segunda-feira, 15 de julho de 2024

Aeroporto de Porto Alegre reinicia embarque e desembarque

 

Mudança decorre das chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul este ano

O Aeroporto Salgado Filho reabre, de forma parcial, a partir desta segunda-feira (15) em Porto Alegre, os serviços de embarque e desembarque de passageiros. O processamento de passageiros e o controle de segurança serão feitos nos pisos 2 e 3 do terminal, áreas não impactadas pelas enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul.

O serviço de check-in e o embarque de passageiros serão feitos por meio de uma área adaptada no terminal internacional, uma vez que o espaço doméstico está passando por reformas. Sinalizações foram colocadas no local de forma a instruir os usuários para que se dirijam ao embarque nos ônibus, com destino à Base Aérea de Canoas, a cerca de 10 quilômetros do aeroporto Salgado Filho.

Como será

O acesso ao terminal deverá ser feito pela rampa externa que leva ao piso 2. “No primeiro momento, o acesso ao procedimento de embarque será realizado exclusivamente pelas portas 5 e 6. A partir de daí, os passageiros deverão subir ao piso 3 e utilizar a área de embarque internacional para a inspeção de segurança”, informou, em nota, o Ministério de Portos e Aeroportos.

O horário de funcionamento do terminal é das 6h às 21h. É indicado que os passageiros se apresentem, no aeroporto, com três horas de antecedência em relação ao horário do voo. O processo de embarque se encerrará 1h30 antes voo.

Edição: Kleber Sampaio

Fonte: Agência Brasil


"Violência política sempre foi uma prática da extrema-direita", diz Gleisi após suposto atentado contra Trump

 

"Quem se associa ao nazismo e ao fascismo, à repressão e aos assassinatos da ditadura, não tem autoridade para falar sobre esse tema. É o caso do inelegível", disse

Gleisi Hoffmann, Donald Trump e Jair Bolsonaro (Foto: Gustavo Bezerra | Alan Santos/PR)

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), usou as redes sociais para criticar Jair Bolsonaro (PT) e seus apoiadores que compararam o suposto atentado contra o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump ao evento de Juiz de Fora (MG) em 2018.

“A violência política sempre foi uma prática da extrema-direita, não apenas contra seus adversários, mas contra a democracia. 

Quem se associa ao nazismo e ao fascismo, à repressão e aos assassinatos da ditadura, não tem autoridade para falar sobre esse tema. É o caso do inelegível, que até hoje defende tortura e os torturadores”, escreveu Gleisi no X, atigo Twitter.


Fonte: Brasil 247

Mercado reduz previsão da inflação de 4,02% para 4% em 2024

Projeção de expansão da economia é de 2,11% este ano

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – teve redução, passando de 4,02% para 4% este ano. A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (15), pesquisa divulgada semanalmente, em Brasília, pelo Banco Central (BC), com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Já para 2025, a projeção da inflação subiu de 3,88% para 3,9%. Para 2026 e 2027, as previsões são de 3,6% e 3,5%, respectivamente.

A estimativa para 2024 está acima da meta de inflação, mas ainda dentro de tolerância, que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.

A partir de 2025, entrará em vigor o sistema de meta contínua, assim, o CMN não precisa mais definir uma meta de inflação a cada ano. Em junho deste ano, o colegiado fixou o centro da meta contínua em 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Em junho, influenciada principalmente pelo grupo de alimentação e bebidas, a inflação do país foi 0,21%, após ter registrado 0,46% em maio. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em 12 meses, o IPCA acumula 4,23%.

Juros básicos

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 10,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A alta recente do dólar e o aumento das incertezas econômicas fizeram o BC interromper o corte de juros iniciado há quase um ano. Na última reunião, em junho, por unanimidade, o colegiado manteve a Selic nesse patamar após sete reduções seguidas.

De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, em um ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, por sete vezes seguidas. Com o controle dos preços, o BC passou a realizar os cortes na Selic.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 no patamar que está hoje, em 10,5% ao ano. Para o fim de 2025, a estimativa é de que a taxa básica caia para 9,5% ao ano. Para 2026 e 2027, a previsão é que ela seja reduzida, novamente, para 9% ao ano, para os dois anos.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio

A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano subiu de 2,1% para 2,11%. Para 2025, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 1,97%. Para 2026 e 2027, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 2%, para os dois anos.

Superando as projeções, em 2023 a economia brasileira cresceu 2,9%.

Edição: Kleber Sampaio

Fonte: Agência Brasil

Índice que sinaliza prévia do PIB ganha força e cresce 0,25% em maio

 O IBC-Br acumula alta de 0,53% no trimestre móvel encerrado em maio, na margem e considerando a série com ajuste sazonal

O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), conhecido por sinalizar uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto), avançou 0,25% em maio, na comparação com abril, na série com ajuste sazonal. No mês anterior, havia subido 0,26%, conforme o dado revisado nesta segunda-feira (15). O indicador atingiu 149,6 pontos, o maior nível da série histórica.


O resultado de maio ficou aquém da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, que indicava alta de 0,3% para o IBC-Br. As estimativas das 25 instituições consultadas iam de queda de 0,6% a alta de 0,9% da atividade econômica nacional.


Na comparação com maio de 2023, o IBC-Br subiu 1,3%, também menos do que sugeria a mediana da pesquisa, de 1,4%. Na série sem ajuste sazonal, o índice atingiu 148,86 pontos, o maior nível para o mês na série histórica.


Trimestre


O IBC-Br acumula alta de 0,53% no trimestre móvel encerrado em maio, na margem e considerando a série com ajuste sazonal. Na série sem ajuste, o índice sobe 1,24% no trimestre frente aos mesmos três meses de 2023. No ano, o IBC-Br sobe 2,01% e, em 12 meses, acumula alta de 1,66%, todos na série sem ajuste sazonal.


Fonte: Agenda do Poder com informações do UOL.

Trump anuncia o senador republicano J.D. Vance como vice de chapa

 Anúncio ocorre após ataque contra ex-presidente em comício na Pensilvânia e põe fim às especulações sobre escolha para o cargo

Após meses de especulações, o ex-presidente dos EUA Donald Trump anunciou nesta segunda-feira J.D. Vance como sua escolha para vice-presidente nas eleições estadunidenses deste ano. O candidato republicano retornou à arena política como estrela da Convenção Nacional Republicana em Milwaukee — antiga cidade socialista que, aliás, não elege um republicano desde 1908.


“Após longas deliberações e reflexões, e considerando os imensos talentos de muitos outros, decidi que a pessoa mais adequada para assumir o cargo de vice-presidente dos Estados Unidos é o senador J.D. Vance, do grande estado de Ohio”, escreveu Trump em sua rede social. “J.D. teve uma carreira empresarial muito bem-sucedida em Tecnologia e Finanças e, agora, durante a campanha, estará fortemente focado nas pessoas por quem lutou tão brilhantemente”, acrescentou.


Senador por Ohio, o republicano não foi um apoiador de primeira ordem de Trump, mas tem fama de bom arrecadador de recursos — um fator importante em um país onde as vitórias políticas são obtidas ao custo de bilhões de dólares. Aos 39 anos, Vance serviu no Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA e chegou a ser enviado para missão no Iraque, antes de retornar ao seu país se formar em Ciência Política e Filosofia pela Universidade Estadual de Ohio e Direito pela Universidade Yale.


Até então, Trump tinha sido bastante discreto sobre seu potencial companheiro de chapa. Sem dar mais detalhes, nos últimos meses ele se limitou a dizer que seria “um grande vice-presidente”. À emissora conservadora Fox News, o republicano afirmou que era necessário que o candidato fosse “alguém que nos ajude a vencer”, ou seja, um nome que o ajude a ampliar a base de seus eleitores. Ao mesmo tempo, Trump desejava “alguém capaz de realizar um ótimo trabalho como presidente”.


Conforme publicado pela Associated Press, a escolha de Trump deve definir o principal candidato à nomeação presidencial republicana nas próximas eleições caso o ex-presidente vença o pleito em novembro e tome posse de seu segundo mandato, atingindo o limite constitucional dos EUA. Após o tiroteio de sábado, a escolha de Trump tem um peso consideravelmente maior. Se uma bala tivesse atingido um pouco mais à direita, provavelmente ele teria sido morto ou gravemente ferido.


Antes do tiroteio, Trump havia deixado claro que gostaria de revelar dramaticamente sua escolha na convenção, o que ele disse que tornaria o evento mais “interessante”. Horas antes do comício, ele foi questionado pela Fox News sobre o quão perto estava de sua escolha para vice-presidente — e se ela poderia mudar caso o atual presidente dos EUA, Joe Biden, desistisse de concorrer à reeleição. Trump afirmou que a decisão era “muito importante, especialmente se algo ruim acontecer”.


Na lista de potenciais candidatos, o senador Marco Rubio parecia ser um dos favoritos até poucas horas antes do anúncio oficial, quando, segundo três pessoas envolvidas no assunto, ele teria sido informado de que não seria o escolhido. Uma quarta pessoa disse que a possibilidade de um impedimento eleitoral se tornou uma preocupação crescente para o ex-presidente nos últimos dias (a Constituição estadunidense proíbe dois moradores do mesmo estado de compartilhar a chapa presidencial).


Rubio havia dito em particular que estaria disposto a se mudar para Washington, D.C., para se juntar à chapa de Trump. Filho de imigrantes cubanos, Rubio poderia ajudar Trump a atrair eleitores hispânicos, além de tranquilizar doadores do partido e eleitores moderados. Os assessores do senador se recusaram a comentar o assunto.


Precedentes


De acordo com o New York Times, Trump escolheu seu companheiro de chapa nas últimas 24 horas. A demora para anunciar o escolhido foi maior do que o usual, mas, segundo a AP, não é sem precedentes. Em 1980, Ronald Reagan (1911-2004) negociou com o ex-presidente Gerald Ford (1913-2006) por horas, mas escolheu seu ex-rival nas primárias, George H.W. Bush (1924-2018). O anúncio foi feito menos de 24 horas antes de Reagan aceitar a nomeação do Partido Republicano.


Bush também esperou até a convenção republicana de 1988 em Nova Orleans para surpreender muitos dos participantes — e até alguns dos seus conselheiros — e escolher o pouco conhecido senador Dan Quayle para ser seu número dois.

Desde então, porém, a tradição tem sido escolher o vice-presidente pouco antes de a convenção do partido do candidato começar. Em 2016, Trump escolheu o governador Mike Pence dias antes da convenção republicana daquele ano abrir em Cleveland.


O ex-presidente de 78 anos é a esperança republicana para retornar à Casa Branca. A tentativa de assassinato que o republicano sofreu no sábado, quando foi atingido na orelha direita, continua dominando o noticiário. O atirador, um jovem de 20 anos que foi morto pouco após ter disparado, matou um espectador do comício em Butler e feriu outras duas pessoas. No dia seguinte ao ataque, Trump chegou a Milwaukee, cidade de 570 mil habitantes, e afirmou que “nenhum atirador” mudaria sua agenda.


Líder nas pesquisas, apesar de seus problemas jurídicos e de uma condenação, o magnata republicano parece a caminho da vitória, enquanto o democrata Joe Biden, de 81 anos, recebe apelos de integrantes do próprio partido para abandonar a disputa eleitoral devido ao suposto declínio em suas capacidades cognitivas.


Fonte: Agenda do Poder com informações do GLOBO.

PF apura se software espião da Abin foi usado em em investigação paralela sobre facada em Bolsonaro

 Segundo apuração, houve registros de pesquisas no sistema FirstMile em operação denominada “Adelito” pelos investigados

A Polícia Federal (PF) apura a utilização do software de monitoramento espião FirstMile para realizar uma investigação paralela sobre a facada contra o então candidato Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2018.


A informação está na representação da PF que resultou em buscas e prisões na última quinta-feira (11), na quarta fase da operação Última Milha, que apura a existência de uma “Abin Paralela” no governo Bolsonaro.


Segundo o documento, houve registros de pesquisas no sistema FirstMile de uma operação denominada “Adelito” pelos investigados, uma possível referência a Adélio Bispo, autor do atentado.


A polícia encontrou 114 pesquisas no software feitas pelo grupo, entre os dias 13 a 27 de abril de 2020, em que parte das coordenadas foi registrada justamente na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais, onde houve o crime.


“As diligências de análise para tentar identificar a motivação para a possível investigação paralela ao caso Adélio e outras circunstâncias que indiquem o desvio institucional estão em andamento”, diz o relatório da PF.


Ainda de acordo com o órgão, a chamada “Abin paralela” também buscou saber se havia relação entre Adelio com rivais do ex-presidente, incluindo o ex-ministro José Dirceu (PT).


O relatório afirma que o ex-diretor da Abin e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL) determinou ao policial federal Marcelo Bormevet que realizasse uma análise dos dados disponíveis relacionados ao caso Adélio em março de 2022.


Preso na quinta-feira (11), Bormevet foi segurança de Bolsonaro na campanha de 2018 e, depois, nomeado para integrar o CIN (Centro de Inteligência Nacional), estrutura criada pelo atual deputado na Abin.


Em junho deste ano, a PF reiterou que Adélio agiu sozinho no crime e que o caso da tentativa de assassinato de Bolsonaro estava encerrado.


Em um caso politizado desde a origem — e explorado por Bolsonaro, apoiadores e oposicionistas conforme as circunstâncias —, também a apuração sofreu pressões políticas. Três inquéritos da PF concluíram que Adélio agiu sozinho, sem ordem de mandantes ou auxílio de comparsas.


Colocando em xeque o trabalho da PF, Bolsonaro e seu núcleo insinuaram ao longo do mandato e depois de sua saída do cargo que a ação foi um exemplo de como seus inimigos desconhecem limites nas ações para aniquilá-lo política e juridicamente.


Acadêmicos que pesquisam a direita apontam a facada como elemento importante da estética bolsonarista, ao emplacar a vitimização — como prenunciou uma foto do candidato na cama do hospital ao receber os primeiros socorros quando estava entre a vida e a morte — e forjar a imagem de mártir.


Nesta sexta-feira (12), Ramagem disse que “finalmente” houve indicação de que será ouvido pela PF, “a fim de buscar instrução devida e desconstrução de toda e qualquer narrativa”.


Ramagem também afirmou que “fica claro” que a PF despreza os “fins de uma investigação” com o objetivo de “levar à imprensa ilações e rasas conjecturas”.


Espionagem


A PF também investiga se policiais lotados no CIN utilizaram o software de geolocalização e se produziram relatórios sobre ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e políticos adversários do ex-presidente.


Os policiais federais vinculados a Ramagem alegam que desconhecem o uso do sistema. De acordo com a polícia, o argumento “desafia a lógica da própria estrutura de inteligência”.


Segundo a PF, “seria impossível que um dos principais setores da Abin utilizasse a ferramenta de alta sensibilidade sem o conhecimento da alta gestão”.


“A existência e o uso do sistema FirstMile, em verdade, eram de plena ciência dos altos gestores da Abin e foi tão-somente um dos sistemas empregados nas ações clandestinas”, diz a polícia.


Filho do ex-presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) também está na lista de investigados da operação por envolvimento no uso do software.


O FirstMile foi utilizado pela Abin entre 2019 e 2021. Ele foi adquirido e ficava “hospedado” em computadores da Diretoria de Operações de Inteligência, mas depoimentos de servidores e documentos de apurações internas da Abin mostram o uso por solicitação de pessoas ligadas ao CIN.


O software foi produzido pela empresa israelense Cognyte — antiga Suntech/Grupo Verint e adquirido pela Abin ainda no governo de Michel Temer (MDB) por R$ 5,7 milhões.


Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S. Paulo.

Gleisi, Lupi e Siqueira se reúnem hoje com Paes para cobrar definição sobre o nome do vice

 Gleisi e Lupi devem reiteram o desejo de indicarem o vice mas sabem da dificuldade de serem atendidos e nem por isto ameaçam deixar a aliança.

RICARDO BRUNO


O prefeito Eduardo Paes recebe daqui a pouco para almoço no Palácio da Cidade os principais partidos de sua provável aliança para a reeleição. Estarão à mesa os caciques do PT, PDT, PSB e Solidariedade. Confirmaram presença a presidente petista Gleisi Hoffmann; o presidente regional João Maurício; o manda-chuva do PDT, atual ministro Carlos Lupi; além de Carlos Siqueira, do PSB, e o deputado Áureo, do Solidariedade.


Anfitrião e convidados vão enfrentar o debate sobre a escolha do vice. Paes está decido a escolher o companheiro de chapa entre os seus colaboradores mais próximos. Oscila entre Pedro Paulo e Eduardo Cavalieri. PT e PDT reivindicam o posto. Os petistas sugerem André Ceciliano e Adilson Pires. Carlos Lupi patrocina a indicação da deputada Martha Rocha.


Gleisi e Lupi devem reiteram o desejo de indicarem o vice mas sabem da dificuldade de serem atendidos e nem por isto ameaçam deixar a aliança. Querem, entretanto, construir um cenário de negociação através do qual PT  e PDT tenham compensações políticas para renunciarem ao pleito. Buscam, na verdade, uma saída honrosa para o impasse em torno da escolha do vice. PSB e Solidariedade se movimentam com a mesma estratégia.


O almoço de hoje é para reaglutinar as forças do campo de Eduardo Paes, que se distanciaram com o acirramento do debate sobre o vice. Sem abrir mão da indicação, o prefeito deseja retomar o diálogo com os parceiros  firmando compromissos administrativos e eleitorais compensatórios. A rediscussão de espaços na administração em um novo mandato e a composição da provável chapa ao governo do estado e ao senado em 2026 estão jogo.


Fonte: Agenda do Poder

De olho em 2026, caciques do PT fluminense fortalecem candidaturas de “afilhados” nas eleições deste ano

 Quaquá, Lindbergh e Ceciliano miram principalmente a capital, Baixada Fluminense e Região Metropolitana

Caciques do PT fluminense investiram em pré-candidaturas a prefeito e vice em municípios do estado, com vistas a fortalecer suas posições em 2026, quando haverá novo pleito, dessa vez para governador, deputados e duas vagas no Senado.


A estratégia de fortalecer “afilhados” nas eleições de outubro deste ano foi adotada pelos deputados federais Lindbergh Farias, Washington Quaquá e pelo ex-presidente da Assembleia Legislativa André Ceciliano, como informa Marcelo Remígio, em O Globo.


Quem for bem-sucedido este ano sairá com forças renovadas para o novo embate daqui a dois anos.


Capital, Baixada Fluminense e Região Metropolitana, que reúnem a maior parte do eleitorado, despertaram maior atenção desses caciques. Lindbergh aposta principalmente a cidade que governou, Nova Iguaçu, na Baixada, onde emplacou o ex-vereador Tuninho da Padaria a prefeito.


A eventual vitória do afilhado manteria Lindbergh como principal liderança do PT na cidade, quarto colégio eleitoral.


Lindbergh também atuou em Nilópolis, com o ex-prefeito Sérgio Sessim (PT), e em Duque de Caxias, segundo colégio eleitoral do Rio. O deputado foi um dos defensores do apoio ao nome do PV, o ex-prefeito José Camilo Zito. No entanto, a paternidade da aliança é reivindicada por Ceciliano.


Disputa por espaço


Já em Queimados e na capital, os dois divergem. O ex-presidente da Alerj conseguiu levar o PT a apoiar o deputado federal Max Lemos (PDT), enquanto Lindbergh defendia a aliança com o prefeito de Queimados, Glauco Kaizer (União).


Na capital, Ceciliano seguiu as diretrizes do PT nacional e apoia a reeleição de Eduardo Paes (PSD). O ex-deputado é um dos nomes do partido para a vaga de vice na chapa do prefeito, ainda indefinida.


Lindbergh, por sua vez defende uma aliança com o candidato do PSOL, o deputado federal Tarcício Motta, e propôs o movimento “petistas com Tarcísio”.


Ceciliano também lançou a pré-candidatura do filho, o deputado estadual Andrezinho (PT), em Paracambi. Ceciliano tem ainda como aliados a candidata à reeleição em Japeri, Fernanda Ontiveros (PT), e Lorena Zacarias (PT), a Madrinha, em São João de Meriti, numa tentativa de ampliar sua influência na Baixada.


Quaquá tenta voltar ao comando de Maricá


Já Quaquá busca reforçar suas bases na Região Metropolitana. Ex-prefeito, ele concorrerá em Maricá e lançou sua ex-mulher, a deputada estadual Zeidan (PT), em Itaboraí. Quaquá ainda aposta no deputado federal Dimas Gadelha em São Gonçalo, terceiro colégio eleitoral.


Em Duque de Caxias, Quaquá teve divergência com Ceciliano e Lindbergh. Até fechar a aliança com Zito, ele defendia o nome do deputado federal Marcos Tavares (PDT). O petista procura agora uma aproximação com Zito.


Fonte: Agenda do Poder com informações do jornal O Globo