sábado, 22 de junho de 2024

Chinês criador das cidades-esponja diz que Brasil pode ser referência

 

Conceito paisagístico faz enchente deixar de ser ameaça

No momento em que os brasileiros ainda acompanham, quase que incrédulos, as consequências causadas pelos temporais de abril e maio no Rio Grande do Sul, o Brasil recebeu a visita do arquiteto e paisagista chinês Kongjian Yu, criador do conceito cidade-esponja, que se utiliza da própria natureza para melhor resistir à ocorrência crescente de tempestades.

“Espero que o Brasil possa ser referência sobre como devemos construir o mundo”, diz o professor da Universidade de Pequim, que veio ao país a convite do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Ele participou, na última terça-feira (18), de um seminário na sede do banco, no Rio de Janeiro, sobre experiências nacionais e internacionais na reconstrução de cidades devastadas por tragédias ambientais.

Rio de Janeiro (RJ), 18/06/2024 – O arquiteto e paisagista da Universidade de Pequim, Kongjian Yu durante debate “Reconstrução de cidades e mudança climática: experiências internacionais e nacionais para o Rio Grande do Sul e o Brasil”, no BNDES, no centro da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Arquiteto e paisagista da Universidade de Pequim, Kongjian Yu durante debate “Reconstrução de cidades e mudança climática: experiências internacionais e nacionais para o Rio Grande do Sul e o Brasil” - Tomaz Silva/Agência Brasil

O encontro foi motivado pela calamidade que atingiu o Rio Grande do Sul, classificada pelo governador gaúcho, Eduardo Leite, como o “maior desastre climático do Brasil” em termos de extensão territorial e impacto econômico. Mais de 170 mortes foram confirmadas.

Kongjian Yu ressaltou que ficou impressionado com a ênfase que o BNDES tem dado a assuntos relacionados à busca de um futuro mais verde. “Eu nunca tinha ouvido uma instituição financeira falar tanto sobre mudanças climáticas, soluções verdes e determinação para o Brasil virar referência na construção de um futuro sustentável”, disse.

“Estou orgulhoso de estar aqui para compartilhar a minha experiência de como o planeta pode ser sustentável”, completou.

Origem camponesa

Yu contou que começou a pensar no conceito de cidade-esponja ao perceber que o vilarejo em que ele morava, em Zhejiang, província no leste da China, estava sendo recorrentemente afetada por inundações.

Segundo o professor, os problemas se agravaram à medida em que avançava o que ele chama de “infraestrutura cinza”, a presença crescente de concreto nas cidades, canalizando rios e impermeabilizando grandes áreas.

Dessa forma, ele colocou em prática projetos de paisagismo que privilegiam a própria natureza para lidar com enchentes, priorizando grandes áreas alagáveis e presença de vegetação nativa. Assim, partes de cidades se tornam uma espécie de esponja, com capacidade de receberem inundação e dar “tempo” para o escoamento da água, diminuindo danos a áreas habitadas.

“A enchente passa a não ser uma inimiga, resume.

O sucesso do projeto de Yu fez com que o paisagismo cidades-esponja fosse usado em maior escala em mais de 250 cidades chinesas e replicado também fora do país.

Em 2023, o pioneirismo e alcance do conceito renderam a Yu o Prêmio Internacional de Arquitetura Paisagística Cornelia Hahn Oberlander.

O conceito desenvolvido por Yu não se limita a criar áreas cuja única finalidade é ser um espaço alagável. Ele trabalha com a harmonização entre construções e natureza. Os exemplos mais recorrentes são parques que, durante estações de seca, são frequentados pelas pessoas. Muitos são um emaranhado de trilhas e passarelas cercadas por pequenos lagos e muito verde. “Seguros e bonitos”, descreve.

Yu atribui esse conhecimento de lidar com o ambiente sem intervenções drásticas – construção de muros de contenção e canalização de rios – à sabedoria de antepassados.

“Não é nada novo para aqueles que viviam há milhares de anos em regiões de monções”, disse, se referindo à temporada de ventos que causam tempestades no sudeste asiático.

China. Projeto de cidade-esponja do paisagista e arquiteto chinês Kongjian Yu. Jinhua Harbin Qunli Stormwater Park. Foto Divulgação escritório Turenscape
China. Projeto de cidade-esponja do paisagista e arquiteto chinês Kongjian Yu. Jinhua Harbin Qunli Stormwater Park. - Foto Divulgação escritório Turenscape

Contra infraestrutura cinza

Kongjian Yu é crítico da infraestrutura cinza.

