, o que culminou na efetivação de sua campanha por Paraná.

Já a sua esposa, a deputada federal Rosângela Moro (União Brasil), conseguiu ser eleita pelo voto dos paulistas. Mas, neste ano, disputou a eleição em Curitiba, capital do Paraná, como vice na chapa de Ney Leprevost, do mesmo partido, que obteve apenas 6,49% dos votos e ficou de fora do segundo turno.

Fonte: DCM

Jair Renan anuncia férias após ser eleito vereador

Jair Renan Bolsonaro. Foto: Reprodução/Instagram

Candidato a vereador mais votado nas eleições em Balneário Camboriú (SC), Jair Renan Bolsonaro (PL) anunciou que irá tirar férias.

Questionado sobre seus primeiros projetos como vereador, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que pretende descansar após “uma campanha exaustiva”.

“Após uma campanha exaustiva, o vereador Jair Renan Bolsonaro optou por dedicar-se à família, aos amigos e também ter um tempo, ainda que curto, de descanso”, disse a assessoria de Jair Renan em nota enviado à coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles.

“De todo modo, informa que pretende exercer o seu mandato de forma propositiva, com especial atenção para o progresso da cidade, que passa pelo incentivo ao empreendedor e para a modernização dirigida à segurança, turismo, educação e saúde dos munícipes”, completou

Fonte: DCM

Bolsonaro usa fala de Mucio defendendo blindados de Israel para atacar Lula

Ministro da Defesa afirmou que a oposição à compra de equipamentos militares de Israel é "ideológica"
José Mucio (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Jair Bolsonaro usou uma fala do ministro da Defesa, José Mucio, defendendo a compra de equipamentos militares israelenses pelo governo do presidente Lula, para atacar a gestão federal. O governo barrou a compra dos blindados da Elbit Systems por preocupações com associação ao genocídio palestino, perpetrado pelo regime israelense desde 7 de outubro do ano passado.

Na rede social X, Bolsonaro postou um vídeo de Mucio desta terça-feira (8) afirmando que os "judeus" venceram uma licitação, mas que, por "questões ideológicas", não pôde ser aprovada.

Na postagem, Bolsonaro diz que o presidente "Lula é defensor dos terroristas do Hamas e detesta Israel" e que o Brasil sob o governo atual estaria "ao lado do Irã, China, Coreia do Norte, Nicarágua, Cuba e Venezuela", países governados pela esquerda.


Fonte: Brasil 247

"É ótimo estar em uma rede social que se submete à soberania nacional", diz Ricardo Cappelli sobre X

A plataforma foi reativada no Brasil nesta quarta-feira (9), após mais de um mês de suspensão
Ricardo Cappelli (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A plataforma X, de propriedade do bilionário de extrema-direita Elon Musk, foi reativada no Brasil nesta quarta-feira (9), após mais de um mês de suspensão, em cumprimento a uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

Com o retorno da rede social, o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli, destacou, em uma publicação na própria plataforma, que a suspensão e posterior reativação, após o pagamento das multas impostas pela Justiça brasileira, demonstram que "ninguém está acima da lei".

“É ótimo estar numa rede social que paga suas multas, tem representante legal no Brasil, retira postagens falsas por determinação judicial e se submete à SOBERANIA NACIONAL. Ninguém está acima da lei. Viva o Brasil!”, escreveu em sua primeira publicação após o fim da suspensão.

Nesta quarta-feira (9), a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) começou a notificar as prestadoras de serviços de telecomunicações para que restabeleçam o acesso à plataforma X aos seus clientes.

Fonte: Brasil 247

Corinthians é condenado a pagar mais de R$ 30 milhões a empresário

As dívidas com Carlos Leite estão ligadas a várias negociações de jogadores realizadas nos últimos anos

Corinthians (Foto: Rodrigo Coca / Agência Corinthians)

O Corinthians foi condenado pela Justiça de São Paulo a pagar R$ 33,4 milhões ao empresário Carlos Leite, referentes a dívidas de comissões por contratações e renovações contratuais de jogadores. A decisão foi proferida pelo juiz Douglas Iecco Ravacci, da 33ª Vara Cível, na última sexta-feira e publicada nesta quarta-feira (9) no Diário de Justiça. Ainda cabe recurso à sentença.

As dívidas com Carlos Leite estão ligadas a várias negociações de jogadores realizadas nos últimos anos. Esses débitos foram acumulados ao longo das administrações dos ex-presidentes do clube, Andrés Sanchez e Duílio Monteiro Alves.

Além do valor principal, o Corinthians terá que arcar com aproximadamente R$ 3,4 milhões em honorários advocatícios e juros sobre o montante devido.

Em 2023, o clube tentou renegociar parte das dívidas, mas o acordo não foi cumprido pela nova gestão do presidente Augusto Melo. Diante do descumprimento, Carlos Leite entrou com uma ação judicial no início deste ano. O empresário ainda possui outros dois processos contra o Corinthians, com cobranças que somam mais de R$ 62,5 milhões.

