sexta-feira, 21 de junho de 2024

'Brasil está decolando': ministro do Turismo vai à Rússia para promover viagens entre BRICS

 

"Vamos aproveitar essa oportunidade da presidência do BRICS para realizar grandes eventos no Brasil", disse o ministro do Turismo, Celso Sabino

Celso Sabino
Celso Sabino (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Sputnik - Nesta sexta-feira (21), ministros do Turismo dos países do BRICS se reuniram em Moscou para debater os desafios do setor, sustentabilidade e formação de base de dados conjunta para fomentar o intercâmbio entre os membros.

Representantes de Brasil, Rússia, China, Índia, África do Sul, Egito, Etiópia, Irã e Emirados Árabes Unidos assinaram o Plano de Ação de Cooperação na Área do Turismo do BRICS, cujo objetivo é reforçar iniciativas de digitalização do setor.

"O plano de ação garante cronograma e desenvolvimento consistente para várias áreas [...] como a criação de uma plataforma de soluções digitais na esfera do turismo, desenvolver um programa para [...] agências de turismo, a iniciativa BRICS Verde para o turismo e diversas iniciativas para impulsionar os contatos empresariais", disse o ministro do Desenvolvimento Econômico da Rússia, Maksim Reshetnikov.

Além do desenvolvimento de conexões aéreas acessíveis, os ministros debateram a consolidação de regimes de isenção de vistos entre os membros do BRICS – negociação que está "em nível avançado", de acordo com Reshetnikov. Apesar de países como Rússia, África do Sul e Emirados Árabes Unidos não exigirem visto a brasileiros, o procedimento ainda é necessário para visitar China, Etiópia, Egito e Índia.

A delegação brasileira, chefiada pelo ministro do Turismo Celso Sabino, participou da sessão plenária e cumpre agenda oficial em Moscou. Filiado ao União Brasil, Sabino é auditor fiscal e deputado federal pelo estado do Pará, atualmente convocado pelo Executivo para comandar a pasta do Turismo, “que tem ajudado muitas nações a se desenvolver, a produzir empregos e a gerar renda”.

Durante o evento, representantes dos países do BRICS debateram temas como o uso de inteligência artificial no setor do turismo, a digitalização do setor de lazer e o turismo sustentável. Sabino revelou sair da reunião com a “sensação de dever cumprido” e preparado para as atividades da presidência brasileira do BRICS, em 2025.

"Vamos aproveitar essa oportunidade da presidência do BRICS para realizar grandes eventos no Brasil, não só com as delegações do Ministério de Turismo, mas também envolvendo agências de viagens, influencers digitais", disse Sabino à Sputnik Brasil.

Segundo o ministro, a reunião do BRICS teve como foco o desenvolvimento sustentável, atendendo à demanda social contemporânea de "grande preocupação com o meio ambiente, [...] da manutenção de reservas naturais e da contenção das acentuadas mudanças climáticas".

O setor de turismo brasileiro tem potencial significativo "uma reserva maior do que a do pré-sal", considerando “nossas belezas naturais, a nossa belíssima culinária reconhecida internacionalmente, inclusive pela Organização das Nações Unidas”.

"O Brasil vem vivendo um momento muito especial: já ultrapassamos os indicadores que tínhamos de turismo pré-pandemia, com turistas dentro do Brasil, viajando dentro do país, superamos, por exemplo, no setor aéreo mais de 112 milhões de viagens no ano passado", disse Sabino.

O ministro revelou que, no primeiro quadrimestre de 2024, o número de turistas estrangeiros em solo brasileiro já ultrapassou o registrado em 2014. A expectativa é que "vamos encerrar o ano de 2024 superando a marca dos 6,4 milhões de turistas estrangeiros com alguma folga".

