sábado, 15 de junho de 2024

Vinicius Jr. recebe conta de luz de quase R$ 300 mil e processa a Light

 

Vini Jr. Foto: Divulgação

O atacante Vini Jr. entrou com uma ação no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro devido a problemas na cobrança de energia de um imóvel localizado na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

O jogador do Real Madrid realizou uma obra para aumentar a capacidade energética de sua residência, um investimento significativo de R$ 274 mil, conforme orçamento fornecido pela Light, concessionária responsável pelo serviço na região.

No entanto, o problema surgiu quando o débito referente à obra foi indevidamente incluído em uma conta mensal, resultando em um valor que quase ultrapassou os R$ 300 mil. Além disso, Vini Jr. foi informado por um atendente da Light sobre erros nos valores cobrados para a nova distribuição de energia.

Os advogados do jogador solicitam a anulação do débito da conta mensal e exigem que a Light forneça um esclarecimento claro e preciso sobre o valor correto a ser pago pela ampliação da capacidade energética da residência.

Fonte: DCM

“PL do Estupro”: Deputado bolsonarista propõe que médico também seja preso


O deputado bolsonarista Marcos Pollon. Foto: reprodução

Um projeto de lei do deputado bolsonarista Marcos Pollon, do PL do Mato Grosso do Sul, foi anexado à proposta que visa criminalizar o aborto após 22 semanas de gestação, mesmo em casos de mulheres estupradas, incluindo crianças, conforme informações do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles.

A proposta de Pollon sugere que médicos que realizarem o aborto nessas circunstâncias sejam presos. Se o aborto for consentido pela mulher, a pena seria de cinco a 12 anos. Sem a permissão dela, a pena seria de oito a 12 anos.

Com essa adição, o número de parlamentares que apresentaram a proposta chega a 33. Na última quarta-feira (12), a Câmara aprovou o pedido de urgência do “PL do Estupro”, solicitado pelo também bolsonarista Eli Borges, do PL do Tocantins.

Marcos Pollon diz que pré-candidato em Campo Grande foi 'determinação de Bolsonaro'Bolsonaro e Marcos Pollon. Foto: reprodução

A proposta em tramitação na Câmara sugere que tanto a gestante quanto o médico sejam punidos conforme o artigo 121 do Código Penal, que prevê penas de seis a 20 anos de prisão.

Na justificativa do projeto, os parlamentares citam como exemplo abortos realizados em duas crianças de 10 anos e uma de 11 anos, todas com mais de 22 semanas de gestação, alegando que esses procedimentos violam protocolos.

Vale destacar que a sociedade criticou veementemente os parlamentares que apoiaram o regime de urgência para o Projeto de Lei, com manifestações nas ruas e protestos nas redes sociais.

Fonte: DCM

Milhares voltam a protestar na Avenida Paulista contra PL do Estupro

 

Protestos na Av. Paulista. Foto: Divulgação

Na tarde deste sábado (15), a Avenida Paulista foi palco de mais um ato contra o Projeto de Lei (PL) 1.904/24, que equipara o aborto de gestação acima de 22 semanas ao homicídio. Foi o segundo ato de protesto realizado nesta semana na capital paulista contra o projeto que tramita em regime de urgência na Câmara dos Deputados.

or lei, o aborto, ou interrupção de gravidez, é permitido e garantido no Brasil nos casos em que a gestação decorreu de estupro da mulher, representa risco de vida para a mãe e também em situações de bebês anencefálicos, sem estabelecer um tempo máximo de gestação para o aborto.

No entanto, o projeto de lei que foi votado para tramitar em regime de urgência na última quarta-feira (12) na Câmara dos Deputados, pretende fixar em 22 semanas de gestação o prazo máximo para abortos legais e aumentar de 10 para 20 anos a pena máxima para quem fizer o procedimento.

 “A gente mobilizou novamente este ato. Achamos que era essencial voltarmos no sábado aqui na Avenida Paulista para mostrar que o projeto é um absurdo. Enquanto esse projeto não for arquivado, as feministas não sairão das ruas”, disse Ana Luiza Trancoso, que faz parte do Coletivo Juntas e da Frente Estadual pela Legalização do Aborto.