Fonte: Brasil 247

Centro Municipal de Fisioterapia e Ortopedia realiza mais de mil atendimentos em dois meses



O Centro Municipal de Fisioterapia e Ortopedia da Prefeitura de Apucarana realizou mais de mil atendimentos em apenas dois meses de funcionamento. Os pacientes são atendidos exclusivamente pelo SUS numa estrutura totalmente equipada para o tratamento nas duas especialidades de saúde na área central da cidade (Rua Osório Ribas de Paula, 318).

Karla de Oliveira, mãe da paciente Isis de apenas um ano, comemora a evolução do tratamento que a filha obteve no Centro Municipal de Fisioterapia e Ortopedia. “Minha filha chegou aqui há menos de dois meses com atraso no desenvolvimento motor. Com nove meses ela não sentava sem apoio e não engatinhava. Hoje senta sozinha, engatinha e está quase andando, graças ao atendimento maravilhoso que ela recebeu. Encontramos aqui profissionais qualificados, prestativos e que prestam um atendimento humanizado. Esse local foi um grande avanço na saúde de nossa cidade”, avalia Karla, que teve o tratamento as sua filha realizado pela especialista em fisioterapia pediátrica, Daiane Peçanha.

O prefeito Junior da Femac reitera que o Centro Municipal da Fisioterapia e Ortopedia funciona em um espaço amplo e totalmente equipado com uma excelente equipe de profissionais. Estamos fazendo aqui saúde pública de qualidade”, afirma Junior da Femac.

A coordenadora do Centro Municipal de Fisioterapia e Ortopedia, Priscila Bassil, detalha que o local conta com duas salas de esperas amplas e arejadas; cinco banheiros; sala de direção; sala de reuniões; quatro consultórios de ortopedia; sala de avaliação para fisioterapia; duas salas de cinesioterapia para a realização de exercícios com barra paralela, escada-rampa, bicicleta, esteira, tablados para um melhor conforto do paciente, acessórios como bola, halteres, cama elástica, caneleiras, faixa elástica, entre outros.

O Centro Municipal de Fisioterapia e Ortopedia possui também duas salas de eletroterapia com aparelhos de eletroestimulação e ultrassom. Há ainda estúdio completo de Pilates com diversos acessórios e uma sala para atendimento de forma exclusiva para crianças, com fisioterapeutas especializadas em fisioterapia pediátrica motora e fisioterapia pediátrica respiratória.

Terapia ocupacional

Na segunda quinzena de setembro, o Centro Municipal de Fisioterapia e Ortopedia passou a ofertar um novo serviço de saúde para a população de Apucarana: a terapia ocupacional. A demanda principal é formada por crianças com atraso no desenvolvimento motor e por adultos que apresentam comprometimento físico temporário ou permanente.

“O objetivo principal a reabilitação funcional do paciente. O terapeuta ocupacional é fundamental da reabilitação de pacientes que apresentem comprometimento físico temporário ou permanente e que devido a isso deixaram de realizar quaisquer atividades do dia a dia, estimulando autonomia e independência”, explica a terapeuta ocupacional, Karla Cristina Kisner Balan.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Apucarana liberou mais de R$15 milhões em microcrédito a empreendedores


Pequenos, médios, empreendedores individuais (MEI’s) e até trabalhadores autônomos apucaranenses acessaram mais de R$15 milhões em microcrédito através de contratos firmados entre janeiro de 2021 e setembro deste ano. Embora tenha atendido diversos segmentos econômicos, grande parte dos recursos liberados foi disponibilizada a empreendimentos da área do vestuário e da indústria têxtil, setores em que o município é líder no Paraná.

A informação é do prefeito Júnior da Femac, que celebrou o resultado do município nesta quarta-feira (09/10). Ele lembra que através da Prefeitura de Apucarana, os chamados “pequenos” têm as portas abertas para o crescimento. “Mantemos uma política de acolhimento e fortalecimento dos empresários locais, sobretudo os de menor porte. Sabemos da importância que possuem na nossa economia e, por isso, além da facilitação de acesso a microcrédito, também atuamos em ações de capacitação e assessoria, com parceria do Sebrae Apucarana, bem como incentivo de participação em processos de aquisição de produtos e serviços por parte do poder público, as chamadas “Compras Públicas”, que tem forte envolvimento do Comitê Gestor para pequenos e médios negócios”, cita o prefeito Júnior da Femac.

O balanço de liberação de microcrédito a partir de janeiro de 2021 até setembro deste ano inclui contratos liberados pelo Microcrédito Fácil (Sala do Empreendedor), pelo Banco da Mulher Paranaense (atendimento em guichê especial na sede da prefeitura) e em negociações efetivadas diretamente com cooperativas credenciadas junto a Garantinorte, onde a prefeitura tem aportado R$1 milhão. “Ficamos muito satisfeitos com os resultados práticos das ações municipais de incentivo ao setor. Apucarana é polo estadual da área do vestuário e da indústria têxtil. E, ao analisarmos os números, constatamos que dos R$15 milhões de recursos liberados nos últimos quatro anos, uma grande fatia foi absorvida pelo setor de confecções, que é um dos principais segmentos geradores de renda e empregos no município”, reforça o prefeito Júnior da Femac.