Dados da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) processados pela Sputnik Brasil demonstram que, apesar dos bons resultados, o potencial de atração de turistas estrangeiros pelo Brasil ainda é subutilizado. Os estrangeiros que mais visitam o Brasil são oriundos da América Latina, com destaque para Argentina, Paraguai, Chile e Uruguai. A China lidera o ranking dentre os países fundadores do BRICS, com mais de 200 mil visitas desde 2018, seguida de Rússia, África do Sul e Índia.

Para melhorar esse quadro, o ministro do Turismo Celso Sabino estabeleceu a meta de atingir 10 milhões de visitas anuais até 2027, contando com o aumento do fluxo não só advindo de países do BRICS, mas também do G20.

"Estamos trabalhando muito, e a nova visão que o mundo passa a ter do Brasil, agora com estabilidade política, com estabilidade econômica, como potência financeira também reconhecida pelo Banco Mundial agora como a nona maior economia do planeta, tem ajudado bastante na visão que os estrangeiros têm para o nosso país", apontou Sabino.

Os altos índices de criminalidade registrados no Brasil – aliados ao foco garantido a esse tema na mídia internacional – pode afugentar turistas estrangeiros. Dados publicados pelo SIPRI nesta semana mostram que o número de homicídios anuais no Brasil se assemelha àqueles de países em situação de guerra civil. No entanto, o ministro do Turismo aponta para tendência de melhora neste quesito.

“O Brasil foi recentemente reconhecido por uma das maiores seguradoras de viagens do mundo, a Berkshire Hathaway, como o país mais seguro para se fazer turismo em toda a América do Sul, o segundo das Américas e o 15º país mais seguro do mundo para se fazer turismo", notou Sabino. "São importantes dados, o que nos faz ter uma excelente perspectiva para o futuro."

Nos próximos meses, o Brasil receberá uma série de eventos internacionais que podem alavancar o turismo para além dos centros tradicionais, como o Rio de Janeiro.

"Aproveitei a oportunidade [em Moscou] para convidar os ministros do Turismo dos BRICS para participar da reunião que faremos sob a presidência brasileira do G20 em Belém, em setembro deste ano", relatou Sabino. "E, no próximo ano, além de presidir os BRICS, o Brasil vai sediar o maior evento sobre mudanças climáticas do planeta, que é a [30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas] COP30, também em Belém do Pará."

Comemorando a abertura do escritório da ONU para assuntos de turismo no Rio de Janeiro, que deverá "ajudar no diálogo para a ampliação das conexões aéreas e promoção dos destinos do Brasil de maneira mais eficaz", o ministro brasileiro concluiu: "O Brasil está decolando".

Nos dias 20 e 21 de junho, a Rússia recebeu o fórum de turismo do BRICS, organizado pelo Ministério do Desenvolvimento Econômico russo em parceria com a prefeitura de Moscou. Além da reunião de ministros do Turismo do BRICS, o evento contou com seminários entre representantes-chave do setor.

Fonte: Brasil 247

BC "autônomo" serve para proteger os ricos, diz Gleisi Hoffmann

 

Presidente nacional do PT também criticou a "cobertura econômica totalmente enviesada" da imprensa neoliberal

Gleisi Hoffmann, Lula e Roberto Campos Neto
Gleisi Hoffmann, Lula e Roberto Campos Neto (Foto: Gustavo Bezerra | Reuters | Marcelo Camargo/Agência Brasil | José Cruz/Agência Brasil)

 A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, foi às redes sociais nesta sexta-feira (21) contestar o recente editorial da Folha de S. Paulo que ataca Lula por conta das críticas do presidente à elevada taxa de juros mantida pelo Banco Central e ao presidente da autoridade monetária, o bolsonarista Roberto Campos Neto. 

Lula vem criticando o Banco Central por conta da resistência de Campos Neto em reduzir a taxa Selic. Na mais recente reunião do Copom, a taxa básica foi mantida em 10,5%, encerrando um longo ciclo de cortes modestos. O presidente também vem criticando Campos Neto por conta de suas articulações políticas. 