Para as manifestantes, se aprovado, o projeto de lei afetará principalmente as crianças que são vítimas de estupros, cujos casos de abuso e gestações demoram a ser identificados, resultando em busca tardia aos serviços de aborto legal. Segundo o Fórum de Segurança Pública, 74.930 pessoas foram estupradas no Brasil em 2022. Desse total, 61,4% eram crianças que tinham até 13 anos.

“As principais vítimas são as meninas de 10 a 14 anos. É dentro de casa que acontece essa violência. A criança não tem consciência do corpo. Não sabe o que é estar gestando. Por isso, há a descoberta tardia [da gravidez]. Além disso, sabemos que os serviços de abortamento legal sempre colocam barreiras. Não foi só um ou dois casos em que meninas tiveram que mudar de cidade ou de estado para fazer o aborto. E, quando chegam, sofrem pressão [para não abortar] e daí vão se passando semanas”, afirmou Ana Luiza.

Uma das participantes do ato na Avenida Paulista foi a professora Ana Paula Fernandes de Souza, de 43 anos. “Estou no ato porque acho extremamente importante tentar barrar esse projeto de lei. Eu, enquanto mulher, me sinto ofendida com tudo isso que vem ocorrendo. E este é só o começo de muitas outras coisas piores que podem vir”, disse ela à Agência Brasil.

Para a professora, as crianças e as mulheres periféricas serão as maiores vítimas desse projeto. “Na verdade, a mulher como um todo [é vítima do projeto]. Mas existe uma parcela aí que vai pagar muito mais por toda essa situação”, acrescentou.

Protestos na Av. Paulista. Foto: Divulgação

A manifestação na Avenida Paulista contou também com a presença de muitos homens. “Tenho exemplos na família de abuso sexual. Sobrinhas que sofreram abuso”, disse René de Barros, de 61 anos, professor aposentado. “Não há como ficar à margem disso. Inclusive, sugiro que se façam passeatas nos bairros. Esse Lira [Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados] tem que cair fora. Ele não é inimigo das mulheres e das crianças. Ele é inimigo do Brasil”, afirmou.

Para o professor, os homens precisam também reforçar sua participação em atos como este. “Essas mulheres e essas crianças têm família, e as famílias são afetadas também. A gente não pode ser hipócrita”, enfatizou.

Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil Seção São Paulo (OAB-SP) manifesta “profunda preocupação” com o projeto. “Em primeiro lugar, o projeto estabelece limites mais rigorosos para a interrupção da gravidez decorrente de estupro, restringindo-a até a 21ª semana. Esta mudança impõe uma barreira significativa para as meninas e mulheres que foram estupradas, muitas vezes obrigando-as a levar a gravidez a termo, o que pode ser considerado tratamento cruel e degradante”, diz a nota da OAB.  “Além disso, essa previsão ignora a realidade de muitas mulheres brasileiras que sofrem estupro e enfrentam um longo caminho até conseguirem um aborto legal, frequentemente ultrapassando as 22 semanas”, acrescenta o texto.

 Para a OAB-SP, a criminalização severa do aborto “não reduz a sua ocorrência, mas empurra as meninas e mulheres, principalmente as mais pobres, para procedimentos clandestinos inseguros e com alto risco de vida, aprofundando a discriminação social”.

Lula

Mais cedo, durante a Cúpula do G7, que reúne os países mais ricos do mundo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifestou contra o projeto.

“Eu, Luiz Inácio, sou contra o aborto. Mas, como o aborto é uma realidade, precisamos tratar como uma questão de saúde pública. Eu acho que é insanidade alguém querer punir uma mulher em uma pena maior do que o criminoso que fez o estupro”, declarou, em entrevista coletiva na região da Puglia, na Itália.

Para Ana Luiza Trancoso, a fala do presidente Lula foi importante, mas precisa ser mais incisiva. “Ele precisa ser um pouco mais enfático. Ele precisa ter uma posição mais firme”, disse Ana Luiza.

Abaixo-assinado

Durante o ato na Avenida Paulista, as manifestantes colheram assinaturas de pessoas contra o Projeto de Lei 1.904/24. “É um abaixo-assinado pedindo que esse projeto seja arquivado. Só assim para a gente abandonar as ruas”, afirmou a representante do Coletivo Juntas.

