quarta-feira, 3 de abril de 2024

Deputado bolsonarista discute com petista e defende política da morte nas polícias do Paraná: “Zerar CPFs”

 

Para Ricardo Arruda (PL), polícias do Paraná deveriam fazer "exatamente a faxina" que Israel estaria fazendo na Palestina, contra o Hamas

Renato Freitas (PT) e Ricardo Arruda (PL) (Foto: Orlando Kissner/Alep)

A sessão plenária desta terça-feira (2 de abril) na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) teve um debate mais acalorado entre um deputado estadual bolsonarista e outro petista, com o primeiro defendendo que as polícias do Paraná (em especial a Polícia Militar) recebam carta branca do governador do Estado para adotar uma “política da morte” contra supostos bandidos.

Tudo começou quando Ricardo Arruda (PL) foi à tribuna para discursar sobre a morte de Gabriel Fadel, soltado da PM de 26 anos que foi encontrado morto no último domingo dentro de um porta-malas em Campo Magro, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).


“Fui no velório, vi o olhar de sofrimento da família, dos amigos e dos policiais. Um crime bárbaro, covarde, feito por criminosos. É o momento agora, o atrevimento foi tanto que esse rapaz foi sequestrado pelos bandidos, que o levaram para dentro dessa invasão [Comunidade Nova Esperança] e executaram ele no porta-malas do carro. Fui no velório e não vi ninguém dos direitos humanos. Não vi manifestação de rua de um dos deputados dessa casa que defende os criminosos, a quem ele chama de oprimidos. Esses oprimidos, covardes, cafajestes, canalhas, executaram friamente um policial. Friamente!”, criticou Arruda.


Em seguida, o parlamentar começou a defender que os policiais usem da violência para combater a violência, inclusive citando como exemplos a serem seguidos o trabalho que o Exército de Israel está fazendo na Palestina e o que a polícia de São Paulo está fazendo no litoral do estado, onde mais de 50 pessoas já foram mortas.


“Agora é o momento do governador do Estado colocar a mão de ferro e dar autonomia para que a polícia faça a faxina do crime organizado, exatamente a faxina que Israel tem feito contra o Hamas. Esse é o momento de dar a resposta aos criminosos, de dizer ‘aqui no Paraná tem lei’, ‘aqui bandido não se cria’. Quanto vale a vida de um policial? Vale muito. Quanto vale a vida de um criminoso? Nada, porque ele está aqui para matar, roubar, destruir, traficar, estuprar, e tem gente que tem a cara de pau de defender vagabundo aqui. Peço que a Polícia do Paraná aja com muito rigor. Não tem nada de investigação e passar a mão. Tem que fazer a faxina! Exatamente o que o governador Tarcísio determinou ao Secretário de Segurança, que lá no litoral de Santos estão fazendo a faxina. Já foram 40 ou 50 CPFs zerados. Está na hora de zerar o crime organizado aqui no Paraná!”, discursou ainda o político do PL.


Acusação e embate contra Renato Freitas


Na sequência, Arruda prosseguiu com seu discurso e partiu para cima do também deputado estadual Renato Freitas (PT), afirmando que um dos líderes da ocupação onde o soldado Fadel foi encontrado morto seria um funcionário do gabinete do parlamentar petista. “Não importa se vai morrer bandido. O que importa é que a lei seja cumprida. Vamos aproveitar o assassinato covarde dele [Gabriel Fadel] para fazer a faxina contra o crime aqui no Paraná”, reforçou Arruda.


Renato Freitas, então, pediu a palavra e pôde se manifestar sobre a situação ao final da sessão. Primeiro, lamentou não só a morte do policial militar em Campo Magro, mas de todas as pessoas vitimadas pela violência.


