sexta-feira, 12 de julho de 2024

“Lula tem poder de mobilização e o PT precisa utilizar essa força”, diz Rui Costa Pimenta

 

Líder do PCO afirma que o presidente Lula deve agitar a população na defesa de suas causas, como a redução dos juros do Banco Central

(Foto: Divulgação )

Em entrevista à TV 247, Rui Costa Pimenta, líder e presidente do Partido da Causa Operária (PCO), fez uma análise sobre a atual situação política do Partido dos Trabalhadores (PT) e seu papel na política brasileira. Pimenta criticou a postura do PT e abordou questões que, segundo ele, o partido precisa enfrentar. “A base do PT é imensa e precisa ser mobilizada,” afirmou Pimenta, destacando a importância de o partido engajar seus apoiadores em ações mais contundentes.

Comentando sobre o cenário internacional, Pimenta afirmou: “O recado que a França passa é claro: a burguesia prefere a extrema-direita à esquerda.” Ele utilizou o exemplo francês para ilustrar a resistência das elites econômicas à política de esquerda e ao presidente Lula. “O presidente Lula tem poder de mobilização,” disse Pimenta, ressaltando a capacidade do presidente de influenciar e unir a base do partido. Segundo ele, é crucial que Lula e o PT utilizem esse poder para combater as forças de direita e as pressões feitas ao governo.

Pimenta também enfatizou a necessidade de ações mais assertivas contra adversários políticos: “É preciso fazer agitação política contra a direita.” Para ele, a estratégia do PT deve incluir uma postura mais combativa. Um dos pontos mais críticos levantados por Pimenta foi em relação ao Banco Central. “O caso do Banco Central é inacreditável,” declarou. Ele criticou duramente a política econômica liderada por Roberto Campos Neto, afirmando que “a política do Roberto Campos Neto custa ao estado brasileiro quase R$1 trilhão por ano.”

Pimenta sugeriu uma medida que, segundo ele, deveria ser prioridade para o PT: “O PT deveria fazer a auditoria da dívida pública.” Ele acredita que uma revisão rigorosa das finanças públicas é essencial para entender e solucionar os problemas econômicos do país. Sobre a influência de Jair Bolsonaro, Pimenta opinou: “A burguesia brasileira ainda precisa do Bolsonaro, se ela quiser se livrar do PT e do Lula.” Ele vê o ex-presidente como um instrumento utilizado pelas elites para minar a atuação do PT. Finalmente, Pimenta apontou uma das principais barreiras internas do PT: “O PT tem medo de perder seus aliados se radicalizar.” Para ele, esse medo impede o partido de adotar posições mais firmes e alinhadas com os interesses de sua base. 
Assista: 


Fonte: Brasil 247

Boulos diz que apoio de Lula é importante, mas propostas para São Paulo serão prioridade

 

Pré-candidato à prefeitura de São Paulo também disse que o atual prefeito, Ricardo Nunes, investe na polarização ideológica

Marta Suplicy, Lula e Guilherme Boulos (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O deputado federal e pré-candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL-SP), afirmou à Folha de S. Paulo que não buscará sustentar sua campanha apenas na força do presidente Lula (PT), nacionalizando a disputa com o bolsonarismo. Ele buscará focar em apresentar propostas concretas para a capital paulista. 

"Esse é um ponto [apoios de Lula e Bolsonaro] importante para a eleição, e logicamente a cidade precisa saber quem apoia quem", declarou. "Esta é uma eleição sobre a cidade de São Paulo com impacto nacional. O que eu vou discutir é a cidade". 

Em relação ao seu principal rival, o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), que é apoiado por Jair Bolsonaro, Boulos disse que o emedebista investe na polarização ideológica e acusou a gestão de "não entregar nada". 

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Internautas repercutem Abin Paralela e detonam "Carluxo" nas redes

 

De acordo com a PF, a divulgação de desinformação feita por integrantes do esquema da Abin Paralela ocorria através de postagens nas redes que frequentemente marcavam o vereador

Carlos Bolsonaro (Foto: Câmara Municipal do Rio de Janeiro)

Internautas massacraram o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL), apontado por investigadores da Polícia Federal como um dos integrantes dos esquemas de espionagem e de fake news. Na rede social X, antigo Twitter, o nome "Carluxo" foi parar na seção Assuntos do Momento.

