sexta-feira, 26 de julho de 2024
Chuva e esquema de segurança não abalam a alegria na abertura das Olimpíadas
"O capitalismo não oferece horizontes. Agora é socialismo ou barbárie", diz Alysson Mascaro
Professor e filósofo evoca Rosa Luxemburgo e afirma ainda que a cena de Benjamin Netanyahu ovacionado pelo Império demonstra o colapso do sistema
“Já está montado o circo na Venezuela”, diz Rui Costa Pimenta
Presidente do PCO afirma que Nicolás Maduro deve vencer as eleições, num resultado que será contestado pela oposição
Perfis nas redes sociais detonam Nikolas Ferreira, denunciado pela PGR
Na rede social X, antigo Twitter, as críticas ao deputado chegaram à seção Assuntos do Momento
Hashtag #CerimoniaDeAbertura bomba nas redes sociais: 'repórter francesa se encanta com a torcida brasileira em Paris' (vídeo)
A delegação brasileira terá 277 atletas de 39 modalidades
"Métodos nazistas para difundir ódio": investigam na Venezuela maltrato animal em marcha opositora
Em Yaracuy, um par de motociclistas levava consigo uma cruz onde se via um galo, símbolo da campanha de Maduro, pendurado pelas patas
Lula volta a criticar Campos Neto por declaração sobre salário mínimo: “Será que essa pessoa não tem respeito?”
A declaração de Lula ocorre dias antes da próxima reunião do Copom, que decidirá sobre a taxa Selic, hoje em 10,5%
O presidente Lula voltou a criticar nesta sexta-feira (26) o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que havia defendido, no final de maio, a flexibilização dos pisos de Saúde e Educação no Orçamento da União para melhorar as expectativas de inflação no Brasil. Apesar de técnicos do governo terem considerado essa opção, a proposta foi posteriormente rejeitada pelo Planalto.
“Recentemente, o presidente do Banco Central fez uma declaração que eu não consegui acreditar. Ele disse que aumentos no salário mínimo e no crescimento da massa salarial poderiam gerar inflação. Será que, para evitar inflação, o povo precisa ganhar menos? Será que essa pessoa não tem respeito?”, indagou Lula.
O presidente também questionou a ideia de que as pessoas ganham salário mínimo por escolha e afirmou: “Será que pensam que o Brasil é pobre porque quer ser pobre? Não. Dê oportunidade ao pobre, e ele pode alcançar grandes feitos, como este pernambucano que virou presidente da República”, afirmou, recebendo aplausos.
A declaração de Lula ocorre dias antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que decidirá sobre a taxa Selic, atualmente em 10,5%.
Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S.Paulo
Bandeira tarifária de energia volta a ser verde, sem cobrança extra
Contas de junho tiveram acréscimo devido à chuva abaixo da média
A bandeira tarifária de energia elétrica em agosto será verde, o que significa que as contas de luz dos consumidores não terão custo extra no próximo mês. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), as condições favoráveis para geração de energia elétrica no país permitem a adoção da bandeira sem cobrança.
No mês passado, a Aneel tinha estabelecido bandeira amarela, com acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 kW/h consumidos, por causa da previsão de chuva abaixo da média e a expectativa de aumento do consumo de energia.
“No final de junho, houve uma expectativa de menor volume de chuvas para julho, o que se confirmou na maior parte do país. Porém, o volume de chuvas na Região Sul neste mês contribuiu para a definição da bandeira verde em agosto”, explicou o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa.
Criado pela Aneel em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias indica aos consumidores os custos da geração de energia no Brasil. O cálculo para acionamento de cada bandeira leva em conta principalmente o risco hidrológico e o preço da energia.
As bandeiras tarifárias funcionam da seguinte maneira: as cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração, sendo a bandeira vermelha a que tem um custo maior, e a verde, sem custo extra.
Edição: Nádia Franco
Fonte: Agência Brasil
PF encontra com Ramagem monitoramento de procuradores durante o governo Bolsonaro
Em depoimento, ex-chefe da Abin afirmou não se lembrar da origem do documento “Levantamento - Ataques do MPF I.doex”, que era constantemente atualizado
Bolsonaro quebra acordo e cria racha entre 3 de seus ex-ministros; entenda
Tereza Cristina e Jair Bolsonaro. Foto: reprodução
A disputa pela Prefeitura de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, criou um cenário de tensão entre três ex-ministros do governo Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente, com participação direta, aprovou uma aliança do PL com o PSDB, rompendo um acordo prévio com o PP, da senadora Tereza Cristina (PP-MS), que comandou a pasta da Agricultura, Pecuária e Abastecimento entre 2019 e 2022.
A negociação foi liderada pelo senador Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro do Desenvolvimento Regional, e confirmada em uma reunião com Bolsonaro. No final de junho, durante uma audiência com Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, enquanto Tereza Cristina estava em missão oficial nos Estados Unidos, o acordo com o PP foi desfeito, já com o acerto da nova aliança entre PL e PSDB.
Tereza tinha um acordo com Bolsonaro e Valdemar para apoiar a reeleição da prefeita Adriane Lopes (PP). Surpresa pela decisão, a senadora e o presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), ex-ministro da Casa Civil, expressaram sua insatisfação ao ex-presidente. Eles lembraram que o pré-candidato do PSDB, Beto Pereira, apoiou Simone Tebet (MDB), ministra do Planejamento e Orçamento, contra Bolsonaro em 2022. Mesmo assim, saíram convencidos de que o acordo entre PL e PSDB estava consolidado.
“Tínhamos um acordo muito avançado para ser fechado. O PL não quis fechar. Fechou com o PSDB. Ótimo. Continuamos com a prefeita. Ponto. E vamos ganhar a eleição”, declarou Tereza Cristina à Folha. Sobre o impacto na relação com Bolsonaro, ela disse: “Ele tem as razões dele, do PL. Tenho as minhas, do PP. Nacionalmente, temos um alinhamento. No estado, vamos andar separados. Cada um escolhe com quem anda”.
Nogueira confirmou que a negociação foi conduzida por Marinho e disse que não o procuraria para discutir o assunto. “Como diz meu pai: quem tem com quem me pague não me deve nada”, afirmou.
Após uma reunião com Bolsonaro e Tereza Cristina, Ciro Nogueira tentou mostrar união nas redes sociais, afirmando que discutiu o futuro do país com o ex-presidente e reafirmou o apoio do PP a Bolsonaro.
Reinaldo Azambuja, presidente estadual do PSDB, contou que foi procurado por Marinho, em nome de Bolsonaro, para abrir um canal de diálogo no estado. Azambuja, o governador Eduardo Riedel, Bolsonaro e Marinho discutiram uma aliança em Campo Grande em uma reunião em Brasília no dia 27 de junho. A cúpula do PL informou que substituiria o presidente estadual e escolheu Aparecido Portela, suplente de Tereza Cristina, conhecido como Tenente Portela, para executar o acordo.
Marcos Pollon, destituído da presidência estadual do PL, protestou nas redes sociais, dizendo ter levado um “soco no estômago” e lembrando que não votaria nem na própria mãe se ela fosse filiada ao PSDB.
Esse não foi o primeiro rompimento de acordo em Mato Grosso do Sul por Bolsonaro. Em 2022, durante um debate presidencial, ele desfez, ao vivo, a aliança com Riedel, apoiando Capitão Contar, do PRTB, ao governo.
Fonte: DCM
PF descobre como Bolsonaro afanou o relógio Patek
O ex-presidente Jair Bolsonaro e o relógio Patek Philippe, recebido de presente do governo do Bahrein. Foto: Reprodução
Mais uma história absolutamente inacreditável.
Em novembro de 2021, nos dias 16 e 17, o então presidente Jair Bolsonaro fez uma visita oficial, na qualidade de chefe de Estado, ao Reino do Bahrein.
Lá ele ganhou um “kit de ouro branco”, que ele também iria tentar roubar e vender nos EUA.
Mas a história aqui é de outra joia, um relógio Patek Philippe Calatrava, que é literalmente um dos relógios mais caros do mundo, e que ele também ganhou de presente nessa viagem. O valor do modelo presenteado a Bolsonaro é avaliado em R$ 255 mil.
O kit de ouro branco, não teve jeito. Por ter chamado muita atenção, Bolsonaro permitiu que fosse registrado no Gabinete de Documentação Histórica e Patrimônio da Presidência da República (GADH), que é órgão no qual todos esses presentes devem ser sempre encaminhados e catalogados.
Mas o Patek não. A PF descobriu que o Patek, que Bolsonaro ganhou do governo do Bahrein, jamais foi registrado.
Bolsonaro afanou o relógio desde que pôs os olhos nele!
Quando viajou aos EUA, em 8 de junho de 2022, junto com uma comitiva cheia de gente com carteira falsificada de vacinação, Jair Bolsonaro levou o Patek, com objetivo de vendê-lo por lá.
Mauro Cid conta a história em detalhes, e diz que foi o próprio presidente que ordenou que o relógio fosse vendido.
Trecho do relatório da PF:
“[Mauro Cid declarou] QUE no começo de 2022, o presidente JAIR BOLSONARO estava reclamando dos pagamentos de condenação judicial em litígio com a Deputada Federal MARIA DO ROSARIO e gastos com a mudanças e transporte do acervo que deveria arcar, além de multas de trânsito por não usar o capacete nas motociatas; QUE diante disso, o ex-Presidente solicitou ao COLABORADOR [Mauro Cid] quais presentes de alto valor que havia recebido em razão do cargo; QUE o COLABORADOR verificou que os presentes mais fáceis de mensurar o valor seriam os relógios, e solicitou ao GADH a lista de relógios que o presidente recebeu de presente;
(…)
QUE o ex-Presidente da República solicitou que o COLABORADOR realizasse a venda do kit ouro branco e dos relógios ROLEX e PATEX PHILIPPE; QUE apenas o COLABORADOR e o ex-Presidente JAIR BOLSONARO sabiam das tratativas das vendas desses itens;
QUE na véspera do embarque para os Estados Unidos, em de junho de 2022, o então Presidente JAIR BOLSONARO passou o relógio fisicamente para o colaborador; INDAGADO em qual local o então presidente passou o relógio para o colaborador, respondeu QUE foi no Palácio do Alvorada.”
***
Entretanto, quando prestou depoimento à Polícia Federal, Jair Bolsonaro e sua defesa mentiram descaradamente e disseram que nunca tinham ouvido falar do relógio Patek.
O ex-ajudante de ordens Mauro Cid e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Adriano Machado/Reuters
Segundo a Polícia Federal, o Patek vendido pelo ex-ajudante de ordens Mauro Cid a uma loja nos Estados Unidos em junho de 2022, junto com um Rolex ofertado pela Arábia Saudita.
O valor pago pela loja, Precision Watches, pelos dois relógios foi de US$ 68 mil, que corresponde ao câmbio de hoje a R$ 322 mil, depositados na conta do pai de Mauro Cid, o general Mauro Lorena Cid, que também dirigia uma filial da Apex nos EUA.
Cid pai ficaria encarregado de repassar o dinheiro, em cash, para Jair Bolsonaro, durante suas estadias em Miami.
Há abundância de provas relativas ao roubo do Patek: depoimentos de Cid e outros ex-assessores de Bolsonaro, prints de conversas por whatsapp, emails, recibos, etc.
Um detalhe: esse Patek ainda permanece desaparecido. Bolsonaro não conseguiu devolvê-lo ao TCU. Dele só resta o dinheiro no bolso de Bolsonaro.
Publicado originalmente no Cafezinho