“Gastamos bilhões de dólares canalizando rios, construindo represas, diques, tentando evitar que cidades e aldeias sejam inundadas”.

Segundo o arquiteto, essas intervenções devem ser consideradas para resolver questões imediatas no curto prazo apenas. “Não existe represa segura sempre, o que aumenta o perigo potencial de inundações”, declarou.

“Espero que o Brasil possa aprender com isso. Aprender com o que deu errado na China”, adverte, se referindo ao uso crescente de intervenções da engenharia.

Ele cita ainda que a produção de cimento é um emissor de gases do efeito estufa. Assim, diminuir a presença da infraestrutura cinza contribui diretamente para a redução do nível de poluentes liberados para a atmosfera.

O paisagista chinês defende que o conceito de cidade-esponja é uma solução sistemática para uma trajetória de resiliência, uma filosofia oposta à infraestrutura cinza, e que consiste em reter a água onde ela cai “Essa é a ideia do planeta esponja”, assinala.

O professor da Universidade de Pequim explica que parte do aumento do nível do mar - fenômeno que ameaça ilhas e países costeiros - se dá por causa do escoamento de água pluvial e, segundo Yu, caso essa água fique armazenada na região em que acontecem as chuvas, poderia ser absorvida na mesma área, diminuindo o volume levado para os oceanos.

China. Projeto de cidade-esponja do paisagista e arquiteto chinês Kongjian Yu. Jinhua Harbin Qunli Stormwater Park. Foto Divulgação escritório Turenscape
China. Projeto de cidade-esponja do paisagista e arquiteto chinês Kongjian Yu. Jinhua Harbin Qunli Stormwater Park.- Foto Divulgação escritório Turenscape

Brasil

Yu enalteceu a biodiversidade brasileira e mostrou-se entusiasmado com o papel que o Brasil pode exercer no planeta. “Vocês são uma esperança, são um país muito jovem ainda”.

Apesar do otimismo, ele criticou a forma em que a agricultura é cultivada. “Vejo quilômetros e quilômetros de soja. Não há espaço para a água. Vocês podem estar usando técnicas erradas. Uma pequena e simples solução pode mudar a situação dramaticamente: tornem a terra em uma esponja para captar mais água”, recomendou.

O arquiteto considera que um dos primeiros passos para a elaboração de cidades-esponja é a criação de um plano diretor, em que fique claro “qual espaço ceder para água e onde não construir”.

Ele orienta que as áreas alagáveis sejam preenchidas com florestas, parques e lagos. “A nossa solução é tirar o muro. Deixar a água entrar. A água irriga o parque”.

Os muros de contenção são, na visão do paisagista, uma ameaça. Ele explica que quando acontecem transbordamentos, as superfícies de concreto funcionam como barreiras que impedem a água de retornar para o leito dos rios.

Outro fator negativo é que rios canalizados - geralmente mais retilíneos e com menos curvas que traçados naturais - aumentam a velocidade do fluxo d’água, em vez de retardá-la.

Segundo Yu, é preciso planejamento para que rios canalizados sejam transformados em rios-esponja, com vegetação, pequenas ilhas verdes que absorvam parte da água. “Nós temos que pensar grande”, incentiva.

Ele entende que, em vez de quilômetros e mais quilômetros de muros de contenção, é preferível criar uma “parede belíssima que respira, com vegetação nativa, um corredor verde, bem no meio da cidade”.

Kongjian Yu considera que iniciativas individuais também podem contribuir para que as cidades exerçam melhor a função de esponjas. Ele dá o exemplo de prédios e apartamentos que podem absorver a água da chuva. “É possível coletar e levar para a varanda, irrigando hortas”, detalha.

“Nós precisamos repensar a maneira com que reconstruímos nossas cidades. Buscar uma solução baseada na natureza”, finaliza.

Fonte: Agência Brasil

Brasil perde para Japão e buscará bronze na Liga das Nações Feminina

 

Até então invicta, seleção de vôlei é superada por 3 sets a 2

Após 13 jogos de invencibilidade na Ligas das Nações de Vôlei Feminino (LNV), a seleção brasileira, atual líder do ranking mundial, sofreu o primeiro revés na semifinal contra o Japão, equipe que já fora derrotada pelo país na primeira fase desta edição do torneio. No entanto, no duelo deste sábado (22), em Bangacoc (Tailândia), quem levou a melhor foram as asiáticas, que chegaram pela primeira vez na história a uma final de LNV. Hoje, as brasileiras saíram atrás no placar, arrancaram o empate por duas vezes ao longo do jogo, mas sucumbiram no tie-break por 3 sets a 2 (6-24, 21-25, 25-22, e 12-15).