De acordo com as investigação da Polícia Federal, a divulgação de desinformação feita por integrantes do esquema da Abin Paralela ocorria através de postagens nas redes sociais que frequentemente marcavam o vereador.

Policiais federais investigam um esquema de monitoramento ilegal feito pela Agência Brasileira de Inteligência durante o governo Jair Bolsonaro. Na época, a Abin era comandada pelo atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).


Fonte: Brasil 247

Haddad atribui má avaliação da economia à desinformação

 

Ministro disse que é "avassalador" o que se vê na rede social

Fernando Haddad (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil - São Paulo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira (12) que a má avaliação do desempenho da economia brasileira está atrelado à "desinformação" nas redes sociais.

"O que eu vejo na rede social é um negócio avassalador de desinformação. E isso não parte dos meios de comunicação. O que eu vejo nas redes é muito sério porque não bate com a realidade. Dizem que o desemprego está aumentando, mas o desemprego é o mais baixo da série histórica. Falam que a renda está caindo, mas há 28 anos não tínhamos um incremento como o que tivemos em 2023”, disse o ministro durante sabatina no 19° Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Abraji, em São Paulo.

"Temos uma oposição que realmente atua para minar a credibilidade das instituições, dos dados oficiais, do Estado brasileiro, e eles atuam diuturnamente nas redes sociais. Eu nunca vi um negócio desse, é uma prática protofascista mesmo, não tem outra palavra", afirmou.

Para o ministro, a desinformação é um desafio que precisa ser enfrentado. "Eu penso que nós temos um desafio comunicacional hoje, porque quando você pergunta se a pessoa está melhor do que o ano passado ou retrasado, ela diz que está. Quando você pergunta se a economia está melhor, ela diz que não necessariamente. Metade diz que está e metade diz que não está", acrescentou.

Reforma tributária

Durante a sabatina, Haddad foi questionado sobre a votação da regulamentação da reforma tributária. Para ele, a quantidade de exceções incluídas pela Câmara no texto é preocupante. “Toda exceção, de certa maneira, acaba prejudicando a reforma tributária porque a alíquota padrão vai subindo. Nós temos três formas de diminuir a alíquota,  uma é não ter exceção, a segunda é combater a sonegação e a terceira é aumentar o imposto sobre a renda”, explicou Haddad. 

“Você manda um projeto coerente com essas três estratégias. Mas você sabe que o Brasil é um país patrimonialista. Os grupos de interesse se apossam do Estado brasileiro, desde o fim do Império é assim. O papel do poder público é ir blindando o Estado brasileiro, e a reforma tributária é um grande salto patrimonialista”, afirmou.

Uma das exceções foi a inclusão da carne na cesta básica nacional, que passa a integrar a lista de produtos que terão isenção tributária, com impactos sobre a alíquota padrão do Imposto sobre Valor Agregado (IVA). 

Para o ministro, o aumento no cashback - devolução de tributos a famílias incluídas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) - para compensar a manutenção da carne na lista de produtos com alíquota reduzida para 40% da alíquota cheia, seria uma boa ideia.

“O cashback era uma boa alternativa. Em vez de zerar o imposto da carne para todo mundo, mantinha ele baixo e devolvia para a população de baixa renda”, defende.

Ao ser questionado se se sentia derrotado com a inclusão da carne na cesta básica, o ministro brincou: “O ministro da Fazenda ou é derrotado ou é parcialmente derrotado. Não existe alternativa para ele ganhar, isso não está no horizonte”.

Após ter sido aprovado pela Câmara, o texto-base do primeiro projeto de lei complementar que regulamenta a reforma tributária segue para discussão e votação no Senado. O ministro acredita que o Senado deve aprovar o projeto. “Tivemos um entendimento muito bom na Câmara, e penso que vai ser a mesma coisa no Senado. Talvez com um pouco mais de dificuldade, mas eu tenho certeza que vamos aprovar a reforma tributária”, avalia.