Para Glesi, o editorial da Folha ignora as irregularidades cometidas por Campos Neto e busca defender a Selic em patamares elevados, algo que somente beneficia os rentistas. "Não, Folha, o BC 'autônomo' não protege Lula. Protege os especuladores e as ricas elites que ganham muito, mas muito dinheiro, em cima da maior taxa de juros do planeta. Uma taxa mantida artificialmente, na marra mesmo, com apoio de editoriais como os de hoje e de uma cobertura econômica totalmente enviesada, que ignora os fatos econômicos para se manter fiel aos dogmas do neoliberalismo. O que vocês chamam de 'autonomia' do BC é a subserviência aos interesses do mercado, dos bancos e das corporações que a mídia representa", escreveu Gleisi em postagem no X (antigo Twitter). 

Mais cedo, a Folha publicou o editorial 'BC autônomo protege Lula de si mesmo', escrevendo que "o BC autônomo protege Lula de si mesmo, e o país do mandonismo do presidente da República. A depender dele, a política monetária estaria tão desacreditada quanto a fiscal". 

Fonte: Brasil 247

 

Lindbergh diz que presidente do BC 'é da oposição e conspira contra o governo'

 

Parlamentar questionou a sinalização do presidente do BC, Roberto Campos Neto, de que aceitaria ser ministro da Fazenda em um eventual governo do bolsonarista Tarcísio de Freitas

(Foto: ABR)

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) usou as redes sociais para questionar a suposta autonomia do Banco Central devido à recente movimentação política feita pelo presidente da instituição, Roberto Campos Neto, que sinalizou que poderá aceitar ser o ministro da Fazenda, caso o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (republicanos), venha a ocupar a chefia do Executivo Federal.

“A autonomia do Banco Central foi criada, em tese, para proteger essa instituição de ingerências políticas. Mas o que acontece quando seu presidente é um político como Campos Neto? Alguém que é da oposição e que conspira contra o governo. Que se articula para ser ministro da Economia do candidato da oposição? Como o BC se protege disso? Como o BC se protege contra as ingerência políticas dos rentistas e da mídia vassala do poder financeiro? Que raios de autonomia é essa?”, escreveu Lindbergh na rede social X, antigo Twitter.

Nesta quinta-ra (20), o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa básica de juros (Selic) no patamar de 10,5%,o segundo maior juro real do mundo, atrás apenas da Rússia. As altas taxas de juros reduzem os investimentos e prejudicam o acesso ao crédito, além de atingir diretamente a população.

A autonomia do Banco Central, formalizada em lei durante o governo Bolsonaro, é outro ponto de controvérsia. O PT teme que essa autonomia limite a capacidade do governo de implementar políticas econômicas mais expansivas, que poderiam, na visão do partido, estimular o crescimento e reduzir a desigualdade. Eles argumentam que a autonomia pode fazer com que o Banco Central priorize o controle da inflação em detrimento de outros objetivos econômicos, como o emprego e o crescimento. Além disso, o Brasil tem gasto R$ 800 bilhões ao ano com o serviço da dívida.

Fonte: Brasil 247

 

Economia voltará à normalidade após saída de Campos Neto do Banco Central, diz Lula

 

Presidente criticou as articulações políticas do presidente da autoridade monetária após a manutenção da Selic em 10,5%

Lula e Roberto Campos Neto
Lula e Roberto Campos Neto (Foto: Ricardo Stuckert/PR | BC | Marcos Oliveira/Agência Senado)

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (21) que o Brasil deve retornar à normalidade econômica total após o mandato do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em cerca de seis meses. 

Em entrevista à rádio Mirante News, em São Luís (MA), Lula afirmou que a recente alta do dólar não preocupa o governo federal, e que Campos Neto 'é um adversário político, ideológico e do modelo de governança que temos. Ele faz questão de mostrar que não está preocupado com nossa governança'. 

