Na semana passada, tiros foram disparados durante um comício da campanha de Trump em Butler, Pensilvânia
Fonte: Brasil 247 com agências
Fonte: Brasil 247 com agências
Fonte: Brasil 247
Fonte: Brasil 247 com informações de CartaCapital
Fonte: Brasil 247 com informações de Estadão
Não há indicação de que Thomas Crooks, que tentou matar o ex-presidente no fim de semana, tenha ligação com esse plano
Autoridades dos EUA receberam informações recentes de uma fonte sobre um plano do Irã para assassinar o ex-presidente Donald Trump. Em resposta, o Serviço Secreto reforçou a segurança em torno do republicano, que tenta voltar à Casa Branca nas eleições deste ano.
No entanto, não há indicação de que o atirador Thomas Matthew Crooks, que tentou assassinar Trump durante comício na Pensilvânia no último sábado (13), esteja ligado ao plano iraniano.
O atentado levantou questões sobre falhas de segurança no comício do fim de semana, quando Trump foi ferido na orelha direita enquanto discursava ao ar livre. O atirador conseguiu acessar um telhado a cerca de 150 metros do púlpito onde Trump discursa.
A campanha de Trump não comentou se foi informada sobre os detalhes específicos da ameaça iraniana. O Serviço Secreto anunciou melhorias na proteção de Trump, especialmente em eventos ao ar livre, que são mais vulneráveis, o que não impediu que Crooks quase conseguisse mata-lo. O atirador foi morto por um sniper.
Durante o ciclo eleitoral, a campanha suspendeu eventos não-oficiais por preocupações de segurança. O FBI está investigando o incidente e se recusou a comentar.
O Irã jurou vingança após o assassinato de Qasem Soleimani, comandante do Corpo de Guarda Revolucionária Islâmica dos militares iranianos, em janeiro de 2020. Altos funcionários do governo Trump que trabalharam na segurança nacional têm uma segurança severa desde que deixaram o governo.
A missão do Irã na ONU, no entanto, nega enfaticamente a intenção de assassinar Trump.
Estão sob essa proteção John Bolton, que serviu como conselheiro de segurança nacional de Trump, e o ex-Secretário de Estado Mike Pompeo. Os dois foram alvos de plano de assassinatos iranianos, de acordo com investigações federais.
Fonte: Agenda do Poder com informações da CNN Brasil
BPC (Benefício de Prestação Continuada) é pago a idosos e pessoas com deficiência que têm baixa renda
O valor gasto pelo governo federal com o BPC (Benefício de Prestação Continuada), pago a idosos e pessoas com deficiência que têm baixa renda, subiu 37% em dois anos. Aumento começou com Jair Bolsonaro e continuou no governo Lula, que anunciou um pente-fino contra fraudes.
Os gastos do governo federal com o BPC estão crescendo há dois anos. Em junho de 2022, o programa custou R$ 6,2 bilhões — em valores atualizados pela inflação. Já em junho deste ano, R$ 8,5 bilhões. Alta de 37%.
Este ano, o custo do BPC deve passar de R$ 100 bilhões pela primeira vez na história do programa — em vigor desde os anos 1990. Já em 2028, pode se aproximar de R$ 160 bilhões, de acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025, enviada pelo Executivo para o Congresso.
O aumento nos gastos com o BPC se explica, principalmente, pelo crescimento no número de beneficiários. Eram 4,7 milhões, em junho de 2022. Saltaram para 5,9 milhões, em junho de 2024. Alta de 26%. Para comparação, o número de beneficiários do Auxílio Brasil/Bolsa Família subiu menos no mesmo período, 15%.
Outra razão para a alta nos gastos é o aumento do valor do benefício — o BPC paga um salário mínimo. Sempre que o salário mínimo sobe, a despesa com o BPC também aumenta.
A alta do BPC começou no governo Bolsonaro, a três meses das eleições de 2022 — assim como ocorreu com o Auxílio Brasil. O número de beneficiários do BPC estava em estabilidade fazia quatro anos, desde 2018. Até que, subitamente, em julho de 2022, começou a aumentar. Neste mesmo mês, o Auxílio Brasil (que substituiu o Bolsa Família no governo Bolsonaro) subiu para R$ 600 e o número de beneficiários também disparou.
No governo Lula, o BPC continuou crescendo — enquanto o retorno do Bolsa Família foi acompanhado de um freio de arrumação. Havia evidências de fraude em massa no Auxílio Brasil após a adoção dos R$ 600 por beneficiário. A medida fez com que a maior parte dos novos contemplados alegasse morar sozinho. O governo Lula iniciou a revisão dos cadastros e cortou quase dois milhões de supostos solteiros.
Agora, a equipe econômica do governo Lula indicou que o BPC também passará por um pente-fino. Em 3 de julho, diante da disparada do dólar, o ministro Fernando Haddad (Economia) anunciou o corte de R$ 25,9 bilhões de despesas, incluindo um “pente fino dos benefícios” sociais — o BPC entre eles. “É um número que foi levantado linha a linha do orçamento, daquilo que não se coaduna com o espírito dos programas sociais que foram criados”, disse Haddad. O Ministério da Fazenda não quis informar o UOL qual é o valor que deve ser cortado só do BPC.
A partir de agosto, 800 mil pessoas devem ser convocadas para a reavaliação de benefícios, incluindo o BPC. A revisão será feita pelo INSS, que é responsável pela concessão do BPC, devido à necessidade de perícia para pessoas com deficiência. A reportagem do portal UOL questionou o número exato de revisões previstas no BPC, mas o INSS não respondeu. Auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez também estão na mira.
Mas fazer um corte no BPC não será tão simples quanto no Bolsa Família. Não há indícios de fraude tão evidentes como os solteiros do Auxílio Brasil de Bolsonaro. Além disso, no caso das pessoas com deficiência — que representam 55% dos beneficiários do BCP — os pedidos passam por perícia do INSS. É uma camada a mais de combate à fraude em comparação com outros benefícios sociais.
O número de beneficiários do BPC está subindo em todo o país, mas em alguns estados a alta é bem maior.
Em Roraima, o número de idosos no BPC aumentou 108% em dois anos. A comparação é de abril de 2022 a abril de 2024, último mês com dados estaduais disponíveis. No país, a alta foi de 22% nesse período. A inclusão no BPC de idosos venezuelanos, que ingressam no Brasil via Roraima, é uma das razões da alta.
No estado do Rio de Janeiro, o número de pessoas com deficiência no BPC subiu 44% desde 2022. Na cidade do Rio, ainda mais: 57%. É bem acima da média nacional, de 26%. O INSS no Rio disse que vem trabalhando para reduzir a fila de espera para o benefício, o que proporcionou “uma resposta mais ágil e eficiente aos cidadãos e cidadãs”.
Há algumas explicações legítimas para a alta do BPC.
Como o BPC ficou estável de 2018 a 2022, é possível que o número de beneficiários estivesse represado. O período de 2018 até o primeiro semestre de 2022 foi o único em toda a série histórica do BCP em que não houve crescimento no número de benefícios.
O número de idosos está subindo no Brasil, então é esperado que o BPC também cresça. O mesmo ocorre com a Previdência. Ter mais aposentadorias no país não é indício de fraude, mas uma consequência natural do envelhecimento da população.
A concessão do BPC para autistas também está subindo — assim como o número de diagnósticos no Brasil. O autismo representava cerca de 5% dos novos benefícios para pessoas com deficiência no final de 2018 e, hoje, mais de 20%, segundo análise do portal UOL. É a condição mais contemplada pelo BPC. Cada vez mais pessoas são diagnosticadas com a condição, o que também já provocou impacto nos planos de saúde. Além disso, o próprio governo tem buscado alertar as famílias de que autismo dá direito ao BPC. Em agosto do ano passado, o INSS fez um evento ao vivo no YouTube só sobre este tema.
Outra razão para o crescimento do BPC é a alta judicialização. Mais de 400 mil pessoas tiveram o BPC negado pelo INSS, mas conseguiram reverter a decisão na Justiça e hoje estão na folha do programa social. Muitos casos se referem a pessoas cuja renda familiar é maior que o mínimo estabelecido pelo BPC.
Além disso, a partir de 2020, uma nova regra permitiu o pagamento de dois benefícios de um salário mínimo por família, em vez de somente um. Antes, apenas uma família com dois idosos poderia receber dois BPCs. Depois, outros arranjos foram permitidos: uma família com um idoso e uma pessoa com deficiência; uma família com uma aposentadoria de um salário mínimo e um BPC de qualquer tipo. O Bolsa Família não entra na conta. Assim, é possível receber entre 2,5 e três salários mínimos, a depender da configuração da família.
O BPC é um dos principais programas sociais do Brasil. Na comparação com o Bolsa Família, não só o BPC foi lançado antes, no final dos anos 1990, como historicamente teve um orçamento bem maior. Foi só a partir de julho de 2022, com o aumento do Auxílio Brasil para R$ 600, que o BCP foi para o segundo lugar em volume de gastos.
Para receber o BPC, a renda mensal da família deve ser de até R$ 353 — um quarto do salário mínimo. Não entram no cálculo o Bolsa Família, nem mesmo o pagamento de outro benefício de um salário mínimo. Ainda é possível descontar parte dos gastos com saúde do cálculo da renda.
Fonte: Agenda do Poder com informações do UOL.
Na visão dos investigadores, um presidente da República não pode usar as dependências públicas (o Palácio do Planalto) para tratar assuntos de interesse pessoal
Investigadores da Polícia Federal avaliam que a sequência de atos posteriores à reunião gravada no Palácio do Planalto desmente a defesa do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, que alegou não haver nenhuma ilegalidade no encontro. As informações são do Blog do Valdo Cruz, no portal g1.
A reunião ocorreu no dia 25 de agosto de 2020. Nesta segunda-feira (15), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou o sigilo da gravação, encontrada em um aparelho eletrônico de Ramagem.
Além de Bolsonaro e do então diretor da Abin, estavam na sala o então ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, e duas advogadas do senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente.
Segundo a PF, logo após essa reunião em que foram discutidas as investigações da Receita contra Flávio Bolsonaro por suposta “rachadinha”, agentes da Abin passaram a espionar a vida de auditores da Receita em busca de “podres” desses servidores.
“Eles saíram usando a estrutura do Estado para benefício próprio”, diz um investigador ouvido pela reportagem.
Segundo ele, essa atuação da Abin já foi identificada pela PF e desmente a tese da defesa de Ramagem e das advogadas Luciana Pires e Juliana Bierrenbach. Após a divulgação do áudio nesta segunda, os participantes ressaltaram o trecho em que Bolsonaro diz que não agiria para beneficiar ninguém.
A Polícia Federal avalia, aliás, que o “simples fato” de Bolsonaro reunir a chefia da Abin, do GSI e as advogadas de seu filho para discutir o caso já é um “escândalo”.
Na visão dos investigadores, um presidente da República não pode usar as dependências públicas (o Palácio do Planalto) para tratar assuntos de interesse pessoal do filho – e nem convocar Abin e GSI para montar estratégia de defesa dele.
O áudio da conversa entre Bolsonaro, Alexandre Ramagem, general Heleno e duas advogadas do senador Flavio Bolsonaro mostra um presidente da República, durante seu expediente, discutindo com as advogadas formas de ajudá-las a anular as investigações da Receita Federal sobre rachadinha.
Em trechos da conversa, Bolsonaro dá autorização para que elas procurassem assessores indicados pelo então presidente no Serpro e na Receita Federal. A ideia era obter dados que fossem usados na defesa do senador.
Em dado momento, Bolsonaro alerta que é preciso ter cuidado para que uma conversa entre eles seja gravada. E o general Heleno alerta que tudo tem de ser feito “fechadíssimo”, para não vazar.
A avaliação da PF é que o áudio comprova que Bolsonaro usou a estrutura do governo para tentar livrar o filho de investigações no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Em outro trecho da reunião, Bolsonaro revela que Wilson Witzel, então governador do Rio, teria oferecido ajuda para blindar Flavio Bolsonaro – e que, em troca, teria pedido a nomeação de alguém de sua confiança para ministro do STF.
Fonte: Agenda do Poder com informações do Blog do Valdo Cruz, no G1