Equilíbrio fiscal

O ministro Haddad reiterou o seu compromisso com o equilíbrio fiscal. “Eu não acredito que a expansão fiscal, neste momento, seja boa para o Brasil. Ao contrário, eu penso que se nós fizermos uma contenção desse período de 10 anos, nós temos espaço na política monetária de corte de juros para promover um desenvolvimento sustentável, para o investimento privado aumentar. O objetivo de equilíbrio das contas é o que vai fazer o juro cair e o Brasil crescer”, disse.

Segundo o ministro, o país ainda tem “muita conta para pagar”, herança que teria sido deixada pelo governo anterior, de Jair Bolsonaro. “O Brasil, do ponto de vista fiscal, viveu duas pandemias. A pandemia propriamente dita [da covid-19] e a eleição de 2022, que teve calote. Passaram a mão no dinheiro dos governadores e abriram os cofres do Tesouro para distribuir benefícios em época eleitoral. É uma confusão fiscal que nós vamos ter que ter paciência para pôr em ordem”.

Democracia

O ministro da Fazenda disse ainda que prefere estar em um partido em que há debates e em que se faça a defesa da democracia. "Ou você está em um partido democrático ou não está. E prefiro estar em um onde haja debate", disse, acrescentando que "é melhor assim, é melhor à luz do dia, é melhor um debate frontal do que aqueles movimentos de bastidores, comuns na República brasileira, de minar a base de uma política sorrateiramente. As pessoas são transparentes, falam o que pensam, e eu falo o que eu penso também", disse.

Fonte: Brasil 247

Haddad critica PEC da autonomia financeira do BC: 'transformar em empresa não vai ser bom'

 

PEC 65/2023 prevê transformar o BC, uma autarquia federal com orçamento vinculado à União, em empresa pública com autonomia financeira e orçamentária, sob supervisão do Congresso

Fernando Haddad (Foto: Reuters/Agustin Marcarian | Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Fábio Matos, Infomoney - Para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 65/2023, que tramita no Senado Federal e prevê a autonomia financeira e orçamentária do Banco Central (BC), não é um bom caminho para a autoridade monetária e para o país.

No início da semana, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado adiou a votação da PEC, que deve ocorrer na próxima semana, possivelmente no dia 17.

Em linhas gerais, a PEC transformaria o BC, uma autarquia federal com orçamento vinculado à União, em empresa pública com total autonomia financeira e orçamentária, sob supervisão do Congresso Nacional. O BC teria plena liberdade para definir, por exemplo, os planos de carreira e salários de seus funcionários, contratações e reajustes.

O financiamento das atividades da instituição seria feito a partir de receitas da chamada “senhoriagem”, entendida como “o custo de oportunidade do setor privado em deter moeda comparativamente a outros ativos que rendem juros” – nos moldes do que ocorre em bancos centrais de países como Estados Unidos, Canadá, Suécia, Noruega e Austrália.

Na prática, a proposta amplia a autonomia operacional do BC instituída há três anos. Em 2021, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou o projeto, aprovado pelo Congresso Nacional, que tornou o BC autônomo em sua operação, o que limitou a capacidade de influência do Poder Executivo sobre as decisões relacionadas à política monetária. Desde então, os mandatos do presidente do BC e do titular do Palácio do Planalto não são mais coincidentes. Agora, o chefe da autarquia assume sempre no primeiro dia útil do terceiro ano de cada governo.

“As relações técnicas das duas instituições ocorrem normalmente. Nós temos confiança na diretoria do BC. É um corpo técnico muito qualificado que nós queremos prestigiar, mas de forma diferente do que está sendo proposto no Senado. Nós entendemos que transformar o BC em uma empresa não vai ser bom para o BC. Não é o caminho transformar o BC em uma empresa de direito privado. Entendemos que o caminho é outro”, afirmou Haddad, que participou do do 19º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), em São Paulo (SP).