O presidente afirmou ainda que a indicação do sucessor de Campos Neto irá melhorar o ambiente econômico, e ressaltou que os movimentos especulativos não vão alterar as dinâmicas positivas da economia brasileira. 

Fonte: Brasil 247

Lula defende permanência de Juscelino Filho e exalta trabalho do ministro

 

Segundo o presidente, até que as acusações sejam provadas, o ministro é inocente

Lula e Juscelino Filho
Lula e Juscelino Filho (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

O presidente Lula afirmou nesta sexta-feira (21) que o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), exerce um bom trabalho na pasta, e defendeu a permanência do político no governo em meio ao seu indiciamento por conta de um suposto esquema de corrupção. 

A Polícia Federal indiciou o ministro das Comunicações, suspeito de uso indevido de recursos públicos para a pavimentação de estradas que dão acesso a propriedades de sua família na cidade de Vitorino Freire (MA). Em nota, o ministro alegou inocência. 

"Todo cidadão é inocente até prova contrária. Se o indiciamento não foi seguido, tenho que aguardar o processo", disse Lula em entrevista à Rádio Mirante News, em São Luís (MA). "Trabalho com a ideia de que todo ser humano não é totalmente mau ou bom. Juscelino faz um ótimo trabalho no ministério". 

Fonte: Brasil 247

“Denúncia que irá selar o destino de Bolsonaro está chegando”, diz Fernando Fernandes

 

Jurista afirmou em entrevista que o julgamento de Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal também se aproxima. Assista na TV 247

Fernando Fernandes e Jair Bolsonaro
Fernando Fernandes e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Reuters)

 O advogado e cientista político Fernando Fernandes falou em entrevista à TV 247 sobre o andamento das investigações envolvendo contra Jair Bolsonaro pela tentativa fracassada de golpe de Estado. Ele previu que novas denúncias são iminentes e que o ex-capitão não poderá escapar desta vez.

O jurista também destacou as investigações contra Bolsonaro pelo escândalo das joias árabes: "Quando completamos um ano da tentativa de golpe, nós já tínhamos condenados pelo Supremo. Agora, com um ano e seis meses, continuam os processos em relação aos outros golpistas. Portanto, em tempo recorde. A finalização das investigações sobre Bolsonaro continua em pé. Não tenho dúvidas de que a questão das joias é muito evidente. Não existe complexidade nenhuma. Ficou evidente o cometimento de crimes por Bolsonaro. Por isso concluo que a denúncia está chegando perto. Essa e outras, que certamente até o fim do ano, nós vamos ter desdobramentos em relação ao envolvimento do ex-presidente na tentativa de golpe de Estado. A situação de Bolsonaro está complicada. O fim desses inquéritos demonstra que o STF está se preparando para julgá-lo", afirmou.

Segundo ele, a intenção do STF é julgar Bolsonaro, que já está inelegível, antes das próximas eleições presidenciais, em 2026.

 "Eu acho que os procedimentos na justiça estão sendo rápidos.

 Nós é que estamos em estado pós-traumático. Queremos o resultado o mais rápido possível. Se Bolsonaro for denunciado antes do fim do ano, mais algumas denúncias no início de 2025, nós certamente vamos ter um processo que se iniciará de maneira muito rápida. O STF está se preparando para que antes das próximas eleições presidenciais já haja condenações contra ele". 

Assista na TV 247:


Lula detona a Seleção: "não tem mais os melhores"

 

Presidente defendeu mais jogadores que atuam no Brasil na equipe

Lula e CBF
Lula e CBF (Foto: Ricardo Stuckert / PR I Fernando Frazão / Agência Brasil)

 O presidente Lula não poupou críticas à Seleção Brasileira, afirmando que é difícil reconhecer os jogadores da equipe atualmente, uma vez que a grande parte deles faz carreira na Europa e é distanciada da torcida brasileira. 

"A seleção não tem mais os melhores. Quem é convocado é quem está no exterior, e não quem está no Brasil", criticou Lula em entrevista à rádio Mirante News, em São Luís (MA), nesta sexta-feira (21). 