Neste domingo (23), a partir das 7h (horário de Brasília), a seleção comandada por José Roberto Guimarães volta à quadra contra a Polônia – derrotada pela Itália, na outra semi – para brigar pela medalha do bronze. A decisão do título da LNV ocorrerá na sequência, às 10h, entre Japão e Itália (campeã em 2022 ao derrotar o Brasil na final).

"Claro, é difícil falar agora. É sempre difícil jogar contra o Japão. Eles defendem muito. Nós também fazemos, mas hoje acho que nosso contra-ataque não foi tão bom. Nem foi o nosso saque. Elas colocaram muita velocidade em seus sets e chutes, então estávamos lutando um pouco com as posições certas”, disse Carol à VBTV, da  Federação Internacional de Voleibol (FIVB). “Foi um jogo difícil e agora é importante descansar, porque amanhã temos outro jogo e temos que estar prontos para voltar a lutar. Claro que é muito frustrante, porque queríamos vencer o torneio, mas o Japão fez um excelente trabalho", analisou a ponteira. 

A sequência de 13 vitórias seguidas do Brasil na LNV alçou a seleção feminina à liderança do ranking mundial da Federação Internacional de Voleibol (FIVB). Ao assumir o topo da lista, o Brasil assegurou a posição número 1 (cabeça de chave) do Grupo B na Olimpíada de Paris. Na mesma chave da seleção está Polônia, Japão e Quênia. O torneio de vôlei em Paris 2024 está programado para o período de 27 de julho a 11 de agosto. 

Brasil encara França na LNV masculina

Após duas derrotas seguidas – contra Estados Unidos e Canadá – a seleção masculina de vôlei faz jogo decisivo contra a França, atual campeã olímpica, às 4h deste domingo (24), em Manila (Filipinas) para avançar às quartas de final. Sétimo colocado na classsificação geral, com 20 pontos, o Brasil precisa, no mínimo, ganhar dois sets na partida contra os franceses para garantir a classificação. A Franca ocupa a sétima posição, com 21 pontos. Apenas as sete seleções mais bem colocadas ao fim da primeira fase classificatória, mais a Polônia (por ser país-sede da fase final do torneio), avançam às quartas. A LNV reúne as 16 seleções mais bem ranqueadas do mundo.

No embate deste domingo (23) os brasileiros contarão com o reforço do levantador Bernardinho, já recuperado de lesão na panturrilha, que o tirou de quadra por mais de 15 dias.

Classificada para os Jogos de Paris, a seleção masculina busca o bicampeonato na LNV – o primeiro título foi obtido em 2021. A fase final da LNV masculina (a partir das quartas) ocorrerá de 27 a 30 de junho, em Lodz (Polônia).

Fonte: Ag~encia Brasil

Com doses próximas do vencimento, Saúde amplia vacinação contra dengue

 

Crianças e adolescentes de 6 a 16 anos poderão ser imunizadas

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Agência Brasil - O Ministério da Saúde voltou a ampliar o público-alvo da vacinação contra a dengue para evitar perdas de estoques de vacinas que estão próximas do vencimento. Doses com validade até 30 de junho e 31 de julho poderão ser aplicadas, preferencialmente, em crianças e adolescentes de 6 a 16 anos e não apenas de 10 a 14 anos.

Em nota técnica, a pasta orienta que estados com municípios que ainda não foram contemplados com a vacina da dengue realizem, preferencialmente, o remanejamento das doses com vencimento próximo para essas localidades. Já nos estados onde todos os municípios foram contemplados, as doses poderão ser aplicadas na faixa etária de 6 a 16 anos.

No documento, o ministério destaca ainda que, em casos onde os dois procedimentos forem comprovadamente insuficientes para esgotar as doses próximas do vencimento, a critério dos gestores municipais, a vacinação contra a dengue poderá ser estendida a pessoas de 4 a 59 anos, limite etário especificado na bula do imunizante Qdenga.