Fonte: Brasil 247 com informações do Infomoney

Irritado, Bolsonaro cancela gravações com pré-candidatos após áudio comprometedor gravado por Ramagem

 

Jair Bolsonaro está visivelmente perturbado com o fato de a Polícia Federal ter em mãos uma gravação de reunião em que se discutia como blindar Flávio de investigações

Jair Bolsonaro (Foto: Marcos Correa/PR | Reprodução)

Irritado ao descobrir a existência de um áudio em que fora gravado durante uma reunião confidencial com Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Jair Bolsonaro cancelou todas as gravações que faria com candidatos às prefeituras nas eleições de outubro, destaca Lauro Jardim em sua coluna no jornal O Globo. Ele decidiu que, ao menos no momento, não há clima para qualquer produção.

Apesar do cancelamento, Bolsonaro permaneceu no escritório, na sede do PL, em Brasília, sem esconder sua fúria dos aliados presentes no partido. O ex-mandatário mostrou-se visivelmente perturbado com o fato de a Polícia Federal ter em mãos uma gravação de sua reunião com Ramagem e que contou com a participação do então chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, em que foi discutido um plano para blindar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) das investigações sobre um esquema de rachadinha que teria funcionado sem seu gabinete quanto ocupava uma cadeira na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

A gravação da reunião foi revelada nesta quinta-feira (11), após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes levantar o sigilo do relatório da Polícia Federal que embasou a quarta fase da Operação Última Milha. A operação investiga um suposto esquema de monitoramento ilegal de críticos e opositores do governo Bolsoanro feito por agentes da Abin duante a gestão do ex-mandatário. 

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

STF mantém prisão de cinco investigados no caso da Abin Paralela do governo Bolsonaro

 

Operação da PF foi deflagrada nesta quinta-feira

Fachada do palácio do Supremo Tribunal Federal (STF) (Foto: Fachada do palácio do Supremo Tribunal Federal (STF))

Por Andre Richter - Repórter da Agência Brasil - Brasília
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter a prisão de cinco investigados na quarta fase da Operação Última Milha, deflagrada nesta quinta-feira (11), que apura o uso irregular da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para favorecer filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, monitorar ilegalmente ministros do STF e políticos opositores.

Com a decisão, vão continuar presos Mateus de Carvalho Sposito, ex-funcionário da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, o empresário Richards Dyer Pozzer, o influencer digital Rogério Beraldo de Almeida, Marcelo Araújo Bormevet, policial federal, e Giancarlo Gomes Rodrigues, militar do Exército.

As prisões foram mantidas após audiência de custódia realizada por um juiz instrutor do gabinete do ministro Alexandre de Moraes. A justificativa para manutenção das prisões ainda não foi divulgada.

Segundo a investigação da Polícia Federal (PF), os cinco acusados participaram do trabalho de monitoramento ilegal, que teria sido realizado com o conhecimento do ex-diretor da Abin e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Os investigadores apontam a utilização do programa First Mile para realizar a espionagem ilegal contra autoridades do Judiciário, do Legislativo e da Receita Federal, além de jornalistas.

Defesas

A Agência Brasil não conseguiu localizar as defesas dos cinco acusados. Em nota, Alexandre Ramagem negou ter atuado ilegalmente durante sua gestão no órgão.

Ramagem disse que não houve monitoramento ilegal de autoridades. Segundo ele, os nomes que aparecem na investigação foram citados em mensagens de WhatsApp e conversas de outros investigados na operação.

"Trazem lista de autoridades judiciais e legislativas para criar alvoroço. Dizem monitoradas, mas na verdade não. Não se encontram em First Mile ou interceptação alguma. Estão em conversas de WhatsApp, informações alheias, impressões pessoais de outros investigados, mas nunca em relatório oficial contrário à legalidade", afirmou.

O parlamentar também negou que tenha favorecido o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Segundo a PF, as ações clandestinas de monitoramento também ocorreram contra três auditores da Receita Federal responsáveis pela investigação sobre "rachadinha" no gabinete de Flávio quando ele ocupava do cargo de deputado estadual.

"Não há interferência ou influência em processo vinculado ao senador Flávio Bolsonaro. A demanda se resolveu exclusivamente em instância judicial", concluiu.

Ontem (11), o senador negou qualquer favorecimento e disse que a divulgação do relatório de investigação da PF foi feita para prejudicar a candidatura de Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro.