“Aquele que comemora as mortes nesta Assembleia não sou eu. Aquele que acabou de reivindicar, de clamar por mais mortes, mais assassinatos, não sou eu. Inclusive, fica meu repúdio à fala do deputado Ricardo Arruda, que supõe, deduz ou aponta que um servidor meu fosse líder de uma comunidade que assassinou alguém. Olha, quando ocorre um crime nos bairros nobres não se diz que o bairro Batel assassinou uma pessoa, que o bairro Juvevê assassinou uma pessoa”, afirmou Freitas, destacando que 1.200 famílias e em torno de 5 mil pessoas moram na comunidade em Campo Magro onde foi encontrado o carro e o corpo do policial militar.


“Cinco mil pessoas se envolveram no homicídio? E ele [Arruda] disse que a polícia do Paraná tem que fazer igual o Exército de Israel está fazendo na Palestina, assassinar homens, mulheres e crianças, indiscrimidamente nessa região. Ele acabou de dizer isso e isso é apologia ao crime, apologia ao terrorismo de Estado. E isso nós não admitimos, nós fazemos uma política que é pela vida”, prosseguiu o petista, comentando na sequência sobre o servidor lotado em seu gabinete.


“Esse servidor mora em Campo Magro, mora na ocupação e é uma liderança do movimento popular por moradia, que está lá com várias outras pessoas que estão lá honestamente, vivendo, plantando e colhendo paz em tempos de guerra. Não é a liderança do crime, de atos ilícitos.”


Fonte: Bem Paraná

 

Comissão da Anistia concede status de anistiada política a Clarice, viúva de Vladimir Herzog, assassinado no DOI-Codi durante a ditadura

 O processo de pedido de anistia representa, além de um gesto de reparação, o compromisso com a preservação da memória e da verdade histórica

A Comissão de Anistia deliberou de forma unânime nesta quarta-feira (3) o reconhecimento de Clarice Herzog, viúva do jornalista Vladimir Herzog, como anistiada política. Este veredito destaca a trajetória de Clarice, marcada pela perseguição durante os anos da ditadura militar no Brasil.

O processo de pedido de anistia representa não apenas um gesto de reparação, mas também um compromisso com a preservação da memória e da verdade histórica. Por meio dele, o Estado busca reconhecer e pedir perdão às vítimas dos abusos cometidos durante o regime militar.

Vladimir Herzog foi torturado e assassinado em 1975 nas dependências do DOI-Codi do Exército. A tentativa de encobrir o crime com a falsa narrativa de suicídio resultou na emblemática imagem que se tornou um símbolo da repressão da época.

Após a morte de seu marido, Clarice Herzog iniciou uma incansável luta pela investigação e punição dos responsáveis pelo assassinato. Sua persistência ao longo das décadas representou não apenas uma busca pela verdade e justiça, mas também um ato de resistência em prol da memória histórica do país.

O presidente do colegiado, Eneá de Stutz e Almeida, destacou a relevância simbólica do julgamento, ressaltando que este também é um momento para homenagear todas as mulheres que participaram do movimento pela anistia política.

Presente no ato, Ivo Herzog, um dos filhos de Clarice, enfatizou o compromisso de sua mãe com a busca pela verdade e justiça em relação ao assassinato de seu pai, destacando-a como uma verdadeira heroína dessa história.

A relatora do pedido, Vanda de Oliveira, destacou a resistência de Clarice como uma fonte de inspiração para o país, enfatizando que sua determinação contribui para iluminar os erros cometidos ao longo da história brasileira.

“Ao ser tão determinada, ela ajudou o Brasil, um país que se acostumou ao esquecimento e à impunidade”, afirmou.

Além do pedido de desculpas, será concedida uma reparação econômica de caráter indenizatório, respeitando o teto legal de R$ 100 mil.

O presidente da Comissão de Anistia, Eneá de Stutz e Almeida, expressou em nome do Estado brasileiro um pedido de perdão por todas as perseguições enfrentadas por Clarice Herzog. Ele destacou o registro histórico do veredito como uma homenagem à coragem e determinação da viúva.

Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S.Paulo

Apesar de proibição determinada pela Justiça, TCE pagou R$ 581 mil por férias acumuladas para Domingos Brazão, preso pela morte de Marielle

 Corte de contas alega que só recebeu oficialmente ordem judicial após pagamento ter sido efetuado

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Rio de Janeiro realizou o pagamento de R$ 581 mil em férias acumuladas ao conselheiro Domingos Brazão, atualmente preso por ser suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. O desembolso, segundo a Corte de contas, ocorreu antes da decisão liminar da 2ª Vara de Fazenda Pública que suspendeu o pagamento.

Segundo informações obtidas pelo GLOBO, o TCE afirmou que não houve descumprimento da decisão judicial, destacando que a intimação foi recebida somente na última segunda-feira.

“Em 11 de março de 2024, foi deferido o pedido de conversão em pecúnia do período de 420 dias de férias do conselheiro Domingos Inácio Brazão. À época do pedido, o conselheiro encontrava-se em pleno exercício do cargo, sem que houvesse, portanto, qualquer impedimento legal para o deferimento. Em 14 de março foi efetuado o pagamento correspondente”, informou o órgão em nota.

O montante de R$ 581.400 refere-se a 420 dias de férias que Brazão acumulou durante seu período afastado do cargo, totalizando mais de seis anos. Ele esteve ausente do TCE devido a suspeitas de corrupção, inclusive sendo preso na operação Quinto do Ouro em 2017, retornando apenas em 2023.

Brazão teve a opção entre tirar um ano e dois meses de férias ou receber o montante mencionado. Optou-se pelo recebimento do valor, conforme publicação no Diário Oficial.

A decisão da juíza Georgia Vasconcellos, da 2ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Rio, atendeu a um pedido do deputado federal Tarcísio Motta (PSOL-RJ). Ele apresentou ação popular argumentando que as férias de Brazão não foram convertidas em dinheiro, o que resultaria em quase meio milhão de reais retirados dos cofres públicos.

Georgia Vasconcellos ponderou que o afastamento de um servidor público pode ocorrer por diversas razões, mas quando se trata de recolhimento à prisão, o benefício pode ser suspenso. No entanto, caso Brazão seja absolvido ao final do processo, teria o direito de retomar o valor.

Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

Bolsonaro pediu que PL desistisse de ação contra Moro, mas ouviu um não de Valdemar

 Membros do PL avaliam a possibilidade de não recorrer ao TSE, se o senador for absolvido pelo TRE do Paraná

A tensão entre o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e Jair Bolsonaro (PL) ganha novos contornos, destacando-se a mágoa do ex-ministro da Justiça em relação ao ex-presidente por não ter empreendido esforços para persuadir o Partido Liberal (PL) a desistir da ação que busca a cassação de seu mandato parlamentar. Fontes da cúpula partidária ouvidas por Bela Megale, em O Globo, revelaram que Bolsonaro solicitou diretamente ao líder do PL, Valdemar Costa Neto, que abandonasse tal empreitada.

Entretanto, conforme relatos internos, a resposta ao ex-presidente foi inequívoca: o PL não abriria mão do processo, pois investiu recursos públicos na iniciativa e qualquer recuo poderia acarretar em sanções para a legenda. Embora o argumento não tenha convencido, evidenciou as intenções do partido em relação a Moro.

Membros do PL também revelaram que a possibilidade de não recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi discutida, especialmente se o senador for absolvido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, onde o julgamento será retomado nesta quarta-feira (3) e poderá resultar em sua cassação.

Fonte: Agenda do Poder com informações da jornalista Bela Megale, em O Globo

Juiz discorda de relator e empata julgamento no TRE do Paraná que pode levar à cassação de Moro

 Segundo ele, os “excessivos gastos” na pré-campanha presidencial geraram um “impacto na campanha pelo Senado”, que Moro posteriormente conduziu pelo União Brasil.

O juiz José Rodrigo Sade, membro do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), emitiu opiniões divergentes durante o julgamento das ações que solicitam a cassação do mandato do senador Sergio Moro (União Brasil-PR), nesta quarta-feira (3).

Como informa Malu Gaspar, em O Globo, Sade argumentou que o ex-juiz da Lava-Jato se beneficiou de sua pré-candidatura mal sucedida à Presidência da República pelo Podemos. Segundo ele, os “excessivos gastos” na pré-campanha presidencial geraram um “impacto na campanha pelo Senado”, que Moro posteriormente conduziu pelo União Brasil.

“Houve excessos de forma clara”, declarou Sade, enfatizando que, em uma disputa acirrada pela vaga de senador no Paraná, o volume de recursos gastos por Moro “afetou significativamente a legitimidade e a normalidade das eleições”.

A leitura do voto de Sade, que propõe a cassação de Moro, resultou em um empate no julgamento das ações movidas pelo PT e pelo PL, que acusam o parlamentar de abuso de poder econômico, caixa 2 e uso indevido dos meios de comunicação.

“Penso que a prova documental apresentada é contundente ao mostrar a realidade da pré-campanha de Sergio Moro durante sua vinculação com o Podemos, bem como dos investigados, destacando-se Sergio Moro e Luiz Cunha já filiados ao União Brasil. Não apenas os gastos realizados, mas também a rotina do investigado Sergio Moro, repleta de compromissos pré-eleitorais e com uma estrutura majestosa e dispendiosa, demonstram o investimento de uma quantia considerável de dinheiro público para sua manutenção”, afirmou o juiz.

O PT e o PL acusam o senador de praticar caixa 2, abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação. Ambos os partidos tentam convencer o TRE do Paraná de que a exposição e os recursos de Moro na pré-campanha presidencial lhe conferiram uma vantagem injusta na campanha para o Senado, uma tese apoiada por Sade durante o julgamento desta quarta-feira.

“Deixando de lado a intenção que motivou o investigado, ponto esse irrelevante para mim diante do bem jurídico tutelado, o que se tem de concreto é que até as eleições, ele acabou gastando ou investindo muito mais recursos do que os demais candidatos que disputaram com ele a vaga única do senador. Isso se deve ao fato de que, até certo ponto de sua jornada eleitoral, seus gastos estavam baseados no teto de uma campanha presidencial, o que, em minha opinião, resultou em completo desequilíbrio no pleito em questão”, concluiu Sade.

Fonte: Agenda do Poder com informações da colunista Malu Gaspar, no jornal O Globo

TSE assina acordo com PF e AGU para combate à desinformação nas eleições municipais

 

A cerimônia de assinatura contou com a presença do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski

TSE
TSE (Foto: Agência Brasil)

 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) firmou nesta quarta-feira (3) parcerias com a Polícia Federal (PF) e a Advocacia-Geral da União (AGU) para combater a desinformação nas eleições municipais de 2024. Durante a cerimônia de assinatura dos acordos de cooperação técnica, que contou com a presença de representantes dessas instituições, foram delineadas estratégias para o funcionamento eficaz do Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia (CIEDDE).

O CIEDDE, inaugurado em 12 de março, busca combater não apenas a desinformação mas também discursos de ódio, discriminatórios e antidemocráticos, promovendo a educação em cidadania, valores democráticos e direitos digitais. Os acordos assinados preveem intercâmbio de informações e comunicação ágil entre órgãos, entidades e plataformas de redes sociais para implementar ações preventivas, além de cooperar na defesa da integridade do processo eleitoral.

“O Tribunal Superior Eleitoral, com esses parceiros importantes, pode garantir à eleitora e ao eleitor que, neste ano de 2024, eles também terão a tranquilidade para votar e fortalecer a nossa democracia”, destacou o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes.

Andrei Passos Rodrigues, diretor-geral da PF, enfatizou a importância da parceria: “É uma honra estar aqui representando a Polícia Federal e dando esse passo importante para que, de maneira conjunta, possamos atuar com firmeza e rigor a fim de que o eleitor brasileiro tenha uma eleição justa, correta e transparente”.

Por sua vez, o advogado-geral da União, Jorge Messias, apontou que combater a desinformação é crucial para a defesa da democracia: “A desinformação é uma forma de corrupção do processo democrático, porque tira do eleitor o direito de exercer com liberdade o voto”.

Alexandre de Moraes também ressaltou o papel vital que a PF e a AGU desempenharão no combate à desinformação e na defesa da integridade cibernética, além de garantir a aplicação das resoluções do TSE.

A cerimônia de assinatura contou ainda com a presença do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e outros ministros do TSE, reforçando o compromisso de diversas autoridades na luta contra a desinformação.

Com a atuação do CIEDDE, espera-se um combate mais efetivo a conteúdos falsos e ao uso indevido de inteligência artificial nas eleições, promovendo uma rede de comunicação em tempo real entre o TSE e os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), além de organizar campanhas publicitárias educativas.

Fonte: Brasil 247

 

STF anula lei paranaense que facilitava porte de armas para CACs

 

Maioria na Corte considerou a norma invasiva da competência da União em legislar sobre questões de segurança nacional

(Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou, nesta quarta-feira (3), maioria para anular uma lei estadual do Paraná que facilitava o porte de armas para colecionadores, atiradores e caçadores, conhecidos como CACs. 

A decisão foi tomada durante a análise de ações movidas pelo governo federal, que questionam a validade de legislações estaduais sobre armamento. A Corte considerou a norma invasiva da competência da União em legislar sobre questões de segurança nacional.

O julgamento, realizado no plenário virtual, apontou para a conclusão sem a necessidade de mais tempo de análise ou de um julgamento presencial, a menos que surgissem pedidos de vista ou destaque. A ação contra a lei paranaense foi uma das primeiras avaliadas, com a Advocacia-Geral da União (AGU), representando o governo federal e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), argumentando que a medida estadual ultrapassava os limites de competência dos estados, invadindo áreas de legislação exclusiva da União.

A lei, criada no ano anterior, classificava a atividade dos CACs como “de risco”, facilitando ainda mais o acesso a armas para esse grupo. O ministro Cristiano Zanin, relator da ação no STF, destacou que "o porte de arma de fogo constitui assunto relacionado à segurança nacional, inserindo-se, por consequência, na competência legislativa da União."

O governo do Paraná defendeu a legislação, negando qualquer retirada de competências da Polícia Federal no processo de concessão do porte de armas e argumentando que a lei foi elaborada dentro da autonomia e competências estaduais.

Fonte: Brasil 247 com informações da TV Cultura

Sanepar e Rio Bom assinam parceria para levar sistema de água à comunidade Godoy

 Serão implantados 9,4 quilômetros de rede de distribuição que levarão água tratada para 50 famílias. Investimentos previstos são de R$ 547,5 mil e o prazo de execução é de 24 meses.

-Sanepar e Prefeitura de Rio Bom assinam parceria para levar sistema de água à comunidade Godoy (Foto: André Thiago/Sanepar)

A Sanepar e o município de Rio Bom, no Vale do Ivaí, irão implantar em parceria um sistema de abastecimento de água na comunidade rural Godoy. O termo aditivo para a realização da obra foi assinado nesta terça-feira (2) pelo diretor Comercial da Sanepar, Toco Zanetti, e pelo prefeito Moisés de Andrade.

Serão implantados 9,4 quilômetros de rede de distribuição, que levarão água tratada para 50 famílias. Os investimentos previstos são de R$ 547,5 mil e o prazo de execução é de 24 meses. A obra será feita em regime de parceria, em que a Sanepar fornece os equipamentos e materiais hidráulicos, e o município fica responsável pela mão de obra e insumos de construção civil.

Após a entrega da obra, a própria comunidade fará a gestão do sistema, por meio da Associação da Água, que será formada entre os moradores, com apoio técnico da Sanepar. A Companhia também ofertará o treinamento à comunidade para a operação do sistema.

O prefeito afirma que a comunidade Godoy é formada por pequenos agricultores, que enfrentam dificuldades no abastecimento. “Este sistema será de grande importância. Temos mandado caminhão-pipa para o bairro porque as minas estão secando por causa da estiagem”, explicou.

Participaram do ato de assinatura da parceria os vereadores Amarildo Toyota e Erick Oliveira. 


Fonte: AEN

Copel anuncia R$ 76 milhões de investimentos em nova subestação de Apucarana

 A unidade beneficiará diretamente mais de 14 mil unidades consumidoras do município e da vizinha Cambira, além de estabelecer conexões em um anel de alta-tensão, que favorece o sistema de toda a região.

-Copel anuncia R$76 milhões de investimentos em nova subestação de Apucarana (Foto: Copel)

A Copel vai construir uma nova subestação de energia em Apucarana, no Vale do Ivaí, um investimento de R$ 76 milhões. A unidade beneficiará diretamente mais de 14 mil unidades consumidoras do município e da vizinha Cambira, além de estabelecer conexões em um anel de alta-tensão, que favorece o sistema de toda a região. O anúncio foi feito durante uma apresentação ao empresariado da indústria e comércio, nesta segunda-feira (1º), na Associação Comercial e Industrial de Apucarana (ACIA).

De acordo com o diretor-geral da Copel Distribuição, Maximiliano Andres Orfali, a nova subestação será construída em um terreno localizado próximo do Núcleo Habitacional Papa João Paulo I. Ela substituirá uma unidade que hoje opera em média tensão, no Jardim Figueira, com capacidade de transformação de 21 MVA (megavolt-ampères). A nova estrutura vai operar em 138 mil volts de tensão, com uma capacidade de transformação quatro vezes maior, de 82 MVA.

Orfali explicou o que, na prática, representa esta obra. “É um dos nossos maiores investimentos previstos, porque a gente sabe do crescimento da região. Esta subestação traz o que tem de mais moderno no setor. Ela vai aumentar as interligações e os circuitos de distribuição. É uma obra que vai reduzir desligamentos e garantir mais energia para o desenvolvimento da região”, afirmou.

INVESTIMENTOS REGIONAIS – As obras de ampliação e modernização da infraestrutura elétrica em diversos municípios da região devem receber neste ano R$ 205,4 milhões em investimentos. São recursos destinados à construção de subestações e linhas de distribuição, ampliação de unidades existentes, implantação de novas redes e aportes nos principais programas da companhia.

Além da nova subestação de Apucarana, as obras de expansões irão pelo menos dobrar a capacidade em outras 13 subestações. Destaca-se a subestação Faxinal, cuja obra de ampliação absorveu cerca de R$ 18 milhões e deve ser concluída ainda neste primeiro semestre. Ela triplicará a disponibilidade de energia, garantindo condições para o atendimento a novas cargas na região.

Mauá da Serra possui outra obra importante prevista, com a instalação de um novo transformador no segundo semestre de 2024. A disponibilidade de energia para o município aumentará 60%, fruto de um investimento de R$ 1,5 milhão.

No campo, o Programa Paraná Trifásico segue com obras para tornar mais robusta a infraestrutura de distribuição. Na região do Vale do Ivaí, o Programa aplicará R$ 23 milhões até o final do ano: são 676 quilômetros de redes construídas pelo programa, e outros 67 quilômetros de obras em execução.