O secretário Municipal da Indústria, Comércio e Emprego, Edison Peres Estrope, detalha que os resultados apresentados ao prefeito Júnior da Femac. “Realizamos um levantamentos de janeiro de 2021 e setembro deste ano. Neste período, através de programas coordenados localmente pela Prefeitura de Apucarana, através da Sala do Empreendedor (Microcrédito Fácil), Banco da Mulher Paranaense e Paraná Recupera, todos com aporte da Fomento Paraná do Governo do Estado, foram celebradas 622 operações, totalizando disponibilização de R$ 6.546.166,99 em microcréditos. Deste total, R$ 2.291.154,47 (35%) foram para empreendimentos no setor de confecções”, informa Estrope.

Ele relata que outra modalidade de liberação de crédito ao setor produtivo começou a vigorar em março de 2023. “A Prefeitura de Apucarana, com aprovação do Legislativo, firmou à época termo de cooperação de crédito com a Garantinorte, que se consolidou como uma ação de estímulo ao desenvolvimento e o crescimento econômico de Apucarana”, diz o secretário municipal.

De acordo com ele, com aporte de R$1 milhão por parte do município a título de fundo de reserva para créditos liberados, em um ano e meio foram disponibilizados cerca de R$8,6 milhões para microempreendedores de Apucarana. “Deste total, quase R$3,6 milhões (42%) foram liberados para microempresas do segmento de vestuário”, ilustra Estrope. Ele explica que a Garantinorte é uma organização da sociedade civil de interesse público (Oscip), que atua no Norte do Paraná. “Com o aporte de recursos públicos, ela pode avaliar e liberar cartas de garantia para que pequenos empreendedores pudessem obter empréstimos junto a cooperativas de crédito, como o Sicred, Cresol, Sicoob Aliança, Unicred e Uniprime, e aplicassem no crescimento de suas atividades empresariais”, concluiu o secretário.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

APUCARANA: Outubro Rosa leva ações de saúde, conscientização e de valorização das mulheres



A Prefeitura de Apucarana está desenvolvendo neste mês de outubro uma série de ações dentro da programação local do Outubro Rosa. Até o final do mês, haverá atividades como exames de mamografia, agendamento para coleta de preventivo para o câncer do colo do útero, além de testes rápidos de HIV, sífilis, hepatite B e C, verificação de pressão e glicemia, orientações nutricionais, auriculoterapia, atendimento odontológico, rodas de conversa e palestras de conscientização.

O prefeito Junior da Femac divulgou nesta quarta-feira (09/10) as ações desenvolvidas, após reunião com o secretário municipal de Saúde, Emídio Bachiega e com a secretária da Mulher e Assuntos da Família, Denise Canesin, que esteve acompanhada de Giordana Maronezzi, coordenadora do Estratégia Saúde da Família (ESF).

Junior da Femac afirma que grande parte das ações será realizada nas Unidades Básicas de Saúde que, além do atendimento normal durante o dia, também abrirão à noite e aos finais de semana. “Teremos 18 Unidades Básicas de Saúde que atenderão aos finais de semana e ainda outras 16 que atenderão à noite, em dias que serão divulgados pela nossa equipe. Criamos esses horários alternativos para facilitar o acesso das mulheres, especialmente aos exames preventivos que são de suma importância”, reitera Junior da Femac.

No dia 11 de outubro, as servidoras da Autarquia Municipal de Saúde terão um dia especial no Sesc, quando participarão da palestra “Equilíbrio Emocional: cuidando da saúde mental em um mundo sobrecarregado”. Já na Secretaria da Mulher, entre os dias 9 e 29 de outubro, haverá diariamente uma conscientização das mulheres que participam dos cursos no Centro de Oficinas da Mulher.

A programação também será levada para as escolas e Centros Municipais de Educação Infantil, onde será abordada a temática do Outubro Rosa, o mesmo acontecendo com as participantes da hidroginástica através da Secretaria Municipal de Esportes. “Já no dia 19 de outubro, haverá o Sabadão da Família Outubro Rosa, no Espaço das Feiras, e no dia 31 de outubro um bingo no Espaço da Mulher”, completa a secretária Denise.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Projeto Olhar Amigo já garantiu óculos a 429 estudantes da rede municipal de Apucarana


O projeto Olhar Amigo, desenvolvido em parceria pela Autarquia de Educação e o Rotary Apucarana, está a todo o vapor. Nos últimos quatro anos, 429 estudantes da rede municipal já foram beneficiados com óculos de grau. Somente em 2024, 40 crianças receberam o acessório, essencial para corrigir a visão e facilitar o aprendizado. A entrega mais recente, realizada na tarde de ontem (8/10), contemplou três estudantes das escolas municipais Karel Kober, Professor Idalice Moreira Prates e Professor Alcides Ramos.

Durante a cerimônia de entrega, o prefeito Junior da Femac expressou sua gratidão ao Rotary Apucarana pela colaboração com a Autarquia de Educação. “A visão é fundamental para o aprendizado. Crianças com problemas de visão enfrentam dificuldades para ler e entender o conteúdo escolar. A fadiga ocular e a falta de foco também podem prejudicar a concentração durante longos períodos de estudo. Portanto, projetos como o Olhar Amigo são essenciais e muito bem-vindos em nossas escolas,” destacou.