"Simplesmente não existia nenhuma relação minha com Abin. Minha defesa atacava questões processuais, portanto, nenhuma utilidade que a Abin pudesse ter. A divulgação desse tipo de documento, às vésperas das eleições, apenas tem o objetivo de prejudicar a candidatura do delegado Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro", afirmou.

Jair Bolsonaro não se pronunciou.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

STF realiza audiência de custódia de presos no caso Abin

 

Segundo a PF, agência foi usada para favorecer filhos de Bolsonaro

(Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

Agência Brasil - O Supremo Tribunal Federal STF) realiza nesta sexta-feira (12) a audiência da custódia dos cinco presos pela Polícia Federal (PF) em mais uma fase da investigação que apura o uso ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo do presidente Jair Bolsonaro.

A audiência será realizada de forma virtual. Os trabalhos serão conduzidos por um juiz instrutor do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, que determinou as prisões nesta quinta-feira (11).

Estão presos Mateus de Carvalho Sposito, ex-funcionário da Secretaria de Comunicação da Presidência da República; o empresário Richards Dyer Pozzer, o influencer digital Rogério Beraldo de Almeida; Marcelo Araújo Bormevet, policial federal; e Giancarlo Gomes Rodrigues, militar do Exército.

De acordo com as investigações, a Abin foi utilizada durante o governo Bolsonaro para favorecer filhos do ex-presidente, monitorar ilegalmente ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e políticos opositores.

Defesas: Em nota divulgada nesta sexta-feira, o deputado federal Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin, negou as acusações de uso ilegal do órgão durante sua gestão.

Segundo Ramagem, as acusações são "ilações e rasas conjecturas" e visam prejudicar sua candidatura à prefeitura do Rio de Janeiro.

"Houve finalmente indicação de que serei ouvido na PF, a fim de buscar instrução devida e desconstrução de toda e qualquer narrativa. No Brasil, nunca será fácil uma pré-campanha da nossa oposição. Continuamos no objetivo de legitimamente mudar para melhor a cidade do Rio de Janeiro", afirmou.

Ontem (11), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que a divulgação do relatório de investigação da PF foi feita para prejudicar a candidatura de Ramagem.

"Simplesmente não existia nenhuma relação minha com Abin. Minha defesa atacava questões processuais, portanto, nenhuma utilidade que a Abin pudesse ter. A divulgação desse tipo de documento, às vésperas das eleições, apenas tem o objetivo de prejudicar a candidatura de delgado Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro", afirmou.

Jair Bolsonaro não se manifestou.

A Agência Brasil tenta contato com os demais citados e está aberta para incluir seu posicionamento no texto.

Fonte: Agência Brasil

PF investiga núcleo que atuava como ponte entre Bolsonaro e influenciadores digitais alimentados pela 'Abin paralela'


Segundo a PF, o núcleo era formado por funcionários da presidência e agia como intermediário entre Jair Bolsonaro e os influenciadores ligados ao 'gabinete do ódio'

Jair Bolsonaro (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agencia Brasil)

A quarta etapa da Operação Última Milha, deflagrada nesta quinta-feira(11) pela Polícia Federal (PF) aprofundou as investigações sobre a chamada 'Abin paralela' do governo Jair Bolsonaro (PL), revelando uma conexão direta entre a presidência da República e propagadores de desinformação.

As fases anteriores da operação já haviam identificado cinco núcleos operacionais dentro dessa estrutura clandestina. A quarta fase, segundo o jornalista Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo, revelou um novo grupo composto por funcionários da presidência, que agiam como intermediários entre Bolsonaro e os influenciadores digitais ligados ao chamado ‘gabinete do ódio’, para disseminação de fake news de forma coordenada.

Segundo a PF, essas atividades clandestinas eram conduzidas por servidores públicos lotados na Presidência, integrando um esquema de desinformação estruturado em três níveis: a ‘estrutura paralela’, as milícias digitais e a ‘Presidência da República’. De acordo com a reportagem, os principais membros do ‘núcleo Presidência da República’ eram ex-servidores do Palácio do Planalto que mantinham contato direto com Bolsonaro e os núcleos de desinformação.