Para garantir a segunda dose, aplicada com intervalo de 90 dias, às pessoas que forem vacinadas com vacinas remanejadas dentro das recomendações feitas pela pasta, estados e municípios devem oficializar a estratégia escolhida por meio dos e-mails : dengue.cgici@saude.gov.br; pni@saude.gov.br; cgici@saude.gov.br.

“O Ministério da Saúde reforça que esta é uma estratégia temporária e excepcional, aplicada apenas para as vacinas que possuem prazo de validade até 30 de junho e 31 de julho de 2024”.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Governador Elmano anuncia medidas de combate ao crime organizado e cogita uso de forças federais

 

De acordo com o governador, a onda de violência se intensificou após operações de combate ao crime no estado

(Foto: Helene Santos/Governo do Ceará)

 O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), em vídeo publicado nas redes sociais, disse estar acompanhando “com imensa indignação ações de criminosos contra nossa população".

De acordo com o governador, a onda de violência se intensificou após operações de combate ao crime no estado.

“Com tempo em que me solidarizo com as famílias dessas vítimas, com o sofrimento pela qual passam neste momento, afirmo que esses ataques não intimidarão as forças de segurança do Ceará e as nossas instituições”, declarou o governador. “Se necessário, não hesitarei em solicitar apoio federal nessa missão”, acrescentou.

Elmano disse que conversou com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, na manhã deste sábado (22).

O governador anunciou cinco medidas de combate ao crime organizado, entre elas, a ampliação das equipes de inteligência das forças de segurança, assim como o fortalecimento estrutural e de pessoal.

O estado já registrou quatro chacinas nos municípios de Aracoiaba, Cascavel, Caucaia e Viçosa desde o início do ano.

Na quinta (20), oito pessoas morreram durante ataque em uma praça em Viçosa, interior do estado. Segundo o secretário da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará, Roberto Sá, as autoridades acreditam que o crime está ligado ao tráfico de drogas.

Fonte: Brasil 247

Rússia destrói centrais elétricas da Ucrânia e depósito de armas em ataque massivo

 

Defesa russa diz que ofensiva foi resposta às tentativas de Kiev de danificar as instalações energéticas do país

Ataque russo atinge infraestrutura elétrica da Ucrânia
Ataque russo atinge infraestrutura elétrica da Ucrânia (Foto: Sofiia Gatilova/REUTERS)

Brasil de Fato - As Forças Armadas Russas atacaram centrais elétricas e um depósito de armas da Ucrânia numa ação realizada entre sexta-feira (21) e sábado (22). O Ministério da Defesa da Rússia disse que a ofensiva foi massiva e feita em resposta às tentativas de Kiev de danificar instalações energéticas do país. 

"Em resposta às tentativas do regime de Kiev de danificar as instalações energéticas russas, as Forças Armadas da Federação Russa realizaram um ataque coletivo esta noite com armas de precisão de longo alcance aéreas e marítimas, bem como veículos aéreos não tripulados”, informou o ministério.

“Os objetivos do ataque foram alcançados. Todos os alvos designados foram atingidos", diz o comunicado.

Ainda segundo o governo russo, um depósito de armas da Ucrânia também foi destruído. Além disso, os ataques também atingiram veículos de combate produzidos no Reino Unidos, Estados Unidos e Canadá, os quais foram cedidos à Ucrânia.

O Ministério da Energia da Ucrânia confirmou que plantas de transmissão de energia foram atingidas. Revelou que dois funcionários ficaram feridos e foram levados a hospitais.

Maxime Timchenko, presidente de uma empresa ucraniana de energia, a DTEK, afirmou que o país sofrerá com uma grave crise no inverno por conta dos ataques. O presidente Volodymyr Zelensky pediu ajuda a aliados para reconstrução da rede elétrica do país.

Zelensky também pediu a instalação de painéis solares em escolas e hospitais da Ucrânia.

Longe do fim 

No último dia 14 de junho, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou que se a Ucrânia retirar as suas tropas das regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporozhye, anexadas pela Rússia durante a guerra, e recusar os planos de entrar na Otan, Moscou adotará "imediatamente um cessar-fogo" e iniciará negociações sobre a guerra da Ucrânia. Kiev, no entanto, rejeitou prontamente a proposta.

Putin fez a proposta às vésperas da Conferência pela Paz na Ucrânia, que reuniu representantes de 90 países na Suiça. O encontro terminou com uma declaração conjunta com apelo à segurança do trânsito nuclear e marítimo. A carta, no entanto, não foi unânime. Treze países, incluindo o Brasil, não assinaram o documento por apresentarem opiniões divergentes sobre os caminhos para um acordo de paz. 