A secretária de educação, Professora Marli Fernandes, explicou como o projeto é implementado nas escolas municipais. “Os alunos passam inicialmente por uma avaliação de acuidade visual realizada pelos próprios professores em sala de aula. Ao identificar uma possível alteração na visão, o docente comunica a equipe pedagógica da Autarquia Municipal de Educação, que encaminha o estudante para uma consulta oftalmológica. Dependendo do diagnóstico, o Rotary se encarrega de fornecer os óculos gratuitamente,” detalhou.

Em 2024, 6.956 alunos já foram avaliados em relação à acuidade visual. Destes, 87 foram encaminhados para consulta oftalmológica e 40 receberam os óculos.

A cerimônia de entrega contou também com a presença do governador do distrito D4710 do Rotary Internacional, Renato Rezende Egea, e do presidente do Rotary Apucarana, Rogério Luiz Françolin da Silva.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Boulos incorpora propostas de Tabata Amaral no plano de governo após receber apoio

Candidato do Psol conta com o apoio do PSB de Geraldo Alckmin e Tabata Amaral

Guilherme Boulos e Tabata Amaral (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

Mídia Ninja - Guilherme Boulos, candidato à prefeitura de São Paulo pelo PSOL, deu um novo impulso à sua campanha ao incorporar três propostas do programa de Tábata Amaral, que obteve 9,91% dos votos e ficou em quarto lugar nas eleições. O anúncio, feito durante sua primeira agenda de rua após o primeiro turno, visa reforçar sua posição e ampliar a base de apoio em um momento crucial da disputa. Tábata manifestou seu apoio a Boulos logo após a apuração dos votos, destacando a colaboração entre os candidatos em busca de um projeto comum para a cidade.

As propostas que Boulos adotou incluem o programa Jovem Empreendedor, que oferece crédito para novos negócios, e o Rampa, voltado ao suporte de mães de crianças autistas e com deficiência. Outra iniciativa importante é a criação de um Polo Tecnológico na Zona Leste, projetado para ser um centro de inovação na periferia, refletindo uma preocupação com o desenvolvimento social e econômico nas áreas mais carentes da cidade. Essas adições ao seu programa demonstram uma estratégia de unir forças e ampliar o alcance de sua proposta política.

Leia a íntegra na Mídia Ninja.

Na China, Dilma diz que Brasil deve aproveitar oportunidades como Nova Rota da Seda

“O Banco tem uma grande característica ele é feito por e para os países do Sul Global”, disse a presidente do chamado Banco dos BRICS

Dilma Rousseff (Foto: Divulgação)

Mauro Ramos, Brasil de Fato - A presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Dilma Rousseff, recebeu em 29 de setembro, a mais alta honraria concedida pela República Popular da China, a Medalha da Amizade. Dilma, que deixará o banco em julho de 2025, conversou no mesmo dia da homenagem com os jornalistas das mídias brasileiras presentes em Pequim, na Casa de Hóspedes do Estado, Diaoyutai, na região oeste de Pequim.

Na coletiva, a presidenta abordou: a possível entrada do Brasil na Nova Rota da Seda (Iniciativa do Cinturão e Rota); o futuro do banco que preside e as possibilidades de uso crescente de moedas locais em vez do dólar; as políticas industriais no Brasil; e o crescimento e presença da extrema direita no mundo.

A presidenta destacou, em relação à Nova Rota da Seda, as características e vantagens que a iniciativa apresenta, como a possibilidade de instaurar parques industriais e tecnológicos e o fato de que a iniciativa não exige exclusividade. Dilma concluiu: “Eu acho que o Brasil tem que aproveitar todas as oportunidades que se lhe aparecem”.

“O Banco tem uma grande característica ele é feito por e para os países do Sul Global”, disse Dilma sobre o NDB, também conhecido como Banco dos Brics. As prioridades do banco são financiar cada vez mais o setor privado com moedas locais e financiar projetos sustentáveis.

A presidenta destacou um projeto com o qual o banco começou a trabalhar para produção de fertilizantes orgânicos a partir de resíduos orgânicos. Esse projeto faz parte das parcerias entre a Universidade de Agricultura da China e a Universidade de Brasília.

Confira a seguir a entrevista:

Brasil de Fato: O Brasil deve entrar na Iniciativa Cinturão e Rota?

Dilma Rousseff: A Iniciativa Cinturão e Rota é um programa da China, um bom programa de cooperação internacional. Por quê? Primeiro porque ele é o único existente, tem um escopo tão amplo, foi gasto US$ 1 trilhão (R$ 5,5 tri) nos últimos 10 anos. Ele abrange infraestrutura, rodovias, portos, aeroportos, infraestrutura digital, estruturas sociais, tanto de segurança quanto de saúde e educação e até de esgoto e água potável. É uma coisa importante para o Brasil e acho que para os países do Sul Global. A proposta de fazer uma parceria em industrialização, com indústrias, parques industriais e também transferência de tecnologia. Acho que essa é a grande oportunidade na cooperação internacional que o Cinturão e Rota traz. E essa questão dos parques industriais se você for ver ao longo de todo o traçado desse cinturão e rota, principalmente quando se trata dos países do Sul Global, como os do Oriente Médio, Arábia Saudita e Emirados tem parques industriais e tecnológicos, a Indonésia tem parque industrial e tecnológico.