Fonte: DCM

 

Requião diz que Haddad quer agradar gregos e troianos e acaba desagradando o PT e o mercado

 

Ex-senador e ex-governador afirma que o ministro da Fazenda não é a pessoa ideal para o cargo

(Foto: Divulgação)

O ex-governador e ex-senador Roberto Requião fez duras críticas ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em uma postagem em suas redes sociais neste sábado. Requião destacou a tentativa de Haddad de agradar diferentes grupos, resultando em descontentamento tanto dentro do Partido dos Trabalhadores (PT) quanto no mercado financeiro. Segundo Requião, a tentativa de Haddad de adotar uma postura fiscalista sem a coragem de cortar subsídios e benefícios resulta em políticas ineficazes, culminando na controversa MP 1227, que pretendia eliminar incentivos fiscais usados por grandes empresas.

Requião argumenta que Haddad confunde ricos com empresários ao tentar aumentar a carga tributária sobre as empresas, em vez de focar nos realmente ricos que pagam pouco imposto. "A MP 1227 é um desastre político e econômico, que confirma que tecnocratas não devem ter cargos políticos," afirmou o ex-governador. Ele também destacou que Haddad não possui a capacidade de levar o país de volta ao crescimento ou cumprir as promessas de campanha, apontando a responsabilidade maior para o presidente Lula, que o escolheu para o cargo.

Essas críticas vêm em um momento em que Haddad expressou suas frustrações sobre as dificuldades em lidar com o Congresso Nacional. Em um evento do Instituto Conhecimento Liberta, Haddad destacou a resistência parlamentar às propostas de aumento da arrecadação federal, mencionando que os diálogos em Brasília frequentemente se transformam em uma defesa constante. “Quando vamos pra Brasília, não vamos dialogar, vamos nos defender. Você fica o tempo todo apreensivo. Por que essa espuma toda para criar cizânia na sociedade? Por que não focamos no que vai mudar pra melhor a vida as pessoas?", questionou o ministro.

Haddad também lamentou a falta de comprometimento de algumas pessoas em posições de poder em fazer "a coisa certa pelo país". Ele enfatizou a necessidade de um "projeto coletivo" para tornar o Brasil uma nação verdadeiramente grande, destacando que o país não está condenado a ser de porte médio, mas pode alcançar um status mais elevado. O ministro ainda sugeriu que, se necessário, poderia voltar para a sala de aula, ressaltando sua paixão pela educação e sua disposição em continuar contribuindo de outras formas.

As críticas de Requião e os desabafos de Haddad refletem a complexidade e os desafios enfrentados pelo governo atual em implementar políticas fiscais eficazes e em manter um diálogo produtivo com o Congresso. A MP 1227, em particular, torna-se um símbolo das tensões e divergências dentro do cenário político brasileiro, levantando questões sobre a liderança e a direção das políticas econômicas do país.

Fonte: Brasil 247

 

Simone Tebet repudia o 'PL do Estupro': 'não podemos concordar com esta ação criminosa da política'

 

"Ser contra o aborto não pode significar defender o PL do estupro", destacou a ministra

Simone Tebet
Simone Tebet (Foto: Washington Costa/MPO)

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, a decisão da Câmara dos Deputados que aprovou esta semana o regime de urgência para o Projeto de Lei 1904/24, do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e outros 32 parlamentares. A proposta equipara o aborto de gestação acima de 22 semanas ao homicídio. Os projetos com urgência podem ser votados diretamente no Plenário, sem passar antes pelas comissões da Câmara.

"Ser contra o aborto não pode significar defender o PL do estupro. Criminalizar e condenar crianças ou mulheres que interrompem a gravidez, especialmente quando estupradas, com até 20 anos de cadeia (pena maior que a de estupradores e pedófilos), além de desumano, é uma ação criminosa da Política, que deveria protegê-las. Só as mais pobres não têm acesso à saúde pública antes das 22 semanas", afirmou a titular da pasta na rede social X.

"Não se iludam. Esta cruzada por pautas sensacionalistas está apenas começando, porque o que muitos querem é acabar com os casos permitidos por lei (estupro, risco à mulher e anencéfalos). Gritem nas suas redes. #NÃO, NÃO e NÃO", acrescentou.