Fonte: Brasil 247

 

Ataque israelense mata pelo menos 42 pessoas em Gaza, diz governo do enclave

 

Ataque israelense contra casas em Al-Shati, um dos oito campos de refugiados históricos da Faixa de Gaza, matou 24 pessoas

Destruição em Gaza devido a ataques israelenses
Destruição em Gaza devido a ataques israelenses (Foto: Twitter-reprodução-Lazzarinio-UNRWA)

Reuters - Pelo menos 42 pessoas foram mortas neste sábado em ataques israelenses contra distritos da Cidade de Gaza, no norte do enclave palestino, afirmou o diretor da assessoria de imprensa do governo, controlado pelo Hamas. 

Ataque israelense contra casas em Al-Shati, um dos oito campos de refugiados históricos da Faixa de Gaza, matou 24 pessoas, disse Ismail Al-Thawabta à Reuters. Outros 18 palestinos foram mortos em ataque contra casas no bairro de Al-Tuffah. 

O Exército israelense publicou um breve comunicado dizendo: “Agora há pouco, caças do IDF atingiram dois locais de infraestrutura militar do Hamas na região da Cidade de Gaza”. 

Também afirmou que mais detalhes serão divulgados em breve. 

O Hamas não comentou a alegação israelense de que atingiu sua infraestrutura militar. Em um comunicado, afirmou que os ataques tinham como alvo a população civil e prometeu que "a ocupação e seus líderes nazistas pagarão o preço por suas violações contra nosso povo".

Imagens obtidas pela Reuters mostraram dezenas de palestinos correndo em busca de vítimas entre as casas destruídas, paredes explodidas, destroços e poeira nas ruas do campo de refugiados Shati.

A campanha militar em Gaza foi desencadeada quando militantes liderados pelo Hamas invadiram o sul de Israel em 7 de outubro, mataram 1.200 pessoas e tomaram mais de 250 como reféns, segundo contagens israelenses. 

A ofensiva deixou Gaza em ruínas, matou mais de 37.400 pessoas -- 101 nas últimas 24 horas -- segundo autoridades de Saúde palestinas, e deixou quase toda a população desabrigada e desamparada. 

(Reportagem de Nidal al-Mughrabi; Reportagem adicional de Jaida Taha e Ari Rabinovitch)


Presidente do partido de Pablo Marçal é acusado de ameaçar de morte marqueteiro

 

A crise no PRTB em São Paulo pode prejudicar o coach bolsonarista Pablo Marçal na disputa pela prefeitura de São Paulo

Pablo Marçal
Pablo Marçal (Foto: Reprodução (Youtube))

 O marqueteiro Michel Winter denunciou em suas redes sociais que foi vítima de uma ameaça de morte por parte do presidente do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), Leonardo Avalanche, informa o Globo. “Me aguarde. Vou mostrar tudo que tenho, inclusive ameaça de morte. Agora quero ver se você é bandido mesmo! E se mata mesmo”, escreveu Winter, que afirma ter registrado a denúncia na Superintendência Regional de Polícia Federal em Minas Gerais na manhã de sexta-feira (21).

Winter também acusa Avalanche de ter “feito falcatrua” e  vendido os 27 diretórios estaduais do partido em São Paulo. Segundo registros do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o PRTB não tem diretório estadual ativo no estado, e os dez membros que integravam o órgão foram retirados do cargo em março. Joaquim Pereira de Paulo Neto assumiu a função de presidente no dia 22 daquele mês, mas seu cadastro passou a constar como “inativo” nesta semana.

Joaquim Pereira e Michel Winter gravaram um vídeo juntos fazendo acusações contra Leonardo Avalanche e prometeram removê-lo da direção do partido. Eles também aparecem em um vídeo ao lado de Tarcísio Escobar, ex-presidente do diretório paulista, em que afirmam que Avalanche propagou várias mentiras para “enganar o partido”.

A crise no PRTB em São Paulo pode prejudicar o coach bolsonarista Pablo Marçal na disputa pela prefeitura de São Paulo. Segundo o último Datafolha, ele tem entre 7% e 9% das intenções de voto nas eleições de outubro.