Entre os integrantes deste grupo estão o analista político legislativo Daniel Ribeiro Lemos; José Matheus Sales Gomes, ex-assessor do vereador Carlos Bolsonaro, que foi contratado pelo delegado da PF e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem, quando este se tornou deputado federal; e Mateus Sposito, ex-servidor da Secretaria de Comunicação da Presidência.

Sposito, preso nesta quinta-feira, era responsável pela ligação entre Bolsonaro e um dos principais propagadores de desinformação investigados, o influenciador Richards Dyer Pozzer. Pozzer, que já havia sido indiciado pela CPI da Covid por disseminação de fake news, também foi preso na quarta fase da operação Última Milha.

Ainda conforme a reportagem, os investigadores encontraram diálogos em que Sposito instruía Pozzer a enviar arquivos para canais que fariam chegar a informação ao senador Flávio Bolsonaro PL-RJ) e a Alexandre Ramagem, visando a identificação de opositores e críticos do governo Bolsonaro. Em uma dessas conversas, Sposito mencionou "investigações" em andamento na "PR" (Presidência da República).

A PF revelou que Pozzer ganhou influência no grupo após conquistar a confiança do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos e ser abastecido com dossiês elaborados por Giancarlo Rodrigues por meio da “Abin paralela” e que eram distribuídos sob o perfil falso ‘Verdades’. Além de Pozzer, Rogério Beraldo de Almeida foi identificado como outro propagador de fake news, sendo também alimentado por informações coletadas por Giancarlo

Diálogos entre Giancarlo e o policial federal ⁠Marcelo de Araújo Bormevet, principais investigados no escândalo da Abin Paralela no governo Bolsonaro, revelaram a participação ativa dos servidores da Presidência.

“Em diálogo sobre uma das ações clandestinas identificadas pela PF, contra agências de checagem, Giancarlo afirma: ‘Vou levantar geral primeiro, senão vão excluir as contas com viés left. Já tem até jornal para publicar e o cara da Presidência disse que vai tentar levar ao PR para ele falar na live’. Segundo a Polícia Federal, a interlocução indica ‘que os produtos ilícitos da estrutura paralela infiltrada na Abin eram destinados para uso e benefício do núcleo-político, neste caso concreto com referência expressa ao então presidente da República Jair Bolsonaro’", destaca um trecho da reportagem.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

Israel e Hamas concordam com quadro de cessar-fogo em Gaza, diz Biden

 

Presidente dos EUA ressaltou que "ainda há trabalho a ser feito e essas são questões complexas"

Joe Biden e Gaza destruída por bobardeios de Israel (Foto: Reuters)

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta sexta-feira (12) que Israel e Hamas concordaram com o quadro para um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

"Há seis semanas, apresentei um quadro abrangente para alcançar um cessar-fogo e trazer os reféns para casa. Ainda há trabalho a ser feito e essas são questões complexas, mas esse quadro agora foi aceito tanto por Israel quanto pelo Hamas. Minha equipe está fazendo progressos e estou determinado a concluir isso," escreveu Biden nas redes sociais.

Nesta quinta-feira (11), o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, disse que os EUA "veem a possibilidade" de Israel e Hamas chegarem a um acordo sobre um cessar-fogo e a libertação de reféns.

"Vemos progresso. Vemos a possibilidade de chegar a um acordo. Obviamente, não posso garantir isso porque há muitos detalhes a serem resolvidos ... Achamos que as questões restantes podem ser resolvidas, devem ser resolvidas, e vamos continuar pressionando até conseguirmos um acordo," disse Sullivan à margem da cúpula da Otan em Washington.

Nesta semana, relatos da mídia sugeriram que o Hamas aprovou provisoriamente o acordo com Israel anunciado por Biden, abandonando sua exigência de que Tel Aviv cesse fogo na primeira etapa do acordo.

No entanto, o Hamas disse nesta semana que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, estava criando obstáculos nas negociações sobre um cessar-fogo na Faixa de Gaza e que as ações militares israelenses correm o risco de tornar a trégua inatingível. 

