O Aeroporto Salgado Filho reabre, de forma parcial, a partir desta segunda-feira (15) em Porto Alegre, os serviços de embarque e desembarque de passageiros. O processamento de passageiros e o controle de segurança serão feitos nos pisos 2 e 3 do terminal, áreas não impactadas pelas enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul.
O serviço de check-in e o embarque de passageiros serão feitos por meio de uma área adaptada no terminal internacional, uma vez que o espaço doméstico está passando por reformas. Sinalizações foram colocadas no local de forma a instruir os usuários para que se dirijam ao embarque nos ônibus, com destino à Base Aérea de Canoas, a cerca de 10 quilômetros do aeroporto Salgado Filho.
Como será
O acesso ao terminal deverá ser feito pela rampa externa que leva ao piso 2. “No primeiro momento, o acesso ao procedimento de embarque será realizado exclusivamente pelas portas 5 e 6. A partir de daí, os passageiros deverão subir ao piso 3 e utilizar a área de embarque internacional para a inspeção de segurança”, informou, em nota, o Ministério de Portos e Aeroportos.
O horário de funcionamento do terminal é das 6h às 21h. É indicado que os passageiros se apresentem, no aeroporto, com três horas de antecedência em relação ao horário do voo. O processo de embarque se encerrará 1h30 antes voo.
"Quem se associa ao nazismo e ao fascismo, à repressão e aos assassinatos da ditadura, não tem autoridade para falar sobre esse tema. É o caso do inelegível", disse
Gleisi Hoffmann, Donald Trump e Jair Bolsonaro (Foto: Gustavo Bezerra | Alan Santos/PR)
A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), usou as redes sociais para criticar Jair Bolsonaro (PT) e seus apoiadores que compararam o suposto atentado contra o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump ao evento de Juiz de Fora (MG) em 2018.
“A violência política sempre foi uma prática da extrema-direita, não apenas contra seus adversários, mas contra a democracia.
Quem se associa ao nazismo e ao fascismo, à repressão e aos assassinatos da ditadura, não tem autoridade para falar sobre esse tema. É o caso do inelegível, que até hoje defende tortura e os torturadores”, escreveu Gleisi no X, atigo Twitter.
A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – teve redução, passando de 4,02% para 4% este ano. A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (15), pesquisa divulgada semanalmente, em Brasília, pelo Banco Central (BC), com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.
Já para 2025, a projeção da inflação subiu de 3,88% para 3,9%. Para 2026 e 2027, as previsões são de 3,6% e 3,5%, respectivamente.
A estimativa para 2024 está acima da meta de inflação, mas ainda dentro de tolerância, que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.
Em junho, influenciada principalmente pelo grupo de alimentação e bebidas, a inflação do país foi 0,21%, após ter registrado 0,46% em maio. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em 12 meses, o IPCA acumula 4,23%.
Juros básicos
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 10,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A alta recente do dólar e o aumento das incertezas econômicas fizeram o BC interromper o corte de juros iniciado há quase um ano. Na última reunião, em junho, por unanimidade, o colegiado manteve a Selic nesse patamar após sete reduções seguidas.
De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, em um ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, por sete vezes seguidas. Com o controle dos preços, o BC passou a realizar os cortes na Selic.
Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.
Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 no patamar que está hoje, em 10,5% ao ano. Para o fim de 2025, a estimativa é de que a taxa básica caia para 9,5% ao ano. Para 2026 e 2027, a previsão é que ela seja reduzida, novamente, para 9% ao ano, para os dois anos.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.
Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.
PIB e câmbio
A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano subiu de 2,1% para 2,11%. Para 2025, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 1,97%. Para 2026 e 2027, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 2%, para os dois anos.
O IBC-Br acumula alta de 0,53% no trimestre móvel encerrado em maio, na margem e considerando a série com ajuste sazonal
O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), conhecido por sinalizar uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto), avançou 0,25% em maio, na comparação com abril, na série com ajuste sazonal. No mês anterior, havia subido 0,26%, conforme o dado revisado nesta segunda-feira (15). O indicador atingiu 149,6 pontos, o maior nível da série histórica.
