Viatura da polícia de Arapongas, no Paraná. Foto: reprodução
Em Arapongas, no Paraná, um homem não aceitou o fim do relacionamento e ameaçou arrancar o coração da ex-companheira. Segundo a mulher, ele afirmou que “mataria ela e o futuro companheiro dela, arrancaria seu coração e o colocaria no meio da cidade”.
A Polícia Militar foi chamada por volta de 00h16 deste sábado (25) para atender a um caso de violência doméstica no endereço da mulher. Ao chegarem, os policiais encontraram um homem encostado em um carro em frente à residência. Após a abordagem, os policiais confirmaram que ele não possuía nada ilícito.
A mulher saiu de dentro da casa e contou que o homem ficou extremamente agressivo após ela dizer que não queria continuar o relacionamento. Ele teria quebrado um vidro da casa com um chute e a ameaçado de morte. Ela também revelou que o suspeito frequentemente a ameaçava com uma faca. Logo em seguida, foi dada voz de prisão ao homem, que foi posteriormente encaminhado para a 22ª Subdivisão Policial de Arapongas.
A equipe do Terra Boa cumpre boa campanha e deve ter apoio da sua torcida hoje à noite contra o Apucarana
Em terceiro
na classificação com mesmo número de pontos do adversário, mas com dois gols a
menos de saldo (19 a 21), o Apucarana Futsal enfrenta logo mais à noite, a boa
e competitiva equipe do Terra Boa. Quem vencer pode garantir vaga na próxima
fase da competição. Nesta fase as 12 melhores se classificam para a fase seguinte.
Válido pela
11ª rodada da Série Prata do Campeonato Paranaense de Futsal, o jogo está
marcado para às 20 horas, no Ginásio Arnaldo Zampiere, que deverá estar com as
dependências completamente tomada por torcedores do time local.
O Paraná
Clube, que ontem à noite “massacrou” a ACAU de União da Vitória, por 16 a 1, em
Curitiba, lidera a competição com 26 pontos ganhos. Na sequência aparecem Terra
Boa e Apucarana com 21, seguidas de ABF Beltrão e Manoel Ribas, com 19 e
Fazenda Futsal, com 18. Guaíra, 12; São Joseense, 6; APAF, 5 e ACAU, são as
quatro últimas na classificação geral, até o momento.
Os dois
treinadores, Cleber Paraná do Apucarana e Roberval Ramos do Terra Boa tem todo
o elenco à disposição.
Prováveis
equipes para início da partida:
Apucarana:
Olavo, Gauchinho, Dieguinho, Juninho e Bruno.
Terra Boa:
Nikinha, Giovani, Carrapixo, Custelinha e Bolinha.
Unidades serão construídas em estaleiros
do Brasil, China e Singapura, e atingirão os percentuais de conteúdo local de
20%. Plataformas devem entrar em operação entre 2029 e 2030
A Petrobras anunciou,
nesta sexta-feira (24), que assinou contratos com a Seatrium O&G Americas
Limited para a aquisição das plataformas P-84 e P-85.Segundo o jornalO Globo, as plataformas de produção,
armazenamento e transferência (FPSO) serão instaladas nos campos de Atapu e
Sépia, localizados no campo do pré-sal da Bacia de Santos.
As novas plataformas estão previstas para entrar em
operação entre 2029 e 2030, sendo instaladas a uma profundidade superior a 2
mil metros. Cada unidade terá a capacidade de produzir diariamente 225 mil
barris de petróleo e processar 10 milhões de metros cúbicos de gás natural.
Ainda de acordo com a reportagem, “as unidades serão construídas em estaleiros
do Brasil, China e Singapura, e atingirão os percentuais de conteúdo local de
20% na P-84 e 25% na P-85”.
Atualmente, os campos de Atapu e Sépia já são operados por duas
plataformas: a P-70, em Atapu, e o FPSO Carioca, em Sépia. Com a adição das
P-84 e P-85, cada campo passará a contar com duas plataformas FPSO, duplicando
sua capacidade de produção e processamento de petróleo e gás.