Fonte: AEN

Com investimento de mais de R$ 260 milhões, Paraná vai ganhar 11 novos hospitais

 Eles ficam em Guaratuba, São José dos Pinhais, Curitiba, Colombo, Rio Branco do Sul, Guarapuava, São Mateus do Sul, Salto do Lontra, Santo Antônio do Sudoeste, Ubiratã e Cianorte, distribuídos em seis Regionais de Saúde. Os investimentos na construção das unidades são parte de uma estratégia de distribuição do atendimento em saúde pelas regionais.

novo hospital municipal de São José dos Pinhais, Projeto do novo hospital municipal de São José dos Pinhais. (Foto: Prefeitura de São José dos Pinhais)

Com o objetivo de ampliar o atendimento em todo o Estado e aproximar os aparelhos de saúde dos cidadãos que mais precisam, o Governo do Paraná investe em onze hospitais neste momento. Eles estão em construção ou com obras de expansão. Ao todo, as unidades estão recebendo um investimento de mais de R$ 260 milhões. Eles ficam nas cidades de Guaratuba, São José dos Pinhais, Curitiba, Colombo, Rio Branco do Sul, Guarapuava, São Mateus do Sul, Salto do Lontra, Santo Antônio do Sudoeste, Ubiratã e Cianorte, distribuídos em seis Regionais de Saúde.

Os investimentos na construção das unidades são parte de uma estratégia de distribuição do atendimento em saúde pelas regionais, fazendo com que os pacientes não precisem viajar grandes distâncias para realizar consultas ou cirurgias.

Desde 2019, já foram inaugurados, entre unidades próprias e convênios com prefeituras, hospitais em IvaiporãTelêmaco Borba, Guarapuava, Cornélio Procópio e Boa Vista da Aparecida. Também começaram a funcionar hospitais em Cafelândia e Toledo, que contaram com o apoio do Estado para aquisição de equipamentos e mobiliários. Ao todo, considerando os investimentos em postos de saúde e Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMES), são mais de 800 obras em andamento visando a descentralização dos atendimentos à população.

NOVAS UNIDADES – A unidade que está recebendo o maior aporte é o Hospital e Maternidade Municipal de São José dos Pinhais (HMMSJP), na Região Metropolitana de Curitiba, com investimento estadual de R$ 60 milhões. O local vai modernizar a estrutura atual do hospital, construída na década de 1940 e que não comporta o crescimento no número de atendimentos.

O hospital é referência para urgência e emergência para São José dos Pinhais, Tijucas do Sul e a região sul de Curitiba, além de atender as vítimas dos acidentes que acontecem nas rodovias BR-277, BR-376 e Contorno Sul de Curitiba. A unidade vai atender 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ampliando os atendimentos nas especialidades de cirurgia geral, ortopedia e traumatologia, ginecologia e obstetrícia, clínica médica, neonatologia, pediatria, medicina intensiva adulta e anestesiologia presencial.

Ainda na RMC, o Estado está investindo outros R$ 33,4 milhões em hospitais em Colombo e Rio Branco do Sul, o que vai desafogar o atendimento em saúde na Capital.

São R$ 20 milhões investidos pelo Governo do Estado no Hospital Geral de Colombo, que vai contar com 95 leitos adultos e 21 pediátricos. A unidade terá como foco as especialidades de clínica médica, cirurgia geral, pediatria, ortopedia, vascular, urologia, anestesiologia e nutrição ambulatorial, com previsão de mais de 7 mil consultar mensais.

Para o Hospital Municipal de Rio Branco do Sul, o investimento é de R$ 13,4 milhões. A reforma no local vai permitir ampliação do pronto atendimento clínico 24 horas da unidade, além da construção de um novo centro obstétrico e um novo centro cirúrgico. O hospital vai atender cerca de 100 mil habitantes de Rio Branco do Sul, Adrianópolis, Bocaiúva do Sul, Cerro Azul, Doutor Ulysses, Itaperuçu e Tunas do Paraná.

Em Curitiba, o Estado participa do investimento de R$ 70 milhões na nova unidade do Hospital Pequeno Príncipe (HPP), que já é o maior hospital exclusivamente pediátrico do País, e deverá ser concluída até 2026 no bairro Bacacheri, na região Norte da Capital. A nova unidade terá uma área total de 200 mil metros quadrados. No local, também serão construídas as novas sedes da Faculdade Pequeno Príncipe e do Instituto de Pesquisa Pelé-Pequeno Príncipe – especializado em estudos e pesquisas nas áreas de oncologia, pesquisas clínicas e geoprocessamento.


REFERÊNCIAS REGIONAIS – Com 72% da execução da obra, o Hospital e Maternidade Doutor Paulo Fortes, em São Mateus do Sul, na região Sul do Estado, é outra unidade que está recebendo investimentos do Governo do Estado. O hospital tem mais de 90 anos e a nova estrutura, fruto de um investimento de R$ 21,1 milhões, vai permitir que ele se torne uma referência regional.

A unidade vai atender as demandas de urgência e emergência dos municípios do entorno, como Antônio Olinto, São João do Triunfo e Três Barras, além de ter estrutura para a realização de cirurgias e exames, como raio-x, tomografia, mamografia e ultrassonografia. O hospital também contará com enfermarias PPP (pré-parto, parto e pós-parto).

Na região Central, a segunda fase do Cancer Center de Guarapuava está em fase final de obras. O hospital será um dos complexos mais modernos no atendimento a pacientes com câncer em todo o Brasil, evitando que as pessoas tenham que se deslocar a Curitiba ou Cascavel para se tratar. A unidade terá seis pavimentos, com seis salas de cirurgia de alta complexidade. Além disso, a unidade vai contar com uma área dedicada a procedimentos de radioterapia, com capacidade para atender 70 pessoas por dia.

Em Cianorte, na região Noroeste, um convênio que prevê R$ 30 milhões de investimentos do Estado, vai transformar o Hospital Municipal Irmã Benigna na unidade de referência para cerca de 135 mil habitantes dos municípios de Cianorte, Cidade Gaúcha, Guaporema, Indianópolis, Japurá, Jussara, Rondon, São Manoel do Paraná, São Tomé, Tapejara e Tuneiras do Oeste. O hospital terá 242 leitos entre enfermarias e Unidades de Terapia Intensiva (UTI) adulta e neonatal, com atendimentos de clínica médica, pediatria, maternidade e cirurgias eletivas.

Na região Centro-Oeste, o Hospital Municipal de Ubiratã terá 75 leitos, centro cirúrgico, ambulatório e atendimentos de urgência e emergência. O investimento do governo estadual é de R$ 15 milhões.

O hospital de Rio Branco do Sul vai atender cerca de 100 mil habitantes da cidade e de Adrianópolis, Bocaiúva do Sul, Cerro Azul, Doutor Ulysses, Itaperuçu e Tunas do Paraná. Foto: Jonathan Campos/AEN

LESTE A OESTE – Os investimentos contemplam diversas regiões do Paraná, desde o Litoral até a fronteira com a Argentina, aproximando o serviço de atendimento hospitalar do Estado da população em diferentes Regionais de Saúde.

No Litoral, o Estado está aportando R$ 1,4 milhão na obra da nova Unidade Mista de Saúde do Hospital-Maternidade de Guaratuba, o que viabiliza a ampliação do pronto socorro da unidade.

Do outro lado do Estado, na região Sudoeste, a administração estadual está investindo R$ 25 milhões no novo Hospital Municipal de Santo Antônio do Sudoeste e R$ 8 milhões na construção do Hospital Municipal de Salto do Lontra. Os complexos hospitalares vão ampliar a oferta de pronto atendimento e de procedimentos clínicos, ginecológicos, de obstetrícia e cirúrgicos de baixa complexidade da região.

AMES – O Governo do Estado também está construindo 14 Ambulatórios Médicos de Especialidades, num investimento de mais de R$ 240 milhões. As unidades contemplam consultórios, salas de exames, Centro de Especialidades Odontológicas, Centro de Fisioterapia e Laboratório de Análises. Eles estão sendo erguidos em Almirante Tamandaré, Campo Mourão, Cornélio Procópio, Jacarezinho, Paranavaí, São José dos Pinhais, Cianorte, Irati, Ivaiporã, União da Vitória, Ponta Grossa, Goioerê, Pitanga e Paranaguá.


Fonte: AEN