Ele defendeu que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) forme uma nova equipe contendo somente jogadores que atuam no Brasil. "Está na hora de a CBF convocar uma seleção com os melhores jogadores atuando no Brasil. Vamos montar um time nosso, das pessoas que sentem pelo Brasil. Estamos perdendo identidade", acrescentou. 

Fonte: Brasil 247

"É absurdo para uma pessoa de juízo perfeito", diz Lula sobre 'PL do estupro'

 

A proposta é de autoria do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), da bancada evangélica

Luiz Inácio Lula da Silva
Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou como “absurda” a criação do projeto de lei que equipara o aborto legal ao crime de homicídio, conhecido como ‘PL do estupro’. A declaração foi feita nesta sexta-feira (21) em entrevista à rádio Mirante News, de São Luís (MA).

“O cidadão criar uma lei impensável que pune a vítima de estupro que faz um aborto com uma pena maior do que a de quem estupra é absurdo para uma pessoa de juízo perfeito”, afirmou.

O ‘PL do estupro’ tramita em regime de urgência na Câmara desde a quarta-feira (12). A proposta é de autoria do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), da bancada evangélica.

Fonte: Brasil 247

“É preciso abrir a caixa-preta do Banco Central”, diz Paulo Nogueira Batista Jr.

 

Economista afirma em entrevista à TV 247 que a manutenção dos juros altos faz necessária uma investigação séria contra o BC. Assista

Paulo Nogueira Batista Júnior e Roberto Campos Neto
Paulo Nogueira Batista Júnior e Roberto Campos Neto (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

O economista Paulo Nogueira Batista fez duras críticas, em entrevista à TV 247, à atual política monetária do Banco Central e à sua suposta autonomia. Ele destacou a necessidade de maior transparência e alinhamento com o governo eleito pelo povo, após a autoridade monetária decidir manter a taxa Selic em 10,5%, encerrando um longo ciclo de cortes moderados nos juros básicos.

Segundo ele, a taxa de juros atual é exorbitante e não há fundamentos para sustentá-la, tendo em vista que a inflação gira em torno de 4%. "Está certamente entre as maiores taxas de juros do mundo. Isso tem consequências macroeconômicas e sociais bastante importantes, pode ajudar a combater a inflação, mas há um custo alto em termos de dinamismo econômico, em redução de investimentos, desequilíbrio das contas públicas do governo. É também um mecanismo de concentração de renda. É o paraíso dos rentistas, é uma bolsa família gigantesca para os super ricos. Anula boa parte do esforço que se faz para melhorar a distribuição de renda", analisou o economista. 

Nogueira expressou sua oposição à suposta autonomia do Banco Central, especialmente com mandatos não coincidentes com o do presidente da república, conforme estabelecido por lei em 2021. Os antagonismos gerados pela indicação do bolsonarista Roberto Campos Neto para comandar o BC, feita por Jair Bolsonaro, eram inevitáveis, apontou. 

 "Eu sempre fui contra essa autonomia do Banco Central, sobretudo com mandatos não coincidentes com o do presidente da república, que foi o que fizeram na lei complementar de 2021. Então o presidente eleito é obrigado a conviver com o indicado pelo seu antecessor por dois anos. É sempre um problema. Em um quadro de polarização política, é um problema enorme, porque a falta de sintonia entre a autoridade monetária e o governo eleito é aguda", disse. 

Para Nogueira, os novos indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva devem promover mudanças significativas na instituição. "Os indicados pelo Lula têm que entender que não é para continuar do mesmo jeito. Temos que abrir a caixa-preta do BC, que não tem transparência, que não explica o que acontece lá dentro. Não se explica porque tem que ter essa taxa de juros". 

Assista na TV 247:


"Ainda não vencemos", alerta Jandira Feghali sobre PL antiaborto

 

Deputada critica em entrevista o Projeto de Lei 1904/24 e destaca as consequências negativas para as mulheres mais vulneráveis. Assista na TV 247

Jandira Feghali
Jandira Feghali (Foto: Vinicius Loures/Agência Câmara )

 A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) manifestou em entrevista à TV 247 sua forte oposição ao Projeto de Lei 1904/24, que equipara o aborto após 22 semanas de gestação ao homicídio. Segundo Feghali, a proposta, que teve sua urgência aprovada na Câmara, representa um retrocesso em relação à legislação vigente e coloca em risco os direitos das mulheres.

Ela salienta que a suspensão temporária da votação pela Câmara representa apenas uma vitória momentânea na defesa dos direitos das mulheres, e lançou um alerta. "Esse projeto tem que ir para gaveta, ainda não ganhamos", afirmou a deputada, destacando as graves consequências para as mulheres de classes sociais mais baixas e para aquelas que são vítimas de violência sexual. 

"No PL 1904 eles nos levam para trás do código de 1940. O projeto traz o aborto legal por estupro para a ilegalidade. É a bancada da Idade Média".

Feghali ainda criticou a equiparação do aborto ao homicídio, argumentando que a medida visa aumentar a penalidade para as mulheres. "O conjunto do projeto é muito ruim, porque compara o aborto ao homicídio, só para aumentar a pena das mulheres. Esse projeto tem recorte de classe, de raça, porque as mulheres que têm dinheiro não morrem de aborto, e as meninas que são violentadas são as que demoram a recorrer ao acesso do aborto legal". 

"Temporariamente é uma vitória, no sentido de não deixar votar, mas foi apontada uma comissão para o segundo semestre. Eu não sei quando será formada, mas de qualquer modo, apontar uma comissão e apontar depois um relator é manter esse debate vivo. Eu não acho que a sociedade esteja preocupada com esse debate. Quem acha que a sociedade está preocupada em discutir aumentar a pena de mulher que fez aborto? Ninguém. Só essas figuras. Para o autor e as pessoas que o acompanham, não tem problema eles serem criticados, eles querem consolidar o apoio do eleitorado conservador. Eles acham ótimo aparecer na televisão, desviar a atenção para pautas como essa ajuda a consolidar o eleitorado deles", acrescentou. 

Assista na TV 247:


Lula afirma que houve “falcatrua’ em leilão de arroz e que governo vai financiar produção com “garantia de preço”

 Declaração foi dada nesta 6ª em entrevista à Rádio Meio FM, de Teresina (PI); concorrência foi anulada por indícios de irregularidades


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta sexta-feira (21) que a anulação do leilão do arroz se deu porque houve uma “falcatrua numa empresa”.


Lula se referiu à polêmica concorrência para compra do arroz importado, que acabou cancelada após indícios de irregularidades e culminou na demissão do então secretário de Política Agrícola, Neri Geller (leia mais abaixo). O governo pretende fazer um novo leilão.


“Tomei a decisão de importar 1 milhão de toneladas. E depois tivemos anulação do leilão porque houve uma falcatrua numa empresa. Por que eu vou importar? Porque o arroz tem que chegar na mesa do povo no mínimo a R$ 20 o pacote de cinco quilos. Que compre a R$ 4 um quilo de arroz, mas não dá pra ser um preço exorbitante”, argumentou Lula.


“Vamos inclusive financiar áreas de outros estados produtivas de arroz para não ficar dependendo apenas de uma região. Vamos oferecer um direito dos caras comprar e a gente vai dar uma garantia de preço para que as pessoas não tenham prejuízo”, completou o presidente.


A declaração foi dada em entrevista à Rádio Meio FM, de Teresina, no Piauí.


A demissão de Neri Geller, ex-secretário de Política Agrícola, foi anunciada pelo ministro da Agricultura Carlos Fávaro na semana passada.


Na ocasião, Fávaro disse que o próprio secretário havia pedido demissão. À imprensa, Geller negou ter pedido a saída da pasta.


Um ex-assessor de Geller, que também é sócio do filho dele em uma empresa, foi um dos negociadores do leilão.


Entidades agrícolas e membros da oposição apontaram um suposto favorecimento da corretora do ex-funcionário de Neri Geller na concorrência.


Leilão anulado


O leilão de importação de 263 mil toneladas de arroz foi anulado pelo governo federal no dia 11 de junho após indícios de incapacidade técnica e financeira de algumas empresas vencedoras.


Em relação à capacidade técnica das vencedoras, o que se tem apontado é que três das quatro vencedoras não são do ramo de arroz ou de importação, o que, segundo analistas de mercado, poderia gerar problemas na operação.


Essas empresas receberiam recursos do governo para importar e entregariam o produto em unidades da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).


Por outro lado, nenhuma companhia tradicional participou do leilão, segundo uma das bolsas que operou a negociação.


A Conab explicou que, no atual modelo de leilão, a estatal só fica sabendo quem são as empresas vencedoras após os resultados da operação. Isso porque quem intermedia as negociações são as bolsas de cereais.


O arroz seria vendido em pacotes de 5 quilos por um preço tabelado de R$ 20 e teria o rótulo do governo. Nos supermercados de São Paulo, o pacote de 5 quilos tem sido vendido, em média, por R$ 30.


O governo decidiu importar arroz poucos dias depois do início das enchentes no Rio Grande do Sul para evitar alta nos preços do alimento, diante da dificuldade pela qual o estado passava para transportar o grão para o restante do país


A decisão contrariou os produtores, que têm afirmado que há arroz suficiente para abastecer o Brasil. O RS é responsável por 70% da produção nacional do grão e já havia colhido 80% do cereal antes das inundações.


Fonte: Agenda do Poder com informações do g1.

Número de trabalhadores por conta própria com CNPJ recua e carteira assinada avança, diz IBGE

 Dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta sexta-feira


O Brasil tinha, em 2023, um total de 29,9 milhões de trabalhadores por conta própria ou que atuavam como empregadores, mostram os dados completos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE.


Entre esses conta própria e empregadores 33% estavam em empreendimentos registrados no CNPJ, com queda em relação a 2022 (34,2%), mas ainda assim sendo a segunda maior taxa da série histórica.


De acordo com Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, a queda em relação a 2022 pode ser explicada pela expansão da formalização de trabalhadores por meio da carteira de trabalho assinada.


— A gente tinha uma trajetória de crescimento da cobertura de CNPJ pelos anos de 2012, 2015 e 2019, que foi interrompida quando esse número começou a diminuir em 2022. Tudo parece indicar que quem puxou esse CNPJ para baixo foram os trabalhadores por conta própria. A gente vem observando o crescimento tanto do empregado com carteira quanto do sem carteira, ao passo em que o conta própria ficou mais estagnado. Essa tendência de retração do CNPJ para os trabalhadores por conta própria foi mais observada nos setores de comércio, construção e serviços — explica.


Em queda desde 2015, o percentual de empregados com carteira assinada no setor privado voltou a crescer em 2023, chegando a 37,4% da população ocupada, contra 36,3% em 2022. O número desses trabalhadores em 2023 (37,7 milhões) foi o maior da série, mas ainda assim, em termos percentuais, menor que a marca registrada em 2014 (39,5%).

Com informações do GLOBO.

Lula diz que vai sancionar projeto que legaliza jogos de azar se Congresso aprovar

 Presidente, entretanto, pondera: “essa promessa de que [legalizar os jogos] vai gerar 2 milhões de empregos não é verdade”


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que vai sancionar a legalização de bingos, cassinos e jogo do bicho, se a proposta for aprovada no Congresso. Em tramitação há mais de um ano no colegiado, o projeto de lei que autoriza a prática foi aprovado em votação apertada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado na última quarta-feira.


Lula dá nova entrevista à rádio Meio em Teresina antes de cumprir compromissos no Piauí nesta sexta-feira, 21. É a terceira entrevista do tipo do presidente nesta semana.


— Se o Congresso aprovar e for feito acordo, não tem porque não sancionar. Mas não é isso que vai resolver problema do Brasil. Essa promessa de que vai gerar 2 milhões de empregos não é verdade — disse.


O presidente afirmou que, apesar de não ser favorável a jogos, não vê apostas “como um crime”.


— Fazer cassino é proibido. Mas e a jogatina que você tem hoje na televisão, no esporte? Criança com celular na mão fazendo aposta o dia inteiro, quem é que segura isso? — declarou.


Cuidado nas eleições


O presidente voltou a afirmar que vai se movimentar com cautela nas eleições municipais, para evitar indisposições com os partidos que o apoiam no Congresso.


— Tenho que ter cuidado nas eleições para prefeito pelo seguinte. Tenho uma base de apoio muito heterogênea no Congresso. Na medida em que tiver partido que no Congresso me apoia em divergência profunda com partido lançando candidatura, como o PT, eu vou ter que decidir se venho ou nao venho.


Reforma ministerial


Lula também minimizou a possibilidade de uma mexida no primeiro escalão agora, possibilidade que vem sendo levantada por uma parcela dos seus aliados, diante das derrotas recentes do governo.


— Não vejo necessidade de reforma ministerial, estou satisfeito com meus ministros. Estou com o governo muito bom. Não vejo necessidade agora, mas presidente pode tirar e pôr na hora que quiser. Mas estamos iindo bem.


Críticas a Bolsonaro


O presidente também voltou a criticar o ex-presidente Jair Bolsonaro na entrevista, afirmando que o antigo chefe do Executivo planejava “um projeto de poder autoritário” para o país:

— Na verdade, ele tinha um projeto de poder autoritário, tanto que em qualquer vaga ele colocava um militar. E não um militar digno, mas um da turma dele. Eu poderia ter mostrado toda a podridão do governo Bolsonaro na transição, mas não quis (…) para ninguém dizer que eu estava radicalizando.


Nas entrevistas anteriores, ele criticou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e a manutenção da taxa básica de juros em 10,5% ao ano.


Após passar pelo Ceará, Lula encerra o giro no Nordeste com visitas ao Piauí e Maranhão nesta sexta-feira. Ele vai anunciar investimentos em diversos setores, entre eles portuário, elétrico e esportivo.


O presidente participa, durante a manhã, do encerramento da 10ª edição da Caravana Federativa em Teresina (PI). Lula vai anunciar investimentos nas áreas portuária e de transformação digital, além de cessões da Secretaria de Patrimônio da União do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.


À tarde, Lula vai a São Luís (MA) para anunciar a implantação do corredor de transporte público na Avenida Litorânea e do polo receptor de energias renováveis de Graça Aranha. Será o primeiro encontro público dele com o ministro Juscelino Filho (Comunicações) desde que o titular da pasta foi indiciado pela Polícia Federal.


A Litorânea é uma via estratégica para a mobilidade urbana da capital maranhense, um eixo de transporte público que serve como alternativa às rotas congestionadas do centro. Serão investidos R$ 237 milhões na implementação de uma faixa exclusiva para ônibus na via, ampliando a conectividade regional e integrando dois importantes polos urbanos na área metropolitana.


Já o polo receptor de energias renováveis tem previsão de R$ 9 bilhões em investimentos no Maranhão, para a construção de 602 km de linha de transmissão, atravessando 14 municípios maranhenses. Segundo o governo federal, a construção deve gerar 3 mil empregos diretos e 9 mil indiretos.


Fonte: Agendas do Poder

Na cerimônia ainda também serão apresentados o termo de compromisso para a expansão do programa Luz para Todos para quase 10 mil unidades consumidoras e a ordem de empenho dos espaços esportivos comunitários do Maranhão

Com informações do GLOBO.