O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), havia dito que o projeto é "problema do Parlamento, e não do governo". O parlamentar afirmou também que é tema de "saúde pública". O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), declarou que o governo Lula (PT) se manifesta contra o chamado "PL do estupro".

Fonte: Brasil 247

 

Eduardo Bolsonaro volta a atacar as urnas eletrônicas após postagem de Musk

 

O bilionário e dono da rede social X afirmou que "deveríamos eliminar as urnas eletrônicas"

Eduardo Bolsonaro
Eduardo Bolsonaro (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) fez ataques verbais às urnas eletrônicas, ao sugerir que o sistema eleitoral brasileiro não tem segurança contra fraudes.

O parlamentar repercutiu uma postagem feita pelo dono da rede social X, Elon Musk. "Deveríamos eliminar as urnas eletrônicas", afirmou o empresário. "O risco de ser hackeado por humanos ou IA, embora pequeno, ainda é muito alto".

De acordo com o parlamentar, "qualquer pessoa minimamente sensata concorda com Elon Musk". "Essa pauta virá à tona novamente no Brasil, para o bem do resgate de nossa democracia", escreveu Eduardo Bolsonaro.

Os ataques de Eduardo e Elon Musk às urnas eletrônicas faz parte de uma estratégia da extrema-direita global, de fazer ataques ao Judiciário e ao sistema eleitoral, com o objetivo de fazer políticos direitistas tomarem posse mesmo que saiam derrotado de eleições, numa clara tentativa de golpe.

Críticas à Justiça são uma das alternativas do norte-americano Steve Bannon, 69 anos, que tentou na última década fazer partidos de direita chegarem ao poder nos Estados Unidos e em outros países. Em janeiro de 2021, quando Donals Trump (Partido Republicano) perdeu a eleição, vários apoiadores invadiram o Legislativo e acusaram o sistema eleitoral de ser fraudulento.

Bannon, que foi estrategista do ex-presidente Donald Trump, teve um encontro com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos EUA após o segundo turno da eleição no Brasil e aconselhou o parlamentar a questionar o resultado.

Em janeiro de 2023, apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF), e fizeram manifestações golpistas. O Supremo Tribunal Federal já fez mais de 170 condenações das 1.390 denúncias feitas pela Procuradoria-Geral da República.

Jair Bolsonaro está inelegível após decisão do Tribunal Superior Eleitoral no ano passado. O ex-mandatário espalhou fake news ao fazer acusação sem provas em 2022, quando afirmou a embaixadores, no Planalto, que o sistema eleitoral brasileiro não tem segurança contra fraudes.

Fonte: Brasil 247

Lula afirma que o sistema financeiro "domina a imprensa" e critica convescote de Campos Neto com o mercado

 

"Os que foram na festa devem estar ganhando dinheiro com a taxa de juros", disse Lula em referência ao jantar promovido por Tarcísio com o presidente do BC e nomes do mercado

Roberto Campos Neto e Lula
Roberto Campos Neto e Lula (Foto: Isac Nóbrega/PR | Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Durante entrevista coletiva neste sábado (15) no encerramento do G7, na Itália, o presidente Lula (PT) criticou a imprensa por estar 'praticamente dominada pelo sistema financeiro' e também tratou do jantar oferecido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em homenagem ao presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, em evento que contou com a presença de diversos nomes do mercado financeiro. Na ocasião, Campos Neto teria se oferecido a Tarcísio como candidato a ministro da Fazenda em caso de uma futura candidatura presidencial do hoje governador.

Lula criticou o silêncio da imprensa corporativa diante da taxa de juros escandalosa de 10,25% ao ano, mantida pelo BC de Campos Neto. "Nós estamos cada vez mais reféns de um sistema financeiro que praticamente domina a imprensa brasileira. Ou seja, a questão do déficit fiscal aparece na primeira página, na segunda página, na terceira página. Ninguém fala da taxa de juros de 10,25% em um país com uma inflação de 4%". 