Os projetos também irão permitir uma redução de 30% na
intensidade de emissões de gases de efeito estufa por barril de óleo
equivalente produzido, por meio da configuração "All Electric" das
plataformas, que inclui otimizações na planta de processamento para aumentar a
eficiência energética. Assim, as P-84 e P-85 serão as unidades FPSO mais
eficientes em operação no Brasil, alinhando-se às metas de sustentabilidade da
Petrobras.
Movimentos sociais e organizações da sociedade civil do Rio Grande do Sul instituíram uma central de abastecimento para coletar e distribuir alimentos para as cozinhas solidárias que atuam no estado no contexto da emergência climática.
A iniciativa, lançada nessa sexta-feira (24), no Sindicato do Metalúrgicos, em Porto Alegre, funcionará no mesmo local visando garantir que todas as cozinhas, que hoje atendem abrigos vítimas das enchentes, sejam abastecidas regularmente.
A estratégia também visa assegurar que doações cheguem nas cozinhas e nos pontos populares de alimentação em quantidade, qualidade e variedade conforme às necessidades. Além de dar o destino adequado para as doações, a estratégia combaterá o desperdício de alimentos.
Números
“Nós estamos falando de algo em torno 400 cozinhas solidárias comunitárias [atuando no Rio Grande do Sul]. Esse potencial, hoje, sem dúvida nenhuma, já passa em torno de 40 mil refeições diárias. De pratos de comida feita, seja no café da manhã, seja no almoço, no café da tarde e no jantar”, explica Juliano de Sá, coordenador do Fórum Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Rio Grande do Sul.
Parceria com cozinhas solidárias para distribuição de alimentos tem apoio dos Correios foto -Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
As organizações envolvidas farão parte de um conselho gestor que tratará da regulação da distribuição das doações para assegurar que as comunidades na ponta sejam permanentemente abastecidas.
Rogério Dallo, um dos fundadores do movimento A Fome Tem Pressa, em Porto Alegre, vê com entusiasmo a iniciativa. "Essa central de distribuição tentará mapear os estoques e organizar as ofertas, abastecendo as regiões", argumenta.
Em todo o Rio Grande do Sul, quase 64 mil pessoas estão em abrigos e mais de seiscentas mil estão fora de suas casas. “Hoje, por exemplo, desde segunda-feira, nós estamos todos os dias alimentando Sarandí. Lá, temos mutirões, tem mais de quinhentas famílias voltando, limpando casas e elas não têm jeito de fazer comida nas casas. Então, a gente tem estabelecido uma rotina, nós botamos 250, 280 marmitas, mais um grupo complementa com mais 100, e a tardezinha com mais 300 sanduíches”, explica Dallo.
Apoio federal
Para enfrentar o desafio da logística, os movimentos buscam parcerias para que, da central, os alimentos possam chegar na ponta. Por causa disso, a Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, do governo federal, fechou uma parceria com os Correios, que vai usar oito bases na região metropolitana de Porto Alegre para escoar os estoques da central para as cozinhas na ponta.
Outra iniciativa - articulada pela Secretaria Geral da Presidência da República e pelo Ministério de Minas e Energia - assegurou a distribuição de gás de cozinha, de forma regular, pelos próximos três meses, para 269 cozinhas solidárias em todo o estado.
Os acordos envolvem pessoas que estavam em frente ao Quartel General do Exército em Brasília, mas contra os quais não há provas de participação direta nas invasões aos prédios públicos
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), validou nesta quinta-feira (23) mais dez acordos de não-persecução penal entre a Procuradoria-Geral da República (PGR) e acusados de envolvimento nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, que resultaram na invasão e depredação das sedes dos três Poderes. Com essa decisão, o total de acordos homologados pelo STF chega a 234, sendo 38 no ano passado e 196 em 2024.
Os acordos envolvem pessoas que estavam em frente ao Quartel General do Exército em Brasília, mas contra os quais não há provas de participação direta nas invasões aos prédios públicos. Essas negociações permitem suspender o andamento dos processos penais, desde que os acusados cumpram uma série de requisitos fiscalizados pela Justiça.
O acordo de não persecução penal foi introduzido pela Lei Anticrime, em vigor desde 2019. Esse mecanismo permite ao Ministério Público oferecer um acordo ao investigado que confesse o delito. O acordo é aplicado em casos de crimes cometidos sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior a quatro anos.
Ao aceitar o acordo, o investigado se compromete a reparar o dano causado e, em troca, o Ministério Público pode impor condições como prestação de serviços à comunidade, pagamento de multa e outras medidas.
Condições e monitoramento
Os acusados que tiveram seus acordos homologados confessaram a infração penal e terão as medidas cautelares revogadas. No entanto, para manter o benefício, deverão cumprir diversas condições, incluindo:
Prestação de serviços à comunidade.
Pagamento de valor em dinheiro de forma parcelada.
Proibição de participação em redes sociais abertas até o fim da execução do acordo.
Participação em curso sobre “Democracia, Estado de Direito e Golpe de Estado”.
Para que o acordo seja mantido, os acusados não podem reincidir na infração penal nem serem processados por outros delitos ou contravenções. A Justiça monitorará o cumprimento dessas exigências até sua conclusão.
No último dia 2, o lago Guaíba atingiu 5,33 metros, superando o recorde histórico de 4,76 metros da enchente de 1941
Após um dia de caos na região metropolitana de Porto Alegre devido à enchente do Guaíba, o nível do rio permanece acima dos 4 metros na manhã deste sábado (25). Às 6h15, o nível atingiu 4,16 metros no cais Mauá.
Segundo o Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a previsão é de que a cheia se mantenha duradoura, com níveis elevados nos próximos dias. Os níveis devem oscilar em torno dos 4 metros, com possíveis elevações causadas por ventos e chuvas previstos para a próxima semana.
No último dia 2, o lago Guaíba atingiu 5,33 metros, superando o recorde histórico de 4,76 metros da enchente de 1941. Desde então, as águas estavam baixando lentamente, mas houve um novo aumento nesta sexta-feira (24).
A Prefeitura de Porto Alegre determinou que as equipes de atendimento continuem mobilizadas para enfrentar os danos causados pela enchente e para prestar assistência aos desabrigados. A Defesa Civil Municipal permanece em alerta devido aos riscos de deslizamentos de terra e rajadas de vento.
Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S.Paulo
Em julgamento virtual iniciado nesta sexta-feira (24), o Supremo Tribunal Federal (STF) discutirá questões de transparência envolvendo a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, ocorrida em 2018. O caso será apreciado pelos cinco ministros da Segunda Turma. Eles deverão apresentar seus votos até o dia 4 de junho.
A intervenção federal foi decretada pelo então presidente da República, Michel Temer, e durou de fevereiro a dezembro de 2018. A ação, que tramitou inicialmente no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), foi movida pelo Ministério Público Federal (MPF) em 2021. Ela aponta omissão da União e do estado do Rio de Janeiro nos seus deveres de transparência e de prestação de contas durante o período, sobretudo relacionado às ações ocorridas na Baixada Fluminense.
Temer decretou a intervenção em resposta a diferentes episódios violentos registrados na capital fluminense. A medida foi tomada dois dias após o fim do carnaval, quando diversas ocorrências policiais levaram o então governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, a admitir falhas no planejamento da segurança pública.
Foi a primeira vez no país em que houve o acionamento do Artigo 34 da Constituição de 1988, dispositivo que prevê as situações em que é possível realizar uma intervenção federal. Com o decreto, o então secretário de Estado de Segurança do Rio, Roberto Sá, foi afastado do cargo e o general Walter Braga Netto, que estava à frente do Comando Militar do Leste (CML), foi nomeado interventor. Na prática, enquanto durou a intervenção, ele foi responsável pela segurança pública no estado, ficando sob sua alçada a Polícia Militar, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros.
Na ação, o MPF reivindicou que fossem realizados relatórios detalhados sobre as medidas adotadas, incluindo dados estatísticos, orçamentários e avaliações qualitativas. Também cobrou informações sobre o planejamento das políticas públicas de segurança adotadas desde o término da intervenção. Pede ainda que a União e o estado do Rio de Janeiro desenvolvam protocolos de ação e de planejamento para suprir deficiências constatadas, bem como criem canais democráticos de participação e controle social, que contribuam para prevenir cenários de insatisfação popular similares ao que originou a intervenção federal.
De acordo com o MPF, a ação foi um desdobramento de um inquérito civil que revelou problemas em condutas de militares participantes das operações na Baixada Fluminense. Denúncias foram recebidas pela instituição narrando abordagens em que armas de fogo eram apontadas para moradores de comunidades, bem como a realização de voos rasantes de helicóptero sobre as casas. Também houve relatos sobre militares que cobriam o rosto com o uso de toucas ninjas. A ação fez menção a dados de relatório produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), no qual se constatou um aumento do número de homicídios decorrentes de ação policial durante a intervenção federal.
O TRF2, no entanto, rejeitou os pedidos do MPF. Com base nas manifestações da União e do estado do Rio de Janeiro, o juízo considerou não haver omissão nem descumprimento dos deveres de transparência e prestação de contas. Conforme os entendimentos adotados nas sentenças de primeira e segunda instância, o Poder Judiciário só deve determinar ao Poder Executivo a implementação de políticas públicas em situações excepcionais, como nos casos de inércia ou de manifesta deficiência.
A questão chegou ao STF em novembro do ano passado após o recebimento de um recurso especial apresentado pelo MPF contra a decisão de segunda instância. O ministro Nunes Marques, em análise monocrática, manteve a sentença do TRF2. Para ele, o atendimento dos pedidos formulados exigiriam do Judiciário assumir papéis que são do Executivo. Agora, caberá à Segunda Turma reiterar ou reformar a decisão.
Para o MPF, o Judiciário não pode ficar inerte à violação de um direito fundamental previsto na Constituição, como é o caso do direito à segurança pública. A instituição sustenta que a intervenção federal deixou muitos questionamentos sem respostas.
Nos autos do processo, o estado do Rio de Janeiro sustentou que cabe à União prestar informações sobre o tempo em que durou a intervenção federal. Acrescentou que, após esse período, deu continuidade ao trabalho reduzindo os índices de criminalidade, inclusive o de letalidade violenta na Baixada Fluminense.
Já a União afirmou que não houve falta de publicidade e nem atenção às demandas sociais, tendo em vista que foram disponibilizados diversos canais de comunicação e apresentadas as informações cabíveis.
A decisão também veda a instauração de novos procedimentos contra profissionais de saúde com base nessa norma
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (24) a suspensão de todos os processos judiciais e procedimentos administrativos e disciplinares baseados na resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que restringia o aborto legal acima de 22 semanas.
A decisão também proíbe a instauração de novos procedimentos contra profissionais de saúde com base nessa norma, que já havia sido suspensa por Moraes no último dia 17.
“SUSPENDO, imediatamente, até o final do julgamento da presente ADPF [Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental], todos os processos judiciais e procedimentos administrativos e disciplinares decorrentes da aplicação da Resolução CFM 2.378/2024”, afirmou o ministro. Ele também ordenou que o CFM e todos os conselhos regionais sejam informados e cumpram imediatamente a decisão.
A decisão desta sexta complementa a suspensão temporária dos efeitos da norma até que o caso seja julgado pelo plenário do STF. Moraes destacou que chegou ao tribunal a informação de que “recentemente ocorreram casos de aborto de fetos com mais de 22 semanas de gestação, levando à suspensão profissional de médicas que realizaram o procedimento”. Esse relato, que gerou manifestações em frente ao Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), foi parte de um pedido feito pelo próprio conselho paulista.
Na defesa da norma do CFM, o Cremesp admitiu que tem punido médicos por realizarem abortos legais. Moraes considerou isso um aumento do perigo de dano decorrente da não suspensão da norma. O Cremesp confirmou ao STF que abriu diligências contra profissionais com base na norma que proibia a assistolia fetal, um procedimento que envolve a injeção de substâncias para interromper os batimentos cardíacos do feto, recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para abortos legais acima de 20 semanas.
O Cremesp admitiu publicamente pela primeira vez que suspendeu médicas por realizarem abortos legais em gestações acima de 22 semanas. A entidade afirmou que sua decisão influenciou a suspensão do programa de aborto legal no Hospital Vila Nova Cachoeirinha, referência na capital paulista, que foi interrompido em dezembro do ano passado.
Com a suspensão do serviço, meninas vítimas de estupro tiveram que viajar a outros estados para acessar a interrupção legal da gravidez. Uma menina de 12 anos foi para Uberlândia (MG) e outra de 15 anos foi para Salvador, com apoio da ONG Projeto Vivas, que auxilia pacientes a acessar abortos legais.
A versão do Cremesp sobre a suspensão do serviço diverge da justificativa da Prefeitura de São Paulo, que alegou ter interrompido o programa para priorizar “cirurgias eletivas, mutirões cirúrgicos e outros procedimentos envolvendo a saúde da mulher”.
Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S.Paulo
A próxima etapa no andamento do caso é a avaliação de Moraes sobre a aceitação ou não da denúncia apresentada pela PGR
O inquérito que investigava o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) está oficialmente encerrado pela Polícia Federal (PF). Na última quinta-feira (23), o relatório complementar foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), representando a última peça do quebra-cabeça.
Ainda assim, o caso não está completamente fechado, informa Malu Gaspar, em O Globo. Existem pendências aguardando a decisão de Moraes, como o pedido do delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa para ser ouvido na investigação.
Barbosa, acusado de ser um dos mentores intelectuais do crime, assim como os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, apontados como mandantes do assassinato, não foram interrogados pela PF após a operação “Murder Inc.”, realizada no final de março para prendê-los.
Atualmente, os três acusados estão em presídios federais diferentes. Rivaldo Barbosa, em um bilhete enviado ao ministro Moraes, chegou a pedir “pelo amor de Deus” para ser ouvido. Caso o ministro decida autorizar o depoimento de Barbosa, ele ocorrerá no âmbito do gabinete de Moraes e não mais como parte do inquérito, que já está concluído.
A próxima etapa no andamento do caso é a avaliação de Moraes sobre a aceitação ou não da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Atualmente, está aberto o prazo para a manifestação dos advogados de defesa dos acusados, que solicitaram mais tempo e acesso completo ao material apreendido nas operações da PF.
Barbosa e os irmãos Brazão só deverão ter oportunidade de se defender após a decisão do ministro sobre a denúncia da PGR.
Fonte: Agenda do Poder com informações do jornal O Globo
Segundo a denúncia, dirigentes do Rio Ônibus pagaram R$ 6 milhões de propina ao desembargador para obter decisões favoráveis em mais de 40 processo
O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou todas as provas contra o desembargador Mário Guimarães Neto, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), que haviam sido obtidas pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro no âmbito da Operação Lava-Jato. Desde maio de 2020, Guimarães Neto é réu no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. A ação penal está em fase final.
A investigação começou em maio de 2019, quando a 7ª Vara Federal Criminal do Rio autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Gláucia Iorio de Araújo Guimarães, esposa do desembargador. A defesa de Mário Guimarães Neto alegou que essas medidas foram baseadas em um relatório da Receita Federal que já indicava que ela era esposa do desembargador, configurando a incompetência da 7ª Vara para conduzir o caso.
Nunes Marques afirmou que as provas contra o desembargador foram produzidas por um juízo incompetente, pois o Ministério Público Federal (MPF) já sabia que Guimarães Neto tinha foro privilegiado no STJ. Além disso, o ministro destacou que essas provas não podem ser ratificadas pelo STJ agora, pois a incompetência da 7ª Vara era conhecida à época dos atos processuais.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) recorreu da decisão de Nunes Marques. Em 9 de maio, a ministra Isabel Gallotti, relatora da ação penal no STJ, suspendeu o processo até que o STF julgue o recurso da PGR.
