Adriano desmente relação com Belo e Gracyanne. Foto: reprodução
Nesta sexta-feira (26), o ex-jogador Adriano, conhecido como Imperador, publicou um vídeo em suas redes sociais negando que tenha participado de “ménage à trois” com o ex-casal Belo, cantor de pagode, e Gracyanne Barbosa, influencer fitness. O termo francês dá nome ao relacionamento sexual que envolva três pessoas.
“Eu nem sei o que é esse negócio de ménage que estão falando, eu tenho o maior respeito pelo Belo. Nunca saí com a Gracyanne (…) Esse rapaz que está inventando isso de mim, pode ter certeza que vai ser processado porque isso não existe, eu nunca fiz isso na minha vida”, declarou o ex-atacante da seleção brasileira.
O “rapaz”, no caso, é o jornalista Bruno Di Simone, da RedeTV!, que afirmou ao vivo o relacionamento sexual entre os três famosos deu origem a uma “paixão” secreta entre Adriano e Gracyanne.
“Ela ficou meio apaixonadinha por ele e continuou tendo relacionamento com ele às escondidas. Eu sou do Rio de Janeiro, a Barra da Tijuca inteira sabe disso. Isso não é novidade”, afirmou Di Simone na emissora de São Paulo.
Lula, presidente do Brasil e Fernando Haddad, ministro da Fazenda. Foto: reprodução
Durante a inauguração de uma fábrica de insulina em Minas Gerais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) elogiou empresários e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacando que acredita que a equipe econômica de seu governo merece o Prêmio Nobel de economia.
“Se o Desenrola der certo, o pessoal que discute o Prêmio Nobel vai ter que entregar o prêmio para tua equipe”, afirmou Lula ressaltando propostas de concessão de crédito para microempreendedores e habitações populares, argumentando que essas iniciativas poderiam render reconhecimento internacional.
“Se tiver outro prêmio de economia, e esse plano [de investimentos estrangeiros no Brasil não perderem dinheiro com a oscilação no câmbio] der certo, o Haddad também vai ganhar com sua equipe o Prêmio Nobel de economia. Então quem discute o prêmio já está devendo dois para você. Você ainda não foi indicado, mas quem sabe eles não indicam um dia”, disse o presidente no evento em Minas Gerais.
Lula também afirmou que os deputados federais e senadores precisam saber o que acontece no Brasil e, por isso, vai entregar material com feitos do governo a parlamentares. Todos eles vão receber. Quem é do governo, quem não é do governo, quem fala mal, quem fala bem, todos eles”, disse o petista.
O presidente também se emocionou ao citar sua bisneta, que tem diabetes tipo 1, expressando gratidão pelas melhorias na área da saúde. Ele enfatizou a importância da indústria nacional, especialmente no setor da saúde, destacando a necessidade de produzir internamente o que o país precisa.
“Muita gente vai se beneficiar da produção nacional de insulina. E sabe quem vai agradecer por essa inauguração da Biomm, em Nova Lima? Minha bisneta, de 7 anos, que vive com diabetes tipo 1 e que se soma a milhares de pessoas que vivem com essa condição no Brasil e precisam de insulina”, escreveu o presidente no X, antigo Twitter, após o evento.
A inauguração da fábrica de insulina em Nova Lima (MG), da empresa Biomm, representou um investimento de R$ 800 milhões em um empreendimento de 12 mil metros quadrados. Segundo o governo, a capacidade de produção da fábrica atenderá cerca de 1,9 milhão de pacientes.
Lula também elogiou Walfrido dos Mares Guia, membro do conselho administrativo da Biomm, expressando arrependimento por não tê-lo conhecido antes. O empresário, emocionado, considerou o presidente um “grande amigo”.
Gisele Bündchen chorando após ser multada nos EUA. Foto: reprodução
Um vídeo da câmera corporal de um policial revelou o motivo dochoro de Gisele Bündchen após ser multadaem Surfside, Flórida. Segundo o TMZ, ela foi multada na última quinta-feira (25).
Nas imagens divulgadas pela Local 10 News, dos Estados Unidos, o policial se aproxima do carro da modelo brasileira para entregar um papel, explicando que é uma “cortesia”. Gisele abre a janela e relata que está fugindo de um paparazzo, agradecendo ao policial.
“Todo lugar que eu vou tem eu tenho os caras me seguindo. Nada me protege, eu não posso fazer nada, só quero viver minha vida”, desabafou Bündchen.
O agente, compreendendo a situação, aconselha a fazer uma denúncia em Miami Beach, ressaltando que não pode impedir os paparazzi de fazerem seu trabalho.
