segunda-feira, 11 de março de 2024

Crise no PSDB: intervenção da Executiva Nacional provoca racha em SP

 Anulação da eleição de Marco Vinholi para o diretório estadual desencadeou tensões internas sobre o futuro do partido no estado

Marco VinholiMarco Vinholi (Foto: Governo de SP)

 O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) em São Paulo enfrenta uma profunda crise após a intervenção da Executiva Nacional, que resultou na anulação da eleição do presidente estadual Marco Vinholi. Este evento desencadeou uma onda de descontentamento entre os membros do partido, com relatos de planejamento para uma possível debandada, conforme informações da CNN.

Apesar de ter perdido parte do seu antigo vigor político, o PSDB ainda detém influência significativa no estado, com dois deputados federais, nove estaduais, oito vereadores na capital paulista e 32 prefeitos. Contudo, uma parcela significativa desses representantes ameaça abandonar o partido se não houver uma resolução para reverter a intervenção. A possibilidade de buscar medidas judiciais também está sendo considerada, embora ainda não haja uma decisão definitiva a respeito.

Tudo indica que a intervenção nacional prevalecerá, com a decisão da Executiva Nacional sendo aguardada para esta segunda-feira (11). Paulo Serra, prefeito de Santo André, é apontado como o provável novo presidente do partido em São Paulo.

De acordo com aliados do presidente do PSDB, Marconi Perillo, a anulação da eleição foi justificada pela violação do artigo 41 do estatuto partidário, que determina que a executiva seja eleita no mesmo dia do diretório. No caso do PSDB-SP, a eleição teria ocorrido onze dias depois, e alguns votantes não foram devidamente informados.

Por sua vez, o grupo de Vinholi contesta essas alegações, sugerindo que a intervenção tem motivações políticas. Há indícios de que Perillo, com apoio do deputado federal Aécio Neves, busca assumir o controle do diretório paulista do partido.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN

Pacheco diz que Lula deve observar limites na relação com Vale e Petrobras

 Presidente do Senado se posicionou em defesa dos interesses do chamado "mercado"

Lula e Rodrigo PachecoLula e Rodrigo Pacheco (Foto: Pedro França/Agência Senado | Ricardo Stuckert/PR | Jefferson Rudy/Agência Senado)

 O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), emitiu um alerta sobre os limites que o governo federal deve respeitar ao intervir em empresas das quais detém participação acionária significativa, como é o caso da Vale e da Petrobras. Pacheco ressaltou a importância de preservar a independência e a governança das companhias, enquanto reconhece o direito do governo de se posicionar.

"Se a União é parte interessada como acionista, em tese é legítimo ao governo se posicionar, mas deve compreender seus limites de atuação considerando a governança das empresas e a independência delas", afirmou Pacheco em entrevista ao jornal O Globo. O presidente do Senado ponderou que, embora não tenha informações específicas sobre casos concretos, é fundamental que tais limites éticos sejam observados.

Questionado sobre possíveis reações do Congresso diante de interferências do governo, Pacheco enfatizou que não vê necessidade de ações parlamentares nesse sentido. "É uma questão mais de limites éticos do que de carência legislativa. Não conheço as situações concretas e não me cabe opinar. Isso toca às empresas e seus acionistas e conselheiros", declarou.

As declarações de Pacheco surgem em meio a críticas recentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à atuação da Vale, instando-a a "prestar contas ao Brasil".

Fonte: Brasil 247 com entrevista ao jornal O Globo

Soraya Thronicke é escolhida pelo Podemos para disputar a presidência do Senado

 Parlamentar deverá disputar o comando do Senado com o senador Davi Alcolumbre, que tem o apoio do atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco

Soraya ThronickeSoraya Thronicke (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

A presidente nacional do Podemos, deputada Renata Abreu (SP), anunciou a candidatura da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) na disputa pela sucessão do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG)  na presidência da Casa. “O Podemos tem uma candidata à presidência do Senado a partir de hoje”, disse Renata Abreu durante evento da ala feminina da legenda, em São Paulo, no sábado (9), de acordo com o Metrópoles. “Vamos começar o movimento de organização de campanha, de um por um. Sonhamos, sim, em eleger a primeira senadora mulher presidente do Senado”, completou.

Apesar de ser o primeiro anúncio oficial de candidatura para o pleito no Senado, o nome de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) é mencionado como favorito para suceder Pacheco, cujo mandato à frente da Casa se encerra em fevereiro de 2025. Alcolumbre tem o apoio de Pacheco para disputar o cargo. 

O Senado Federal nunca teve uma mulher como presidente. Em 2021, a então senadora Simone Tebet foi a primeira mulher a concorrer à cadeira, obtendo 21 votos. Ela foi derrotada por Pacheco, que conquistou 57 votos. 

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

"Vamos chegar aos beneficiários diretos do golpe: a família Bolsonaro", afirma o jurista Kakay

 "Kakay comenta avanço das investigações sobre tentativa de golpe e aponta responsabilização de políticos e militares"

Kakay | Família Bolsonaro | Polícia FederalKakay | Família Bolsonaro | Polícia Federal (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil 247 | Reprodução | Polícia Federal/Divulgação)

O jurista criminalista Kakay concedeu uma entrevista ao jornalista Mário Vítor Santos no programa Forças do Brasil, da TV 247, onde discutiu o avanço das investigações da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de estado ocorrida em 8 de janeiro de 2023.

Kakay destacou a excelência das investigações conduzidas pela Polícia Federal, ressaltando que após alcançarem os responsáveis por invadir os três poderes e os financiadores do golpe, as investigações progrediram até atingir membros das Forças Armadas, algo que poucos acreditavam ser possível. "Quatro generais e altos oficiais estão presos. Há a responsabilização de vários outros militares", afirmou o jurista.

O jurista também revelou que as investigações agora se voltam para políticos, citando que cerca de 17 ou 18 deles já estão sendo mencionados e serão responsabilizados pelo seu envolvimento no episódio. Ele enfatizou o objetivo de chegar aos "beneficiários diretos" do golpe, apontando para a família Bolsonaro e outros indivíduos que estavam próximos ao poder e não estavam dispostos a abdicar dele.

Ao comentar sobre as provas acumuladas durante as investigações, Kakay destacou um vídeo gravado por Mauro Cid em 5 de julho de 2022, evidenciando o material substancial reunido contra os envolvidos no golpe.

Por fim, Kakay abordou a questão da possível prisão do ex-presidente Bolsonaro, afirmando que, embora as evidências contra ele sejam assustadoras, não considera adequado que o Procurador-Geral da República (PGR) solicite sua prisão neste momento. Ele ressaltou a importância de o processo seguir seu ritmo adequado para garantir a justiça e a legalidade.

Assista : 

 

Fonte: Brasil 247

Vendas do livro ‘O Avesso da Pele’ crescem mais de 1400% após censura em estados

 A obra literária do autor Jeferson Tenório integra o Programa Nacional do Livro Didático do Ministério da Educação

Livro 'O Avesso da Pele'Livro 'O Avesso da Pele' (Foto: Reprodução)

CartaCapital - O romance ‘O Avesso da Pele‘, do autor Jeferson Tenório, teve aumento superior a 1400% em suas vendas em comparação à primeira semana do mês de março, segundo dados da Amazon.

A maior procura pela obra literária coincide com o fato de pelo menos três estados – Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul – terem anunciado a retirada dos exemplares das escolas, depois que uma diretora escolar do Rio Grande do Sul questionou passagens do livro que tocam no tema da sexualidade.

Leia a íntegra na CartaCapital

Disputa pela prefeitura de São Paulo terá segurança pública como pauta principal, indica Datafolha

 Saúde aparece em segundo lugar entre as principais preocupações da população paulistana

Polícia Militar de São PauloPolícia Militar de São Paulo (Foto: Divulgação)

 A segurança é apontada como o principal problema por 23% dos paulistanos, seguido pela saúde, com 16%, de acordo com uma nova pesquisa do Datafolha, divulgada nesta segunda-feira (11). Enchentes e canalização do esgoto foram citadas por 9% dos entrevistados. 

Os temas mais mencionados quando os eleitores foram questionados sobre as prioridades para o próximo prefeito foram segurança (18%) e saúde (17%). Educação e a situação dos moradores de rua ficaram em terceiro lugar, ambos com 11%.

Quando questionados sobre as prioridades para melhorar suas próprias vidas, os eleitores destacaram segurança (22%), saúde (18%) e emprego (16%).

O levantamento ouviu 1.090 eleitores na capital paulista nos dias 7 e 8 de janeiro, com uma margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos. 

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo


Crise na Petrobrás: Lula terá que escolher entre Prates e Silveira

 Lula irá se reunir nesta tarde com o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, para discutir a crise decorrente sobre o pagamento dos dividendos aos acionistas da estatal

Lula | Jean Paul Prates | Alexandre SilveiraLula | Jean Paul Prates | Alexandre Silveira (Foto: REUTERS/Mohamed Abdel-Ghany | Paulo Pinto/Agência Brasil | Rovena Rosa/Agência Brasil)

Os atritos entre o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, atingiram o ápice, de acordo com ministros do governo ouvidos pela coluna da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo. A avaliação é que “não há clima para permanência de Prates e Silveira no governo” e que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá que fazer uma escolha entre eles. De acordo com a reportagem, “a crise gerada em torno do pagamento dos dividendos extraordinários aos acionistas da Petrobras tem como causa principal a disputa entre ambos”. 

O presidente Lula deverá se reunir com Prates na tarde desta segunda-feira (11) para cobrar explicações sobre a expectativa dos investidores da Petrobrás em relação aos dividendos extraordinários. A controvérsia surgiu quando fontes ligadas ao Conselho da Petrobrás afirmaram que Prates e o diretor Sérgio Caetano teriam acordado com investidores para manter os ganhos dos acionistas, o que é negado por ambos. 

