quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Ex-diretora de Inteligência do governo Bolsonaro é intimada a depor sobre bloqueios ilegais nas eleições de 2022

Marília Alencar admitiu ter produzido mapa com informações para dificultar acesso de eleitores de Lula às urnas a pedido de Anderson Torres
(Foto: Reprodução/ Polícia Militar do Paraná / Antonio Cruz/Agência Brasil)

Marília Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça durante a gestão de Anderson Torres, foi intimada a prestar depoimento no inquérito que investiga os bloqueios ilegais em rodovias durante as eleições de 2022. Segundo a Polícia Federal (PF), os bloqueios teriam como objetivo dificultar o acesso de eleitores do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) às zonas eleitorais.

O depoimento de Marília está marcado para a tarde desta quarta-feira (9) e será realizado por videoconferência, destaca a jornalista Camila Bomfim em sua coluna no g1. A PF apurou que ela possuía um mapeamento detalhado das cidades com maior potencial de votos para o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em aparelhos celulares apreendidos de policiais rodoviários federais, os investigadores encontraram um levantamento que indicava as localidades onde o ex-presidente obteve mais de 75% dos votos no primeiro turno.

Ainda de acordo com a reportagem, o mesmo mapa foi localizado no celular entregue à Justiça por Marília, e peritos da PF conseguiram recuperar o arquivo. Em depoimento dado em abril, a ex-diretora confirmou ter elaborado a planilha a pedido de Anderson Torres, que ocupava o cargo de ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro (PL).

Além disso, Marília Alencar também foi questionada sobre o assunto na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do Distrito Federal, que investigava os atos de terrorismo ocorridos em 8 de janeiro de 2023.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna da jornalista Camila Bomfim, no G1

Empresário investigado na CPI da Pandemia é principal doador da campanha de bolsonarista em Curitiba

Otávio Fakhoury foi citado e teve seu indiciamento recomendado pela CPI da Pandemia por suspeita de financiar a disseminação de notícias falsas

Cristina Graeml (Foto: Reprodução / Instagram)

O empresário Otávio Fakhoury é o principal doador da campanha de Cristina Graeml (PMB), bolsonarista que surpreendeu ao chegar no segundo turno na disputa pelo segundo turno em Curitiba, informa O Globo. Fakhoury foi citado e teve seu indiciamento recomendado pela CPI da Pandemia por suspeita de financiar a disseminação de notícias falsas durante a crise sanitária. Ele doou R$50 mil para a campanha da candidata.

Sobre o apoio de Fakhoury, Graeml declarou ao Globo que ele já havia contribuído para outras campanhas de direita em todo o país e que a aliança foi essencial diante da resistência do empresariado local em apoiá-la. “Ele é um apoiador da minha campanha. Eu já tinha conversas com ele desde o início da pré-campanha. O empresariado local aqui em Curitiba estava muito atrelado ao atual grupo político que comanda a prefeitura e o estado do Paraná”, explicou.

O empresário, por sua vez, justificou seu apoio a Graeml como resultado de uma afinidade ideológica e de princípios. “Cristina representa todos os valores e princípios que defendo”, disse em nota. Ele também afirmou que nunca foi alvo de ação penal e repudia qualquer tentativa de associá-lo a práticas ilícitas.

O desempenho de Cristina no primeiro turno surpreendeu os adversários. Sem tempo de televisão e rádio, sua campanha foi totalmente focada nas redes sociais, o que a fez ganhar o apelido de “Marçal de saias”, em referência às semelhanças entre a sua campanha e a de Pablo Marçal (PRTB) em São Paulo. Ela se autointitula como a “ùnica candidata conservadora” e “antissistema” em Curitiba. Em vídeos publicados nas suas redes sociais, ela recebe o apoio de Bolsonaro e Marçal.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Imprensa internacional destaca "derrota de Elon Musk" em retorno do X ao Brasil

The New York Times, Le Monde e BBC repercutiram a resolução do impasse entre o bilionário de extrema direita e o STF

Elon Musk (Foto: Leon Neal/Pool via Reuters)

A reativação do X no Brasil, após um bloqueio de 39 dias imposto pelo Supremo Tribunal Federal (STF), repercutiu amplamente na imprensa internacional, de acordo com o Jornal O Globo. Veículos destacaram o desfecho como uma derrota pessoal para Musk, que enfrentou uma longa queda de braço com o Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro antes de sua plataforma ser liberada novamente.

O jornal americano The New York Times descreveu o caso como "uma derrota para Musk", ressaltando que a empresa "perdeu um mês de negócios em um de seus maiores mercados, permitindo que concorrentes ganhassem terreno, apenas para acabar exatamente onde começou". O bilionário precisou obedecer às exigências do STF, que incluíram o pagamento de uma multa de R$ 28,6 milhões (US$ 5,1 milhões) e a nomeação de um representante local da empresa.

Já a rede britânica BBC deu ênfase às críticas que Musk fez ao ministro Alexandre de Moraes, do STF. O jornal lembrou que Musk chegou a comparar o ministro ao vilão Voldemort, de Harry Potter, chamando-o de "falso juiz" e denunciando a "tirania maligna" que, segundo ele, Moraes exercia.

A cobertura francesa, por sua vez, focou na raiz do embate. O jornal Le Monde destacou que o impasse começou após uma série de desinformações relacionadas às eleições brasileiras de 2022, o que motivou o STF a intervir. Segundo o periódico, “Moraes está envolvido em um impasse com Musk, o homem mais rico do mundo, há meses por causa de uma enxurrada de desinformação online relacionada à campanha eleitoral de 2022 no Brasil”.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Decola do Líbano o terceiro voo de repatriação de brasileiros com 218 passageiros e cinco pets

Aeronave do governo faz parada técnica em Lisboa antes de chegar ao Brasil na quinta-feira (10)
Insumos médicos doados para o Líbano enviados do Brasil são descarregados em Beirute no mesmo avião que traz os brasileiros (Foto: FAB / Divulgação)

Decolou de Beirute nesta quarta-feira (9), o terceiro voo de resgate da Operação Raízes do Cedro trazendo 218 brasileiros e seus familiares para o Brasil. A bordo da aeronave KC-30 da Força Aérea Brasileira, estavam também 11 crianças de colo e cinco animais domésticos. O voo fará uma parada técnica em Lisboa, Portugal, antes de pousar na Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos, na manhã de quinta-feira, 10 de outubro. O governo brasileiro coordena a operação por meio do Ministério das Relações Exteriores, em conjunto com a Embaixada do Brasil no Líbano.

Além do resgate dos brasileiros, o KC-30 transportou mais de sete toneladas de insumos médicos e humanitários para o Líbano, com o apoio da Agência Brasileira de Cooperação e outros ministérios. Essa operação faz parte do esforço contínuo do Brasil para apoiar a população afetada pela crise no Oriente Médio. Segundo o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, a expectativa é de que a operação se expanda, visto que cerca de 3 mil brasileiros manifestaram interesse em retornar ao país.

A chegada dos repatriados ao Brasil conta com uma força-tarefa para garantir o acolhimento e a assistência imediata. Equipes do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, da Força Nacional do SUS e do Ministério da Justiça trabalham para identificar e atender as necessidades dos brasileiros. O governo federal flexibilizou também as regras para a entrada de animais domésticos, facilitando a vinda dos pets junto às famílias.

Fonte: Brasil 247

Gonet rebate Marçal após fala sobre mandado de prisão contra Bolsonaro: 'absoluto delírio'

Ex-coach de extrema direita afirmou em palestra recentemente que "vai acontecer o pior depois das eleições com o capitão”
Paulo Gonet (à esq.) e Jair Bolsonaro (Foto: Agência Brasil I Divulgação )


O procurador-geral da República, Paulo Gonet, classificou como “puro e absoluto delírio” as declarações de Pablo Marçal sobre a existência de um suposto mandado de prisão contra Jair Bolsonaro (PL), informa o jornalista Teo Cury, da CNN Brasil. Marçal afirmou em uma palestra nesta terça-feira (8) que Gonet teria um mandado pronto contra Bolsonaro e que "vai acontecer o pior depois das eleições com o capitão”.

No entanto, a emissão de um mandado de prisão é de competência de um juiz, não do Ministério Público. No caso de Bolsonaro, qualquer decisão dessa natureza caberia ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que conduz as investigações envolvendo o ex-presidente.

Uma ordem de prisão antes do fim das investigações só seria justificável em situações extremas, como risco de obstrução ou fuga. "A decisão sobre denúncia ou arquivamento depende de inquéritos em curso e não deve acontecer neste mês", afirmou Gonet.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Força de trabalho e população ocupada alcançam maiores níveis no Brasil desde 2012

Boletim do Ipea aponta queda na taxa de desocupação e crescimento real de 5,8% na renda média dos trabalhadores
Lula e o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, no Palácio do Planalto (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou, nesta quarta-feira (9), a 78ª edição do Boletim de Mercado de Trabalho: Conjuntura e Análise (BMT), apresentando dados atualizados até o segundo trimestre de 2024. De acordo com o estudo, o Brasil registrou um crescimento significativo na força de trabalho, que atingiu 109,4 milhões de pessoas, e na população ocupada, que chegou a 101,8 milhões, representando os maiores números desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012.

Segundo o relatório, houve um aumento de 1,7% na força de trabalho e de 3% na quantidade de pessoas ocupadas quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Além disso, o emprego formal também mostrou evolução, com uma alta de 4% em relação ao segundo trimestre de 2023, conforme apontam os dados da PNAD Contínua. O Novo Caged, por sua vez, registrou a criação de 1,7 milhão de novas vagas com carteira assinada, o que representa um aumento de 3,8%, consolidando a tendência de crescimento no emprego formal.

Desocupação em queda - A taxa de desocupação caiu para 6,9%, o menor índice desde o quarto trimestre de 2014. A redução foi significativa em várias categorias, indicando uma diminuição nas desigualdades entre os grupos, exceto no recorte por gênero. A taxa de desemprego de longo prazo recuou em 1,5 ponto percentual, enquanto o número de desalentados também apresentou ligeira queda de 0,4 ponto percentual.

Setores econômicos e renda média - Entre os setores que mais cresceram no período, destacam-se os de transporte e informática, ambos com um aumento de 7,5%, seguidos pelos serviços pessoais, que registraram alta de 5,7%. No entanto, a agropecuária apresentou uma queda de 3,8%, marcando sua nona redução consecutiva na população ocupada. Os serviços domésticos (-3,3%) e o setor de utilidade pública (-0,1%) também registraram retrações.

A renda média dos trabalhadores teve um crescimento real de 5,8% no segundo trimestre de 2024, em comparação com o mesmo período do ano anterior, atingindo R$ 3.214. A massa salarial real também registrou um aumento expressivo de 9,2%, totalizando R$ 322,6 bilhões — um acréscimo de R$ 27 bilhões em relação ao mesmo período de 2023.

Desafios para o mercado de trabalho - Apesar dos resultados positivos, o Ipea aponta desafios persistentes no mercado de trabalho. A estabilidade nas taxas de subocupação e de participação da força de trabalho nos últimos trimestres é motivo de preocupação, com 66,7 milhões de pessoas ainda fora da força de trabalho. Desse total, 3,2 milhões estão desalentadas, ou seja, desistiram de procurar emprego, o que, para os pesquisadores, é um grupo prioritário para reintegração.

Outro desafio é a inclusão produtiva no setor agropecuário, que vem perdendo força de trabalho continuamente. A informalidade ainda é um problema crítico, afetando trabalhadores que ficam desprotegidos sem direitos sociais e trabalhistas. Desigualdades regionais e por características como gênero, raça, idade e nível de escolaridade também persistem, refletindo na renda média e nas oportunidades de emprego.