Essa que eu acho que é a proposta fundamental para o Brasil. Eles chamam aqui toda a cooperação internacional deles do Programa Cinturão e Rota. Então, eu acredito que uma parceria em que você aproveite todas as possibilidades é muito importante.

O segundo aspecto: o Cinturão e Rota não exige exclusividade. Você pode fazer parceria com Cinturão e Rota e outras tantas que pretender. Terceira característica que eu julgo importante, tanto o Banco Mundial quanto o Banco Asiático de Desenvolvimento participam em investimentos correlatos, ou paralelos, inclusive tanto o Pnuma quanto o Pnud.

E em quarto: pela primeira vez você vê um país com proeminência internacional propondo desenvolvimento comum. Geralmente se propunha uma divisão de trabalho: “Olha eu me industrializo e você produz commodities”. Hoje produzir commodity é fundamental.Nós não podemos abrir mão de continuar sendo, por exemplo, o maior exportador de produtos alimentares, agrícolas e de proteínas para a China, porque somos o maior exportador do mundo. Mas o que nós não podemos é aceitar uma divisão do trabalho Internacional na qual nós produzimos commodities e eles produzem produtos manufaturados. Essa divisão do trabalho é antiga, ultrapassada e não nos interessa.

Temos de procurar uma parceria que transfira tecnologia. Como é que você alcança os países desenvolvidos? Eu acredito em duas coisas: acredito que um país tem de investir muito na educação e ao mesmo tempo procurar construir uma parceria com os melhores institutos internacionais. Por isso, naquele momento no passado eu fiz o Ciências Sem Fronteiras, porque precisamos de pós-doutor, doutor e uma formação também técnica, para você conseguir desenvolver tecnologia ou ser receptador também de tecnologia.

Você tem de conseguir transferência de outros países. Se eu não me engano, só a Inglaterra quando fez a Revolução Industrial não copiou de ninguém. Os Estados Unidos e Alemanha copiaram da Inglaterra, o Japão copiou dos Estados Unidos. A Coreia, do Japão e dos Estados Unidos. A China, dos Tigres Asiáticos e do Ocidente. Cada um vai copiando. O processo de transferência de tecnologia e de você conseguir chegar na Quarta Revolução Industrial é crucial para o Brasil.

O Brasil não pode ser consumidor só de plataformas como e-commerce ou uber, mas sermos capazes de usar todos os fatores da Quarta Revolução Industrial. Quando dizem que o carro elétrico chinês é mais barato, é porque tem mais robô no chão de fábrica, a produtividade do trabalho é maior. Você coloca uma porção de robô em todas as atividades e vai obter um um carro melhor, mais barato e vai introduzir tecnologia que você não vê em outros carros.

Isso eu quero para o Brasil. Acredito que o Brasil fará uma parceria com a China, uma parceria estratégica de alta qualidade. Como é que ela vai se chamar? Cada país vai ter o seu programa. Nós vamos ter o PAC e os outros programas de reindustrialização e de desenvolvimento científico e tecnológico, educacional, científico e tecnológico. Eles têm um processo de cooperação. Eu acho que o Brasil tem que aproveitar todas as oportunidades que se lhe aparecem.

Qual o estágio atual do Banco do Brics? - O banco é dos países emergentes grandes do Sul Global, feito por e para esses países. Tem por objetivo fundamental o desenvolvimento de infraestrutura em todas as áreas, com foco muito grande na sustentabilidade, ou seja no combate aos efeitos da mudança do clima, e das ações efetivas para ajudar na redução da temperatura aos parâmetros definidos pela ONU e por todos os países que participaram do Acordo de Paris que é 1,5% de aumento da temperatura comparado com os padrões pré- industriais. Temos esse compromisso.

Investimos em energia renovável, eólica, solar, hidrelétricas, redes de transmissão... investimos por exemplo numa coisa que eu acho muito importante: a questão do lixo. Não sei se vocês lembram que no Brasil nós temos uma legislação que diz que não pode nem enterrar, nem queimar. Muitas vezes se pensou em fazer energia a partir do lixo, a partir da biomassa, o problema é que ela é cara.

Aqui eles tem um projeto que eu acho muito importante, o banco tá trabalhando no projeto do biodigestor de alta capacidade. Ele transforma lixo orgânico através da biodigestão em fertilizante orgânico. Ajudamos também os países que são participantes do NDB na industrialização e busca de melhor tecnologia.

A previsão é que eu saia no início de julho, pretendo voltar para o Brasil. No Brasil pretendo ajudar no que eu puder, em tudo que eu aprendi, com os contatos que fiz aqui. Acho que o Brasil tem muito que aprender com todos os países do mundo. A gente tem que estar aberto para cooperação. Cooperar sempre vai ser uma coisa comunitária.

De todos os países que me relacionei nessa questão da discussão de transferência de tecnologia, acho que a China tem uma capacidade de cooperação maior. Acredito muito na proposta do presidente Xi Jinping de construir uma comunidade de futuro compartilhado.

Tenho isso em comum com o presidente Xi Jinping, éramos presidentes quando o banco foi feito. Estamos construindo esse banco,ele tem de se expandir; entrou a Argélia… Esse é um processo lento. O banco, eu te digo seguinte, ele saiu da infância e tá chegando na adolescência.

Nós não exigimos nenhum critério pra emprestar, não falamos: “Olha, você tem que privatizar seu servidor para você ter acesso a um financiamento a 1 bilhão de dólares”. Isso não existe, a chamada condicionalidade. Tenho a expectativa de que o banco continue crescendo, estamos andando, um passo de cada vez. Ninguém vai querer achar que esse banco de repente vire um imenso banco como outros multilaterais que têm já décadas.

Começamos com cinco: Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul, agora nós temos Emirados, Bangladesh e Egito e Argélia, dá nove. Muitos outros países já pleitearam a entrada, é um processo lento, cauteloso, porque a gente tem de providenciar as condições para que esses países estejam presentes.

Três coisas caracterizarão o banco nos próximos anos: será cada vez mais preocupado com infraestrutura, desenvolvimento sustentável, meio ambiente, industrialização e transferência de tecnologias. Esse é o primeiro, o segundo é um banco que se expande pros países do sul Global, com critério, calma, tranquilidade, mas se expande. E terceiro, um banco que vai procurar cada vez mais financiar o setor privado com moeda do local para garantir que nós cumpramos… porque nós temos um planejamento de 2022 a 2026, em que temos que ter 30% do nosso investimento para o setor privado e outros 30% em moeda local.

Quais os principais aprendizados que a China te proporcionou? - Vou te falar algumas coisas que eu acho bem interessantes. Admiro algumas características da governança. A China parte do pressuposto que nós somos humanos e vamos errar. Então nenhum projeto é feito sem essa premissa e há muitos pilotos. Eles fazem pilotos e testam, na suposição que a probabilidade é que vamos erra por ser uma característica intrínseca nossa.

No Brasil muitas vezes, inclusive vocês da imprensa, partem do princípio que tudo vai ser certo, mas não existe essa hipótese. Mas quando você parte do princípio de que a probabilidade é uma hora ter erro, pode tentar e aprender tentando.

A segunda: descobri que a reforma e abertura não acaba nunca, não tem um dia final para reforma e abertura. Eles estão sempre reformando e abrindo, do ponto de vista econômico, para competição. A China tem um fortíssimo setor privado e um setor público menor que o setor privado, mas em ambos tem competição. Raramente você tem uma empresa monopolista, mas é importante a percepção de que para construir um país, você tem sempre que se adaptar à realidade, e ela tá em mutação.

Você não trabalha no curtíssimo prazo aqui. Não se pensa no voo de galinha como o padrão de crescimento, mas no da constante modificação, e de constante alteração do processo. Eu achava estranha essa história: tem a reforma e abertura lá do Deng Xiaoping, e depois tem a outra que vem com o Zhu Rongji, toda a reforma dos bancos e das empresas estatais, a redução das empresas estaduais, e agora tem um novo processo e todas elas mesmas meio que se expandem ao longo do tempo. Isso faz parte dessa visão de longo prazo.

Quais as diferenças e semelhanças da industrialização no Brasil e na China? - A ausência de práticas competitivas no setor privado brasileiro levou um estudioso americano a dizer que tinha que aplicar o capitalismo no Brasil. Porque o capitalismo brasileiro partia do pressuposto que você tem que proteger as empresas contra todos os processos competitivos.

Na China já tiveram campeões nacionais, não se pode fingir que não se precisa de campeões nacionais. Quando começaram a reforma e abertura na época desse primeiro-ministro [Zhu Rongji] ele dzia: preserve as grandes e privatize as pequenas. Foi assim o processo de privatização das empresas estatais. Eles reduziram as empresas estatais e preservaram preserve as grandes porque era a capacidade de a China entrar no mercado internacional.

Campeões nacionais têm essa capacidade de construir grandes empresas e entrar no mercado internacional. Você tem de construir a sua condição de concorrência. Você não chega para competir sem modificar as condições econômicas…

Aquela versão ultrapassada que tem uma contradição entre Estado e empresa privada, Estado e mercado, ela é completamente ultrapassada. O Estado em qualquer país do mundo tem grande capacidade de favorecer as suas empresas e garantir que seu mercado seja mais competitivo, que você tenha políticas industriais.

Hoje, eu acho estranhíssimo, eu acho estranhíssimo… por exemplo, a Folha e O Globo passaram a vida falando que política industrial era um crime, que quem fizesse política industrial tava de fato cometendo um equívoco monumental. Então, vocês me explicam o que fazem hoje os Estados Unidos?

O mundo está mudando a forma de fazer as coisas, principalmente porque a Quarta Revolução Industrial vai exigir muitos recursos, e eu acho que o Brasil tem todas as condições de transformar o nosso país no que ele pode ser. Porque nós temos tudo, gente. Que país que tem petróleo, terras altamente produtivas, capacidade de produção de proteína, os recursos minerais, a indústria que nós temos? Alguma parte dela nós perdemos, mas existe isso.

Somos um país que produzia jatos até o outro dia, né, vamos voltar a produzir jatos. Não existe essa hipótese dessa divisão… O que fica claro nessa etapa histórica que nós estamos vivendo é que em nenhum país do mundo desenvolvido aceita a divisão do trabalho em que eu não produzo nenhum produto industrial, máquina e equipamento, eu só importo, vocês produzam, nenhum aceita isso, e por que que nós temos de aceitar?

Qual sua opinião sobre a desdolarização que vem sendo cogitada nas relações comerciais internacionais?

Primeiro acho que não é a desdolarização, a questão é o uso de diferentes moedas. Ampliar sua cesta de moedas, como ampliou com o euro em determinado momento. E se você ver hoje, o que é que tá acontecendo? A multiplicação de plataformas em moedas locais. Consiste no seguinte: os banco centrais emitem uma moeda, Central Bank Digital Currency, Moedas Digitais dos Bancos Centrais, e começam a fazer trocas entre si eliminando os métodos mais anteriores de pagamento.

No caso dos Brics, do NDB,está previsto que iremos utilizar moedas locais porque o banco tem o compromisso de financiar o setor privado. O setor privado sofre as consequências do encarecimento dos financiamentos internacionais, derivados de não controlar nem a taxa de juros nem a taxa de câmbio.

Quando, por exemplo, o FED, o Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos resolve mudar a política aumentando a taxa de juros, quem emprestou em dólar tem uma variação na sua dívida. A gente quer que os financiamentos que façamos sejam em moeda local para que o fluxo de receita e o de pagamento casem. Do jeito que tá não casa.

Emprestamos fundos na África do Sul com rand, e fazemos aqui na China com o pandabonds. Vamos querer fazer no Brasil e vamos querer fazer na Índia. O Brasil tem sempre o problema de uma taxa de juros extremamente alta pros padrões internacionais, mas você sempre consegue encontrar formas criativas.

Moedas locais cada vez mais vão se tornar um instrumento de financiamento. Em Joanesburgo definiram que o Brics ia fazer todo um processo de investigação, de análise e ia construir um projeto de moeda. Não está claro se é uma moeda do Brics ou várias moedas de cada país. O que é fundamental é ter um sistema de pagamentos.

Em alguns países você não consegue investir, você só tem empréstimo soberano ou seja só se o Estado assina embaixo, senão não investe. Sem financiamento, ninguém vai fazer investimento pesado em infraestrutura. Naquela época era 30 anos pra hidrelétrica, para grande ferrovias, mais longas, 20 [anos] mais ou menos dependendo da térmicas ou a gás, 15 a 25 para eólica ou solar, entre 15 e 20 para rodovia, portos, aeroportos. Até 10 anos em alguns casos de rodovias menores. Isso requer necessariamente que você tenha financiamento de longo prazo.

E tem um outro problema seríssimo ocorrendo no mundo.Tem um cálculo do Banco Mundial que países africanos pagam taxas de juros de suas dívidas quatro vezes maiores do que a dos Estados Unidos e seis vezes maior que a da Alemanha. Há também uma discrepância entre taxas de juros e entre acesso à liquidez.

Como você está vendo o avanço do anticomunismo e o crescimento da extrema direita? - O Brasil tem que ter cuidado. Todo o esquema anti-comunista clássico dos anos 50, acabou. Ninguém pode viver baseado na visão da Guerra Fria. O Brasil tinha um comunismo precário, se considerou que o nosso presidente João Goulart era um comunista empedernido e foi retirado do poder.

Eu respeito o Partido Comunista da China, mas não acho que por conta disso o Brasil tem que ser comunista. A China fala o seguinte: tem um caminho especificamente chinês. O Brasil tem de ter um caminho propriamente brasileiro. Agora, esse caminho brasileiro não é o caminho do anticomunismo.

Não é o caminho da visão da Guerra Fria, isso não pode mais na América Latina, não pode mais o que aconteceu no Chile, na Argentina, Brasil e Uruguai. Eu respeito o que eles construíram aqui nos últimos 75 anos, um país do qual eles devem se orgulhar.

Acho que os meios de comunicação não devem incentivar isto. O Brasil hoje tá numa situação muito parecida com o que está ocorrendo também nos Estados Unidos. O crescimento da extrema direita no mundo decorre também de um certo tipo de visão… “se você ganhar, eu perco”. Essa essa visão que é chamada soma zero é muito ruim. Essa é a visão também da velha Guerra Fria, de que tem um comunista escondido atrás de todo arbusto. Aqui não tem um comunista escondido atrás de todo arbusto, tem um país que mistura pensamento marxista e toda a civilização de 5 mil anos.

Porque é que é que dão tanta importância à educação? É a mesma coisa que aconteceu no Japão. O Japão importou muita coisa da China, e lá no Japão também o Confúcio é a base de você ter essa valorização imensa da educação. A China é isso.

Não dá para aplicar nenhum modelo ao Brasil se não entendermos que temos a nossa parte ruim também: nós tivemos escravidão. Eu sempre digo o seguinte, eu sou de 1947, você considera que o senhor imperador Pedro Segundo era anti-escravista e a República Nova um pouco saudosa da escravidão. Então, a República Velha é uma república que não deu garantias fundamentais, quando libertou os escravos.

Considero que 1930 foi um marco. O fim da escravidão se completa com 1930, quando os direitos dos trabalhadores são reconhecidos. Eu nasci 17 anos depois. Eu sei tudo que tem ainda de preconceito contra a escravidão que tem no nosso país, quanto por exemplo aquilo que muitas vezes o presidente Lula falou: o pessoal não podia viajar de avião, porque quem viajava de avião era a classe média.

Nós temos de trabalhar a nossa vida e do nosso jeito. E essa história… todo mundo que prega essa mentalidade da Guerra Fria ou anticomunismo antigo, tem outros interesses, querido. Não acredito que você andando numa rua de Xangai você acha que comunista come criancinha, não acredito.

Fonte: Brasil 247 com Brasil de Fato

Cerca de 7 mil brasileiros manifestaram interesse em deixar o Líbano, diz Mauro Vieira

A embaixada brasileira, no entanto, estima que apenas cerca de três mil pessoas sejam efetivamente repatriadas

Voo da FAB para repatriação de brasileiros chega ao Líbano (Foto: Divulgação/FAB)

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, informou nesta quarta-feira (9) que cerca de sete mil brasileiros residentes no Líbano manifestaram interesse em serem repatriados, após os alertas do governo federal sobre a possível escalada do conflito entre Israel e Hezbollah na região.

A embaixada brasileira, no entanto, estima que apenas cerca de três mil pessoas sejam efetivamente repatriadas, pois o processo depende de diversos fatores, conforme destacou Vieira.

“Há alguns meses, começamos um trabalho de alertar a população sobre os problemas e dificuldades que poderiam advir da expansão do conflito na Palestina para os países da região, e cerca de sete mil pessoas disseram que eventualmente teriam o interesse em sair”, disse em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, da EBC. “Mas esse número não é absoluto e não quer dizer que sairão todos. São as mais diversas situações, como familiares que não podem sair e a evolução dos acontecimentos”.

De acordo com Vieira, a operação de repatriação de brasileiros no Líbano será maior do que a realizada para resgatar cidadãos na Faixa de Gaza em 2023. Até o momento, 456 pessoas e seis animais de estimação já foram repatriados, por meio de dois voos da Força Aérea Brasileira (FAB).

“É uma operação de grande vulto. Será maior do que foi a operação na Palestina, na Faixa de Gaza, em Israel, quando foram resgatadas 1.560 pessoas aproximadamente. Agora, as projeções e expectativas são maiores. Em torno de três mil pessoas”, reforçou o ministro.

Fonte: Brasil 247

Banco Mundial eleva projeção de crescimento do PIB brasileiro para 2,8% nem 2024

Relatório indica que o país "está no caminho" para alcançar a meta de inflação, o que reforça a perspectiva positiva de controle dos preços internos

(Foto: Reuters)

O Banco Mundial (Bird) prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil terá um crescimento de 2,8% em 2024 e 2,2% em 2025, conforme o relatório de Perspectivas Econômicas Globais divulgado nesta quarta-feira. Segundo o jornal O Globo, a estimativa mais recente indica uma leve revisão em relação às previsões de junho, quando a instituição projetava um crescimento de 2% para 2024 e 2,2% para 2025. Para 2026, a expectativa é de um avanço de 2,3%.

Esses números acompanham de perto a média esperada para a América Latina e o Caribe (ALC), que deve crescer 1,9% em 2024 e 2,6% em 2025, segundo o Bird. No entanto, a instituição ressalta que a região apresenta as menores taxas de crescimento entre todas as regiões globais, o que reflete gargalos estruturais que persistem e dificultam um avanço mais robusto.

Outro ponto de destaque do relatório é a expectativa de que a decisão do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, de reduzir as taxas de juros, traga um alívio inflacionário para a região. Em relação ao Brasil, o Banco Mundial indicou que o país “está no caminho” para alcançar sua meta de inflação em 2024, o que reforça a perspectiva positiva de controle dos preços internos.

Contudo, em entrevista coletiva, William Maloney, economista-chefe do Banco Mundial para a América Latina e Caribe, chamou atenção para os riscos associados aos gastos previdenciários no Brasil. Segundo ele, “o problema no Brasil é com os gastos de aposentadoria. À medida que a população envelhece cada vez mais, isso vai causar um estresse nos gastos na região, e temos que tomar cuidado com isso”.

Ainda segundo a reportagem, Maloney também destacou a elevação da dívida pública brasileira no último ano e sugeriu que a tendência deveria ser inversa para garantir a sustentabilidade econômica do país.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo