Ex-jogador Robinho. Foto: Divulgação
Maria Thereza de Assis Moura, presidente do STJ, emitiu nesta quinta-feira (21) um ofício para a Justiça Federal de Santos para a execução da prisão de Robinho. O ex-jogador foi condenado em todas as instâncias na Itália a 9 anos de prisão por estupro coletivo.
O STJ decidiu acatar o pedido da Justiça italiana em sessão realizada ontem (20). Com 11 ministros votando, a decisão de homologação da sentença estrangeira foi aprovada por 9 votos a 2. A maioria dos ministros também determinou a prisão imediata.
A defesa de Robinho já solicitou habeas corpus ao STF para mantê-lo em liberdade, com o ministro Luiz Fux designado como relator. José Eduardo Alckmin, advogado de Robinho, afirmou que o ex-jogador não resistirá à prisão caso um oficial de Justiça apareça em sua residência para cumprir a ordem.
Robinho e cinco amigos foram acusados de estupro por uma mulher albanesa em 22 de janeiro de 2013, em uma boate em Milão, Itália. Até o momento, apenas Robinho e Ricardo Falco foram condenados. Os outros quatro amigos de Robinho não foram condenados, pois haviam deixado a Itália durante as investigações e não foram localizados pela Justiça.
Em 2014, Robinho admitiu ter mantido relações sexuais com a vítima, mas negou violência sexual. Ele reiterou sua posição em 2020. Em 2020, após ser condenado em primeira instância, Robinho acertou seu retorno ao Santos, mas o contrato foi suspenso dias depois devido à pressão da torcida e da mídia.
Em 2022, Robinho foi condenado em última instância na Justiça italiana a nove anos de prisão. Como o Brasil não extradita seus cidadãos, a Itália solicitou que o ex-jogador cumprisse a pena no Brasil. O Ministério Público Federal manifestou-se a favor da prisão de Robinho, citando gravações usadas pela Justiça italiana para sua condenação.
Fonte: DCM