O resultado de maio ficou aquém da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, que indicava alta de 0,3% para o IBC-Br. As estimativas das 25 instituições consultadas iam de queda de 0,6% a alta de 0,9% da atividade econômica nacional.
Na comparação com maio de 2023, o IBC-Br subiu 1,3%, também menos do que sugeria a mediana da pesquisa, de 1,4%. Na série sem ajuste sazonal, o índice atingiu 148,86 pontos, o maior nível para o mês na série histórica.
Trimestre
O IBC-Br acumula alta de 0,53% no trimestre móvel encerrado em maio, na margem e considerando a série com ajuste sazonal. Na série sem ajuste, o índice sobe 1,24% no trimestre frente aos mesmos três meses de 2023. No ano, o IBC-Br sobe 2,01% e, em 12 meses, acumula alta de 1,66%, todos na série sem ajuste sazonal.
Anúncio ocorre após ataque contra ex-presidente em comício na Pensilvânia e põe fim às especulações sobre escolha para o cargo
Após meses de especulações, o ex-presidente dos EUA Donald Trump anunciou nesta segunda-feira J.D. Vance como sua escolha para vice-presidente nas eleições estadunidenses deste ano. O candidato republicano retornou à arena política como estrela da Convenção Nacional Republicana em Milwaukee — antiga cidade socialista que, aliás, não elege um republicano desde 1908.
“Após longas deliberações e reflexões, e considerando os imensos talentos de muitos outros, decidi que a pessoa mais adequada para assumir o cargo de vice-presidente dos Estados Unidos é o senador J.D. Vance, do grande estado de Ohio”, escreveu Trump em sua rede social. “J.D. teve uma carreira empresarial muito bem-sucedida em Tecnologia e Finanças e, agora, durante a campanha, estará fortemente focado nas pessoas por quem lutou tão brilhantemente”, acrescentou.
Senador por Ohio, o republicano não foi um apoiador de primeira ordem de Trump, mas tem fama de bom arrecadador de recursos — um fator importante em um país onde as vitórias políticas são obtidas ao custo de bilhões de dólares. Aos 39 anos, Vance serviu no Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA e chegou a ser enviado para missão no Iraque, antes de retornar ao seu país se formar em Ciência Política e Filosofia pela Universidade Estadual de Ohio e Direito pela Universidade Yale.
Até então, Trump tinha sido bastante discreto sobre seu potencial companheiro de chapa. Sem dar mais detalhes, nos últimos meses ele se limitou a dizer que seria “um grande vice-presidente”. À emissora conservadora Fox News, o republicano afirmou que era necessário que o candidato fosse “alguém que nos ajude a vencer”, ou seja, um nome que o ajude a ampliar a base de seus eleitores. Ao mesmo tempo, Trump desejava “alguém capaz de realizar um ótimo trabalho como presidente”.
Conforme publicado pela Associated Press, a escolha de Trump deve definir o principal candidato à nomeação presidencial republicana nas próximas eleições caso o ex-presidente vença o pleito em novembro e tome posse de seu segundo mandato, atingindo o limite constitucional dos EUA. Após o tiroteio de sábado, a escolha de Trump tem um peso consideravelmente maior. Se uma bala tivesse atingido um pouco mais à direita, provavelmente ele teria sido morto ou gravemente ferido.
Antes do tiroteio, Trump havia deixado claro que gostaria de revelar dramaticamente sua escolha na convenção, o que ele disse que tornaria o evento mais “interessante”. Horas antes do comício, ele foi questionado pela Fox News sobre o quão perto estava de sua escolha para vice-presidente — e se ela poderia mudar caso o atual presidente dos EUA, Joe Biden, desistisse de concorrer à reeleição. Trump afirmou que a decisão era “muito importante, especialmente se algo ruim acontecer”.
Na lista de potenciais candidatos, o senador Marco Rubio parecia ser um dos favoritos até poucas horas antes do anúncio oficial, quando, segundo três pessoas envolvidas no assunto, ele teria sido informado de que não seria o escolhido. Uma quarta pessoa disse que a possibilidade de um impedimento eleitoral se tornou uma preocupação crescente para o ex-presidente nos últimos dias (a Constituição estadunidense proíbe dois moradores do mesmo estado de compartilhar a chapa presidencial).
Rubio havia dito em particular que estaria disposto a se mudar para Washington, D.C., para se juntar à chapa de Trump. Filho de imigrantes cubanos, Rubio poderia ajudar Trump a atrair eleitores hispânicos, além de tranquilizar doadores do partido e eleitores moderados. Os assessores do senador se recusaram a comentar o assunto.
Precedentes
De acordo com o New York Times, Trump escolheu seu companheiro de chapa nas últimas 24 horas. A demora para anunciar o escolhido foi maior do que o usual, mas, segundo a AP, não é sem precedentes. Em 1980, Ronald Reagan (1911-2004) negociou com o ex-presidente Gerald Ford (1913-2006) por horas, mas escolheu seu ex-rival nas primárias, George H.W. Bush (1924-2018). O anúncio foi feito menos de 24 horas antes de Reagan aceitar a nomeação do Partido Republicano.
Bush também esperou até a convenção republicana de 1988 em Nova Orleans para surpreender muitos dos participantes — e até alguns dos seus conselheiros — e escolher o pouco conhecido senador Dan Quayle para ser seu número dois.
Desde então, porém, a tradição tem sido escolher o vice-presidente pouco antes de a convenção do partido do candidato começar. Em 2016, Trump escolheu o governador Mike Pence dias antes da convenção republicana daquele ano abrir em Cleveland.
O ex-presidente de 78 anos é a esperança republicana para retornar à Casa Branca. A tentativa de assassinato que o republicano sofreu no sábado, quando foi atingido na orelha direita, continua dominando o noticiário. O atirador, um jovem de 20 anos que foi morto pouco após ter disparado, matou um espectador do comício em Butler e feriu outras duas pessoas. No dia seguinte ao ataque, Trump chegou a Milwaukee, cidade de 570 mil habitantes, e afirmou que “nenhum atirador” mudaria sua agenda.
Líder nas pesquisas, apesar de seus problemas jurídicos e de uma condenação, o magnata republicano parece a caminho da vitória, enquanto o democrata Joe Biden, de 81 anos, recebe apelos de integrantes do próprio partido para abandonar a disputa eleitoral devido ao suposto declínio em suas capacidades cognitivas.
Segundo apuração, houve registros de pesquisas no sistema FirstMile em operação denominada “Adelito” pelos investigados
A Polícia Federal (PF) apura a utilização do software de monitoramento espião FirstMile para realizar uma investigação paralela sobre a facada contra o então candidato Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2018.
A informação está na representação da PF que resultou em buscas e prisões na última quinta-feira (11), na quarta fase da operação Última Milha, que apura a existência de uma “Abin Paralela” no governo Bolsonaro.
Segundo o documento, houve registros de pesquisas no sistema FirstMile de uma operação denominada “Adelito” pelos investigados, uma possível referência a Adélio Bispo, autor do atentado.
A polícia encontrou 114 pesquisas no software feitas pelo grupo, entre os dias 13 a 27 de abril de 2020, em que parte das coordenadas foi registrada justamente na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais, onde houve o crime.
“As diligências de análise para tentar identificar a motivação para a possível investigação paralela ao caso Adélio e outras circunstâncias que indiquem o desvio institucional estão em andamento”, diz o relatório da PF.
Ainda de acordo com o órgão, a chamada “Abin paralela” também buscou saber se havia relação entre Adelio com rivais do ex-presidente, incluindo o ex-ministro José Dirceu (PT).
O relatório afirma que o ex-diretor da Abin e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL) determinou ao policial federal Marcelo Bormevet que realizasse uma análise dos dados disponíveis relacionados ao caso Adélio em março de 2022.
Preso na quinta-feira (11), Bormevet foi segurança de Bolsonaro na campanha de 2018 e, depois, nomeado para integrar o CIN (Centro de Inteligência Nacional), estrutura criada pelo atual deputado na Abin.
Em junho deste ano, a PF reiterou que Adélio agiu sozinho no crime e que o caso da tentativa de assassinato de Bolsonaro estava encerrado.
Em um caso politizado desde a origem — e explorado por Bolsonaro, apoiadores e oposicionistas conforme as circunstâncias —, também a apuração sofreu pressões políticas. Três inquéritos da PF concluíram que Adélio agiu sozinho, sem ordem de mandantes ou auxílio de comparsas.
Colocando em xeque o trabalho da PF, Bolsonaro e seu núcleo insinuaram ao longo do mandato e depois de sua saída do cargo que a ação foi um exemplo de como seus inimigos desconhecem limites nas ações para aniquilá-lo política e juridicamente.
Acadêmicos que pesquisam a direita apontam a facada como elemento importante da estética bolsonarista, ao emplacar a vitimização — como prenunciou uma foto do candidato na cama do hospital ao receber os primeiros socorros quando estava entre a vida e a morte — e forjar a imagem de mártir.
Nesta sexta-feira (12), Ramagem disse que “finalmente” houve indicação de que será ouvido pela PF, “a fim de buscar instrução devida e desconstrução de toda e qualquer narrativa”.
Ramagem também afirmou que “fica claro” que a PF despreza os “fins de uma investigação” com o objetivo de “levar à imprensa ilações e rasas conjecturas”.
Espionagem
A PF também investiga se policiais lotados no CIN utilizaram o software de geolocalização e se produziram relatórios sobre ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e políticos adversários do ex-presidente.
Os policiais federais vinculados a Ramagem alegam que desconhecem o uso do sistema. De acordo com a polícia, o argumento “desafia a lógica da própria estrutura de inteligência”.
Segundo a PF, “seria impossível que um dos principais setores da Abin utilizasse a ferramenta de alta sensibilidade sem o conhecimento da alta gestão”.
“A existência e o uso do sistema FirstMile, em verdade, eram de plena ciência dos altos gestores da Abin e foi tão-somente um dos sistemas empregados nas ações clandestinas”, diz a polícia.
Filho do ex-presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) também está na lista de investigados da operação por envolvimento no uso do software.
O FirstMile foi utilizado pela Abin entre 2019 e 2021. Ele foi adquirido e ficava “hospedado” em computadores da Diretoria de Operações de Inteligência, mas depoimentos de servidores e documentos de apurações internas da Abin mostram o uso por solicitação de pessoas ligadas ao CIN.
O software foi produzido pela empresa israelense Cognyte — antiga Suntech/Grupo Verint e adquirido pela Abin ainda no governo de Michel Temer (MDB) por R$ 5,7 milhões.
Gleisi e Lupi devem reiteram o desejo de indicarem o vice mas sabem da dificuldade de serem atendidos e nem por isto ameaçam deixar a aliança.
RICARDO BRUNO
O prefeito Eduardo Paes recebe daqui a pouco para almoço no Palácio da Cidade os principais partidos de sua provável aliança para a reeleição. Estarão à mesa os caciques do PT, PDT, PSB e Solidariedade. Confirmaram presença a presidente petista Gleisi Hoffmann; o presidente regional João Maurício; o manda-chuva do PDT, atual ministro Carlos Lupi; além de Carlos Siqueira, do PSB, e o deputado Áureo, do Solidariedade.
Anfitrião e convidados vão enfrentar o debate sobre a escolha do vice. Paes está decido a escolher o companheiro de chapa entre os seus colaboradores mais próximos. Oscila entre Pedro Paulo e Eduardo Cavalieri. PT e PDT reivindicam o posto. Os petistas sugerem André Ceciliano e Adilson Pires. Carlos Lupi patrocina a indicação da deputada Martha Rocha.
Gleisi e Lupi devem reiteram o desejo de indicarem o vice mas sabem da dificuldade de serem atendidos e nem por isto ameaçam deixar a aliança. Querem, entretanto, construir um cenário de negociação através do qual PT e PDT tenham compensações políticas para renunciarem ao pleito. Buscam, na verdade, uma saída honrosa para o impasse em torno da escolha do vice. PSB e Solidariedade se movimentam com a mesma estratégia.
O almoço de hoje é para reaglutinar as forças do campo de Eduardo Paes, que se distanciaram com o acirramento do debate sobre o vice. Sem abrir mão da indicação, o prefeito deseja retomar o diálogo com os parceiros firmando compromissos administrativos e eleitorais compensatórios. A rediscussão de espaços na administração em um novo mandato e a composição da provável chapa ao governo do estado e ao senado em 2026 estão jogo.
Quaquá, Lindbergh e Ceciliano miram principalmente a capital, Baixada Fluminense e Região Metropolitana
Caciques do PT fluminense investiram em pré-candidaturas a prefeito e vice em municípios do estado, com vistas a fortalecer suas posições em 2026, quando haverá novo pleito, dessa vez para governador, deputados e duas vagas no Senado.
A estratégia de fortalecer “afilhados” nas eleições de outubro deste ano foi adotada pelos deputados federais Lindbergh Farias, Washington Quaquá e pelo ex-presidente da Assembleia Legislativa André Ceciliano, como informa Marcelo Remígio, em O Globo.
Quem for bem-sucedido este ano sairá com forças renovadas para o novo embate daqui a dois anos.
Capital, Baixada Fluminense e Região Metropolitana, que reúnem a maior parte do eleitorado, despertaram maior atenção desses caciques. Lindbergh aposta principalmente a cidade que governou, Nova Iguaçu, na Baixada, onde emplacou o ex-vereador Tuninho da Padaria a prefeito.
A eventual vitória do afilhado manteria Lindbergh como principal liderança do PT na cidade, quarto colégio eleitoral.
Lindbergh também atuou em Nilópolis, com o ex-prefeito Sérgio Sessim (PT), e em Duque de Caxias, segundo colégio eleitoral do Rio. O deputado foi um dos defensores do apoio ao nome do PV, o ex-prefeito José Camilo Zito. No entanto, a paternidade da aliança é reivindicada por Ceciliano.
Disputa por espaço
Já em Queimados e na capital, os dois divergem. O ex-presidente da Alerj conseguiu levar o PT a apoiar o deputado federal Max Lemos (PDT), enquanto Lindbergh defendia a aliança com o prefeito de Queimados, Glauco Kaizer (União).
Na capital, Ceciliano seguiu as diretrizes do PT nacional e apoia a reeleição de Eduardo Paes (PSD). O ex-deputado é um dos nomes do partido para a vaga de vice na chapa do prefeito, ainda indefinida.
Lindbergh, por sua vez defende uma aliança com o candidato do PSOL, o deputado federal Tarcício Motta, e propôs o movimento “petistas com Tarcísio”.
Ceciliano também lançou a pré-candidatura do filho, o deputado estadual Andrezinho (PT), em Paracambi. Ceciliano tem ainda como aliados a candidata à reeleição em Japeri, Fernanda Ontiveros (PT), e Lorena Zacarias (PT), a Madrinha, em São João de Meriti, numa tentativa de ampliar sua influência na Baixada.
Quaquá tenta voltar ao comando de Maricá
Já Quaquá busca reforçar suas bases na Região Metropolitana. Ex-prefeito, ele concorrerá em Maricá e lançou sua ex-mulher, a deputada estadual Zeidan (PT), em Itaboraí. Quaquá ainda aposta no deputado federal Dimas Gadelha em São Gonçalo, terceiro colégio eleitoral.
Em Duque de Caxias, Quaquá teve divergência com Ceciliano e Lindbergh. Até fechar a aliança com Zito, ele defendia o nome do deputado federal Marcos Tavares (PDT). O petista procura agora uma aproximação com Zito.
Fonte: Agenda do Poder com informações do jornal O Globo