A operação ganhou destaque quando, em outubro de 2019, a 7ª Vara Federal Criminal do Rio encaminhou o caso ao STJ devido à suspeita de envolvimento de Guimarães Neto. Em abril de 2020, o STJ autorizou buscas nos endereços do desembargador, e a Polícia Federal encontrou cerca de R$ 50 mil em dinheiro vivo num cofre escondido em seu carro.
Em maio de 2020, Guimarães Neto foi denunciado pela PGR, tornando-se réu no STJ pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Ele está afastado do cargo desde então. Segundo a denúncia, dirigentes do Rio Ônibus pagaram R$ 6 milhões de propina ao desembargador para obter decisões favoráveis em mais de 40 processos. A propina foi intermediada pela esposa de Guimarães Neto e paga com recursos de caixa 2 do sindicato.
A investigação se baseou na delação premiada de Lélis Teixeira, ex-presidente da Fetranspor, preso pela Lava-Jato em 2017.
Em nota, o advogado de Guimarães Neto, João Francisco Neto, afirmou que as informações foram obtidas de forma desleal e ilegal e que não há provas, ilícitas ou não, que sustentem as acusações contra o desembargador. Ele criticou a acusação, que estaria baseada na palavra de um “criminoso confesso e sem escrúpulos”.
Fachada da Escola Estadual de São Paulo. Foto: Governo de São Paulo
Os estados de São Paulo e Paraná estão em tramitação adiantadas para a contratação de instituições privadas para administrar colégios públicos está avançando. Existe também a possibilidade de implementação em Minas Gerais. A medida, que enfrenta resistência de partidos de oposição e do sindicato de professores, é parte de um novo modelo educacional defendido pelos governantes bolsonaristas dos três estados.
No Paraná, o plano de Ratinho Junior (PSD) é que escolas particulares sejam responsáveis por tarefas administrativas, como manutenção predial, controle de faltas e contratação de professores temporários, permitindo que os diretores, que são servidores públicos, se concentrem apenas no projeto pedagógico.
Desde o ano passado, dois colégios piloto já operam nesse formato. Agora, a proposta está sendo discutida na Assembleia Legislativa para expandir o modelo para 200 escolas, representando 9% da rede estadual. Já em São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) se movimenta para conseguir leiloar o projeto até setembro deste ano. O governo paulista espera vender 33 escolas, divididas em 2 lotes, atraindo cerca de R$ 2,1 bilhões em investimentos.
Rivaldo Barbosa é acusado de ajudar os irmãos Brazão no caso Marielle. Foto: reprodução
Preso sob
suspeita de colaborar com os mandantes dos assassinatos da vereadora Marielle
Franco e do motorista Anderson Gomes, o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da
Polícia Civil do Rio de Janeiro, enviou uma “súplica” ao ministro Alexandre de
Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo para ser ouvido pela Polícia
Federal.
“Por
misericórdia, solicito que V.Exa. faça os investigadores me ouvirem, pelo amor
de Deus”, escreveu o delegado no topo de um mandado de notificação entregue por
um oficial de justiça na Penitenciária Federal de Brasília, segundo o jornal O
Globo.
A
maneira inusitada como o pedido foi feito teria surpreendido os advogados de
Barbosa, Felipe Dalleprane e Marcelo Ferreira. “No campo onde deveria assinar e
escrever a data dizendo que recebeu a notificação, ele fez esse pedido de
socorro, que surpreendeu muito a gente, demonstrando o desespero dele com o
fato de ainda não ter sido ouvido”, disse Dalleprane ao UOL.
Na resposta a Moraes, o oficial de Justiça comunicou sobre a
“súplica” de Barbosa, mencionando que a notificação foi entregue às 14h40 do
dia 20 de maio e que Barbosa escreveu o pedido no documento.
Bilhete escrito pelo delegado Rivaldo Barbosa a Alexandre de Moraes. Foto: reprodução