Fonte: Brasil 247 com informações da Sputnik

Cerca de 10.000 empresas faliram na Argentina desde a chegada de Milei ao poder

 

Colapso da atividade econômica foi atribuído aos efeitos da desvalorização executada pelo governo em dezembro

Javier Milei (Foto: Reuters/Ammar Awad)

RT Cerca de 10.000 pequenas e médias empresas (PMEs) fecharam as portas desde o início do governo do atual presidente da Argentina, Javier Milei, revelou em seu mais recente relatório a Associação de Empresários e Empresárias Nacionais (ENAC) do país sul-americano.

"Cada vez que a política erra o caminho do desenvolvimento, quem paga o custo de toda essa trajetória somos nós", afirmou o presidente da organização, Leo Bilanski, em entrevista concedida nesta quinta-feira (11) a uma rádio local.

Nesse sentido, Bilanski destacou que cada fechamento implica a perda de postos de trabalho, já que para cada empresa, cerca de 10 pessoas "ficam na rua" porque são demitidas. "Como é a situação? Quem paga o custo da situação em que está a Argentina, 'a casta' ou as PMEs e os trabalhadores?", criticou.

O documento, que foi elaborado com dados fornecidos pelo setor público, atribui a situação ao colapso da atividade econômica após a megadesvalorização de dezembro de 2023, que resultou tanto na aceleração da inflação quanto na queda do poder aquisitivo. Em junho de 2024, o retrocesso nas vendas no varejo foi de 21,9% em relação ao ano anterior, segundo o Ámbito.

Para a ENAC, "este experimento libertário está destruindo 50 PMEs por dia na Argentina, sem plano nem rumo econômico que gere certeza sobre o clima de negócios para poder desenvolver nossa atividade econômica em paz".

Da mesma forma, o texto afirma que, devido à "recessão ordenada pelo presidente Javier Milei e executada pelo ministro 'endividado' da Economia Luis Caputo", o país passou de ser uma nação "que criava 8.600 empresas por ano" para uma que "destrói seu equivalente em metade do tempo".

Fonte: Brasil 247 com RT

Justiça da Bolívia acusa 34 pessoas por envolvimento em tentativa de golpe de Estado

 

"Ao mesmo tempo, estamos realizando buscas e colhendo depoimentos de testemunhas, porque temos alguns mandados de prisão, mas não vamos dizer quantos", disse a promotoria

Membros das forças armadas da Bolívia se reúnem ao lado de um veículo militar enquanto o presidente Luis Arce denuncia a "mobilização irregular” de algumas unidades do exército do país em La Paz, Bolívia, em 26 de junho de 2024. (Foto: REUTERS/Claudia Morales)

Brasil de Fato - O promotor boliviano Franklin Alborta disse na quinta-feira (11) que 34 pessoas supostamente ligadas ao golpe fracassado contra o governo do presidente boliviano Luis Arce estão atualmente sob investigação, embora mais mandados de prisão, batidas e outras ações sejam estendidas para determinar quem é o responsável.

"Ao mesmo tempo, estamos realizando buscas e colhendo depoimentos de testemunhas, porque temos alguns mandados de prisão, mas não vamos dizer quantos", explicou.

Em discurso na quarta-feira (10), o presidente da Bolívia destacou que "há mais de 100 pessoas envolvidas em diferentes níveis, incluindo militares ativos e passivos e civis".

Uma das 25 pessoas presas pelos eventos é Aníbal Aguilar, ex-assessor do Ministério da Defesa e identificado como o ideólogo por trás do golpe. O detido foi transferido na manhã de quinta-feira das celas da polícia para o Hospital Obrero, em
La Paz, devido a complicações de saúde.

Também foi revelado que a Quarta Câmara Criminal do Tribunal Departamental de Justiça de La Paz revogou no último sábado a prisão domiciliar concedida anteriormente a Aguilar e ordenou sua transferência para a prisão de San Pedro, na cidade de La Paz, como medida preventiva, por um período de cinco meses.

Em 26 de junho, militares que respondiam ao ex-comandante do exército Juan José Zúñiga tomaram a Praça Murillo, realizando uma espécie de golpe de Estado que acabou sendo frustrado graças à reação do presidente Luis Arce e à mobilização dos cidadãos que enfrentaram os soldados.

Alba-TCP ratifica apoio ao governo - A Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América-Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP) ratificou na quarta-feira (10) seu apoio e compromisso com o governo e o presidente da Bolívia e denunciou que "no âmbito da guerra híbrida, uma feroz guerra midiática e de redes sociais, assédio sistemático, bloqueio econômico e várias formas de agressão política estão sendo implantadas, com o objetivo de desacreditar o governo do presidente Arce".

Nesse sentido, a organização concordou em "orientar os embaixadores dos países membros da ALBA-TCP em todo o mundo a desenvolver uma campanha de informação e divulgação da verdade sobre o que está acontecendo no Estado Plurinacional da Bolívia e as ameaças que o ameaçam".

Por isso, pediu que movimentos populares, povos indígenas, trabalhadores e estudantes "permaneçam vigilantes para informar ao mundo inteiro sobre os possíveis perigos" contra a ordem constitucional na Bolívia; ao mesmo tempo, reafirmou que "a ALBA-TCP continuará promovendo a defesa dos recursos estratégicos que existem em Nossa América contra as intenções vorazes de atores de fora da região".

Fonte: Brasil 247 com Brasil de Fato

'Trump é um risco à democracia. Está provado', diz Haddad

 

"A pessoa fomentou uma reação ao resultado eleitoral, que ele nunca reconheceu. Nunca reconheceu. E no debate agora ele também disse não que aceitaria o resultado", disse Haddad

(Foto: REUTERS)

Sputnik - Fernando Haddad comentou as eleições dos Estados Unidos e falou sobre o ex-presidente Donald Trump, descrevendo-o como um “risco à democracia”. O ministro disse que Trump nunca reconheceu o resultado eleitoral e fomentou uma reação contra ele. No entanto, o petista se recusou a comentar sobre a tentativa de reeleição do atual presidente Joe Biden.

"O Trump é um risco à democracia, eu acho. Está provado. Ninguém está inventando nada. A pessoa fomentou uma reação ao resultado eleitoral, que ele nunca reconheceu. Ele nunca reconheceu. E no debate agora ele também disse que não aceitaria o resultado."

Quando questionado se Biden deveria desistir da campanha, Haddad respondeu: "Aí, é demais, eu não posso falar essas coisas."

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad também comentou as eleições na Europa, mencionando França e Reino Unido. Ele destacou a esperança de uma reação democrática contra a extrema-direita. "A esperança está aí. Quem diria que a França ia dar a volta por cima do primeiro para o segundo turno? Quem diria que o Labour [Party, o Partido Trabalhista do Reino Unido] ia fazer o desempenho que teve na última eleição? Então, o mundo está reagindo da melhor maneira à extrema-direita, que é pelo voto."

Além disso, Haddad abordou questões de política econômica no Brasil. Durante sua participação no 9º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, promovido pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), o ministro comentou sobre a inclusão da carne na cesta básica desonerada. Ele afirmou que, em sua posição, é difícil ganhar disputas políticas.

"O ministro da Fazenda ou é derrotado ou é parcialmente derrotado, não existe alternativa para ele ganhar nunca", disse.

A proposta de inclusão da carne na cesta básica faz parte do primeiro projeto de lei complementar relacionado à Emenda Constitucional 132/2023 da reforma tributária. O texto aprovado pelo Congresso Nacional trata da criação da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), além do Imposto Seletivo (IS), que substituirão vários tributos federais e subnacionais.

A proposta segue agora para o Senado Federal, onde precisará do apoio da maioria dos senadores para avançar.

O projeto também aborda regimes específicos de tributação, regras para alíquotas, normas de incidência, o sistema de créditos e devolução de tributos recolhidos e a aplicação do princípio da não cumulatividade. Inclui setores favorecidos por alíquotas reduzidas, a criação da Cesta Básica Nacional, incentivos à Zona Franca de Manaus e Áreas de Livre Comércio e regras de transição e constituição dos fundos de compensação.

A inclusão da carne na cesta básica foi uma das mudanças que geraram repercussão, com imposto zero para este item.

Fonte: Brasil 247