Na sequência, o presidente citou o jantar em homenagem a Campos Neto e disse que os presentes no evento devem estar se beneficiando da Selic alta. "Ninguém fala. Pelo contrário, fazem uma festa para o presidente do Banco Central em São Paulo. Os que foram na festa devem estar ganhando dinheiro com a taxa de juros. Então eu acho que a discussão econômica é mais séria. Eu sento na mesa com todos os meus ministros para discutir o que a gente tem que fazer. Agora, achar que nós temos que piorar a saúde, piorar a educação para melhorar, isso é feito há 500 anos no Brasil. Há 500 anos o povo pobre não participava do orçamento, por isso que o país foi o último país a ter uma universidade".

Fonte: Brasil 247

Presidente do Solidariedade, Eurípedes Junior se entrega à Polícia Federal

 

Ele estava foragido desde quarta-feira, quando a PF deflagrou operação contra desvios de recursos do fundo partidário nas eleições de 2022

(Foto: Divulgação/Pros)

Eurípedes Junior, presidente do partido Solidariedade, entregou-se à Polícia Federal (PF) na manhã deste sábado (15), acompanhado por seus advogados, informa a CNN Brasil. Ele se apresentou na Superintendência da PF no Distrito Federal, onde já está detido em uma cela.

O dirigente partidário era alvo de uma operação da PF deflagrada na última quarta-feira (12), que buscava cumprir sete mandados de prisão preventiva. No entanto, Eurípedes não foi localizado na data, sendo o único alvo que permanecia foragido.

A Operação da PF tinha como objeto desvios de recursos do fundo partidário nas eleições de 2022. As investigações tiveram origem na denúncia feita por um ex-dirigente do Partido Republicano da Ordem Social (Pros), hoje integrado ao Solidariedade. O principal alvo era Eurípedes Júnior.

Os agentes da PF foram às ruas cumprir sete mandados de prisão preventiva e 45 mandados de busca e apreensão em Goiás, São Paulo e no Distrito Federal, além de bloquear R$ 36 milhões e 33 imóveis. Segundo a corporação, a operação “Fundo do Poço” tem como objetivo “desarticular organização criminosa responsável por desviar e se apropriar de recursos do fundo partidário e eleitoral nas eleições de 2022, destinados a um partido político”.

Os ex-dirigentes do Pros teriam desviado cerca de R$ 36 milhões. As investigações apontaram indícios de que o grupo agiu para se apropriar dos recursos por meio de candidaturas laranjas em diferentes estados do país. Além disso, existe a suspeita de superfaturamento de serviços contratados junto a consultorias jurídicas e desvio de verbas destinadas à Fundação de Ordem Social, ligada ao partido.

“Os envolvidos estão sendo investigados pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado, apropriação indébita, falsidade ideológica eleitoral e apropriação de recursos destinados ao financiamento eleitoral”, diz a PF.

O dinheiro teria sido lavado a partir da criação de empresas de fachada, compra de imóveis por intermediários e superfaturamento de serviços prestados aos laranjas e ao próprio partido.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Bolsonarismo pode ter “causado” surto de sarna em Balneário Camboriú (SC); entenda


Creches de Balneário Camboriú (SC) passam por desinfecção. Foto: reprodução

Famosa como uma das cidades mais bolsonaristas do Brasil, Balneário Camboriú tem o registro de surto de escabiose, conhecida como sarna, em duas creches do município em que, no segundo turno das últimas eleições, 74,57% dos habitantes votaram em Jair Bolsonaro (PL) contra 25,43% em Lula (PT).

E, segundo o NSC Total, o bolsonarismo pode ser a “causa” do surto de sarna. Pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) sugerem que o abuso de ivermectina, incluído nos “kits Covid” e propagado pelo ex-presidente, pode ter tornado o parasita Sacorptes scabiei, responsável pela doença, mais resistente.

Em 2021, um estudo da Ufal destacou a superresistência adquirida pelo ácaro Sacorptes scabiei devido ao uso excessivo de ivermectina. O médico infectologista Fábio Gaudenzi de Faria, da Superintendência de Vigilância em Saúde de Santa Catarina, reconhece a possibilidade dessa relação em Balneário Camboriú, mas ressalta que é necessária a avaliação da resistência do parasita para confirmação.

A escabiose não é monitorada pelo Ministério da Saúde, o que dificulta a coleta de dados precisos sobre a doença. Faria aponta que, “se houver um aumento dos surtos vamos precisar mudar a vigilância, para entender o motivo da mudança do perfil”.

Bolsonaro oferecendo ivermectina para ema. Foto: Adriano Machado/Reuters

 

Lula afirma que o sistema financeiro "domina a imprensa" e critica convescote de Campos Neto com o mercado

 "Os que foram na festa devem estar ganhando dinheiro com a taxa de juros", disse Lula em referência ao jantar promovido por Tarcísio com o presidente do BC e nomes do mercado

Roberto Campos Neto e Lula
Roberto Campos Neto e Lula (Foto: Isac Nóbrega/PR | Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Durante entrevista coletiva neste sábado (15) no encerramento do G7, na Itália, o presidente Lula (PT) criticou a imprensa por estar 'praticamente dominada pelo sistema financeiro' e também tratou do jantar oferecido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em homenagem ao presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, em evento que contou com a presença de diversos nomes do mercado financeiro. Na ocasião, Campos Neto teria se oferecido a Tarcísio como candidato a ministro da Fazenda em caso de uma futura candidatura presidencial do hoje governador.

Lula criticou o silêncio da imprensa corporativa diante da taxa de juros escandalosa de 10,25% ao ano, mantida pelo BC de Campos Neto. "Nós estamos cada vez mais reféns de um sistema financeiro que praticamente domina a imprensa brasileira. Ou seja, a questão do déficit fiscal aparece na primeira página, na segunda página, na terceira página. Ninguém fala da taxa de juros de 10,25% em um país com uma inflação de 4%". 

Na sequência, o presidente citou o jantar em homenagem a Campos Neto e disse que os presentes no evento devem estar se beneficiando da Selic alta. "Ninguém fala. Pelo contrário, fazem uma festa para o presidente do Banco Central em São Paulo. Os que foram na festa devem estar ganhando dinheiro com a taxa de juros. Então eu acho que a discussão econômica é mais séria. Eu sento na mesa com todos os meus ministros para discutir o que a gente tem que fazer. Agora, achar que nós temos que piorar a saúde, piorar a educação para melhorar, isso é feito há 500 anos no Brasil. Há 500 anos o povo pobre não participava do orçamento, por isso que o país foi o último país a ter uma universidade".

Fonte: Brasil 247

Movimento antivacina durante a Covid foi estimulado pelo Pentágono e tinha como objetivo atingir a China

 

Reportagem investigativa da Reuters revela como o setor militar estadunidense atacou as vacinas chinesas – o que teve apoio do Brasil durante o governo de Jair Bolsonaro

Bolsonaro e enterro durante a pandemia da COVID-19
Bolsonaro e enterro durante a pandemia da COVID-19 (Foto: Reprodução/Youtube | REUTERS/Bruno Kelly)

Reuters – Durante o auge da pandemia de COVID-19, o Pentágono dos EUA iniciou uma campanha secreta visando contrapor a crescente influência da China nas Filipinas, país severamente afetado pelo vírus. A operação clandestina, que não havia sido anteriormente reportada, tinha como objetivo disseminar dúvidas sobre a segurança e eficácia das vacinas e outras ajudas vitais fornecidas pela China. De acordo com uma investigação da Reuters, a campanha de propaganda do exército utilizou contas falsas na internet para simular serem de filipinos, transformando-se em uma campanha antivacina.

As postagens nas redes sociais criticavam a qualidade das máscaras faciais, kits de teste e a vacina Sinovac, a primeira a estar disponível nas Filipinas. Pelo menos 300 contas no X, anteriormente Twitter, foram identificadas como correspondentes às descrições compartilhadas por ex-oficiais militares dos EUA familiarizados com a operação nas Filipinas. Quase todas foram criadas no verão de 2020 e centradas no slogan #Chinaangvirus – em Tagalog, "China é o vírus". Essa postagem, identificada pela Reuters, coincidia com a mensagem, cronograma e design da campanha de propaganda antivacina do exército dos EUA nas Filipinas, disseram ex e atuais oficiais militares. A plataforma de mídia social X também identificou a conta como falsa e a removeu.

A campanha antivacina do Pentágono começou na primavera de 2020 e se expandiu além do Sudeste Asiático antes de ser encerrada em meados de 2021. Adaptando a campanha de propaganda para o público local em toda a Ásia Central e Oriente Médio, o Pentágono utilizou uma combinação de contas falsas de mídia social em múltiplas plataformas para espalhar medo das vacinas chinesas entre os muçulmanos, num momento em que o vírus matava dezenas de milhares de pessoas todos os dias. Uma parte chave da estratégia: ampliar a contestação de que, como as vacinas às vezes contêm gelatina de porco, os imunizantes chineses poderiam ser considerados proibidos sob a lei islâmica.

Movimento antivax no Brasil – No Brasil, um movimento similar de desconfiança às vacinas foi notado, tendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus filhos como figuras de destaque. Eles frequentemente se referiam às vacinas chinesas de forma pejorativa como "Vachina", ecoando sentimentos antivacina durante o período crítico da pandemia. As primeiras vacinas trazidas ao Brasil, que eram chinesas, chegaram por iniciativa do então governador de São Paulo, João Doria, intensificando um debate político e ideológico sobre a vacinação no país.

O programa militar começou sob a administração do ex-presidente Donald Trump e continuou meses após a posse de Joe Biden, encontrou a Reuters – mesmo depois que executivos de mídia social alarmados alertaram a nova administração de que o Pentágono estava produzindo desinformação sobre a COVID. A Casa Branca de Biden emitiu um decreto na primavera de 2021 proibindo o esforço antivacina, que também difamava vacinas produzidas por países rivais, e o Pentágono iniciou uma revisão interna, revelou a investigação

Fonte: Brasil 247 com Reuters

MP do TCU analisa impactos fiscais das pensões de filhas de militares

 

"Situações como essa evidenciam o desrespeito ao princípio da isonomia que deveria reger a administração pública", afirma o subprocurador-geral Lucas Furtado

Militares
Militares (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 Em um movimento que pode desencadear profundas discussões sobre a sustentabilidade financeira e a equidade dos benefícios previdenciários no Brasil, o subprocurador-geral Lucas Furtado, do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), apresentou uma representação para que a corte examine detalhadamente o sistema de proteção dos militares e o impacto nas contas públicas das pensões destinadas às filhas de membros das Forças Armadas, informa a Folha de S. Paulo.

A representação surge em um contexto de preocupação com o equilíbrio fiscal do país. Furtado, em sua solicitação, menciona a manifestação do ministro do TCU, Walton Alencar Rodrigues, que destacou a Previdência Social, focando particularmente no sistema militar. Rodrigues chamou atenção para a capacidade limitada de cobertura desse sistema e seu "monumental déficit per capita".

Um dos pontos centrais da discussão é a pensão vitalícia para filhas solteiras de militares, um benefício que tem sido amplamente criticado por suas distorções e pelas situações fictícias que pode induzir. Embora o benefício tenha sido extinto para novos ingressos na carreira militar a partir de 2001, projeções indicam que os custos associados a essa pensão continuarão a onerar o governo e a sociedade até pelo menos 2060.

Lucas Furtado sublinha que, mesmo após a extinção da pensão vitalícia para novos militares, os encargos futuros permanecem consideráveis. "Não estou aqui a ir de encontro ao direito adquirido. Tampouco causar insegurança jurídica em situações já decididas judicialmente. Se o direito existe, que o seja respeitado. Contudo, a meu ver, situações como essa evidenciam o desrespeito ao princípio da isonomia que deveria reger a administração pública como um todo", afirmou Furtado.

O subprocurador-geral enfatiza que o princípio da isonomia é crucial para assegurar que não haja discriminação ou privilégios indevidos na sociedade e na aplicação das leis. "No momento em que classes são privilegiadas com direitos diferentes dos demais, há desrespeito a esse princípio tão importante para a justiça e a equidade na sociedade", argumenta.

Além disso, Furtado alerta que os números indicam que o sistema de proteção dos militares, como está configurado atualmente, pode ameaçar o equilíbrio fiscal do país. "Os privilégios concedidos a certas categorias, especialmente quando sustentados por recursos públicos, precisam ser constantemente reavaliados para garantir que a administração pública opere de maneira justa e sustentável", completou.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo