quinta-feira, 14 de março de 2024

Bolsonaristas tentam emplacar denúncia de perseguição em viagem aos Estados Unidos

 Os esforços incluíram uma tentativa de realizar uma audiência intitulada “Brasil: Uma crise da democracia, da liberdade e do Estado de Direito?” na Comissão de Direitos Humanos do Congresso americano

Seguindo o exemplo de grupos de direita latino-americanos, os bolsonaristas estão buscando em Washington respaldo para suas alegações de perseguição política e censura no Brasil.

Esta estratégia tem sido observada com o intuito de preparar terreno para um eventual retorno do governo Trump e apoiar uma possível candidatura em 2026, afirmam especialistas.

Recentemente, os esforços incluíram uma tentativa de realizar uma audiência intitulada “Brasil: Uma crise da democracia, da liberdade e do Estado de Direito?” na Comissão de Direitos Humanos do Congresso americano. Entretanto, o evento foi barrado pela ala democrata do órgão, apesar de um acordo de cavalheiros entre os partidos para não barrar propostas de audiências um do outro.

A comissão, copresidida pelos deputados Jim McGovern, democrata, e Chris Smith, republicano, recebeu uma comitiva brasileira liderada pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no ano passado. McGovern argumentou que a proposta de audiência não se enquadrava nos propósitos da comissão.

Em resposta ao bloqueio, Smith organizou uma conferência do lado de fora do Capitólio no mesmo dia, onde criticou a situação política do Brasil, denunciando um suposto uso seletivo do direito como instrumento de poder político para silenciar a oposição.

Participaram da conferência, além de Eduardo Bolsonaro, os deputados Gustavo Gayer (PL-GO) e Marcel Van Hattem (Novo-RS), e o ex-apresentador da Jovem Pan Paulo Figueiredo, neto do ex-presidente João Batista Figueiredo (ditadura militar), e acusado pela Polícia Federal de envolvimento em planos de golpe em 2022. Um analista da Heritage Foundation, um think tank conservador americano, também contribuiu com suas análises.

A deputada Bia Kicis (PL-DF) e Allan dos Santos, fundador do site bolsonarista Terça Livre, estiveram presentes, mas não discursaram durante o evento.

Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S.Paulo

VÍDEO – Avião cai na região de Salvador e piloto morre


Avião de pequeno porte cai na Região Metropolitana de Salvador. Foto: reprodução

Na manhã desta quinta-feira (14), um avião de pequeno porte caiu em São Sebastião do Passé, na Região Metropolitana de Salvador. Segundo informações da Polícia Militar (PM) da Bahia à CNN Brasil, o piloto, cuja identidade não foi confirmada, faleceu no acidente. A PM aguarda a perícia para determinar se havia outros ocupantes na aeronave.

O Aeródromo Ecides Fires, onde ocorreu o acidente, afirmou em comunicado que a aeronave não pertence a nenhuma das que estão hangaradas no local.

A prefeitura de São Sebastião do Passé divulgou que, segundo a Polícia Militar, a aeronave envolvida no acidente é um modelo Seneca PT-REY. A queda ocorreu na localidade da Sereia, próxima à fábrica Isogama. As autoridades locais enfrentam desafios devido às condições climáticas adversas na área, com chuvas intensas e dificuldades de acesso.

No local do acidente, estão atuando o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar, a Polícia Civil, a Polícia Rodoviária Federal, a Superintendência da Defesa Civil do Estado da Bahia e o Departamento Municipal de Trânsito e Transporte (DMTT).

Fonte: DCM

“Covardes”: Moraes detona bolsonaristas que incentivam golpe e “se escondem”

 

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. Foto:Marcelo Camargo Agência Brasil

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, criticou autoridades que incentivaram o ataque terrorista de 8 de janeiro de 2023 e depois se esconderam em seus gabinetes. A declaração ocorreu durante o julgamento de recurso apresentado pelo ex-deputado estadual do Ceará e delegado Francisco Assis Cavalcante Nogueira, que foi declarado inelegível pelo Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE).

Segundo a ação julgada no TSE, o bolsonarista, a menos de um mês das eleições, fez um discurso dizendo que as urnas eletrônicas seriam fraudadas e conclamando seus apoiadores para violência armadas. “Se a gente não ganhar das urnas, se eles roubarem nas urnas, nós vamos ganhar na bala”, afirmou na ocasião, tendo a fala compartilhada por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro nas redes.

“Esse discurso antidemocrático e golpista é o discurso que gerou o 8 de janeiro. O discurso foi propagado e fermentado nos anos anteriores. O discurso foi passado nas redes sociais incentivando milhares de pessoas a invadirem destruírem as sedes dos Três Poderes, enquanto autoridades covardes como esta ficavam em seus gabinetes, incentivando diversas pessoas a tentarem dar o golpe, a atentarem contra a democracia”, afirma Moraes.

O ataque terrorista de 8 de janeiro de 2023 em Brasília. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ele diz que o Francisco tenta “se esconder na imunidade parlamentar” enquanto os bolsonaristas incentivados por ele “estão com penas de 12 a 17 anos de prisão”. “Para ele, só há um resultado possível: a vitória do grupo dele. Qualquer resultado diverso é fraude. Isso foi tão grave que o Ministério Público do Ceará requisitou ao Tribunal de Justiça abertura de inquérito policial contra esse deputado estadual”, prosseguiu o magistrado.

No TSE, Moraes manteve a condenação do TRE-CE e ainda ironizou como golpistas disseminam discursos nas redes sociais. “O modus operandi dessa milícia digital golpista nesses últimos cinco anos sempre foi o mesmo. Uma fala, uma subversão, eles mesmos se gravam. É a única organização criminosa que se grava, para facilitar o trabalho da polícia. Eles se gravam e depois passam nas redes”.

A decisão do tribunal dá sinais de como a Justiça eleitoral vai atuar neste ano durante as eleições municipais. Recentemente, após um ataque contra a primeira-dama Janja da Silva, o TSE criou uma nova regra para punir ataques de candidatos a adversários.

Fonte: DCM

VÍDEO – Na GloboNews, Daniela Lima detona bolsonarista que disse que “Marielle acabou”


Daniela Lima detona Éder Mauro por dizer que “Marielle acabou”. Foto: reprodução

 A jornalista Daniela Lima, apresentadora da GloboNews fez duras críticas ao deputado federal bolsonarista Éder Mauro (PL-MA). Na última quarta-feira (13), véspera da morte de Marielle Franco completar seis anos, o parlamentar causou uma confusão no Congresso ao dizer que a vereadora “acabou”.

“Essa mulher que o deputado fala que acabou tem nome de rua em Paris. Essa mulher que o deputado fala que acabou é citada, muito citada na ONU. Essa mulher tem muita gente que conta, não os anos, mas cada dia que não se tem resposta sobre o que aconteceu com ela”, defendeu a jornalista.

“Marielle Franco acabou, porra. Não tem porra nenhuma aqui”, gritou o bolsonarista. “Os algozes de Marielle, deputado, são milicianos, criminosos confessos. Um deles levou o Rio de Janeiro a maior apreensão de fuzis da sua história”, afirmou Daniela.


 

Fonte: DCM

Lula discute redução de preços de alimentos pela 2ª vez na semana


O presidente Lula (PT). Foto: reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou uma reunião nesta quinta-feira (14) com ministros para abordar estratégias de redução dos preços dos alimentos. Este é o segundo encontro do petista na semana com foco nesse assunto.

“Dia de reuniões importantes aqui no Palácio do Planalto. Agora pela manhã, vamos falar sobre a produção de alimentos e o que faremos para baixar o preço desses produtos”, disse Lula no X, antigo Twitter.

O objetivo do chefe do Executivo é buscar maneiras de diminuir os custos de itens essenciais, como arroz e feijão, além de procurar soluções para reduzir os valores das contas de luz.

Participam da reunião desta quinta-feira o ministro da Casa Civil, Rui Costa; ministro da Fazenda, Fernando Haddad; ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro; ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira; e o Diretor-presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto.

Vale destacar que na última segunda-feira (11), Lula se reuniu com Fávaro e Pretto para discutir a mesma questão. Em entrevista ao SBT News, no mesmo dia, o presidente também abordou o tema.

De acordo com o mandatário, a redução dos preços é “essencial para que você possa voltar a ter credibilidade junto ao povo brasileiro”.

“A gente vai começar a colher aquilo que nós plantamos. A sociedade vai se dar conta de que as coisas vão melhorar. Para a sociedade estar feliz com o governo, é preciso que a economia esteja crescendo, o salário esteja crescendo e o preço da comida esteja baixando”, afirmou.

Fonte: DCM

VÍDEO – Ex-vereadora do PT é presa ao denunciar violência da PM em reintegração de posse


Fernanda Curti (PT) foi presa durante reintegração de posse em Guarulhos. Foto: reprodução

 Nesta quinta-feira (14), a ex-vereadora Fernanda Curti, do PT de São Paulo, foi presa pela Polícia Militar durante uma tentativa de negociação para evitar uma reintegração de posse no Jardim das Oliveiras, em Guarulhos (SP). A ação policial ocorreu sob o comando do governador bolsonarista Tarcísio de Freitas.

Em vídeos compartilhados em suas redes sociais, Curti documentou momentos em que a PM agia contra os moradores do local. Segundo ela, a força policial atacava indiscriminadamente crianças, idosos e famílias inteiras da comunidade.

Enquanto tentava mediar a situação com os policiais, a ex-vereadora foi detida. De acordo com relatos divulgados em suas redes sociais, ela teve seu celular confiscado e foi levada na parte de trás de uma viatura.

“Estão me levando para o 9° DP. Trocaram as delegacias para cansar e atrasar a chegada dos advogados! Queriam que eu fosse no porta-malas da viatura, levada como uma criminosa. Não basta tomar a casa das pessoas de forma autoritária e ilegal, tem que humilhar”, escreveu Curti.

Após as primeiras publicações feitas no Instagram e no Twitter, a equipe que trabalha com Curti atualizou a situação dela.

“Até o momento, 11h10 da manhã, o delegado titular da sessão, Dr. Ricardo Connor, não chegou à delegacia. Estão mantendo Fernanda Curti e Peixe [colega dela] detidos sob a acusação de obstrução de via e depredação do patrimônio público. Ambas alegações são inverídicas”, foi publicado no perfil da petista.

Fonte: DCM

TSE mantém condenação de bolsonarista por dizer que venceria eleições “na bala”


Delegado Cavalcante (PL-CE), deputado federal. Foto: reprodução

 O deputado federal Delegado Cavalcante (PL-CE) teve sua condenação de sua inelegibilidade confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quinta-feira (14). A maioria dos ministros concordou que ele cometeu abuso de poder político, de autoridade e uso indevido dos meios de comunicação ao declarar que poderia vencer a eleição “na bala”. Antes das eleições para o Congresso, ele já atuava como deputado estadual

O bolsonarista foi condenado e declarado inelegível anteriormente pelo Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) por seu discurso durante um evento comemorativo em setembro de 2022, transmitido pela internet. Na ocasião, ele afirmou: “Se a gente não ganhar nas urnas, se eles roubarem nas urnas, nós vamos ganhar na bala”.

No TSE, o relator do caso, Raul Araújo, havia votado para reverter a condenação, considerando o episódio um fato isolado sem impacto na eleição. No entanto, o ministro Antonio Carlos Ferreira, que atua como substituto no Tribunal, pediu vista e votou nesta quinta-feira para manter a condenação.

“Não se tratou de um discurso cômico, com a intenção de ser engraçado, ou uma simples bravata ou pilhéria”, afirmou Ferreira em seu voto.

Plenário do TSE durante sessão de julgamento — Foto: Luiz Roberto/TSE

Já o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, relacionou a atitude do bolsonarista com os atos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, quando eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tentaram “resolver na violência” a perda nas urnas.

“É exatamente o discurso que foi propagado, que for fermentado nos anos anteriores, discurso que foi passado nas redes sociais, incentivando milhares de pessoas a invadirem, destruírem as sedes dos Três Poderes. Enquanto autoridades covardes, como essa, ficavam atrás de seus gabinetes, incentivando diversas pessoas”, afirmou Moraes.

O voto de Ferreira foi acompanhado por todos os demais ministros, incluindo Floriano Marques, André Tavares, Cármen Lúcia e Nunes Marques. Moraes destacou que o discurso de Cavalcante contribuiu para a atmosfera de instabilidade política no país.

Fonte: DCM

Jornalista leva bronca da Globo por fazer “bico” em banco

Silvana Ramiro levou bronca por promover banco em atividade extra nas redes sociais. Foto: Reprodução

 A jornalista Silvana Ramiro, que apresenta jornais locais do Rio de Janeiro, levou bronca da TV Globo por promover um banco nas redes sociais. Ela fez uma publicação mostrando uma atividade extra de treinamento de comunicação para o time de funcionários do Bradesco e foi repreendida pela emissora. A informação é da coluna de Lucas Pasin no UOL.

A Globo proíbe que jornalistas contratados se relacionem de qualquer forma profissional com outras marcas e orientou que a apresentadora excluísse a postagem de suas redes sociais. Alguns profissionais já foram demitidos por quebrar a regra, como Lívia Torres, que foi desligada da empresa após apresentar evento da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

“A Globo não comenta casos específicos, mas enfatiza que nossos jornalistas não devem ter envolvimento com marcas. Podemos adiantar que o caso já foi analisado internamente e o post foi retirado do ar”, afirma a emissora. Essa não é a primeira vez que Silvana sofre advertência pela emissora por práticas do tipo. Outros colegas também levaram broncas pelo mesmo motivo: Flávio Fachel, Ana Luiza Guimarães, Rodrigo Bocardi e Mônica Waldvogel.

Jornalistas da emissora costumam receber entre R$ 15 mil e R$ 50 mil para treinamentos de comunicação, atividades como mestres de cerimônia ou palestrantes em empresas. Alguns apresentadores e repórteres têm argumentado que os trabalhos extras são necessários porque a Globo tem promovido uma política de salários baixos.

Fonte: DCM com informação da coluna de Lucas Pasin, no UOL

“Dentes horríveis”: procuradores da Lava Jato atacavam Cármen Lúcia insinuando homossexualidade

 

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Procuradores da Lava Jato atacaram e fizeram diversas críticas à aparência da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), em grupo no aplicativo de mensagens Telegram. Livia Tinoco, Janice Ascari, Wellington Saraiva e Luiz Lessa zombaram da magistrada por uma suposta falta de “cuidados corporais” e insinuaram que ela seria homossexual. A informação é da revista Piauí.

“Cármen Lúcia é franciscana. Mulher simples. De muita renúncia. Não tem filho para sustentar”, escreveu Livia em um grupo de procuradores. Janice então afirmou que a ministra “nem gasta com cabeleireiro” e a colega prosseguiu com os ataques, falando sobre os dentes de Cármen Lúcia.

“Nem com dentista. Tem uns dentes horríveis, Amarelos e tortos. Mereciam uma lente pra ajudar um pouco o sorriso. Já passou da hora de fazer um preenchimento e um botox”, prosseguiu, causando uma risada em Janice.

Mensagens de procuradores da Lava Jato foram obtidas no celular de Deltan Dallagnol. Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters

Na sequência, o procurador Wellington Saraiva fez especulações sobre o estado civil da ministra e sugeriu que ela seria homossexual. “Alguém sabe se é casada, já casou, teve união com qualquer nível de estabilidade e se tem filhos? Não que isso tenha relevância profissional, mas tem…”, escreveu.

Livia então disse que ela é uma “ótima magistrada”, mas que “em matéria de cuidados corporais é péssima”. “Parece até ser anti-higiênica”, prosseguiu a procuradora. Janice afirmou que ela “pegou pesado” no comentário, mas Luiz Lessa prosseguiu com ataques: “A quantidade de publicações indica que ela não teve tempo para romance”.

Os diálogos fazem parte de um conjunto de 952.754 mensagens enviadas e recebidas pelo ex-procurador Deltan Dallagnol no Telegram. Elas integram o acervo da Operação Spoofing, deflagrada pela Polícia Federal em 2019 para investigar o vazamento de conversas de membros da Lava Jato.

A ex-primeira-dama Marisa Letícia e a ex-presidente Dilma Rousseff também eram alvos de ataques dos procuradores. Membros da Lava Jato chamaram a primeira de “tribufu” e fizeram comentários machistas após a fala da petista sobre “saudar a mandioca”.

Fonte: DCM com informação da revista Piauí

Presidente do PSDB nega que Raquel Lyra vá deixar o partido e diz que ela tem potencial para disputar a Presidência da República

 

"Raquel ainda vai crescer muito não só em nível regional, mas no país. Ainda vamos vê-la disputando a Presidência da República", disse Marconi Perillo

Raquel Lyra
Raquel Lyra (Foto: Reprodução)


O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, negou que a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), pretenda deixar o partido e destacou que, no futuro, ela poderá vir a disputar a Presidência da República. “Raquel ainda vai crescer muito não só em nível regional, mas no país. Ainda vamos vê-la disputando a Presidência da República”, disse Perillo nesta quinta-feira (14), durante evento de filiações partidárias realizado no Recife, de acordo com o Blog da Folha, da Folha de Pernambuco.

Questionado sobre a possibilidade de que a governadora deixe o PSDB, o dirigente partidário negou este movimento. “Esse partido é de Raquel. Essa casa é dela. O projeto nosso é o projeto dela. Estaremos sempre perto de Raquel”, afirmou.

As especulações sobre a saída de Raquel Lyra do PSDB ganharam força em fevereiro, após ela defender que o partido deixasse de fazer oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e adotasse uma postura independente. "Estou no PSDB e sou grata ao partido, porque ele me permitiu estar onde estou e disputar todas as eleições em que me coloquei. Isso não muda por enquanto", disse a governadora na ocasião.

Fonte: Brasil 247 com informações do Blog da Folha, da Folha de Pernambuco

Vini Jr cobra punição após torcida do Atlético de Madrid chamá-lo de chimpanzé antes de jogo (vídeo)

 

Torcedores gritaram músicas racistas contra o jogador brasileiro antes de uma partida válida pela Liga dos Campeões que não tinha qualquer relação com ele

Vinícius Jr. e print de vídeo com torcedores gritando músicas racistas
Vinícius Jr. e print de vídeo com torcedores gritando músicas racistas (Foto: REUTERS/Pablo Morano | Reprodução)


O jogador Vinícius Jr., do Real Madrid, utilizou seu perfil oficial na rede social X (antigo Twitter) para cobrar a UEFA a aplicar punições após torcedores do Atlético de Madrid terem sido flagrados em vídeo xingando-o de "chimpanzé" nesta quarta-feira (13).

O vídeo em questão foi filmado pelos próprios torcedores do Atleti, que estavam aglomerados nas ruas de Madri antes da partida de volta das oitavas de final da Liga dos Campeões da Europa, contra a Inter de Milão. Vale apontar que o jogo não tinha qualquer relação com Vinícius Jr ou o Real Madrid e, mesmo assim, o jogador brasileiro foi alvo de racismo. Confira o vídeo abaixo:

O atleta, ao tomar conhecimento das imagens, publicou: "espero que vocês já tenham pensado na punição deles, UEFA (associação que organiza a Liga dos Campeões). É uma triste realidade que passa até nos jogos que eu não estou presente!"

Vale apontar que os casos de racismo envolvendo a torcida do Atlético de Madrid contra Vini são recorrentes. Em um dos episódios mais chocantes, torcedores do clube penduraram um boneco enforcado em uma ponte, e o boneco estava vestindo uma camisa do atleta.

Fonte: Brasil 247

Corte Interamericana considera Estado brasileiro responsável pela morte de sem-terra

 

Antonio Tavares foi morto durante bloqueio policial em uma estrada do Paraná, em 2000

(Foto: MST)

Por Vitor Nuzzi, da RBA - A Corte Interamericana de Direitos Humanos declarou o Estado brasileiro “responsável internacionalmente” pela ação policial que resultou na morte de um trabalhador rural e em ferimentos em 197 pessoas, em 2000, no Paraná. Na sentença, anunciada na manhã desta quinta-feira (14), se responsabiliza o Estado pelo “uso desproporcional” da força empregada pela Polícia Militar, além de falhas processuais.

Tudo resultou “na violação dos direitos à vida, à integridade pessoal, à liberdade de pensamento e expressão, de reunião, direito à infância, de circulação e moradia, e garantias e proteção judicial”, conforme destaca a Corte em sua sentença. Isso atingiu diretamente Tavares, sua família e os demais trabalhadores.

Estigmatização e criminalização

Dessa forma, as entidades que acionaram o sistema interamericano destacam que o Estado foi responsabilizado por omissão e por não punir os envolvidos no assassinato. Por isso, teve de responder internacionalmente “sobre o processo de estigmatização e criminalização das pessoas que lutam pelo direito de acesso à terra”. E pelo “tratamento desigual” do Judiciário em relação aos sem-terra.

Tavares estava com 38 anos. Era casado e tinha cinco filhos. Era assentado no município de Candói e atuava no Sindicato dos Trabalhadores Rurais.

Momento emblemático

O caso aconteceu em 2 de maio de 2000, em rodovia (BR-227) na região de Campo Largo (PR). Os sem-terra, em torno de 1.500, seguiam em 50 ônibus a Curitiba, para um ato em defesa da reforma agrária. A ação policial, com 150 agentes, resultou na morte de Tavares e deixou mais de 185 integrantes do MST feridos.

Para o movimento, foi “um dos momentos mais emblemáticos do processo de violência e de criminalização da luta pela terra”. O caso foi arquivado pelo Judiciário, sem punições. Por isso, foi apresentado em 2004 à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) por várias organizações: Terra de Direitos, Comissão Pastoral da Terra (CPT), Justiça Global, MST e Rede Nacional de Advogados e Advogadas Populares (Renap). Em 2021, chegou à Corte, que realizou audiência no ano seguinte.

Reforma agrária e violência

O Brasil é hoje o país com maior número de casos em tramitação na Corte. Todos são anteriores à atual gestão. Também já sofreu várias condenações, relacionadas a casos políticos ou envolvendo movimentos sociais.

“O caso Antonio Tavares permitirá à Corte Interamericana não apenas analisar a relação entre a ausência de uma reforma agrária no Brasil e a violência contra as trabalhadoras e trabalhadores rurais que lutam pela terra, como o papel que vem cumprindo a Justiça Militar na manutenção de um quadro de ausência quase completa de responsabilização de militares, em especial policiais militares, por violações de direitos humanos já no período democrático,” afirma Eduardo Baker, da Justiça Global.

“Temos a expectativa de que a decisão da CIDH contribua para articularmos forças para pautar o Estado brasileiro na investigação e responsabilização de quem pratica violências e violações de direitos humanos”, diz Ayala Ferreira, da direção nacional e do Setor de Direitos Humanos do MST. “E mais, apontar a necessidade dos governos em assumir o compromisso de combater essas práticas com políticas concretas de solução dos conflitos, que é retomar a reforma agrária e os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras do campo.”

Desafio internacional

A coordenadora de incidência internacional da Terra de Direitos, Camila Gomes, ressalta a importância das condenações do Estado brasileiro pela Corte Interamericana. “Pois tratam dos maiores desafios que o país enfrenta em matéria de direitos humanos e que, sem respostas por parte das autoridades nacionais, precisou ser levado a um tribunal internacional. Além da violência cometida por policiais militares a uma mobilização popular e a completa impunidade desses crimes, o Brasil foi instado a responder internacionalmente sobre o processo de estigmatização e criminalização das pessoas que lutam pelo direito de acesso à terra.”

No mês passado, outro caso envolvendo um trabalhador rural passou pelos juízes em San José, sede da Corte Interamericana. Eles analisavam o caso de Manoel Luiz da Silva, morto em 1997, na Paraíba. Na ocasião, o Estado brasileiro apresentou um pedido formal de desculpas.

O ataque de 2000 não foi um caso isolado, segundo o MST. E se insere em um “contexto de intensa criminalização e perseguição aos movimentos sociais de luta pela terra no Paraná, endossada pelo então governador Jaime Lerner”. De acordo com os sem-terra, de 1994 a 2002 (período dos dois mandatos de Lerner), ocorreram 502 prisões de trabalhadores rurais e 324 lesões corporais. Sete trabalhadores sofreram tortura e 47 foram ameaçados de morte. Além disso, houve 31 tentativas de homicídio, 16 assassinatos e 134 despejos violentos no estado.

Fonte: Brasil 247 com informações da RBA