O ex-presidente Jair Bolsonaro durante entrevista na Jovem Pan. Foto: Reprodução
Sem as verbas do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e uma punição do Google, a Jovem Pan perdeu pelo R$ 27 milhões em receitas. A emissora teve uma explosão de engajamento durante as eleições de 2022 e teve uma queda de mais de um quarto (26%) de seu faturamento no ano seguinte.
O faturamento da emissora bolsonarista saltou de R$ 65,3 milhões em 2017 para R$ 103,4 milhões em 2022. Parte do crescimento ocorreu por meio verbas do governo Bolsonaro, que destinou R$ 18,8 milhões à Jovem Pan por campanhas publicitárias entre 2019 e 2022.
O principal motivo da queda de faturamento ocorreu por conta do Google, que deixou de monetizar seu conteúdo no YouTube, plataforma em que a emissora tem quase 8 milhões de inscritos e potencial para gerar mais de R$ 20 milhões em receitas líquidas por ano.
A monetizaçação dos vídeos foi suspensa, segundo o Google, por “desinformação eleitoral e violação das diretrizes de publicidade”. A Jovem Pan só conseguiu retomar os ganhos com os conteúdos em março deste ano.
Estúdio da Jovem Pan. Foto: Reprodução
Segundo balanço publicitário divulgado no Diário Oficial do Estado, a Rádio Pan-Americana S/A (razão social da emissora) perdeu um total de R$ 27 milhões, caindo de R$ 103,4 milhões em 2022 para R$ 76,4 milhões em 2023.
A Jovem Pan tem cortado custos e promovido demissões, o que aumentou suas despesas administrativas em 70% (de R$ 18,3 milhões para R$ 31,3 milhões). Assim, a emissora fechou o ano com um prejuízo total de R$ 710.599,00, depois de um lucro de R$ 21,8 milhões em 2022.
Apesar do resultado, a situação da empresa é vista como confortável, já que a emissora tem uma reserva de lucros de R$ 88 milhões, além de R$ 9 milhões em caixa e outros R$ 29,8 milhões emprestados.
O acordo de cooperação visa aprimorar os
mecanismos de cooperação policial no combate ao crime organizado transnacional
A Polícia Federal e a
Agência Nacional de Crimes do Reino Unido (National Crime Agency - NCA)
firmaram nesta sexta-feira (26) um acordo destinado a fortalecer a cooperação
policial internacional entre as duas instituições.
O documento foi assinado pelo Diretor-Geral da Polícia
Federal, Andrei Rodrigues, e pelo Diretor-Geral da NCA, Graeme Biggar, na sede
da Agência em Londres, no Reino Unido. O ministro Ricardo Lewandowski, da
Justiça e Segurança Pública, também esteve presente na reunião.
O acordo visa aprimorar os mecanismos de
cooperação policial no combate ao crime organizado transnacional, abrangendo
áreas como cibercrime, corrupção e tráfico de pessoas. Para isso, está prevista
a troca de informações de acordo com as legislações vigentes, a coordenação de
atividades operacionais, além de iniciativas de treinamento e intercâmbio de
pessoal.
A fábrica representa um investimento de R$ 800 milhões e terá capacidade de suprir a demanda nacional de insumo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta sexta-feira (26) da cerimônia de inauguração da planta de produção nacional de insulina, em Minas Gerais. Com capacidade para atender 1,9 milhão de pacientes. É primeira vez em 20 anos que uma empresa nacional assume a produção do medicamento.
Durante o evento, Lula expressou se emocionou ao falar sobre sua bisneta, uma menina de sete anos que sofre de diabetes tipo 1: “Você sabe quem vai te agradecer para o resto da vida? A minha bisneta, que tem 7 anos e tem diabetes tipo 1. Ela vive com um aparelho no ombro, com o celular. Cada coisa que ela come, ela precisa controlar. E o mais incrível é que ela pede para a mãe e para o pai aplicarem a insulina nela. Ela não tem mais medo, já faz parte da vida dela”, compartilhou emocionado.
A fábrica, pertencente à empresa Biomm, representa um investimento de R$ 800 milhões e terá capacidade de suprir a demanda nacional de insulina. No ano passado, os hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) enfrentaram o risco de falta de insulina de ação rápida para o tratamento de diabetes, destacando a importância dessa nova unidade produtiva.
A Biomm foi fundada pelo ex-ministro Walfrido Silvino dos Mares Guia Neto, que ocupou cargos nos ministérios do Turismo e das Relações Institucionais durante os primeiros governos de Lula. A fábrica terá capacidade para produzir 20 milhões de unidades de refil de insulina glargina por ano, além de canetas de insulina, e poderá fabricar outros 20 milhões de frascos de diferentes tipos de medicamentos, como a insulina humana recombinante.