Análises adicionais do boletim - O boletim traz ainda seções técnicas como "Notas Técnicas", "Política em Foco" e "Economia Solidária e Políticas Públicas". Um dos destaques é a análise sobre os "empregos verdes" no Brasil, que representam 17% das ocupações, mantendo-se estáveis entre 2012 e 2022. Outra questão abordada é a inserção de refugiados no mercado de trabalho, que, apesar das facilidades na obtenção de permissões, enfrentam dificuldades para se qualificar no mercado formal.

A seção especial sobre o G20 aborda temas discutidos durante a presidência do Brasil no fórum, como equidade de gênero e raça, o impacto da inteligência artificial no mercado de trabalho e a linguagem utilizada em anúncios de emprego, que pode influenciar as decisões das mulheres sobre participação e progressão na carreira.

Fonte: Brasil 247

Terceiro voo para repatriação de brasileiros chega ao Líbano

Os primeiros dois voos da FAB trouxeram 455 brasileiros e parentes próximos

(Foto: Ricardo Stuckert)

O terceiro voo para a repatriação de brasileiros que ainda estão no Líbano aterrissou em Beirute na manhã desta quarta-feira (9), informa a GloboNews. O avião saiu de São Paulo na manhã de terça e fez uma parada técnica em Lisboa antes de seguir ao Oriente Médio, que vive tensões após a escalada no conflito entre Israel e Hezbollah..

Os brasileiros que ainda estão no país começaram a receber a convocação para o novo voo na tarde de terça. Os primeiros dois voos da Força Aérea Brasileira (FAB) trouxeram 455 brasileiros e parentes próximos de volta (228 no primeiro, 227 no segundo), incluindo dezenas de crianças.

O Brasil usa a aeronave KC-30, a maior disponível para esse tipo de operação, para os voos. Quando um dos voos chega ao Brasil, bastam algumas horas para reabastecimento, inspeções de segurança e a troca da tripulação para que o avião possa partir novamente.

Fonte: Brasil 247

Lula faz radiografia no quadril para acompanhamento de cirurgia realizada há um ano

Exame de rotina foi feito no posto médico do Planalto; presidente colocou uma prótese para tratar uma artrose avançada no quadril no ano passado

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: RICARDO STUCKERT/PR)

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou uma radiografia no quadril, na manhã desta quarta-feira (9),como parte do acompanhamento de rotina da cirurgia realizada no ano passado para colocar uma prótese no quadril. Segundo a Folha de S. Paulo, o exame ocorreu no posto médico do Palácio do Planalto, logo após a chegada de Lula ao trabalho, por volta das 9h.

De acordo com o governo, o presidente está bem e o procedimento foi realizado para monitorar a recuperação após a cirurgia feita no quadril em setembro do ano passado. "Radiografia do quadril um ano após a cirurgia", resumiu a assessoria de imprensa.

Lula foi submetido ao procedimento cirúrgico em setembro de 2023, na unidade de Brasília do Hospital Sírio-Libanês, para a colocação de uma prótese no quadril com o objetivo de tratar os sintomas de uma artrose avançada. A artrose é uma doença que leva à perda da cartilagem, estrutura que recobre as articulações e reduz o atrito entre os ossos.

Lula, que já vinha reclamando de dores intensas desde o período eleitoral, no segundo semestre de 2022, chegou a mencionar o impacto que a condição teve em suas atividades de campanha. "A verdade é que estou com essa dor desde agosto do ano passado. Durante o processo da campanha, naquela cena que vocês me viam pulando no carro de som, vocês não sabem a dor que eu sentia. Mas eu pulava porque era preciso animar as pessoas", relatou o presidente em um evento no ano passado.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Em troca de R$ 2,7 bi, Lava Jato ajudou Estados Unidos a obter R$ 20 bi da Petrobras

Embora a Lava Jato tenha tratado os R$ 2,7 bilhões como um valor recuperado, trata-se de uma espécie de recompensa pela ajuda às autoridades dos EUA

(Foto: Divulgação)

Tiago Angelo, Conjur - Os R$ 2,7 bilhões recebidos pelo Ministério Público Federal de Curitiba das multas aplicadas à Petrobras nos Estados Unidos foram uma recompensa dada à “Lava Jato” por ter ajudado autoridades americanas a conseguir R$ 20,1 bilhões da estatal brasileira, e não “recuperação de dinheiro público”, como venderam os procuradores do Paraná.

Essa é a conclusão da tese de doutorado “A Hegemonia Estadunidense e o Combate à Corrupção no Brasil: O caso da Operação Lava Jato”, de autoria de Arthur Pinheiro de Azevedo Banzatto, professor de Relações Internacionais da Universidade Federal de Grande Dourados, em Mato Grosso do Sul.

A primeira sanção contra a Petrobras ocorreu em janeiro de 2018, quando a empresa fechou um acordo de US$ 2,95 bilhões (R$ 9,6 bilhões, na cotação da época) para encerrar uma disputa judicial com acionistas privados americanos que ingressaram com uma ação coletiva nos Estados Unidos. Eles alegaram prejuízos por causa de esquemas de corrupção ocorridos no Brasil. Todo o valor foi destinado aos acionistas.

O segundo acordo, de US$ 853,2 milhões (R$ 3,4 bilhões), foi fechado em setembro de 2018 com o Departamento de Justiça por suposta violação ao Foreign Corrupt Practices Act (FCPA, na sigla em inglês), norma que permite que autoridades dos EUA investiguem e punam fatos ocorridos em outros países.

O único valor da Petrobras que voltou ao Brasil foi parte dessa multa: 80% do valor, ou US$ 682 mil (R$ 2,7 bilhões), foram destinados ao MPF brasileiro. Os 20% restantes foram divididos entre o Tesouro dos Estados Unidos e a Comissão de Valores Mobiliários americana (SEC, na sigla em inglês).

Também em setembro de 2018, a Petrobras foi multada em US$ 1,78 bilhão (R$ 7,1 bilhões) em um processo administrativo da SEC. Todo o valor foi destinado à própria Comissão de Valores Mobiliários.

Os dados estão na tese de doutorado de Banzatto, publicada em outubro de 2023 e produzida com o apoio do Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais da Universidade Federal de Santa Catarina. Todos os valores referentes às multas têm como base a cotação do dólar na época em que as sanções foram aplicadas.