Fonte: Brasil 247

 

Neto de Luiz Gonzaga diz que família não autorizou Juliette a usar música do avô (vídeo)

 

"Ninguém autorizou na minha família", disse Daniel Gonzaga, neto de Luiz Gonzaga. Em nota, Juliette disse que 'a Universal Publishing garantiu que a família havia autorizado"

Reprodução
Reprodução (Foto: Reprodução)

 Em um vídeo que circula nas redes sociais, o neto de Luiz Gonzaga, Daniel Gonzaga, publicou um vídeo nas redes sociais dizendo que Juliette não recebeu autorização da família para adaptar as músicas do avô. Recentemente, a cantora lançou "Galopar", música que viralizou nas redes sociais e que é uma releitura do clássico "Pagode Russo", do Rei do Baião.

"Ninguém autorizou na minha família. Essa música é de propriedade da Universal e eles lançaram porque quiseram. Anteriormente, havia sido pleiteada para ser gravada pela Anitta. E nem autorização eles pediram. Então não há uma autorização formal da família Gonzaga. A autorização é deles e eles fazem o que eles quiserem", disse.

Daniel disse que é contra "as gravadoras fazerem o que querem". "É claro que o direito é delas, mas há um direito moral. E mudar a música de João Silva, pelo que eu vi, eu achei um pouco de falta de respeito. Então vocês façam o que vocês quiserem, só não digam que a família autorizou", enfatizou.

De acordo com a assessoria de Juliette, a cantora e ex-BBB "respeita, exalta e difunde a obra de Luiz Gonzaga e João Silva, solicitou à Universal Publishing (editora) que as famílias de Gonzaga e Silva autorizassem o lançamento da música, independentemente se a editora fosse detentora dos direitos". 

"A Publishing garantiu à Juliette que a família de Luiz Gonzaga e João Silva havia autorizado o lançamento da música, não havendo qualquer restrição quanto a isso. A editora também afirmou à cantora que familiares ouviram o resultado e que gostaram da versão. Juliette afirma que não é ela a responsável pelos trâmites legais que envolvem a liberação de fonogramas. Com absoluto respeito aos familiares e à obra de Luiz Gonzaga e João Silva, a cantora lamenta e se coloca à disposição para entender e dialogar com todos os envolvidos", destaca a nota.

Fonte: Brasil 247

Argentinos consomem menos carne à medida que inflação abocanha poder de compra

 

A queda foi impulsionada por uma inflação de quase 300% e uma economia estagnada, além das duras medidas de austeridade do presidente libertário Javier Milei

Presidente da Argentina, Javier Milei
Presidente da Argentina, Javier Milei (Foto: REUTERS/Remo Casilli)

Reuters - Famosos pelas churrascarias, vastas fazendas de gado, churrascos e "parrilla", os argentinos estão consumindo menos carne do que nunca, forçados a apertar os cintos pela inflação de três dígitos e por uma recessão. 

O consumo de carne caiu quase 16% neste ano até agora no país sul-americano, onde sempre foi uma parte essencial do tecido social, ao lado do futebol e do mate. 

Muitas casas argentinas têm churrasqueiras em torno das quais as famílias se reúnem. Churrascarias estão espalhadas por Buenos Aires e as pessoas se juntam em churrasqueiras improvisadas para saborear a carne, mesmo em canteiros de obras ou protestos. 

“Carne é uma parte integral da dieta argentina, é como se a massa desaparecesse para os italianos”, disse a aposentada Claudia San Martín, de 66 anos, à Reuters, na fila de um açougue.

Ela disse estar disposta a fazer cortes em outras compras, como produtos de limpeza, mas a carne é sagrada. 

“Os argentinos podem eliminar qualquer coisa, eu acho, em momentos de dificuldade como este. Mas não podemos ficar sem carne”, afirmou. 

Mesmo assim, dados mais recentes mostram que os argentinos neste ano estão comendo carne em uma taxa de cerca de 44 kg por ano, uma queda brusca de mais de 52 kg no ano passado e até 100 kg por ano na década de 1950. 

Parte do declínio ao longo das décadas resulta de uma mudança de longo prazo para outras carnes, como porco e frango, além de produtos básicos mais baratos, como massas. Mas a queda deste ano foi impulsionada por uma inflação de quase 300% e uma economia estagnada, além das duras medidas de austeridade do presidente libertário Javier Milei. 

A pobreza cresce, mais pessoas estão desabrigadas em grandes cidades e as filas aumentaram em refeitórios. Muitas famílias reduziram o consumo de produtos como carne, leite e vegetais. E dizem que ainda não conseguiram sentir os benefícios da desaceleração da inflação mensal. 

“A situação neste momento é crítica. O consumidor está tomando decisões pensando apenas em seus bolsos”, disse Miguel Schiariti, presidente da câmara local de carnes, CICCRA, cuja expectativa é que o consumo de carne continue deprimido. 

“O poder de compra das pessoas está enfraquecendo mês a mês.”

Menos carne, mais massa - Nas terras agrícolas da província de Buenos Aires, criadores de gado estão sentindo o impacto. 

“A queda em consumo é preocupante”, afirmou Luis Marchi, de 48 anos, engenheiro agrícola e terceira geração no comando do negócio da família, que produz grãos e gado. 

“O consumo de carne está caindo bastante recentemente”, acrescentou, culpando a inflação e a crise econômica.

“Os consumidores tentam substituir bifes com alimentos mais baratos, outros tipos de carne ou massa.” 

Com a queda do consumo local, as exportações cresceram, mas preços globais menores reduziram esse benefício aos agricultores. De longe, a principal compradora de carne argentina é a China, embora importe cortes mais baratos que não são utilizados domesticamente. 

“O setor de exportação está passando por um momento muito difícil, embora continue exportando em grandes volumes. Os preços do mercado internacional caíram muito”, disse Schiariti. 

Cortes mais baratos - Em seu açougue em Buenos Aires, onde trabalha há 40 anos, Gerardo Tomsin, de 61 anos, disse que as pessoas ainda compram carne bovina, mas estão sempre em busca de ofertas mais baratas.

"As pessoas continuam vindo, o problema é que elas consomem menos. Há pessoas que recorrem a outros produtos. É uma busca permanente por preços", disse ele.

Outro açougueiro, Dario Barrandeguy, de 76 anos, disse que as pessoas estão comprando os cortes mais baratos de carne bovina ou outras carnes mais baratas.

"O consumo de frango e carne de porco aumentou muito recentemente", disse.

Milei, um economista de livre mercado que se autodenomina anarcocapitalista, pôs fim ao congelamento dos preços da carne bovina pelo governo peronista anterior.

"As coisas se tornaram muito caras e, quando são tão caras, simplesmente não compramos", disse Facundo Reinal, professor de 41 anos, acrescentando que isso significa passar menos tempo socializando ao redor da churrasqueira

"Estamos vendo que, em geral, as pessoas estão fazendo menos churrascos, o que é uma parte fundamental da cultura aqui na Argentina."

Fonte: Brasil 247 com Reuters

 

Soldados israelenses usam palestino ferido como escudo humano (vídeo)

 

O Exército de Israel disse que a "conduta das forças no vídeo do incidente não está de acordo com os valores" dos militares israelenses

(Foto: X / AJArabic)

(Reuters) - Forças do Exército israelense amarraram um homem palestino ferido ao capô de um jipe militar neste sábado (22) durante uma operação de prisão na cidade de Jenin, na Cisjordânia ocupada.

Vídeo que circula nas mídias sociais verificado pela Reuters mostra um palestino residente de Jenin -- Mujahed Azmi -- no jipe, que passa por duas ambulâncias.

Em comunicado, o Exército afirmou que as forças israelenses foram alvejadas e trocaram tiros, ferindo um suspeito e prendendo-o.

Os soldados então violaram o protocolo militar, disse o comunicado.

"O suspeito foi levado pelas forças enquanto estava amarrado em cima de um veículo", disse o comunicado.

O Exército disse que a "conduta das forças no vídeo do incidente não está de acordo com os valores" dos militares israelenses e que o incidente será investigado e tratado.

O indivíduo foi encaminhado para tratamento médico, disse o Exército.

A Reuters conseguiu identificar o local a partir de imagens de confirmação e verificadas das mídias sociais, que mostram um veículo transportando o indivíduo amarrado em cima de um veículo, em Jenin. A data foi confirmada por uma testemunha ocular entrevistada pela Reuters.

De acordo com a família de Azmi, houve uma batida policial e ele foi ferido. Quando a família pediu uma ambulância, o Exército pegou Mujahed, amarrou-o no capô e partiu.

A violência na Cisjordânia, que já estava em alta antes da guerra em Gaza, intensificou-se desde então, com frequentes ataques do Exército a grupos militantes, ataques de colonos judeus em vilarejos palestinos e ataques palestinos mortais nas ruas.

Fonte: Brasil 247 com Reuters