Ministro Zanin atendeu a um pedido do Governo Federal e suspendeu validade de projeto aprovado na Câmara que desonera a folha de pagamento de 17 setores
O Deputado Federal Sóstenes Cavalcante (PL) afirmou, nesta sexta-feira (26), em rede social, que o Ministro do STF Cristiano Zanin comete “um atentado à soberania do Congresso Nacional.” Ainda nesta quinta-feira, o Ministro atendeu um pedido do Governo Federal e suspendeu a validade de projeto aprovado pela Câmara dos Deputados que desonerava a folha de pagamento de 17 setores. Zanin entendeu que não está indicado o impacto da medida nas contas do governo.
“Esta decisão é um atentado à soberania do Congresso Nacional, evidenciando uma perigosa submissão do Supremo Tribunal Federal aos caprichos do Executivo”, publicou o Deputado Sóstenes, que disse mais: “É urgente que levantemos nossa voz contra essa inaceitável instrumentalização do judiciário, que ameaça a integridade de nosso sistema democrático e mancha a reputação de nossa justiça”, finaliza.
A decisão liminar do Ministro Zanin já seguiu para o Plenário virtual do STF e, até a publicação da matéria, já tinha o apoio de outros dois ministros, Flávio Dino e Gilmar Mendes. Os outros integrantes da Corte tem até o próximo dia 6 de maio para apresentarem seu voto.
Das 30 pessoas presentes no local durante o incêndio, 16 tinham sua estadia subsidiada pelos cofres públicos
A Pousada Garoa, atingida por um incêndio que resultou na morte de 10 pessoas e deixou outras oito feridas em Porto Alegre nesta sexta-feira (26), operava sem alvará para funcionar como pousada, segundo informações do Corpo de Bombeiros. A estrutura estava registrada como escritório. No entanto, a pousada teve seu contrato renovado com a prefeitura em dezembro de 2023, por mais 12 meses, ao custo de R$ 2,7 milhões.
Apesar de ser uma propriedade privada, a Pousada Garoa acolhia indivíduos em situação de vulnerabilidade social. Das 30 pessoas presentes no local durante o incêndio, 16 tinham sua estadia subsidiada pelos cofres públicos.
Os proprietários da pousada possuem outros estabelecimentos em Porto Alegre com o mesmo nome, localizados nos bairros São João, Floresta (afetado pelo incêndio) e Centro Histórico.
O contrato original foi estabelecido em novembro de 2020, visando à disponibilização de vagas de hospedagem para a Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), destinadas à população em situação de vulnerabilidade.
O contrato original, com custo de R$ 197 mil para 360 vagas ao longo de seis meses, foi renovado várias vezes. Na última renovação, em dezembro passado, o valor foi elevado para R$ 2,7 milhões, mantendo a mesma quantidade de vagas. O contrato estipulava um pagamento diário de R$ 18,53 por hospedagem.
Tanto a prefeitura quanto o proprietário das pousadas, Andre Luis Kologeski da Silva, asseguram que a pousada estava regularizada.
“Em primeiro lugar, eles (os donos da pousada) entregaram toda a documentação exigida pela Lei de Licitação. Isso inclui o registro do PPCI (Plano de Prevenção Contra Incêndios). Eles fizeram o registro em agosto. Ainda está em análise pelos bombeiros, mas toda a documentação necessária foi entregue em agosto. Eles estão em total conformidade com a lei”, declarou o secretário de Assistência Social, Léo Voigt.
Entretanto, os bombeiros afirmam que a documentação para a regularização do espaço foi enviada à corporação, mas não foi avaliada, e não houve vistoria. Portanto, não houve liberação para o funcionamento. Além disso, devido ao alvará para um tipo de negócio diferente daquele para o qual a estrutura estava sendo utilizada, a liberação não poderia ser concedida.
A plataforma informou que tomou medidas para bloquear o acesso à ferramenta Spaces para usuários brasileiros e assim cumprir as determinações
A defesa do X (antigo Twitter) informou que pessoas investigadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) buscaram Tcontornar as restrições impostas pela Corte utilizando recursos da plataforma, como a ferramenta de transmissões em áudio ao vivo, conhecida como Spaces.
Em uma manifestação enviada ao STF nesta sexta-feira (26), a plataforma informou que tomou medidas para bloquear o acesso à ferramenta Spaces para usuários brasileiros, visando cumprir as determinações judiciais.
O envio dessas explicações ao Supremo surge após a Polícia Federal afirmar que o X tem mantido bloqueios de contas, mas tem permitido o uso da funcionalidade para realização de transmissões ao vivo, possibilitando a interação dos perfis suspensos com outros usuários.
A PF também indicou uma reorganização da suposta milícia digital investigada pelo STF, que agora busca atuar internacionalmente para evitar a jurisdição brasileira. “As postagens feitas no exterior, incitando seguidores e atacando instituições como o STF, o TSE e o Senado, demonstram que os investigados continuam suas atividades criminosas”, afirmou a PF.
Por sua vez, o X argumenta que o relatório da PF aborda casos isolados e mostra que os investigados estão tentando driblar as ordens judiciais. “São casos absolutamente excepcionais nos quais usuários com contas bloqueadas buscaram usar funcionalidades do X para contornar as restrições impostas”, afirmou a plataforma.
Os advogados da rede social também garantiram que, assim que tomaram conhecimento do uso coordenado da funcionalidade Spaces pelos usuários investigados, agiram rapidamente para bloquear o acesso.
“Além disso, de acordo com informações obtidas junto ao X, foi implementado o bloqueio da funcionalidade Spaces para usuários brasileiros enquanto os usuários bloqueados estiverem falando”, concluiu a defesa da plataforma.
Decisão abre caminho para grupo emitir
pareceres sobre indenizações aos familiares das vítimas e mobilizar esforços
para localizar restos mortais de desaparecidos na ditadura
O Ministério da Justiça, sob a
gestão de Ricardo Lewandowski, concedeu parecer favorável à reinstalação da
Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, informaa coluna da Malu Gaspar no
jornal O Globo. A decisão abre caminho para que o grupo retome suas atividades,
incluindo a emissão de pareceres sobre indenizações aos familiares das vítimas
e esforços para localizar os restos mortais daqueles que desapareceram durante
a ditadura militar.
Desde março de 2023, uma minuta de decreto para a
recriação da comissão estava nas mãos do governo, porém sem uma definição clara
sobre sua implementação. O Ministério da Justiça de Flávio Dino já havia dado
sinal verde para a reinstalação da comissão em outubro. No entanto, por uma
determinação da Casa Civil, o parecer teve que ser reexaminado, alegando a
necessidade de uma nova anuência da pasta devido à mudança de titularidade no
Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O ministério, em seu parecer, reiterou que a retomada da
comissão não acarretará impactos negativos, destacando que se trata de uma
política implementada desde 1995. Apesar da oposição militar, o Ministério da
Defesa emitiu um parecer no qual não vê obstáculos para o retorno da comissão.
O Ministério Público Federal, por sua vez, em março deste
ano, recomendou ao governo federal que reinstale a Comissão Especial sobre
Mortos e Desaparecidos Políticos em um prazo máximo de 60 dias. A recomendação,
divulgada recentemente, destaca a importância da continuidade dos trabalhos da
comissão, especialmente no que diz respeito ao reconhecimento de vítimas, busca
de restos mortais e registros de óbito.
Segundo o MPF, a retomada dos trabalhos da comissão é
fundamental para cumprir condenações impostas pela Corte Interamericana de
Direitos Humanos ao Brasil, como no caso da Guerrilha do Araguaia e de Vladimir
Herzog.
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania informou
que adotou todas as medidas necessárias para o restabelecimento da comissão
desde o início de 2023, e agora aguarda a deliberação da Casa Civil para a
conclusão do processo.
Fonte: Brasil 247 com informações da coluna da jornalista Malu Gaspar, no jornal O Globo
Deputado bolsonarista disse que é a favor
da criminalização total das drogas no Brasil
O deputado federal
bolsonarista Ricardo Salles (PL-SP) foi designado pela Comissão de Constituição
e Justiça da Câmara como relator da chamada 'PEC das Drogas', prometendo um
texto ainda mais 'duro' contra consumidores de entorpecentes do que o aprovado pelo
Senado, informa a agência Estadão Conteúdo nesta sexta-feira (26).
"Sou completamente contra a droga e sou favorável à
criminalização total. O relatório tem que ir nessa linha", disse o
ex-ministro de Jair Bolsonaro. "Na minha opinião, é que nem crime de
receptação de carga roubada: quem vende é criminoso e quem compra também".
O Senado aprovou recentemente, em dois turnos, a proposta que
inclui no artigo 5º da Constituição Federal a criminalização da posse e do
porte de qualquer quantidade de droga ilícita.
A PEC, que agora será avaliada pela Câmara dos Deputados,
foi articulada após o Supremo Tribunal Federal (STF) voltar a pautar o
julgamento da descriminalização do porte da maconha para uso pessoal,
determinando a diferenciação entre usuário e traficante. Um pedido de vista do
ministro Dias Toffolli suspendeu o julgamento em março. A matéria está em 5
votos a 3 para a descriminalização somente do porte de maconha para uso
pessoal.
Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nesta sexta-feira (26), da inauguração da fábrica de insulina da empresa Biomm, em Nova Lima, Minas Gerais. Com a nova unidade, o Brasil retoma a produção do hormônio no país, com capacidade de suprir a demanda nacional de insulina.
Durante discurso, Lula destacou a importância da fábriica para o acesso da população ao insumo e homenageou o trabalho de Walfrido dos Mares Guia, que é um dos sócios-fundadores e membro do conselho de administração da Biomm. Com história na política, Walfrido é amigo de Lula e foi ministro durante os dois primeiros mandatos do presidente, entre 2003 e 2007.
Emocionado, o presidente contou a experiência de sua bisneta Analua, de 7 anos, que vive com diabetes mellitus tipo 1. “Ela vive com aparelho no ombro, [conectado] com celular, cada coisa que ela come, ela tem que controlar. E o que é fantástico é que ela pede para mãe e para o pai aplicar a insulina nela, ela já não tem mais medo, já faz parte da vida dela. [...] Então, eu quero que a minha bisneta Analua saiba que esta figura simpática aqui [Walfrido] vai te dar tranquilidade para você viver mais do que eu e mais do ele está vivendo, porque a vida precisa que os bons vivam muito e que os maus descansem logo”, disse.
O diabetes é uma doença causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo. A insulina tem a função de quebrar as moléculas de glicose (açúcar) transformando-a em energia para manutenção das células do organismo. O diabetes pode causar o aumento da glicemia e as altas taxas podem levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos. Em casos mais graves, o diabetes pode levar à morte.
De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, há mais de 20 anos o Brasil não tinha produção nacional de insulina e dependia apenas de produtos importados. “Para ter uma política de ciência e tecnologia em saúde que leve os produtos à população, temos que ter política industrial”, disse.
O investimento da empresa biofarmacêutica na construção da nova estrutura foi de R$ 800 milhões. A fábrica terá capacidade para 20 milhões de unidades de refis de insulina glargina (de ação prolongada) por ano - e, na sequência, de canetas de insulina. Além disso, poderá fabricar 20 milhões de frascos de outros biomedicamentos, como a insulina humana recombinante. A estimativa é de que a unidade gere 300 empregos diretos e 1,2 mil indiretos.
O Brasil é um dos países com maior incidência de diabetes no mundo, com 15,7 milhões de pacientes adultos, segundo dados do Atlas da Federação Internacional de Diabetes, divulgados pelo governo. “O que se faz aqui é garantia de vida para uma doença que nós temos que trabalhar com prevenção, mas sabemos que, em muitos casos, não fugiremos da medicação, da insulina e de outros medicamentos que o SUS já fornece na assistência farmacêutica e Farmácia Popular”, disse a ministra Nísia.
A insulina glargina é indicada para o tratamento de diabetes mellitus tipos 1 e 2. No ano passado, em meio à risco de desabastecimento, o Ministério da Saúde fez uma compra emergencial de 1,3 milhão de unidades de insulina asparte (de ação rápida) indicada para tratar diabetes mellitus tipo 1, que concentra de 5% a 10% das pessoas diagnosticadas com a doença. Na ocasião, a pasta informou que as demais insulinas regulares mais consumidas estavam com estoque adequado para atender a rede do SUS.
Parceria
A Biomm é considerada uma pioneira no setor de biomedicamentos no Brasil e está inserida na Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS), lançada pelo governo em setembro de 2023. Até 2026, a previsão é de R$ 42 bilhões em investimentos públicos e privados neste setor industrial para reduzir a dependência do Brasil de insumos, medicamentos, vacinas e outros produtos de saúde estrangeiros.
No contexto da estratégia, a empresa participa do Programa de Parceria para o Desenvolvimento Produtivo do Ministério da Saúde, que envolve a articulação do governo com o setor privado. Fundada em 2001, a Biomm é uma empresa brasileira e atua na oferta de fármacos acessíveis para o tratamento de doenças crônicas no país.
Para implantar a nova unidade industrial em Nova Lima, a Biomm obteve R$ 203 milhões de crédito via Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), além de R$ 133 milhões aportados via equity (participação acionária) pelo BNDES e BDMG.
Ainda durante o evento, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Biomm assinaram um protocolo de intenções sobre plataformas de produção de medicamentos para o tratamento de doenças metabólicas, que tem como pano de fundo o fortalecimento do CEIS e a maior autonomia do Brasil na produção de medicamentos para o SUS.