Recompensa - Em entrevista à revista eletrônica Consultor Jurídico, o pesquisador afirma que, embora a Lava Jato tenha tratado os R$ 2,7 bilhões como um valor recuperado, trata-se, na verdade, de uma espécie de recompensa pela ajuda dada pelos procuradores às autoridades americanas.

A atuação do MPF parece contraintuitiva: se por um lado os Estados Unidos viram uma oportunidade de punir a Petrobras e garantir seus interesses ao atuar em favor de empresas americanas, por outro os procuradores de Curitiba prejudicaram a estatal fora do Brasil deliberadamente para tentar colher uma parcela do dinheiro e criar a famigerada “fundação” da Lava Jato.

A entidade privada, que seria gerida pelos procuradores, só não foi adiante por ter sido barrada pelo Supremo Tribunal Federal. Foi só a partir da decisão do STF que os R$ 2,7 bilhões foram, de fato, para a União.

“O MPF adotou um discurso em que afirmou que esse é um dinheiro ‘recuperado’. Quando, na verdade, não é. É uma multa que foi aplicada com a ajuda do MPF e ele recebeu um valor por ter ajudado. E esse era o dinheiro que iria para a fundação Lava Jato”, afirma Banzatto.

Segundo ele explica, a parceria da Lava Jato com as autoridades dos EUA se deu toda de forma irregular, fora dos canais oficiais. Colaborações regulares devem ser feitas por meio do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), órgão vinculado ao Ministério da Justiça.

A atuação ilegal do MPF se deu com o compartilhamento de provas com autoridades dos EUA. Investigadores do FBI chegaram a ser recebidos no Brasil a partir de 2015, sem autorização do Ministério da Justiça. No ano seguinte, os americanos conduziram interrogatórios de ex-diretores da Petrobras e fizeram acordos, também sem qualquer autorização.

“O MP intermediou esse acordo da Petrobras com o DoJ (Departamento de Justiça dos EUA), compartilhou provas e conteúdos de delação, fora dos canais oficiais. O MP foi fundamental, tanto que foi beneficiado.”

De acordo com o pesquisador, existe, de fato, uma cifra que pode ser classificada como “recuperada”: a dos acordos fechados no Brasil entre o MPF e colaboradores, em que parte de valores que teriam sido obtidos por meio de corrupção foi devolvida por investigados.

Já nos EUA, diz Banzatto, o que houve foi uma recompensa, uma vez que o MPF topou ajudar uma estatal brasileira a ser punida fora do Brasil em troca da parcela de uma das multas.

“O Ministério Público, que em tese deveria atuar pelo interesse nacional, atuou contra o patrimônio brasileiro. É o contrário do que ocorre no restante do mundo, em que os Estados usam seus sistemas jurídicos para alavancar suas empresas, para gerar dinheiro e emprego para seu próprio Estado.”

Rastro de destruição - A pesquisa de Banzatto apresenta dados, com base em levantamentos do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), sobre os efeitos da Lava Jato na Petrobras e em outras empresas brasileiras, como a Odebrecht.

A construtora e a Braskem foram multadas no final de 2017 em US$ 3,6 bilhões (R$ 11,6 bilhões), também com a ajuda da Lava Jato. O acordo feito à época previu a devolução de 80% do valor ao MPF. Os 20% restantes foram divididos igualmente entre autoridades dos EUA e da Suíça. Trata-se da maior multa aplicada por meio do FCPA até hoje.

No caso da Petrobras, o volume de investimento em exploração e produção era de US$ 48,1 bilhões em 2015. No ano seguinte, no auge da Lava Jato, caiu para US$ 15,8 bilhões.

A partir dali, o crescimento do investimento em exploração, produção, refino, biocombustíveis e ciência e tecnologia deu lugar ao modelo exclusivo de exploração e produção que existia antes do pré-sal, em 2006.

“A Petrobras passou por uma mudança radical em sua política. Ela abriu mão de ser uma empresa estratégica, de investir em conhecimento local, ciência e tecnologia e refino, e voltou ao modelo dos anos 90, quando só havia exploração”, explica o pesquisador.

O mesmo fenômeno ocorreu com a Odebrecht, segundo o levantamento de Banzatto. Em 2014, a empresa tinha uma receita bruta de US$ 107 bilhões; em 2019, ela caiu para US$ 78 bilhões.

O número de empregados da companhia diminuiu, nos mesmos anos, de 168 mil para 35 mil. E a presença internacional também despencou: em 2014, a Odebrecht atuava em 27 países; cinco anos depois, em 14.

Fonte: Brasil 247 com informações do Conjur

Interlocutores de Moraes avaliam que Elon Musk aprendeu que o Brasil não é uma “republiqueta de bananas”

O bilionário entendeu que precisava seguir os passos legais para voltar a operar no país

Alexandre de Moraes e Elon Musk (Foto: Reuters)


 Interlocutores do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), avaliam que o bilionário Elon Musk, dono da rede social X, aprendeu que o Brasil “não é uma republiqueta de bananas” após o bloqueio da plataforma no país, informa o jornalista Valdo Cruz, do G1. A rede social ficou quase 40 dias bloqueada após descumprir uma série de determinações judiciais.

A avaliação é de que a decisão de desbloquear o X foi rápida, já que não tinha mais motivo para manter o site bloqueado após o cumprimento de todas as exigências. Dentro do STF, os ministros destacavam que a rede social não estava banida, e sim suspensa até que Musk cumprisse as determinações legais. Após tentar o enfrentamento, o bilionário entendeu que precisava seguir os passos legais para voltar a operar no país.

Sobre um eventual novo ato de rebeldia por parte de Elon Musk, o entendimento é de que novas multas devem ser aplicadas e, caso não sejam pagas, o X pode voltar a ser bloqueado. "Simples assim: aplica-se a lei”, dizem os interlocutores de Moraes. A rede social deve continuar sendo monitorada pela Polícia Federal, e o segundo turno das eleições será o primeiro grande teste após o bloqueio.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

“Que Xou da Xuxa é esse?”: deputado cita meme ao criticar anistia a golpistas do 8/1


Deputado federal Pedro Campos (PSB-PE). Foto: Reprodução

O deputado federal Pedro Campos (PSB-PE) citou nesta terça-feira (8) o meme “que Xou da Xuxa é esse?!” ao criticar o projeto de lei que visa anistiar os condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados pautou o tema e o relator do projeto, Rodrigo Valadares (União-SE), leu o parecer favorável, mas a apreciação foi novamente adiada.

“A invasão dos três Poderes, ao mesmo tempo, com violência, por mais de mil pessoas, só pode ser chamada de golpe. Se não, daqui a pouco vão querer dizer que era um show da Xuxa. Aí a gente pergunta, que ‘xou da Xuxa é esse?”, questionou o parlamentar.


Campos afirmou que não existe interesse de pacificação por quem propõe a anistia. Segundo o deputado, o projeto é um perdão geral a quem “quebrou tudo no 8 de janeiro, a quem quebrou tudo no dia da diplomação de Lula, a quem parou as estradas do país. É isso que está pautado no dia de hoje, por isso é um absurdo”.

Veja o vídeo:


Fonte: DCM

“Delícia”: Idosa que deu tapa na bunda de funcionária acreditava estar em relacionamento amoroso

Idosa de 80 anos deu um tapa na bunda de funcionária de supermercado em São Vicente, SP – Foto: Reprodução


A idosa de 80 anos filmada dando um tapa na bunda de uma funcionária de um supermercado em São Vicente, SP, acreditava estar em um relacionamento amoroso com a vítima. As informações estão no boletim de ocorrência e foram usadas pela Polícia Civil para solicitar uma medida protetiva à funcionária, que foi concedida pela Justiça. O caso ocorreu na sexta-feira (4), e a idosa foi presa em flagrante, sendo liberada após audiência de custódia no dia seguinte.

A funcionária relatou que vinha sendo importunada sexualmente pela idosa há um mês, sendo chamada de “minha deliciosa” e recebendo outros apelidos. Segundo o boletim de ocorrência, a idosa acreditava que tinha um relacionamento com a operadora de caixa. Diante disso, a vítima solicitou uma medida protetiva, que proíbe a idosa de frequentar o supermercado e de se aproximar ou entrar em contato com a funcionária, mantendo uma distância de 200 metros.

O vídeo mostra o momento em que a idosa dá o tapa na funcionária, que reagiu e ouviu da cliente que isso não a impediria de continuar importunando. O segurança do local conduziu as duas à delegacia, onde a idosa negou o crime e não acionou advogado, mas teve a prisão decretada por importunação sexual.

Fonte: DCM

Turbinados: quase 100% dos prefeitos com mais emendas são reeleitos


O prefeito de Bituruna (PR), Rodrigo Rossoni (PSDB), um dos grandes beneficiados pelas emendas e que conquistou 75% dos votos em sua candidatura – Foto: Reprodução

Quase todos os 116 prefeitos mais beneficiados com emendas parlamentares em seus quatro anos de mandato foram reeleitos no último domingo (6). Segundo informações da Folha, 98% desse grupo garantiu a reeleição, com apenas dois prefeitos não conseguindo sucesso nas urnas. Os líderes nesse ranking de emendas conquistaram, em média, 72% dos votos válidos, e 12 deles eram candidatos únicos.

A eleição municipal deste ano foi fortemente impactada pela mudança iniciada durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que concedeu aos congressistas maior controle sobre a destinação de verbas federais. Mais de R$ 80 bilhões em emendas foram distribuídos para 5.569 municípios brasileiros entre 2021 e 2024, fortalecendo as chances de reeleição dos prefeitos que receberam os maiores montantes.

O ex-presidente Jair Bolsonaro: antiga gestão concedeu aos congressistas maior controle sobre a destinação de verbas federais – Foto: Reprodução

Quase todos os 116 prefeitos mais beneficiados com emendas parlamentares em seus quatro anos de mandato foram reeleitos no último domingo (6). Segundo informações da Folha, 98% desse grupo garantiu a reeleição, com apenas dois prefeitos não conseguindo sucesso nas urnas. Os líderes nesse ranking de emendas conquistaram, em média, 72% dos votos válidos, e 12 deles eram candidatos únicos.

A eleição municipal deste ano foi fortemente impactada pela mudança iniciada durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que concedeu aos congressistas maior controle sobre a destinação de verbas federais. Mais de R$ 80 bilhões em emendas foram distribuídos para 5.569 municípios brasileiros entre 2021 e 2024, fortalecendo as chances de reeleição dos prefeitos que receberam os maiores montantes.

O prefeito de Bituruna (PR), Rodrigo Rossoni (PSDB), foi um dos grandes beneficiados pelas emendas e conquistou 75% dos votos no último domingo. O município recebeu R$ 83 milhões em emendas nos últimos quatro anos, com 43% desse valor vindo diretamente de seu pai, Valdir Rossoni, ex-deputado federal pelo PSDB.

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

Haddad espera para novembro sabatina de diretores indicados para o BC

Ministro da Fazenda também disse que os dados do IPCA divulgados nesta quarta-feira mostram que os núcleos da inflação estão controlados

Fernando Haddad (Foto: Diogo Zacarias/MF)

Reuters - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira que espera que os indicados pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para chefiar diretorias do Banco Central sejam sabatinados pelo Senado em novembro.

Em conversa com jornalistas em Brasília, no dia seguinte da aprovação pelos senadores da indicação do atual diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, para presidir a autoridade monetária, Haddad também disse que os dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado mais cedo mostram que os núcleos da inflação estão controlados.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Prêmio Nobel de Química de 2024 vai para trio de pioneiros da proteína

Metade do prêmio foi concedido "pelo design computacional de proteínas", enquanto a outra metade foi para a "previsão da estrutura de proteínas"

Anúncio dos vencedores do Prêmio Nobel de Química de 2024 em Estocolmo, na Suécia (Foto: TT News Agency/Christine Olsson via Reuters)

Reuters - Os cientistas norte-americanos David Baker e John Jumper e o britânico Demis Hassabis ganharam o Prêmio Nobel de Química de 2024, informou o órgão que concedeu o prêmio nesta quarta-feira, por seu trabalho na compreensão da estrutura das proteínas.

Metade do prêmio foi concedido a Baker "pelo design computacional de proteínas", enquanto a outra metade foi compartilhada por Hassabis e Jumper "pela previsão da estrutura de proteínas", disse a Real Academia Sueca de Ciências, que concede o prêmio.

Baker é professor da Universidade de Washington, em Seattle, enquanto Hassabis é CEO da Google DeepMind, a subsidiária de pesquisa de IA da Google, onde Jumper também trabalha como cientista sênior de pesquisa.

Hassabis e Jumper utilizaram a inteligência artificial para prever a estrutura de quase todas as proteínas conhecidas, enquanto Baker aprendeu a dominar os blocos de construção da vida e a criar proteínas totalmente novas, informou o órgão que concedeu o prêmio.

"Uma das descobertas que estão sendo reconhecidas este ano diz respeito à construção de proteínas espetaculares", disse a academia em um comunicado. "A outra é sobre a realização de um sonho de 50 anos: prever estruturas de proteínas a partir de suas sequências de aminoácidos."

O prêmio, amplamente considerado como um dos mais prestigiados do mundo científico, vale 11 milhões de coroas suecas (1,1 milhão de dólares).

"Estou realmente empolgado com todas as maneiras pelas quais o design de proteínas torna o mundo um lugar melhor em termos de saúde, medicina e, na verdade, tecnologia externa", disse Baker por telefone na coletiva de imprensa que anunciou o prêmio.

Em 2003, Baker conseguiu usar aminoácidos, geralmente descritos como os blocos de construção da vida, para projetar uma nova proteína que era diferente de qualquer outra existente, disse a academia.

Isso abriu a porta para a rápida criação de diferentes proteínas para uso em áreas como produtos farmacêuticos, vacinas, nanomateriais e até mesmo sensores minúsculos.

"Ele desenvolveu ferramentas computacionais que agora permitem que os cientistas criem novas proteínas espetaculares com formas e funções totalmente novas, abrindo possibilidades infinitas para os maiores benefícios para a humanidade", disse Heiner Linke, presidente do Comitê do Nobel de Química, sobre a contribuição de Baker.

Em 2020, Hassabis e Jumper apresentaram um modelo de IA chamado AlphaFold2. Com sua ajuda, eles conseguiram prever a estrutura de praticamente todas as 200 milhões de proteínas que os pesquisadores identificaram, disse a academia.

Terceiro prêmio anunciado - O terceiro prêmio a ser entregue todos os anos, o prêmio de Química, segue os prêmios de Medicina e Física anunciados no início desta semana.

Os prêmios Nobel foram estabelecidos no testamento do inventor da dinamite e rico empresário Alfred Nobel e são concedidos "àqueles que, durante o ano anterior, tiverem conferido o maior benefício à humanidade".

Entregue pela primeira vez em 1901, 15 anos após a morte de Nobel, o prêmio é concedido por realizações em Medicina, Física, Química, Literatura e Paz. Os ganhadores de cada categoria dividem a soma do prêmio, que foi ajustada ao longo dos anos.

O prêmio de Economia foi adicionado posteriormente e é financiado pelo banco central sueco.

A Química, que estava no coração de Alfred Nobel e era a disciplina mais aplicável ao seu trabalho como inventor, nem sempre é o prêmio que mais chama a atenção, mas os ganhadores anteriores incluem grandes nomes da ciência, como os pioneiros da radioatividade Ernest Rutherford e Marie Curie.

O prêmio de Química do ano passado foi concedido a Moungi Bawendi, Louis Brus e Aleksey Ekimov pela descoberta de minúsculos aglomerados de átomos conhecidos como pontos quânticos, amplamente utilizados atualmente para criar cores em telas planas, lâmpadas de diodo emissor de luz (LED) e dispositivos que ajudam os cirurgiões a enxergar vasos sanguíneos em tumores.

Além do prêmio em dinheiro, os vencedores receberão uma medalha do rei sueco no dia 10 de dezembro, seguido de um luxuoso banquete na prefeitura de Estocolmo.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Inflação de setembro sobe 0,44%, puxada por energia e alimentos

No ano, a inflação acumulada é de 3,31% e, nos últimos 12 meses, de 4,42%.

supermercado (Foto: REUTERS/Paulo Whitaker)

Roberto de Lira, Infomoney - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador de inflação oficial do País, mostrou alta de 0,44% em setembro, após a deflação de -0,02% em agosto, informou nesta quarta-feira (9) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No ano, a inflação acumulada é de 3,31% e, nos últimos 12 meses, de 4,42%.

O dado mensal veio um pouco mais baixo que o esperado pelos analistas, que estimavam um IPCA de 0,46% no mês. Na comparação anual, projetava-se uma inflação de 4,43%.

O resultado do mês foi influenciado pelas altas no grupo Habitação (1,80%), após aumento nos preços da energia elétrica residencial, que passou de -2,77% em agosto para +5,36% em setembro, e no grupo Alimentação e bebidas (0,50%), que subiu após dois meses consecutivos de quedas.

Energia - Segundo André Almeida, gerente da pesquisa, o IPCA sofreu forte influência da bandeira tarifária da energia elétrica residencial. “A mudança de bandeira tarifária de verde em agosto, onde não havia cobrança adicional nas contas de luz, para vermelha patamar um, por causa do nível dos reservatórios, foi o principal motivo para essa alta”, explicou.

Ele disse que a bandeira vermelha no patamar um acrescenta R$ 4,46 aproximadamente a cada 100 kwh consumidos. O item exerceu impacto de 0,21 ponto percentual no índice geral de setembro.

Alimentação e bebidas - Já o grupo de Alimentação e bebidas teve alta de 0,50%, com aumento de preços na alimentação no domicílio (0,56%), após dois meses seguidos de recuos. Almeida destacou que esse resultado foi influenciado, em grande parte, pelo aumento nos preços da carne bovina e de algumas frutas, como laranja, limão e mamão.

“Falando especificamente das carnes, a forte estiagem e o clima seco foram fatores que contribuíram para a diminuição da oferta. É importante lembrar que tivemos quedas observadas ao longo de quase todo o primeiro semestre de 2024, com alto número de abates. Agora, o período de entressafras está sendo intensificado pela questão climática”, analisou o gerente da pesquisa.

A alimentação fora do domicílio, com alta de 0,34%, registrou variação próxima à de agosto (0,33%). O subitem refeição desacelerou de 0,44% para 0,18%, enquanto o lanche acelerou de 0,11% para 0,67%.

Despesas pessoais - A queda mais intensa dentro do IPCA, de 0,31%, e com maior impacto (-0,03 p.p.) em setembro veio de Despesas pessoais. O subitem cinema, teatro e concertos registrou queda de 8,75% e impacto de -0,04 p.p. no índice geral.

“Em setembro, ocorreu a semana do cinema, uma campanha nacional em que diversas redes ao redor do país praticaram preços promocionais ao longo de uma semana. Essas promoções contribuíram para a queda de mais de 8% neste subitem”, explicou.

Regionalmente, todas as localidades pesquisadas apresentaram resultados positivos em setembro. A maior variação ocorreu em Goiânia (1,08%), influenciada pela alta da gasolina (6,24%) e da energia elétrica residencial (4,68%).

Já a menor variação ocorreu em Aracaju (0,07%), por conta dos recuos da cebola (-25,07%), do tomate (-18,62%) e da gasolina (-1,68%).

INPC - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,48% em setembro, 0,62 p.p. acima do resultado observado em agosto (-0,14%). No ano, o INPC acumula alta de 3,29% e, nos últimos 12 meses, de 4,09%, acima dos 3,71% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2023, a taxa foi de 0,11%.

Os produtos alimentícios foram destaque, subindo 0,49% em setembro, após dois recuos consecutivos. Por sua vez, a variação dos não alimentícios acelerou de 0,02% em agosto para 0,48% em setembro.

Quanto aos índices regionais, Goiânia registrou a maior alta (1,05%), por conta da gasolina (6,24%) e da energia elétrica residencial (4,73%).

Já a menor variação foi observada em Aracaju (0,08%), por conta dos recuos dos preços da cebola (-25,07%), do tomate (-18,62%) e da gasolina (-1,68%).

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

Tarcísio de Freitas será candidato à Presidência em 2030, diz Gilberto Kassab

Presidente do PSD , porém, diz que o governador de São Paulo deve consolidar legado antes de 2030, enquanto o partido cogita Ratinho Júnior para o Planalto
Gilberto Kassab e Tarcísio de Freitas (Foto: Reprodução/Facebook)


 O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, declarou em entrevista à CNN Brasil, nesta terça-feira (8), que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), estará preparado para disputar a Presidência da República em 2030. Segundo Kassab, o atual momento aponta que Tarcísio “vai fazer uma opção para ser candidato a governador, para continuar seu governo, que vai muito bem, para consolidar seu legado”.

O presidente do PSD ressaltou que Tarcísio, aos 49 anos, ainda é jovem e terá tempo para acumular mais experiência política. “Vai estar no ponto em 2030. Daí, sim, para ser um presidente da República, vindo com a bagagem de um grande governador e com o peso político do apoio do estado de São Paulo, consagrado por uma boa gestão”, afirmou Kassab, que atualmente exerce o cargo de secretário de governo na gestão de Tarcísio.

A declaração ocorre em meio ao cenário político marcado pela inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL) até 2030, consequência das decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2023, o que abre espaço para novos nomes na disputa pelo Palácio do Planalto.

Além de Tarcísio, Kassab revelou que o PSD se empenha em lançar um nome próprio para a corrida presidencial, destacando o governador do Paraná, Ratinho Júnior, como uma opção sólida para 2026. Segundo Kassab, Ratinho Júnior é o favorito dentro do partido e que sua candidatura só não se concretizará “se ele não quiser”.

Entretanto, o presidente do PSD reconhece a força política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e destaca que ele “está acima de partidos no Brasil”, o que pode ser um fator decisivo nas próximas eleições.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

TRF-1 suspende processo disciplinar da PF contra Anderson Torres por irregularidades

Decisão aponta que a Polícia Federal violou devido processo legal e indica que investigação deve ser conduzida pelo governo do Distrito Federal

Anderson Torres (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado )


O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) determinou a suspensão do processo disciplinar conduzido pela Polícia Federal (PF) contra o delegado e ex-ministro Anderson Torres, por sua atuação durante os acontecimentos de 8 de janeiro de 2023. Segundo a coluna do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, a decisão, emitida na noite da terça-feira (8), destaca que a PF cometeu irregularidades e desconsiderou o devido processo legal ao iniciar a investigação interna.

O processo administrativo disciplinar foi aberto no ano passado para apurar duas acusações contra Torres: negligência e omissão em relação aos atos ocorridos em 8 de janeiro. No entanto, o TRF-1 afirmou que, como secretário de Segurança Pública do Distrito Federal na época, a responsabilidade pela apuração recai sobre o governo distrital, e não sobre a Polícia Federal, órgão de origem de Torres. A mudança de entendimento por parte da PF ao iniciar o processo foi exposta em reportagem no último dia 20.

Ainda de acordo com a reportagem, a decisão do TRF-1 também aponta que a Polícia Federal aparentou ter prejulgado Torres antes da conclusão das investigações, o que levantou suspeitas sobre a legitimidade do processo. Além disso, a corporação teria violado o direito de defesa de Anderson Torres, fator que contribuiu para a suspensão da investigação. Agora, a Corregedoria da PF deverá prestar esclarecimentos ao TRF-1 sobre o andamento do caso.

A defesa de Torres informou à Justiça que tentou, sem sucesso, o afastamento do delegado Clyton Eustáquio Xavier, presidente da comissão responsável pelo caso. Em 2021, durante a gestão de Torres como ministro da Justiça, Xavier foi demitido, o que resultou em uma redução de R$ 14 mil em seu salário.

Torres foi preso preventivamente por quatro meses em 2023, sob determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pela acusação de omissão nos atos golpistas de 8 de janeiro do ano passado. Atualmente, ele segue monitorado por tornozeleira eletrônica, aguardando julgamento. Em paralelo, o Ministério Público Federal arquivou, no início deste ano, um inquérito contra o ex-ministro por improbidade administrativa em relação aos mesmos atos.

Procurado pela reportagem, o advogado Eumar Novacki, que representa Anderson Torres, se recusou a comentar o caso. Ele declarou que a defesa age de forma técnica e não se pronuncia fora dos autos do processo.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna do jornalista Guilherme Amado, no Metrópoles

Governo planeja taxação mínima sobre milionários para compensar isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil

Governo Lula estaria avaliando criar imposto mínimo para milionários, compensando o aumento da isenção do IR e buscando maior progressividade tributária
Fernando Haddad (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)


O Ministério da Fazenda estaria analisando a implementação de um imposto mínimo para milionários no Brasil, com o objetivo de garantir uma tributação mais justa e compensar o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). A informação foi apurada pela Folha de S. Paulo, que revelou que as discussões estariam ocorrendo ainda de forma reservada entre a equipe do ministro Fernando Haddad (PT), que busca alternativas para custear a elevação da isenção para R$ 5 mil, conforme promessa de campanha do presidente Lula (PT).

Atualmente, a faixa de isenção é de R$ 2.824, equivalente a dois salários mínimos, e a proposta vem no rastro da criação do Imposto Mínimo Global, aprovado recentemente em medida provisória. Este imposto estabelece um adicional à CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) para multinacionais, com uma alíquota mínima de 15%. Agora, a ideia é aplicar uma lógica similar às pessoas físicas com rendimentos acima de R$ 1 milhão, que somam cerca de 250 mil contribuintes no país.

Sistema progressivo para maior equidade - A alíquota sugerida para o imposto mínimo sobre os milionários varia entre 12% e 15%, com o intuito de ajustar a arrecadação de acordo com a renda efetiva. O cálculo compararia o valor obtido pela aplicação do imposto mínimo com o valor já pago pelo sistema atual. Se a quantia recolhida for inferior ao mínimo, o contribuinte deverá complementar a diferença no ajuste do IRPF.

O Ministério da Fazenda não se pronunciou oficialmente sobre o tema, mas fontes internas informaram que algumas rendas isentas, como aplicações financeiras específicas, poderiam ser excluídas da base de cálculo, evitando distorções. O foco é reduzir a regressividade do sistema tributário brasileiro, onde atualmente, quanto maior a renda, menor é a porcentagem de imposto paga.

Impacto nas reformas e ajuste de despesas - Apesar do interesse em corrigir a faixa de isenção do IRPF, que poderia gerar um impacto financeiro de até R$ 50 bilhões, a equipe econômica trabalha para limitar esse valor a R$ 35 bilhões, ajustando o alcance da isenção e focando em quem ganha até R$ 5 mil. A intenção é evitar que o novo imposto interfira na reforma tributária estrutural, que inclui a retomada da taxação de lucros e dividendos, proposta em conjunto com a redução do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ).

Em linha com a proposta global do economista francês Gabriel Zucman, que advoga por uma taxação sobre super-ricos, o Brasil levou a discussão ao G20, sugerindo um imposto de 2% sobre o patrimônio das pessoas mais ricas do mundo. A medida, segundo Zucman, poderia gerar uma receita de US$ 250 bilhões, afetando mais de 100 super-ricos na América Latina.

No entanto, a implementação do imposto mínimo ainda depende de uma série de ajustes e aprovação no Congresso. Em setembro, o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, afirmou que a reforma tributária será dividida em etapas, começando pela taxação da pessoa física. Haddad, por sua vez, já apresentou cenários ao presidente Lula, que deverá decidir o momento mais oportuno para avançar com a proposta.

Essa iniciativa representa um esforço do governo para cumprir promessas de campanha e tornar o sistema tributário mais progressivo, mas enfrenta desafios e resistência, tanto no cenário político quanto na própria equipe econômica. A expectativa é que, com a evolução das discussões, novas etapas sejam anunciadas, visando equilibrar o custo fiscal e garantir justiça tributária.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Brasil bate recorde de importação de produtos petrolíferos russos, alcançando US$ 5,1 bilhões

Volume de compras entre janeiro e setembro cresceu 1,6 vez em relação ao mesmo período de 2023, com destaque para o diesel, principal produto adquirido

Bomba de combustível (Foto: REUTERS/Adriano Machado)


 Entre janeiro e setembro de 2024, o Brasil aumentou significativamente suas importações de produtos petrolíferos provenientes da Rússia, atingindo um recorde de US$ 5,1 bilhões (R$ 28,1 bilhões), segundo análise divulgada pela Sputnik com base nos dados da alfândega brasileira. O montante representa um crescimento de 1,6 vez em comparação ao mesmo período de 2023, quando as importações somaram US$ 3,25 bilhões (R$ 17,9 bilhões).

Em termos de volume, o país também apresentou um crescimento expressivo, registrando 7,3 milhões de toneladas de produtos petrolíferos importados da Rússia, o que representa um aumento de 1,6 vez. O diesel foi o principal item adquirido, com as importações deste combustível crescendo 1,7 vez e somando US$ 4,4 bilhões (R$ 24,2 bilhões). Além disso, o Brasil passou a importar gasolina não-avião, totalizando US$ 247,7 milhões.

Ainda conforme a reportagem, a Rússia segue como o maior fornecedor de produtos petrolíferos para o Brasil, seguida pelos Estados Unidos, que registraram um volume de exportações de US$ 2,8 bilhões (R$ 15,4 bilhões) no mesmo período. Em terceiro lugar aparece a Espanha, com vendas no valor de US$ 541,7 milhões (R$ 2,984 bilhões).

Fonte: Brasil 247 com Sputnik