O mercado reagiu de forma negativa à decisão de não efetuar o pagamento dos dividendos na semana passada, resultando em uma significativa venda de ações da Petrobrás. Isso culminou em uma desvalorização dos papéis da empresa, apesar de a estatal ter registrado um lucro líquido de R$ 124,6 bilhões no ano passado, o segundo mais alto na história da companhia.

As propostas divergentes de Silveira e Prates em relação à distribuição de recursos aos acionistas agravaram a situação. Enquanto o presidente da Petrobrás defendeu o pagamento de 50% dos dividendos extraordinários, ressaltando que isso não afetaria o plano de investimento da companhia, Silveira e seus conselheiros propuseram a criação de um fundo de reserva para reter os recursos. Com a vitória da segunda opção, apoiada por 6 dos 11 conselheiros, a discordância entre as lideranças se aprofundou.

Fonte: Brasil 247 com informações da jornalista Bela Megale, em sua coluna no jornal O Globo

Saúde anuncia criação de memorial para vítimas da covid-19

 Doença matou 710 mil brasileiros, segundo Ministério da Saúde

Nísia Trindade Nísia Trindade (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)

Agência Brasil – Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificava o cenário de covid-19 no mundo como uma pandemia. Quatro anos depois, nesta segunda-feira (11), o Ministério da Saúde anuncia a criação de um memorial às vítimas da doença que matou 710 mil brasileiros. O local escolhido, de acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, é o Centro Cultural do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro.

“Ao falarmos de um memorial e de uma política de memória, porque é isso que estamos propondo, não circunscrevemos a pandemia de covid-19 ao passado. Como todas as reflexões sobre memória, sabemos do componente presente, político, das ações de memória. E, ao mesmo tempo, lembramos que, a despeito de termos superado a emergência sanitária, nós não superamos a covid-19 como problema de saúde pública.”

Ao participar da abertura do Seminário para Concepção e Criação do Memorial da Pandemia da Covid-19, a ministra lembrou que a OMS discute atualmente a criação de um instrumento para o enfrentamento de emergências e pandemias que não permita que cenários como o registrado em junho de 2021 se repitam.

Neste período, a vacina contra a covid-19 já havia sido registrada e era amplamente comercializada, mas apenas 10% dos países tinham acesso. “Não pelo negacionismo, como vivemos no Brasil, mas pela desigualdade na distribuição e produção de vacinas e outros insumos.”

“Ao mesmo tempo, tem que fazer parte desse aprendizado o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Porque só um sistema de saúde potente e resiliente pode fazer frente a possíveis e futuras pandemias que o mundo todo discute”, disse.

“Ao falarmos do memorial, falamos da importante relação entre memória e história. Não circunscrevemos ao passado, mas pensamos também em que projeto nós queremos para a saúde, para o Brasil, para a democracia e para o mundo.”

Marcas

Para a representante da Rede Nacional das Entidades de Familiares e Vítimas da Covid, Rosângela Dornelles, a pandemia de covid-19 deixou marcas de profundo sofrimento na população brasileira. “No Brasil, ela foi agravada pela desresponsabilização do Estado na coordenação de medidas para seu combate, pelo desmonte de serviços públicos e pelo negacionismo ao seu enfrentamento”. Ela cita ainda um processo de “naturalização” de um número cada vez maior de mortes pela doença.

“Cabe lembramos da bravura dos trabalhadores do SUS, que enfrentaram com suas vidas essa doença. Antes mesmo da covid-19 e mais agora no pós-pandemia, a defesa do SUS exige que apontemos para o seu redimensionamento, de modo a dar respostas efetivas às atuais e futuras demandas orientados por um conceito ampliado de saúde”, destacou a médica de família, ao citar desafios como o represamento assistencial imposto pela pandemia, as desigualdades sociais e a crise climática.

“A OMS nos lembra: apesar de passada a situação de emergência, continuamos a viver comum vírus que sofre mutações e pode seguir gerando a doença e mortes. A pandemia deixou marcas de profundo sofrimento na população brasileira. Um processo dramático vivido pela maioria das famílias. Isso nos impõe promover a defesa da dignidade humana e da vida. Responsabilizar sim os gestores públicos e privados, negligentes ou omissos, e recompor as políticas de direitos e proteções sociais de forma articulada, com ousadia e expectativas ampliadas.”

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil


Secretário de Defesa dos EUA admite que o país “ganha dinheiro com guerra”, diz mídia chinesa

 O conflito Rússia-Ucrânia foi a guerra regional mais grave da Europa depois da Segunda Guerra Mundial

(Foto: Divulgação/CRI)

Recentemente, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, disse numa reunião realizada na Casa Branca que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia trouxe "coisas boas" para a economia dos EUA. As armas enviadas para a Ucrânia foram fabricadas por trabalhadores de todo o país. Estes investimentos ampliaram a escala das instalações dos EUA e criaram oportunidades de emprego para os trabalhadores do país.

O conflito Rússia-Ucrânia foi a guerra regional mais grave da Europa depois da Segunda Guerra Mundial. Custou um preço elevado aos países envolvidos e à Europa, mas fez dos Estados Unidos o maior vencedor. Dos negociantes de armas aos vendedores de energia e de produtos agrícolas, todos obtiveram enormes lucros com o sofrimento do povo ucraniano.

Tomemos como exemplo os vendedores de armas norte-americanos. O Departamento de Estado dos EUA divulgou recentemente os seguintes dados: as vendas militares dos EUA para o exterior aumentaram 16% em 2023, atingindo o recorde de 238 bilhões de dólares norte-americanos.

Após o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, os Estados Unidos continuaram a aumentar a sua ajuda à Ucrânia, entre a qual a assistência militar tem o maior montante.

O dinheiro da guerra é uma riqueza ilícita, mas o secretário da Defesa dos EUA está bastante satisfeito com isso. Isto permite que o mundo externo veja claramente quão autoritários são os Estados Unidos ao fazer o mundo pagar pelos seus próprios interesses egoístas.

Nos mais de 240 anos da história desde a fundação dos Estados Unidos, houve apenas 16 anos sem guerra. O conflito entre a Rússia e a Ucrânia é apenas mais um exemplo de como os Estados Unidos “usam a guerra para ganhar dinheiro” e “usam a guerra para manter a hegemonia”.

Isto deve lembrar às pessoas que, somente fortalecendo a força para salvaguardar a imparcialidade e a justiça internacionais, é que será possível  serem formados controles e equilíbrios eficazes contra a "máquina de guerra" dos EUA e, assim, a paz e o desenvolvimento mundiais poderão ser mais garantidos.

Fonte: Brasil 247

Recompensa do governo do Canadá evidencia espionagem de cidadão, diz mídia chinesa

 Desde a prisão de Spavor em 2018, o governo canadense tem exaltado a "detenção arbitrária" da China

(Foto: Divulgação/CRI)

CMG – A imprensa do Canadá recentemente deu a notícia de que o governo canadense chegou a um acordo com Michael Spavor, um empresário canadense que foi preso pela China, para “compensar” seus quase três anos de prisão por suspeita de espionagem na China. De acordo com a mídia, o valor final do acordo entre as duas partes foi de 7 milhões de dólares canadenses.

Desde a prisão de Spavor em 2018, o governo canadense tem exaltado a "detenção arbitrária" da China. Desta vez, pode-se dizer que foi um tapa na cara. Analistas apontaram que a chamada “reconciliação” e “compensação” apenas confirmaram que Spavor era um espião a seu serviço.

Na verdade, a identidade de Spavor como espião já havia sido determinada há muito tempo e ele próprio confessou os fatos do crime. Mas o governo canandense se recusa a admiti-lo, o que, desta vez, é algo auto-infligido.

De acordo com informações divulgadas pelas autoridades de segurança chinesas, Spavor atua há muito tempo na área fronteiriça entre a China e a República Popular Democrática da Coreia (RPDC), auxiliando o ex-diplomata canadense Michael Kovrig na coleta de informações relevantes, tirando fotos e fazendo vídeos ilegalmente de equipamentos militares chineses na China, fornecendo esses dados à embaixada do Canadá na China.

Em 2018, os dois foram presos na China. Em setembro de 2021, eles solicitaram fiança enquanto aguardavam julgamento por motivo de doença, e o tribunal chinês relevante aprovou o pedido de acordo com a lei. Posteriormente, eles foram extraditados da China.

Depois de retornar ao Canadá, Spavor levou Kovrig e o Ministério das Relações Exteriores canadense ao tribunal. Segundo relatos, Spavor alegou ter compartilhado "sem saber" informações confidenciais relacionadas à RPDC com Kovrig, o qual então forneceu as informações relevantes ao governo canadense e outros países da "Aliança Cinco Olhos". Esta medida resultou na prisão dos dois na China, prisão pela qual Spavor exigiu uma indenização ao governo canadense.

Este incidente de conflito interno expôs as atividades de espionagem que tinham sido conduzidas na China e provou que Spavor tinha efetivamente feito algo que pôs em perigo a segurança nacional da China. No final, o governo canadense gastou 7 milhões de dólares canadenses para “selar” o caso, o que também confirmou que a chamada “detenção arbitrária” pela China se tratava,  claramente, de uma narrativa falsa.

Analistas apontaram que o governo canadense aproveitou as identidades nebulosas de Kovrig e Spavor para mandá-los a fazer coisas que violavam as leis chinesas, o que resultou na prisão deles. Isso foi uma violação dos direitos e interesses legítimos de seus próprios cidadãos e também confirmou a hipocrisia dos chamados “direitos humanos”.

Depois que o incidente de reconciliação com Spavor veio à tona, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, ainda estava exaltando a "detenção arbitrária" da China. Não é novidade que alguns políticos canadenses aderiram à mentalidade da Guerra Fria e têm seguido os Estados Unidos na mira da China. Desta vez, confirma-se mais uma vez que o governo canadense é nada mais nada meno, do que um “seguidor” de seu país vizinho.

Fonte: Brasil 247 com CMG


Secretário-geral da ONU pede trégua em Gaza e grande entrega de ajuda humanitária

 "A lei humanitária internacional está em frangalhos", disse o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres

Reuters I Reprodução (Vatican News)Reuters I Reprodução (Vatican News) (Foto: Reuters I Reprodução (Vatican News) )

Reuters - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, pediu nesta segunda-feira uma trégua na guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza e no conflito no Sudão, no início do mês sagrado muçulmano de jejum, o Ramadã.

Ele também pediu a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas e a remoção de "todos os obstáculos para garantir a entrega de ajuda vital na velocidade e escala maciça necessárias" para Gaza, onde a ONU alertou que um quarto da população está à beira da fome.

"A lei humanitária internacional está em frangalhos", disse ele aos repórteres. "E uma ameaça de ataque israelense a Rafah pode levar o povo de Gaza a um círculo ainda mais profundo do inferno."

Fonte: Brasil 247 com Reuters

"Grande perda", diz Ibaneis sobre morte do jornalista Paulo Pestana

 Paulo morreu na madrugada desta segunda-feira (11/3), em Brasília. A causa ainda não está confirmada, mas há suspeita de que tenha sido em decorrência da dengue

(Foto: Renato Alves/Agência Brasília)

Paulo Pestana, renomado jornalista e articulador-chave das campanhas políticas de Ibaneis Rocha em 2018 e 2022, faleceu na madrugada desta segunda-feira em Brasília. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, expressou profundo pesar pela partida de Pestana, descrevendo-o como um amigo leal e uma figura singular. "Grande perda", disse ele. A causa da morte ainda não foi confirmada, embora haja suspeitas de que tenha sido devido à dengue, conforme relatos preliminares.

Paulo Pestana deu entrada em um hospital particular da capital federal após queixar-se de fortes dores nas pernas, e infelizmente veio a falecer horas depois. Residente em Brasília desde 1973, Pestana deixou um legado significativo no jornalismo, tendo colaborado com veículos de imprensa de renome como O Estado de S. Paulo e o Correio Braziliense. Sua ausência é profundamente sentida não apenas no campo da comunicação, mas também na esfera política, onde sua influência foi notável.

Fonte: Brasil 247

Lula e Prates se reúnem após redução nos dividendos e queda nas ações da Petrobras

 Houve uma divergência entre as posições de Prates e do ministro Alexandre Silveira em relação aos dividendos

Lula e Jean Paul PratesLula e Jean Paul Prates (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil | Tomaz Silva/Agência Brasil | Paulo Whitaker/Reuters)

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) agendou uma reunião com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, para a tarde desta segunda-feira, às 15h. O encontro vem na sequência de uma queda acentuada nas ações da petrolífera durante o pregão da última sexta-feira. A desvalorização foi ocasionada pela redução nos lucros da companhia e pela decisão do conselho da estatal de não distribuir os lucros extraordinários do quarto trimestre de 2023 aos acionistas. Houve uma divergência entre as posições de Prates e do ministro Alexandre Silveira em relação aos dividendos

A convocação para o encontro foi feita pelo Palácio do Planalto. O cenário das ações da Petrobras ganha destaque em meio a uma conjuntura complexa do mercado financeiro. Os investidores aguardam com interesse os desdobramentos dessa reunião entre Lula e Prates, considerando as implicações que as decisões tomadas poderão ter sobre o futuro da empresa e seus acionistas. A Petrobras é uma das maiores empresas do Brasil e sua performance afeta significativamente o mercado econômico nacional.

Fonte: Brasil 247 

Tarcisio, que diz não estar nem aí para mortes na periferia, vai a Israel a convite de Netanyahu

 Governador de São Paulo, denunciado à ONU por assassinatos da PM, visitará o premiê israelense acusado de genocídio em Gaza

Tarcísio de Freitas | Benjamin NetanyahuTarcísio de Freitas | Benjamin Netanyahu (Foto: Mônica Andrade/Governo do Estado de SP | REUTERS/Ronen Zvulun)

 O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), irá viajar no dia 18 de para uma visita oficial a Israel, aceitando o convite do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Segundo a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, outros governadores ligados à direita, como Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), Romeu Zema (Novo-MG) e Claudio Castro (PL-RJ), também foram convidados a integrar a comitiva.

O convite de Netanyahu também se estendeu a Jair Bolsonaro (PL), mas a situação do ex-mandatário é considerada incerta, já que teve o passaporte apreendido por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) e precisa de  autorização judicial para deixar o Brasil. 

A viagem ocorre em meio a tensão diplomática entre Brasil e Israel decorrente das declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em que comparou o massacre de civis palestinos ao Holocausto. O contexto da visita também é marcado pela escalada da guerra em Gaza, que já deixou mais de 30 mil palestinos mortos. 

Em janeiro, a Conib (Confederação Israelita do Brasil) e a Stand With Us financiaram a viagem de magistrados brasileiros a Israel, incluindo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça.

Internacionalmente, as críticas a Israel têm aumentado, com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmando que Netanyahu está "prejudicando mais do que ajudando" com suas ações em Gaza. Biden enfatizou a necessidade de atenção às vidas inocentes perdidas como resultado das operações militares.

Fonte: Brasil 247 com informações da jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna na Folha de S. Paulo

Cuca faz pronunciamento sobre condenação na Suíça e promete ajudar na luta contra violência à mulher

 “O mundo está mudando e eu acho que é para melhor", disse o treinador

CucaCuca (Foto: Pedro Souza/Atlético-MG)

 No último confronto pelas quartas de final do Campeonato Paranaense, o Athletico não apenas venceu o Londrina, mas o fez de forma avassaladora, por 6 a 0 na Ligga Arena marcando uma estreia promissora para o técnico Cuca. O treinador abordou a anulação da condenação por estupro, ocorrido em Berna, na Suíça, em 1987. O texto lido em coletiva de imprensa foi preparado com o auxílio da mulher e da filha, de acordo com ele.

Confira a íntegra do pronunciamento feito por Cuca. 

"Confesso para vocês que estou nervoso. É um tema muito sério, muito importante.

Escrevi para não correr o risco de errar, porque não sou bom com palavras, sou muito "boleirão". Queria falar sobre os últimos meses que eu tenho vivido. Há quase um ano eu sai do Corinthians e vocês podem imaginar o que estou passando e o quanto estou refletindo. Antes de falar, precisei escutar minha esposa, minhas filhas. Escrevi esse texto com a ajuda delas. Porque ainda não me sinto com conhecimento suficiente para falar sobre algo tão forte. Por elas e por todas eu escrevi e não quero errar.

Tenho escutado as opiniões e tentado entender o meu papel. No começo do ano li uma coluna da Milly Lacombe, da UOL, em que ela disse que isso não era sobre mim. Eu entendi o que ela quis dizer. Não é SÓ sobre mim, mas é sobre mim também. Eu escolhi me recolher durante muito tempo, mas consegui seguir a minha vida, enquanto uma mulher que passa por qualquer tipo de violência não consegue seguir a vida dela sem permanecer machucada, carrega o impacto para sempre. Eu consegui seguir minha vida. O mundo do futebol e o mundo dos homens nunca tinha me cobrado nada, mas o mundo está mudando e eu acho que é para melhor.

Não adianta eu ser um grande treinador, esposo, pai, avô, irmão, se eu não entender que o mundo é mais do que o futebol e que eu faço parte dessas coisas. Eu enxergava os problemas, mas me calei porque a sociedade permitia que eu, como homem, me calasse. Hoje entendo que o silêncio soa como covardia. Tenho buscado ouvir mais, entender mais, aprender mais.

Não posso mudar o passado. Muitos homens agora me escutam e são capazes de olhar para o passado para rever suas atitudes. Sabemos que o mundo é um lugar diferente para os homens e mulheres, e quando enxergamos isso podemos até resistir, mas as coisas começam a mudar. Só que mudanças honestas e verdadeiras levam tempo, exigem dedicação, estudo, são dolorosas e desafiadoras.

A realidade tem que ser transformada para que o mundo seja um lugar mais seguro para as mulheres. O mundo do futebol ainda é um mundo de muito preconceito. Entendi que quando me cobram não é só sobre mim, é sobre a forma como tratamos as mulheres. Não estou falando isso como fala isolada para agradar alguém, ou da boca para fora. Se fosse assim teria me manifestado antes. Falo isso de coração.

Quero e me comprometo a fazer parte da transformação. Vou fazer isso com o poder da educação. Quero ajudar. Quero jogar luz, usar a voz que tenho para, ao mesmo tempo que me educo, educar também outros homens, principalmente os jovens que amam futebol. Sucesso repentino é desafio. Muitos se perdem pelo caminho com fama e dinheiro. Somos levados a acreditar que podemos tudo, inclusive desrespeitar as mulheres. Precisamos dar aos mais novos a oportunidade de não errarem como tantos de nós erramos. É ali que podemos sensibilizar, colocar para pensar, orientar. Sucesso, dinheiro e fama não servem para nada se você se perder no caminho.

Eu pensei que eu estava livre da minha angústia quando solucionei meu problema com a anulação do processo e a indenização. Mas entendi que não acabou porque não dependia apenas da decisão judicial, mas que eu precisava entender o que a sociedade esperava de mim. O que vocês vão ver de mim daqui para frente não serão palavras, serão atitudes. Mas obrigado por me ouvirem hoje."

Fonte: Brasil 247


'A carreira de Mauro Cid no Exército acabou', diz general sobre futuro do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

 Tenente-coronel Mauro Cid é investigado por envolvimento no planejamento de um suposto golpe de Estado e prestará depoimento à PF nesta segunda-feira

Mauro CidMauro Cid (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

 O Exército está em uma situação atípica envolvendo o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). Além do depoimento que prestará na tarde deste segunda-feira (11) à Polícia Federal no âmbito do inquérito que apura o seu envolvimento em suposto planejamento para um golpe de Estado, Cid enfrenta desafios no que diz respeito às promoções internas da instituição.

Atualmente afastado, mas ainda vinculado ao Exército, Mauro Cid figura na lista de tenentes-coronéis em avaliação durante a temporada de promoções em curso. A comissão responsável por essa análise apresentará seu relatório até o final de abril, e especula-se sobre a possível promoção de Cid enquanto ele é alvo de investigações.

Segundo a coluna da jornalista Malu Gaspar, de O Globo, “na cúpula da Força há uma discreta torcida para que Cid seja indiciado pela Polícia Federal ou denunciado pelo Ministério Público Federal antes do final das avaliações – o que extinguiria qualquer possibilidade de apelação ou de pressão da ala mais radical da ativa e da reserva”.

Apesar da tensão e da pressão, a avaliação de dois generais consultados é de que Mauro Cid provavelmente será excluído da lista de promovidos, ficando em uma espécie de "limbo" até que sua situação seja definitivamente decidida pela Justiça. "A carreira do Cid acabou", afirma um dos generais, refletindo a incerteza que paira sobre o futuro do tenente-coronel no Exército Brasileiro.

Generais ouvidos pela reportagem avaliam que “Cid deve ser excluído da lista de promovidos e ficar ‘no limbo’ até que sua situação seja decidida na Justiça”."A carreira do Cid acabou", disse um dos oficiais.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna da jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo

Sócio de André Mendonça esteve em reunião que debateu golpe de estado

 Victor Godoy participou da reunião com Jair Bolsonaro, em julho de 2022, com outras 32 autoridades do governo para discutir minúcias da ação golpista

Victor Godoy VeigaVictor Godoy Veiga (Foto: MEC/Divulgação)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, está lançando um instituto em colaboração com Victor Godoy, que ocupou o cargo de ministro da Educação no final do governo de Jair Bolsonaro (PL). 

Victor Godoy participou da reunião com Jair Bolsonaro, em julho de 2022, com outras 32 autoridades do governo para discutir minúcias da ação golpista. A PF encontrou o vídeo da reunião em questão no computador de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. 

Saiba mais - A entidade, cuja sede deve ser estabelecida em São Paulo, encontra-se em fase de implantaçãoRecentemente, realizou um curso-piloto sobre gestão, de forma gratuita, para a Secretaria de Segurança Urbana da Prefeitura de São Paulo, ministrado por Mendonça para cerca de 40 oficiais da Guarda Civil Metropolitana.

A iniciativa segue os passos de Gilmar Mendes, também ministro do STF, que é sócio e fundador do IDP, instituto que oferece cursos de Direito e promove eventos anuais em Lisboa, reunindo autoridades políticas e jurídicas. A corte entende que não há incompatibilidade entre o exercício da função de ministro e a participação em institutos dessa natureza.

Fonte: Brasil 247

Governo Bolsonaro deixa débito de R$ 6,3 bilhões para pagamento de seguro-desemprego que pode comprometer orçamento

 Ex-ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni admitiu seguir orientação legal, mas correção do problema pode afetar orçamento

Onyx Lorenzoni e Jair BolsonaroOnyx Lorenzoni e Jair Bolsonaro (Foto: Marcos Correa/PR)

 O governo Lula terá que administrar uma herança bombástica herdada do governo Jair Bolsonaro. De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo, a gestão anterior deixou uma herança orçamentária de R$ 6,3 bilhões relacionada ao seguro-desemprego. O problema surgiu devido à insuficiência de recursos para o pagamento integral das parcelas do benefício no final de 2022, conforme admitido pela equipe atual do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Ainda de acordo com a reportagem, a falta de fundos resultou na transferência das despesas para o orçamento do governo Lula, criando uma situação financeira delicada. A escassez de recursos se repetiu no final de 2023, forçando o adiamento de pagamentos no valor estimado em R$ 5,66 bilhões para o início de 2024.

O Tesouro Nacional, a Secretaria de Orçamento Federal e o MTE realizaram uma reunião técnica em fevereiro para discutir possíveis soluções. O Ministério do Planejamento e Orçamento declarou que estão em processo de "correção dos procedimentos de execução dessas despesas", sem fornecer detalhes sobre o diagnóstico ou as medidas que serão adotadas.

Embora o MTE tenha assegurado que os pagamentos aos beneficiários do seguro-desemprego foram realizados dentro do prazo, não foram fornecidas explicações sobre as razões por trás da insuficiência orçamentária. O desafio agora reside na busca por soluções que não comprometam ainda mais o Orçamento, o que pode exigir cortes em outras áreas de gastos públicos.

Esse problema foi destacado pela Controladoria-Geral da União (CGU) em uma auditoria nas contas do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) de 2021, que identificou R$ 2,01 bilhões em benefícios homologados sem o devido empenho, resultando em uma acumulação de despesas para o ano seguinte.

Embora o ex-ministro Onyx Lorenzoni tenha justificado essa prática seguindo a orientação da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), a correção dessas irregularidades pode ser um processo complexo e demorado. O desafio agora é garantir uma execução orçamentária adequada que não comprometa ainda mais as finanças públicas, enquanto se resolvem questões legais e orçamentárias pendentes.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal Folha de S. Paulo

Fazenda vai aguardar posição do STF antes de definir alíquota para compras on-line de até US$ 50

 Ministra do STF Cármen Lúcia deu prazo de 10 dias úteis para que o ministro da Fazenda, o presidente Lula e o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, prestem informações

Fernando HaddadFernando Haddad (Foto: Reprodução | Reuters/Ueslei Marcelino)

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está aguardando o desenrolar de uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) que questiona a isenção do imposto de importação para bens de pequeno valor destinados a pessoas físicas no Brasil, como as compras em sites populares como Shopee e AliExpress, para definir uma nova alíquota para o e-commerce.    

Segundo o Metrópoles, “uma ação direta de inconstitucionalidade que trata do tema (ADI 7589) foi protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF) no fim de janeiro pelas confederações nacionais da Indústria (CNI) e do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC)”. Na última terça-feira (5), a relatora da ação, ministra Cármen Lúcia, solicitou Haddad, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), prestassem informações sobre o tema em um prazo máximo de 10 dias úteis. 

“Vamos apresentar os atos que fundamentam nossa atuação. Dentro do prazo”, disse o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas. A decisão sobre a isenção do imposto de importação em compras internacionais até US$ 50 (cerca de R$ 250) destinadas a pessoas físicas no Brasil, que antes era de 60%, foi tomada em agosto como uma medida provisória. O governo zerou temporariamente esse imposto, mas há indicações de que a nova alíquota pode ser estabelecida em torno de 20%.

A discussão sobre a isenção tem gerado debates, principalmente entre a Fazenda, que sinaliza a intenção de retomar a alíquota para o tributo, e setores como a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que alegam inconstitucionalidade por violar princípios como o da isonomia, da livre concorrência e do desenvolvimento nacional.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Desempenho econômico do governo Lula vai definir disputa entre Boulos e Nunes em São Paulo

 Pesquisa Datafolha revela que performance econômica de Lula será decisiva na corrida eleitoral

(Foto: Isadora de Leão Moreira/Governo de São Paulo | Flickr | Felipe Gonçalves/Brasil 247)

Pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira (11) revelou que a economia será o fator decisivo na batalha pela prefeitura de São Paulo, colocando em disputa direta os candidatos Guilherme Boulos (Psol) e Ricardo Nunes (MDB). Com Lula apontando como uma figura-chave no processo eleitoral, a percepção sobre a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores se torna o ponto crucial na definição do próximo líder municipal, defende o jornalista Leonardo Sakamoto em sua coluna no Uol.

De acordo com a pesquisa, Boulos e Nunes estão empatados tecnicamente em três cenários avaliados, com Boulos liderando com 30% e Nunes com 29% das intenções de voto no cenário principal. No entanto, a pesquisa destaca a necessidade de Boulos conquistar votos entre a classe trabalhadora, onde seu desempenho é inferior ao de Nunes.

Um dos principais desafios para Boulos é atrair eleitores com renda mais baixa e aqueles com níveis educacionais mais baixos, destaca o jornalista. Além disso, sua performance entre os eleitores evangélicos também é inferior à de Nunes, o que sugere a necessidade de apoio tanto do presidente Lula quanto da sua pré-candidata a vice, Marta Suplicy, para conquistar simpatia entre os segmentos mais pobres da população. 

No entanto, a tarefa de Lula não será fácil. Ele terá que melhorar a comunicação sobre os avanços na economia durante seu governo para cumprir sua promessa de ser um cabo eleitoral eficaz para Boulos. Embora indicadores econômicos mostrem melhorias, como a redução da taxa de desemprego e o aumento da renda média, a percepção pública sobre esses avanços ainda é desafiadora.

A pesquisa também destaca o papel do atual contexto econômico na moldagem das opiniões dos eleitores. Embora indicadores como a redução da inflação e a estabilização do mercado de trabalho sejam positivos, ainda há preocupações com o custo de vida, especialmente entre os trabalhadores de baixa renda.

Em paralelo às questões econômicas, a gestão de Nunes enfrenta desafios, incluindo denúncias de corrupção em obras emergenciais sem licitação. Embora tenha obtido uma aprovação modesta de 29%, a administração do prefeito é alvo de críticas, o que pode influenciar o resultado eleitoral.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL por meio do blog do jornalista Leonardo Sakamoto