sábado, 30 de março de 2024

Moro apanha nas redes após atacar Boulos e o MTST

 

O parlamentar tentou associar a esquerda ao crime. Internautas reagiram. "Você falsifica provas e Jesus era contra isso", escreveu um deles

Sergio Moro
Sergio Moro (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

 

Ex-juiz declarado parcial pelo Supremo Tribunal Federal, o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) usou a rede social X neste sábado (30) para atacar o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). 

O parlamentar tentou associar a esquerda ao crime por causa de uma imagem em que Jesus Cristo crucificado apareceu junto com a frase "bandido bom é bandido morto", numa alusão à violência bolsonarista.

Internautas reagiram ao senador. "Serjão já nem fala mais nada com nada. Efeitos da iminente cassação?", questionou um internauta. "Ex juiz, ex ministro e ex senador. Aproveita que está com tempo livre para fazer algumas aulas de interpretação", escreveu um perfil. 

O post de Moro que gerou polêmica foi o seguinte: "'Não invocar o santo nome de Deus em vão'. MTST do candidato Boulos desrespeita os cristãos em data sagrada para fazer pequena política e lacrar nas redes. E ele ainda quer ser prefeito da cidade com nome de santo".



Fonte: Brasil 247

 

Internautas repudiam ataques ao Judiciário e "Silas Malafaia preso" bomba nas redes sociais

 

Na rede social X, as críticas ao pastor foram parar na seção Assuntos do Momento

Silas Malafaia
Silas Malafaia (Foto: Abr)

 

Internautas repudiaram os ataques do pastor-empresário Silas Malafaia ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e ao Poder Judiciário. Na rede social X, antigo Twitter, as críticas ao religioso foram parar na seção Assuntos do Momento.

Bolsonarista, o pastor adota a mesma estratégia da extrema direita, de tentar passar para a população a mensagem de que o Judiciário persegue Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores.

O ex-mandatário está inelegível após decisão do Tribunal Superior Eleitoral. Bolsonaro questionou, sem provas, a segurança do sistema eleitoral brasileira durante uma reunião com embaixadores no ano de 2022 em Brasília (DF).

Moraes é um dos ministros mais atacados pelos adeptos do bolsonarismo. O juiz é relator do inquérito dos atos golpistas e tem se destacado em outras investigações que podem deixar mais complicada a situação jurídica de Bolsonaro - esquema de fake news, tentativa de golpe, e venda ilegal de joias que deveriam pertencer ao Estado brasileiro.




Fonte: Brasil 247

Venezuela pede reunião com governo após críticas de Lula e Itamaraty sobre eleições em Caracas

 

Espera-se que o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, se reúna com o embaixador da Venezuela no Brasil, Manuel Vadell, nos próximos dias

Lula e Nicolás Maduro
Lula e Nicolás Maduro (Foto: Ricardo Stuckert/PR | REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria)


Sputnik Brasil - A Embaixada da Venezuela em Brasília pediu uma reunião ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva após o presidente e o Itamaraty fazerem críticas ao processo eleitoral de Caracas.

Na quarta-feira (27), diplomatas venezuelanos ligaram para o Itamaraty para pedir um encontro após as declarações. De acordo com a revista Veja, espera-se que o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, se reúna com o embaixador da Venezuela no Brasil, Manuel Vadell, nos próximos dias, mas a reunião ainda não tem data precisa.

O Itamaraty lançou uma nota afirmando que observava com "preocupação" o processo eleitoral, e que apesar "de repudiar quaisquer tipos de sanções" que "apenas contribuem para isolar a Venezuela", o fato da candidata da oposição indicada pela Plataforma Unitária Democrática (PUD) não poder se registrar "não é compatível com os acordos de Barbados".

Caracas respondeu ao comunicado do Ministério das Relações Exteriores o rejeitando e classificando-o como "cinzento e intervencionista, redigido por funcionários da chancelaria brasileira, que parece ter sido ditado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos".

Segundo um interlocutor próximo a Maduro, que falou ao jornal O Globo na condição de anonimato, Vadell deve destacar que a agenda bilateral é ampla e construída com diálogo e trabalho.

A reunião terá o objetivo de "trocar percepções" e informar a Amorim que faltaram subsídios para o governo brasileiro avaliar o que na realidade está acontecendo naquele país. No entanto, a troca de notas entre as chancelarias e a posição crítica de Lula verbalizada pelo presidente na quinta-feira (28) sobre o que acontece não justificam um distanciamento, disse esse interlocutor.

Isto porque a agenda bilateral Brasília-Caracas é intensa, com muito trabalho a ser feito e uma fronteira comum de pouco mais de dois mil quilômetros.

Do lado brasileiro, apesar da mudança de tom, Lula se colocou à disposição para ajudar no processo eleitoral.

Mas integrantes do governo brasileiro frisam que isso só vai acontecer se o Brasil for convidado — assim como foi feito no ano passado, quando representantes de Maduro e da oposição firmaram o chamado Acordo de Barbados, para que as eleições sejam livres, transparentes e justas, escreve a mídia.

Fonte: Brasil 247 com Sputnik Brasil

Cruzeiro terá vantagem na final contra o Atlético-MG (vídeo)

 

Os cruzeirenses vão ser campeões em caso de empate ou vitória no jogo de volta

Jogo entre Atlético-MG e Cruzeiro
Jogo entre Atlético-MG e Cruzeiro (Foto: Staff Images (assessoria/divulgação) )

 

Atlético-MG e Cruzeiro empataram em 2 a 2 neste sábado (30) na Arena MRV, no jogo de ida da final do Campeonato Mineiro. Bruno Fuchs e Hulk fizeram golaços para o Galo. 

O time da casa abriu dois gols no placar com 25 minutos de jogo. Os cruzeirenses diminuíram a partida após um gol contra de Jemerson e Dinenno empatou.

O Cruzeiro será campeão com novo empate ou vitória no jogo de volta. A Raposa leva vantagem porque fez a melhor campanha da fase de grupos.A final será no próximo domingo (7), no Mineirão, às 15h30 (de Brasília).

 


 


Fonte: Brasil 247

Defesa de Daniel Silveira ataca Moraes e pede a prisão do ministro

 

"Esse cidadão [Moraes] não respeita nenhuma lei", escreveu Paulo Faria, advogado do ex-parlamentar bolsonarista

Daniel Silveira (à esq.) e Alexandre de Moraes
Daniel Silveira (à esq.) e Alexandre de Moraes (Foto: Divulgação)

 

Advogado do ex-deputado federal Daniel Silveira (sem partido-RJ), Paulo Faria disse ter enviado à Procuradoria-Geral da República um pedido de prisão em flagrante delito do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. De acordo com a defesa de Silveira, o magistrado cometeu “crime permanente e perpétuo de tortura”.

Segundo o advogado, o ex-parlamentar bolsonarista continua há mais de 200 dias em regime fechado sem progressão, o que viola a Lei de Execuções Penais e os direitos constitucionais do ex-deputado. "Esse cidadão [Moraes] não respeita nenhuma lei. O crime de tortura é insuscetível de graça ou anistia, e é inafiançavel".

O ex-parlamentar bolsonarista, que foi membro de três partidos (PSL, União Brasil e PTB), teve a sua prisão decretada pelo STF por causa de ataques verbais ao Poder Judiciário e aos ministros da Corte.

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Perfil de Paulo Faria no X. Foto: Reprodução

Fazer ataques ao Judiciário é uma das estratégias da extrema direita, com o objetivo de tentar passar para a população a mensagem de que políticos bolsonaristas estão sendo perseguidos ou que a Justiça atrapalhava o governo de Jair Bolsonaro (PL).

Durante a sua gestão (2019-2023), o então mandatário fez ataques ao STF e ao Tribunal Superior Eleitoral, na tentativa de emitir publicamente a ideia de que a Justiça Eleitoral brasileira não tem segurança contra fraudes. Partidos de oposição denunciaram publicamente as apologias a um golpe.

Atualmente, a Polícia Federal investiga um plano golpista. A tentativa de ruptura institucional previa a prisão dos ministros do STF Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Moraes também é relator do inquérito dos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023, quando bolsonaristas invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília, numa manifestação que visava impedir a posse do atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Bolsonaro está inelegível após decisão do TSE por ter espalhado fake news ao comentar sobre a segurança do sistema eleitoral brasileiro durante uma reunião com embaixadores em Brasília (DF), em 2022.

Fonte: Brasil 247

 

Tebet diz não ver interferência do governo na Petrobras

 

"Converso regularmente com o presidente da Petrobras, porque somos da equipe econômica, e não vejo essa interferência na política de preços", disse a ministra do Planejamento

Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet,
Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que não vê interferência do governo na Petrobras e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exerceu o seu direito ao indicar o ex-ministro Guido Mantega para o comando da Vale. 

“Não vejo (interferência na Petrobras). Converso regularmente com o presidente da Petrobras, porque somos da equipe econômica, e não vejo essa interferência na política de preços da Petrobras. Falou-se muito que a Petrobras perdeu R$ 50 bilhões, o que se recupera em 15 dias, mas ninguém viu que ela teve o segundo maior valor histórico da série dos últimos anos”, disse Tebet. “Não tenho visto isso (interferência) e o exemplo é o segundo maior valor histórico que a empresa teve nos últimos anos”, disse Tebet em entrevista à CNN Brasil. O jornal O Estado de S. Paulo teve acesso antecipado a uma parte da entrevista que será exibida neste sábado (30) pela emissora.

As críticas de interferência na estatal surgiram após o Conselho de Administração da Petrobras, formado majoritariamente por indicados do governo, decidir não distribuir dividendos extraordinários aos investidores, contrariando a expectativa inicial. A justificativa foi a possível interferência nos investimentos da petroleira, que o governo avalia como de fundamental para a recuperação econômica e a geração de empregos.

No caso da Vale, Tebet mencionou a tentativa de Lula em nomear Guido Mantega para a presidência da empresa, por meio da influência da Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil. No entanto, essa iniciativa foi rejeitada pelos sócios da mineradora, privatizada em 1997. “A partir do momento que o presidente vê na figura do ex-ministro Mantega um parceiro e tenta com isso colocá-lo na economia, na política, ou seja ao seu lado, é um direito do presidente”, disse a ministra. 

“No caso, em se vendo que o estatuto das estatais não permite, o errado seria se o presidente insistisse. Percebeu-se que não podia, o presidente parou de insistir. Isso faz parte da política. O presidente Lula não seria o presidente Lula se não tivesse a capacidade de reconhecer os amigos e querer os amigos do seu lado. Guido Mantega foi um parceiro do presidente Lula, o presidente é grato a Guido Mantega por uma série de questões, e querer estar com Guido Mantega no processo político faz parte da personalidade do presidente Lula”, completou. 

Na entrevista, Tebet também afirmou ver o presidente Lula como um líder “pragmático”. “Vejo no presidente Lula um presidente pragmático. Ele tem as suas posições ideológicas e político-partidárias que são diferentes das minhas, mas quando ele percebe que ao tentar colocar o que pensa há uma reação, no mercado ou mesmo na classe política, que é negativa para o próprio governo, ele tem a capacidade de recuar”, destacou. “Não me incomodo que um presidente que foi eleito pelo povo fale o que pensa e tente implantar o que pensa. Numa democracia, temos forças políticas que fazem o equilíbrio nessa balança”, ressaltou a ministra. 

Fonte: Brasil 247

 

Flamengo vence o Nova Iguaçu e fica perto de conquistar o título do Campeonato Carioca (vídeo)

 A final será no próximo domingo, também no Maracanã

Nova Iguaçu e Flamengo
Nova Iguaçu e Flamengo (Foto: Marcelo Cortes/Flamengo)

O Flamengo venceu o Nova Iguaçu neste sábado (30) por 3 a 0 no jogo de ida da final e ficou perto de ganhar o título do Campeonato Carioca. O centroavante Pedro marcou duas vezes. O placar aumentou após um gol contra.

O segundo jogo será no dia 7, domingo, às 17h, também no Maracanã. O rubro-negro pode perder até por dois gols de diferença.

O Flamengo tem 37 títulos estaduais. Em segundo lugar está o Fluminense, com 33. O Vasco tem 24, o Botafogo, 21. Depois aparecem o América-RJ, com sete conquistas, e o Bangu, com duas.

Fonte: Brasil 247


Frota de veículos cresce 12% no Paraná em cinco anos e passa de 8 milhões

 A frota do Estado é composta principalmente por automóveis (4.731.957), motocicletas (1.223.839), caminhonetes (771.188), motonetas (342.265) e caminhões (293.589). São, ainda, 42.223 ônibus, 25.706 micro-ônibus e 2.827 triciclos.

IPVA - Foto: Geraldo Bubniak/AEN

A frota de veículos do Estado contabilizou 8.358.311 em 2023, 12% a mais do que em 2019, quando somava 7.453.198 veículos. Em relação a 2013 (6.159.417), o aumento é de 35,6%. Os dados são do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), que publica a base de dados estatísticos desde janeiro de 2007 – naquela ocasião eram 3.693.284 veículos.

De acordo com o último Censo, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2022, a população do Paraná é de 11.444.380 habitantes. Na comparação com a quantidade de veículos, a relação é de 0,73 carro por pessoa.

A frota do Estado é composta principalmente por automóveis (4.731.957), motocicletas (1.223.839), caminhonetes (771.188), motonetas (342.265) e caminhões (293.589). São, ainda, 42.223 ônibus, 25.706 micro-ônibus e 2.827 triciclos.

As cidades paranaenses com mais veículos registrados são Curitiba, com 1.566.008, Londrina (419.119), Maringá (344.136), Cascavel (270.288), Ponta Grossa (238.905), São José dos Pinhais (236.193), Foz do Iguaçu (206.512), Colombo (154.421), Guarapuava (130.038) e Toledo (121.870). As com menos veículos registrados são Nova Aliança do Ivaí (853), Santa Inês (977), Mirador (978), Guaraqueçaba (987), Jundiaí do Sul (1.237), Miraselva (1.310), Iguatu (1.349) e São Manoel do Paraná (1.381).

O diretor-presidente do Detran-PR, Adriano Furtado, afirma que a frota de veículos no Brasil é uma das maiores do mundo e desempenha um papel importante na mobilidade e na economia do País. “O aumento expressivo na frota de veículos não apenas reflete o crescimento econômico e demográfico do Paraná, mas também sublinha os desafios de mobilidade urbana e infraestrutura viária do futuro”, destaca.

Ele também reforça que os dados de 2024 indicam crescimento de emplacamentos. O resultado de fevereiro já aponta 8.392.822 veículos, aumento de 34.511 carros.

Evolução da frota de veículos no Paraná nos últimos cinco anos:

2019: 7.453.198

2020: 7.661.859

2021: 7.900.866

2022: 8.112.645

2023: 8.358.311


Fonte: AEN

Governo destinou R$ 215,9 bilhões a 91 ações orçamentárias para mulheres em 2023

 Gasto é dividido em sete categorias e todas elas registraram aumento de dotações entre o projeto de Orçamento, feito em 2022, e a execução, em 2023

Governo destinou R$ 215,9 bilhões a 91 ações orçamentárias para mulheres em 2023
Foto: Governo do Estado de São Paulo


O Governo Federal destinou um total de R$ 215,9 bilhões (valor empenhado total) nas 91 ações orçamentárias identificadas como tendo beneficiado as mulheres nos Orçamentos da União de 2023, aponta o relatório anual “A Mulher no Orçamento 2024 – ano base 2023” , publicado pela Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento e Orçamento (SOF/MPO) nesta quinta-feira (28/3).

As 91 ações orçamentárias identificadas estavam distribuídas em 21 órgãos, quase a metade delas concentradas nos Ministérios da Saúde (MS), do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e da Educação (MEC). Em valores empenhados, MDS (R$ 134,3 bilhões) e MS (R$ 70,3 bilhões) respondem, juntos, por quase 95% do montante total.

O relatório traz diversos gráficos e tabelas com o detalhamento dos gastos apurados como beneficiando as mulheres, por ministério e por tipo de despesa – financeira, primária obrigatória e primária discricionária. “76% por cento dos gastos exclusivos [sempre levando em conta os valores empenhados] com mulheres são feitos a partir de despesas primárias discricionárias”, diz o relatório. “Já 90% dos gastos não exclusivos são realizados a partir de despesas primárias obrigatórias”.

Categorias do gasto e aumento de valores entre PLOA e dotação final

Com o objetivo de enriquecer a análise, os gastos foram associados a sete categorias: autonomia econômica e igualdade no mundo do trabalho; vida pública e espaços de poder e decisão; educação para a igualdade e a cidadania; saúde integral da mulher; enfrentamento de todas as formas de violência contra as mulheres; proteção social; e direito à moradia, cultura, esporte e lazer.

Dos R$ 215,9 bilhões empenhados, R$ 203,8 bilhões se concentraram em duas categorias: proteção social e saúde integral da mulher. Conforme aponta o relatório, os gastos realizados em ambas são importantes porque garantem renda e acesso a serviços públicos a muitas mulheres. Nesse sentido, o documento informa que, segundo o Observatório Brasil da Igualdade de Gênero (OBIG) do Ministério das Mulheres, o número de beneficiários do sexo feminino do Programa Bolsa Família superou em 7,7 mil o número de beneficiários do sexo masculino em 2022, e que, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde de 2019, as mulheres representam cerca de 70% dos usuários dos serviços de Atenção Primária em Saúde no País.

“Ademais, vale mencionar que a categoria “Enfrentamento de todas as formas de violência contra as mulheres”, com R$ 226 milhões, tinha 100% da dotação total das ações orçamentárias a ela associadas classificadas como gasto exclusivo”, destaca a publicação da SOF/MPO.

 

Todas as sete categorias de análise tiveram aumento de sua dotação entre o Projeto de Lei Orçamentária, enviado pelo governo anterior ao Congresso Nacional em agosto de 2022, e a dotação final, estabelecida já em 2023, após a aprovação da LOA e os créditos adicionais que foram liberados ao longo do ano. “O direito à moradia foi a categoria que obteve maior incremento orçamentário desde o envio do PLOA ao Congresso Nacional. Com dotação final de R$ 5,5 bilhões, teve um aumento de mais de 2.390 vezes o valor original do PLOA, de R$ 2,3 milhões”, aponta o relatório.

Mudanças de metodologia e ponderador demográfico

Foram adotadas estratégias metodológicas para melhor identificar e classificar os gastos que beneficiam as mulheres, da ampliação da busca por palavras-chave associadas às políticas públicas no Siop e no Siafi à definição das categorias de análise dos gastos, mencionadas acima, que têm por base os estudos de gênero, os relatórios “A Mulher no Orçamento dos dois anos anteriores, os temas das Estatísticas de Gênero publicadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e os eixos do Relatório Anual Socioeconômico da Mulher (RASEAM) de 2020.

A principal mudança metodológica, contudo, foi o uso do ponderador demográfico, uma resposta à crítica feita anteriormente de que os gastos destinados às mulheres estariam inflados devido à inclusão integral de gastos não exclusivos. Assim, os gastos exclusivos são integralmente computados neste relatório, mas os gastos não exclusivos são contabilizados como proporção das mulheres na população (51,5%), segundo o Censo de 2022.

“Supõe-se, assim, que os gastos realizados com as mulheres no âmbito dessas programações orçamentárias são proporcionais à participação das mulheres na população em geral”, diz o relatório. “Por fim, visando conferir ainda mais transparência ao relatório, apresentamos a justificativa para a inclusão de cada programação orçamentária no documento”, aponta o relatório.

Avanços extraorçamentários: Ministério das Mulheres, Igualdade Salarial, Política Nacional de Cuidados


O relatório traz uma série de dados da publicação Estatísticas de Gênero, publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no último 8 de março, que permitem uma análise interseccional das desigualdades de gênero no País. As taxas de desocupação entre mulheres são maiores que as dos homens, ao passo que os rendimentos delas são menores; as mulheres sentem fortemente o impacto do tempo dedicado ao trabalho de cuidado não remunerado e do trabalho reprodutivo; além disso, as taxas de participação feminina na política e de ocupação de cargos elevados no setor público são minoritárias entre as mulheres. Essas assimetrias se aprofundam quando consideradas os dados de cor/raça e classe de rendimento.

O enfrentamento desses problemas envolve muitas vezes ações que extrapolam a esfera meramente orçamentária e financeira, destaca o relatório. Nesse sentido, a publicação da SOF destaca como avanços importantes do atual governo a recriação do Ministério das Mulheres, a Lei de Igualdade Salarial, a exigência, em contratações públicas, de 8% de mão de obra constituída por mulheres vítimas de violência doméstica e a criação do Grupo de Trabalho Interministerial que vai elaborar a Política Nacional de Cuidados, entre outros.

Mês da Mulher no MPO - publicações, seminários, memorandos e acordos

Esta já é a terceira edição do relatório “A Mulher no Orçamento”. Sua publicação atende a uma determinação incluída na Lei de Diretrizes Orçamentárias.

“Conhecer como as mulheres estão se beneficiando dos gastos realizados nos Orçamentos da União é um passo importante rumo à Orçamentação Sensível a Gênero no País. A apuração do chamado “Orçamento Mulher” permite identificar sinergias e elos faltantes nas políticas públicas federais que têm impacto (respectivamente, positivo e negativo) sobre a desigualdade de gênero, assim como rever decisões ao longo do ciclo orçamentário”, diz a publicação.

A divulgação do relatório marca o encerramento do mês da Mulher e se segue a uma série de eventos realizados pelo MPO para celebrar o 8 de março, como a missão técnica da OCDE para o avanço da Orçamentação Sensível a Gênero no Brasil , o seminário de lançamento do relatório da Agenda Transversal Mulheres no PPA 2024-2027 , o memorando de entendimento entre o MPO e o BID para desenvolver ações dedicadas à promoção da igualdade de gênero e do empoderamento de mulheres e meninas, acordos firmados com o BID e a CAF para capacitar mulheres gestoras de Estados e municípios, o seminário “Diálogos pela Igualdade: Fortalecendo Lideranças e Parcerias para o Empoderamento Feminino” , em parceria com o Banco Mundial, e o seminário “Transversalidade da Perspectiva de Gênero – Agenda Mulheres” , também com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Por: Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO)