quarta-feira, 24 de abril de 2024

" O bolsonarismo está de olho nas eleições para senadores em 2026 porque querem maioria para cassar ministros do STF"

 

Ex-ministro alerta para as eleições futuras e o avanço do bolsonarismo

(Foto: ABR )

 Em entrevista ao programa Brasil Agora da TV 247, o ex-ministro José Dirceu trouxe à tona preocupações significativas sobre o futuro político do Brasil, especialmente em relação às próximas eleições. Dirceu destacou a importância de antecipar e compreender os desafios que se aproximam, particularmente nas eleições para a Câmara dos Deputados e o Senado em 2026 e 2030.

O ex-ministro alertou para as estratégias do bolsonarismo visando obter maioria no Senado. Ele ressaltou que o objetivo do bolsonarismo é alcançar essa maioria para ter poder de cassar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Em suas próprias palavras, Dirceu enfatizou: "O bolsonarismo está de olho nas eleições para senadores em 2026 porque querem maioria para cassar ministros do STF".

Além disso, Dirceu enfatizou a importância de se preparar para enfrentar esses desafios políticos. Ele ressaltou que é necessário pensar estrategicamente nas eleições futuras e nas alianças que serão fundamentais para conter o avanço do bolsonarismo. O ex-ministro ressaltou que é preciso estar atento e agir de forma proativa para evitar retrocessos democráticos e garantir a preservação das instituições.

Assista:


Fonte: Brasil 247

 

Governo aciona STF contra desoneração da folha de setores da economia e de municípios

 

O documento enviado ao Supremo é assinado pelo próprio presidente Lula e pelo advogado-geral da União, Jorge Messias

Luiz Inácio Lula da Silva
Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)


BRASÍLIA (Reuters) - O governo Luiz Inácio Lula da Silva ingressou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira com pedido para que seja considerada inconstitucional a desoneração da folha salarial de setores da economia e de municípios “sem a adequada demonstração do impacto financeiro da medida”, informou a Advocacia-Geral da União (AGU).

Com elevado impacto fiscal, o tema provocou uma disputa entre governo e Congresso nos últimos meses, com o Legislativo trabalhando pela prorrogação de benefícios tributários, enquanto a Fazenda tenta, sem sucesso, reduzir os incentivos.

“Ação proposta nesta quarta-feira destaca que renúncias fiscais previstas na Lei nº 14.784/23 (que prorrogou a desoneração) foram feitas sem a adequada demonstração do impacto financeiro”, disse a AGU em nota.

O documento enviado ao STF é assinado pelo próprio presidente Lula e pelo advogado-geral da União, Jorge Messias.

Os dispositivos questionados prorrogaram até o final de 2027 benefícios que diminuem a contribuição previdenciária que incide sobre 17 setores da economia, além de reduzirem a alíquota da contribuição incidente sobre a folha de pagamento de determinados municípios.

“A lacuna é gravíssima, sobretudo se considerado o fato de que a perda de arrecadação anual estimada pela Receita Federal do Brasil com a extensão da política de desoneração da folha de pagamento é da ordem de 10 bilhões de reais anuais”, diz trecho da ação.

Após a aprovação dos benefícios pelo Congresso no fim do ano passado, Lula vetou a medida, mas o veto acabou derrubado pelo Legislativo. Depois, o governo editou uma MP prevendo a redução dessas renúncias fiscais, mas, diante de resistências políticas, a iniciativa foi transformada em projeto de lei, que não tem aplicação imediata e ainda depende de análise dos deputados e senadores.

Em entrevista a jornalistas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o objetivo da ação é barrar "algumas poucas" liminares contra o governo que foram concedidas em primeira instância, apesar de ponderar que a União tem tido mais vitórias do que derrotas.

"Essa ação direta de inconstitucionalidade diz respeito ao conflito do que foi aprovado com a reforma da Previdência, que vedava a corrosão da base de arrecadação da cota patronal, sobretudo dos empregadores", disse o ministro.

Na ação, segundo o governo, também foi pedida declaração de constitucionalidade da medida provisória que estipulou limites para a compensação tributária de créditos decorrentes de decisões judiciais.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

 

São Paulo se compromete com STF a usar mais câmeras corporais

 

Outros três mil equipamentos serão comprados. Presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, diz que "equipamentos protegem cidadãos e policiais, já que coíbem abusos nas operações"

Câmeras serão usadas nas fardas de policiais.
Câmeras serão usadas nas fardas de policiais. (Foto: Divulgação/Polícia Militar)


Por Camila Boehm, repórter da Agência Brasil - O governo de São Paulo se comprometeu com o Supremo Tribunal Federal (STF) a utilizar câmeras corporais em operações policiais no estado e apresentou cronograma que estabelece a implementação do sistema até setembro próximo. O estado prevê novas licitações, uma delas para a aquisição de mais de três mil equipamentos.

O compromisso foi assumido com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, no âmbito de ação apresentada pela Defensoria Pública de São Paulo.

Em 2023, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) havia rejeitado o pedido da Defensoria sobre a utilização dos equipamentos por policiais, já que o custo aos cofres estaduais seria de R$ 330 milhões a R$ 1 bilhão ao ano, interferindo diretamente no orçamento e nas políticas públicas de segurança. A Defensoria recorreu ao Supremo.

Também por questões orçamentárias, Barroso negou ordenar a instalação de imediato dos equipamentos, mas ressaltou a necessidade de sua implementação. Após essa decisão, a Defensoria apresentou pedido de reconsideração ao ministro, alegando aumento da letalidade nas operações policiais em São Paulo.

CRONOGRAMA DE INSTALAÇÃO - “O ministro solicitou informações ao governo estadual, que enviou um cronograma de instalação, com publicação do edital de compra em maio. Por isso, Barroso voltou a negar o pedido, em razão do compromisso assumido, mas ressaltou que o Núcleo de Processos Estruturais e Complexos do Tribunal fará acompanhamento do cronograma”, divulgou o STF, em nota. Segundo o ministro, os equipamentos beneficiam a população, a corporação policial e o próprio Poder Judiciário.

“O uso das câmeras corporais é uma medida relevante para a consecução da política pública de segurança. Os equipamentos protegem tanto cidadãos quanto os próprios policiais, já que coíbem abusos nas operações, protegem policiais de acusações infundadas e incentivam a adoção de comportamentos mais adequados por ambas as partes. Além disso, a medida amplia a transparência, a legitimidade e a responsabilidade (accountability) da atuação policial e serve como importante meio de prova em processos judiciais”, escreveu o ministro em sua decisão.

AMPLIAÇÃO - Barroso levou em consideração manifestação do estado de São Paulo apontando que a utilização de câmeras operacionais portáteis (COPs) vem sendo implementada de forma gradual e contínua, e que a utilização de câmeras será ampliada e aprimorada.

“A PGE/SP [Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo] informou à Corte que o Governo de São Paulo mantém atualmente 10.125 câmeras corporais em operação em 267 dos 510 batalhões da Polícia Militar. Por questões orçamentárias e de logística, a compra de equipamentos é gradual – a Secretaria da Segurança Pública prevê novas licitações, uma delas para a aquisição de mais de três mil equipamentos”, informou, em nota, o governo paulista.

Ainda segundo o governo, o monitoramento terá avanço tecnológico e mais funcionalidades, entre elas a leitura de placas para identificação de veículos roubados ou furtados e novos recursos de áudio para que as equipes policiais possam solicitar apoio durante operações.

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Brasil

 

Fundação lançará curso para militância combater bolsonarismo em templos religiosos

 

 Fundação Perseu Abramo, braço teórico do PT, buscará atingir inicialmente a população católica e eventualmente os evangélicos

Culto evangélico
Culto evangélico (Foto: Reprodução/Lucas Rocha/Sputnik)


A Fundação Perseu Abramo, vinculada ao PT, lançará o curso "Fé, Política e Democracia", que visa aprimorar e expandir a presença da militância petista em espaços religiosos, além de combater a disseminação de notícias falsas por bolsonaristas. 

Segundo informações da revista Veja, o curso será inicialmente voltado aos católicos, podendo eventualmente atingir também o segmento evangélico da população. As inscrições estão abertas e as aulas serão on-line, às quartas-feiras, entre os dias 15 de maio e 19 de junho, das 19h às 21h. A aula inaugural será no dia 13 de maio.

No início de abril, segundo a pesquisa da Genial/Quaest, a avaliação negativa do governo aumentou cinco pontos percentuais desde dezembro, alcançando 34%, aproximando-se da avaliação positiva, que é de 35%. A desaprovação ao presidente subiu de 43% para 46% no mesmo período. Notavelmente, entre os evangélicos, o índice de reprovação atingiu 62%. 

Fonte: Brasil 247 com informações da revista Veja

"Se o crédito fosse barato no Brasil, a gente cresceria 7% ou 8% ao ano", diz José Dirceu

José Dirceu enfatiza o impacto do crédito acessível no crescimento econômico do Brasil

(Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

Em uma entrevista esclarecedora ao programa Brasil Agora da TV 247, José Dirceu, ex-ministro e figura política de destaque, abordou aspectos cruciais para o desenvolvimento econômico do Brasil. Dirceu trouxe à tona a importância do acesso ao crédito em condições mais favoráveis como um catalisador fundamental para impulsionar o crescimento econômico do país.

O ex-ministro enfatizou que o crédito acessível desempenha um papel fundamental no estímulo à atividade econômica. Ele ressaltou que "Se o crédito fosse barato no Brasil, a gente cresceria 7% ou 8% ao ano", destacando o potencial transformador de políticas que visem a redução dos juros e a facilitação do acesso ao crédito para empresas e consumidores. Dirceu ainda acrescentou que "grande parte do crescimento está travado por juros altos", enfatizando o impacto negativo dos altos custos financeiros sobre a expansão econômica do país.

Além disso, José Dirceu elogiou as medidas do governo que visam a diminuição dos juros, afirmando que "o governo acerta quando trabalha para diminuir os juros". Suas palavras ressoam como um chamado para a implementação de políticas econômicas que promovam uma redução sustentável das taxas de juros, possibilitando um ambiente econômico mais propício ao investimento, ao empreendedorismo e ao crescimento.

Assista:

Fonte: Brasil 247


Supremas cortes não venceram disputa contra o extremismo sozinhas, afirmou Barroso

 

"O que houve no Brasil foi uma reação, um sentimento majoritário na sociedade de preservação da democracia", disse o presidente do Supremo Tribunal Federal

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. Foto: Agência Brasil.
Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. Foto: Agência Brasil. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom)

 Sem mencionar o bolsonarismo, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta quarta-feira (24) que o Brasil vive “certa estabilização democrática”. Ele ainda destacou que a Suprema Corte teve um papel importante no combate ao extremismo, mas não venceu essa disputa sozinha.

“O que houve no Brasil foi uma reação, um sentimento majoritário na sociedade de preservação da democracia. A sociedade civil, a imprensa, boa parte da classe política”, disse o magistrado. “Felizmente, agora podemos seguir a viagem institucional, feita de discordâncias, concordâncias, mas com civilidade, o que andou faltando no Brasil durante algum período.”

A declaração ocorreu durante uma cerimônia no Palácio do Itamaraty, em Brasília. No evento, Barroso foi condecorado com a Ordem de Rio Branco, no grau de Grã-Cruz, pelo chanceler Mauro Vieira. 

Fonte: Brasil 247 com informações de CartaCapital

CCJ da Câmara aprova projeto que permite aos estados legislarem sobre porte de armas


Pelo texto, as autorizações de porte ou posse concedidas só terão validade local e atenderão apenas a pessoas que comprovadamente residam no estado

(Foto: Divulgação)


Agência Câmara - A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, com 34 votos sim e 30 não, um projeto de lei complementar que autoriza os estados e o Distrito Federal a legislarem sobre posse e porte de armas de fogo para defesa pessoal, práticas desportivas e controle de espécies exóticas invasoras (PLP 108/23).

Apresentada pela presidente da CCJ, a deputada Caroline de Toni (PL-SC), a proposta ainda depende de análise do Plenário da Câmara. Pelo texto, as autorizações de porte ou posse concedidas só terão validade local e atenderão apenas a pessoas que comprovadamente residam no estado.

O parecer do relator, deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), foi favorável ao projeto e ao substitutivo da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado.

A comissão inclui no texto uma condicionante para permitir que os estados legislem sobre o assunto: o estado deve instituir um sistema de controle de armas integrado ao Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), mantido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

“A Constituição Federal conferiu à União a competência privativa para legislar sobre direito penal, bem como sobre material bélico, mas verifica-se ser possível que a União delegue competência aos estados para legislar sobre questões específicas atinentes a essas matérias”, avaliou o relator.

Além disso, Bilynskyj argumenta que, por conta das peculiaridades regionais no Brasil, cada estado deve decidir sobre o acesso às armas de fogo para defesa pessoal e tiro desportivo. “Nada melhor para o estado do que cumprir a vontade de seus habitantes, mas a esquerda quer centralizar num ente único, comunista, a liberdade de defesa do indivíduo”, disse.

Voto em separado O deputado Patrus Ananias (PT-MG) apresentou voto em separado pela inconstitucionalidade da proposta. De acordo com o parlamentar, a Constituição possibilita que os estados e o DF legislem sobre questões específicas de matéria bélica, mas não permite que afrontem a legislação federal sobre armas de fogo, o Estatuto do Desarmamento.

“Estados e DF podem complementar residualmente a legislação federal, estabelecendo procedimentos e normas para melhor aplicação da legislação em seus territórios, sem que tenham um cheque em branco para legislar de maneira diversa e/ou avançar sobre matérias que devem observar a legislação nacional”, alegou.

Conforme Patrus, caso a proposta seja aprovada pelos parlamentares, a constitucionalidade do texto será questionada no Supremo Tribunal Federal (STF). “Nós vamos entrar sim, claro, com o devido encaminhamento legal para impedir um projeto como este, manifestamente contrário à vida e a serviço da violência”, destacou.

Polêmica

A proposta causou polêmica na CCJ, e mais de 20 deputados discutiram a questão por quase quatro horas. Os apoiadores do texto defenderam o direito dos cidadãos de portarem armas de fogo para defesa pessoal, enquanto os críticos argumentaram que mais armas de fogo circulando na sociedade aumentam a violência em vez de ajudarem na segurança da população.

“O projeto simplesmente dá o direito a cada cidadão responsável, de bem, a estar, sim, armado para defender não só a sua vida, a da sua família, o seu patrimônio, inclusive contra as ditaduras que estão implantando neste País”, disse o deputado Éder Mauro (PL-PA).

A deputada Dandara (PT-MG) ressaltou o perigo, para as mulheres, de mais homens estarem em posse de armas de fogo: “Quarenta e três por cento dos autores de feminicídio eram próximos da vítima e as armas de fogo provocaram mais de 2.200 mortes de mulheres no Brasil só no ano passado. Seis feminicídios por dia que foram resultados de armas de fogo”.

Debate jurídico O deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA) ressaltou que a Constituição deixa claro que é competência exclusiva da União legislar sobre material bélico e que os estados podem legislar apenas sobre questões específicas de material bélico das polícias militares e dos corpos de bombeiros militares.

“O que a norma constitucional está dizendo: que, se autorizado pelo Congresso, o governador do estado pode decidir qual tipo de arma compra para a polícia, pode decidir que tipo de material bélico compra para os bombeiros, não está dizendo que cada estado pode praticar o liberou geral”, frisou.

Ele acrescentou que a Câmara perde tempo discutindo a matéria, já que o STF já deliberou sobre o tema ao analisar diversas Ações Diretas de Inconstitucionalidade. Ele citou a ADI 5359, que afastou a possibilidade de os estados e dos municípios legislarem sobre material bélico, já que a União já legislou sobre o tema por meio do Estatuto do Desarmamento.

A deputada Caroline de Toni, por sua vez, afirmou que apresentou a proposta justamente por conta das decisões do STF nesse tipo de ação. Segundo ela, o governador de Santa Catarina elaborou projeto para autorizar a caça de javalis no estado, já que os animais destroem plantações, e a constitucionalidade do texto foi questionada no Supremo, que entendeu que falta uma lei complementar para delegar essa competência para os estados.

“O argumento utilizado pelo deputado de esquerda falando que as ações diretas de inconstitucionalidade vão declarar inconstitucional a lei complementar é errônea, porque eles reconhecem que falta uma lei complementar para delegar essa competência”, disse.

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Câmara

 

Moraes decide manter medidas cautelares contra Bolsonaro por tentativa de fuga na Embaixada da Hungria

 

Segundo o ministro do STF, não há indícios de que o político da extrema-direita buscou apenas um asilo diplomático. O ex-mandatário é investigado no inquérito da trama golpista

(Foto: ABr)

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes afirmou que não existem elementos concretos de que Jair Bolsonaro (PL) buscava asilo diplomático quando se hospedou por duas noites na embaixada da Hungria, em Brasília (DF). O território de uma embaixada é do país que ela representa, e não pode ser alvo de batidas de autoridades. O ex-mandatário, que está proibido de sair do Brasil, é investigado no inquérito da trama golpista.

"Não há elementos concretos que indiquem – efetivamente – que o investigado pretendia a obtenção de asilo diplomático para evadir-se do país e, consequentemente, prejudicar a investigação criminal em andamento", escreveu o ministro, de acordo com o portal G1

"Os locais das missões diplomáticas, embora tenham proteção especial, nos termos do art. 22 da Convenção de Viena sobre relações diplomáticas, promulgada através do Decreto nº 56.435/1965, não são considerados extensão de território estrangeiro, razão pela qual não se vislumbra, neste caso, qualquer violação a medida cautelar de proibição de se ausentar do país".

jair-bolsonaroJair Bolsonaro entrando na Embaixada da Hungria no Brasil(Photo: Reprodução/X/@ocafezinho)Reprodução/X/@ocafezinho

A Polícia Federal iniciou a Operação Tempus Veritatis (“A hora da Verdade”), com o objetivo de obter mais detalhes do plano golpista e punir os envolvidos no esquema. 

A tentativa de ruptura institucional previa a prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Entre os alvos da operação estão Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, todos generais e antigos assessores de Jair Bolsonaro.

Ex-comandantes do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, e da Marinha, Almir Garnier Santos, também foram alvos de mandados de busca e apreensão. Há mandados de prisão contra os coronéis Bernardo Romão Corrêa Netto e Marcelo Costa Câmara; e o tenente-coronel Rafael Marins de Oliveira, todos militares da ativa.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

 

Chiquinho Brazão se manifesta em sessão do Conselho de Ética e avisa que vai exigir retratação de acusadores

 Uma lista tríplice foi sorteada para a escolha de um relator para o caso, composta pelos deputados Jack Rocha (PT-ES), Joseildo Ramos (PT-BA) e Jorge Solla (PT-BA)

O deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), detido há um mês sob a acusação de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), participou por videoconferência da sessão do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (24). O colegiado avalia um processo de quebra de decoro parlamentar que pode resultar em sua cassação. No início do mês, a Câmara manteve sua prisão após votação.


“Sei da seriedade do crime ocorrido, mas posso falar que sou inocente e provarei. Ao final de tudo isso, comigo provando a inocência, quero que todos se retratem perante a minha família. Todos estão sofrendo muito pela pressão popular. As palavras de deputados têm um alcance enorme, mas entendo o que vocês estão passando, com muita pressão em cima”, declarou Brazão.


Uma lista tríplice foi sorteada para a escolha de um relator para o caso, composta pelos deputados Jack Rocha (PT-ES), Joseildo Ramos (PT-BA) e Jorge Solla (PT-BA). A decisão final cabe ao presidente do Conselho de Ética, Leur Lomanto Jr (União-BA).


Chiquinho Brazão e seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, foram presos em 24 de março. Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), eles foram transferidos para unidades federais.


Além dos irmãos Brazão, o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, também está detido, atualmente em Brasília. Chiquinho está em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, enquanto Domingos está em Porto Velho, em Rondônia, para evitar qualquer contato entre eles.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

Pela primeira vez, Portugal admite culpa por escravidão e fala em reparação

 Presidente Rebelo de Sousa ressaltou que reconhecer o passado e assumir a responsabilidade por ele é mais significativo do que simplesmente pedir desculpas.

O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, fez uma afirmação histórica ao reconhecer a responsabilidade de Portugal nos crimes cometidos contra escravos e indígenas durante a era colonial no Brasil.


Em uma conversa com correspondentes estrangeiros na noite de terça-feira (23), Rebelo de Sousa destacou a necessidade de Portugal assumir a culpa pelos massacres contra indígenas, bem como pela escravidão de milhões de africanos e pelos bens saqueados.


“Devemos pagar pelos custos da escravidão. Há ações que não foram punidas e responsáveis que não foram levados à justiça? Há bens saqueados que não foram devolvidos? Vamos explorar formas de reparar isso”, declarou o presidente português.


Esta é a primeira vez que um presidente de Portugal reconhece a culpa do país nesses eventos. No ano anterior, Rebelo de Sousa mencionou que Portugal deveria se desculpar pela escravidão transatlântica e pelo colonialismo, porém não chegou a fazer um pedido de desculpas completo.


Na conversa, Rebelo de Sousa ressaltou que reconhecer o passado e assumir a responsabilidade por ele é mais significativo do que simplesmente pedir desculpas. “Pedir desculpas é a parte mais fácil”, acrescentou.


Portugal foi o maior traficante de africanos durante a era colonial, com quase 6 milhões de pessoas escravizadas, representando quase metade do total de pessoas escravizadas pelos países europeus na época.


Apesar disso, as autoridades portuguesas historicamente têm falado pouco sobre esses crimes, e o papel de Portugal na escravidão transatlântica raramente é abordado nas escolas. Em vez disso, a era colonial é muitas vezes retratada como motivo de orgulho, especialmente em relação aos territórios coloniais, como Angola, Moçambique, Brasil, Cabo Verde, Timor Leste e partes da Índia.


O movimento em direção à reparação pela escravidão transatlântica tem ganhado força globalmente, com esforços em curso para estabelecer um tribunal especial sobre a questão.


Fonte: Agenda do Poder com informações do g1

Conselho de Ética da Câmara inicia processo disciplinar contra Glauber Braga, que agrediu e expulsou militante do MBL

 O processo pode levar à cassação do mandato por quebra do decoro parlamentar

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados deu início nesta quarta-feira (24) a um processo disciplinar contra o parlamentar Glauber Braga (PSOL-RJ). O motivo é a conduta do deputado, que expulsou à força um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) das dependências da Casa Legislativa.


O processo foi instaurado em resposta a uma representação apresentada pelo Partido Novo, que solicita a cassação do mandato de Glauber. O partido alega que as ações do deputado violam as normas de decoro parlamentar, que exigem respeito e decoro nas interações.


O embate que gerou a representação teve início na semana anterior, quando Glauber Braga se envolveu em confrontos físicos com o membro do MBL, Gabriel Costenaro, e com o deputado Kim Kataguiri (União-SP), um dos fundadores do movimento.


O episódio teve início em um dos anexos da Câmara, onde Glauber e Costenaro protagonizaram uma discussão verbal que rapidamente se transformou em empurrões e chutes por parte do parlamentar do PSOL, na tentativa de retirar à força o militante das dependências da Casa.


A briga continuou do lado de fora do anexo, sendo necessária a intervenção dos policiais legislativos para separar os envolvidos e conduzi-los para prestar depoimento no Departamento de Polícia Legislativa (Depol) da Câmara.


Já no Depol, Glauber Braga iniciou uma discussão com Kim Kataguiri, que compareceu ao local para acompanhar o membro do MBL. Vídeos do incidente mostram o momento em que Glauber segura e pressiona as mãos de Kim, ação que o Partido Novo também classifica como agressão física, fundamentando assim sua representação junto ao Conselho de Ética.


Fonte: Agenda do Poder com informações do g1

Moraes arquiva ação contra Bolsonaro, por não ver ‘elementos concretos’ de que ele buscou asilo na Embaixada da Hungria

 Ministro, no entanto, manteve as medidas cautelares, como a apreensão do passaporte do ex-presidente

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concluiu que não há elementos concreto que sustentem a tese de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pretendia obter asilo político e, depois, fugir do país, ao se hospedar durante duas noites, em fevereiro, na Embaixada da Hungria, em Brasília. Dessa forma, o ministro arquivou a ação.


Apesar dessa conclusão, e de que arquivar a investigação sobre o caso, Moraes manteve as medidas cautelares impostas a Bolsonaro, como a apreensão de seu passaporte e a proibição de manter contato com outros investigados por uma tentativa de golpe de Estado.


“Não há elementos concretos que indiquem – efetivamente – que o investigado pretendia a obtenção de asilo diplomático para evadir-se do país e, consequentemente, prejudicar a investigação criminal em andamento”, escreveu o ministro, seguindo a conclusão da Procuradoria Geral da República (PGR).


O caso foi revelado pelo jornal americano The New York Times, que teve acesso ao circuito interno de câmeras da embaixada, que mostra a movimentação de Bolsonaro na representação diplomática. Bolsonaro  se hospedou na embaixada, dias após ter seu passaporte apreendido pela Polícia Federal, em operação que levou à prisão suspeitos de participar da tentativa de golpe, para impedir a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.


Fonte: Agenda do Poder com informações do g1